OURO BRANCO: Semana da Leitura encerra em grande estilo com cortejo cênico

O encerramento da Semana de Incentivo à Leitura em Ouro Branco, foi realizado na última sexta-feira, 12 de abril, no Casarão da Praça Santa Cruz, com uma programação extensa.

Teve apresentação de um trecho do Cortejo Fiandando, uma peça que foi foi construída em conjunto durante as oficinas do Projeto Cortejo Cênico, idealizado e coordenado por Marina Freire, e financiado pelo fundo de cultura da Prefeitura Municipal de Ouro Branco e executado em 2023.

Dentro da programação ainda teve uma declamação cênica do conto “A infinita fiandeira”, de Mia Couto; Curso de Roteiro com o dramaturgo, Marco Antônio; Lançamento e noite de autógrafos dos livros “Cartas para Pedro”, do escritor Sérgio Wolp e também “Ouro, Café & Mulher”, da escritora Ângela Magdá.

Esse evento foi realizado pela ACLOB (Academia de Ciências e Letras de Ouro Branco) e Secretaria de Esportes, Lazer, Cultura, Turismo e Eventos da Prefeitura Municipal de Ouro Branco. Contou com o apoio do Conselho Municipal de Política Cultural; Fundo Municipal de Cultura; ACILOB.

#cuidar #inovar #avançar

Casarão histórico em cidade mineira está abandonado e caindo aos pedaços

Sobrado de três pavimentos que pertenceu à lendária senhora de escravos integra o Centro Histórico de Pitangui, tombado em 2008

Considerado um dos mais belos e imponentes casarões do período colonial de Minas Gerais, o imóvel do século 18 onde viveu Maria Tangará em Pitangui, no Centro-Oeste mineiro, amarga o abandono. Hoje, caindo aos pedaços, o sobrado de três pavimentos que pertenceu à lendária senhora de escravos integra o Centro Histórico de Pitangui, tombado em 2008 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).

O imóvel foi sede do Fórum, do Externato, do Colégio Padre João Porto, assim como da Casa da Intendência de Minas. Em 5 de fevereiro de 1930, foi inaugurada a primeira escola que o edifício abrigou, o Grupo Escolar Benedito Valadares. Recentemente, era sede da Escola Estadual Professor José Valadares, mas teve que ser esvaziado por causa dos estragos.

Telhado aberto, paredes rachadas, vidraças quebradas, luzes queimadas e muita poeira. Quando chove, a situação piora. A água, por exemplo, entra por todos os lados da casa. Enxurradas correm pelas escadas de madeira, deixando muita lama. Além disso, as salas de aula estão às escuras e cheias de morcegos.

Fachada do imóvel em 2008, quando o Centro Histórico foi tombado
Fachada do imóvel em 2008, quando o Centro Histórico foi tombado Iepha-MG/Divulgação

Por causa dos riscos, incluindo de acidentes elétricos, em 12 de abril de 2019 os alunos da Escola Estadual Professor José Valadares foram transferidos para a Escola Estadual Francisca Botelho, que fica a um quarteirão de distância. A promessa de um restauro do Casarão de Maria Tangará manteve as expectativas da comunidade escolar. Mas, o não cumprimento do que havia sido prometido levou à extinção da Escola Estadual Professor José Valadares em 2020.

Tábuas de forro do teto se desprendem no primeiro piso
Tábuas de forro do teto se desprendem no primeiro piso Mostra de Cinema de Pitangui/Divulgação

Com experiência no setor de gestão de patrimônio cultural, Israel explica que entende as dificuldades de promover políticas públicas, bem como ações efetivas para intervir em um bem patrimonial tão importante. “Mas sei também que o Estado deveria dar mais atenção a esse fato e que através do órgão estadual responsável, que é o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado de Minas Gerais (Iepha-MG), poderia-se tentar um diálogo entre os poderes estadual e municipal para que soluções possam ser pensadas e aplicadas de fato para salvar este bem patrimonial que, ao meu ver, é um dos mais simbólicos de nossa história”.

“Pouco tempo”

Em consulta a colegas das áreas de restauração e conservação, Almeida ouviu que pode haver pouco tempo para a ação antes que haja o colapso de alguma estrutura no casarão ou um dano irreversível. “De acordo com eles, o interior do prédio foi totalmente alterado para atender à escola e o estado de abandono que ele se encontra é terrivelmente grave, mas não se pode prever ou teorizar um colapso total da estrutura”, explica ele. “Existe risco de acidentes no interior do prédio. O tabuado tem risco de ceder e provavelmente o cheiro que advém do lixo e do entulho acumulado pode causar danos à saúde humana”, acrescenta.

Israel diz que percebe em Pitangui algumas iniciativas em prol da municipalização do prédio – ou seja, que ele passe a ser, ao todo ou ao menos em parte, propriedade do Município. “Não creio que seria a melhor solução, dados os recursos robustos que precisarão ser investidos no restauro”, opina.

Esperança na iniciativa privada

O empresário Haroldo Vasconcelos é um conhecido investidor em imóveis históricos de Pitangui. São dele, por exemplo, o antigo casarão de Monsenhor Vicente – cujo restauro custou R$ 2,5 milhões e hoje abriga uma pousada de mesmo nome – e o Edifício Liliza, que fez história ao ser teatro, cinema e, em tempos mais recentes, agência de correio e cujo restauro teve o investimento de R$ 1,1 milhão.

Os dois imóveis estavam em condições bastante precárias e corriam risco de colapso. Como não eram patrimônio público, Haroldo os comprou e restaurou. Não seria tão fácil fazer o mesmo com o Casarão Maria Tangará, uma vez que ele pertence ao Estado. Porém, Haroldo garante que já tentou, tendo inclusive, diz ele, conversado sobre o assunto com o governador Romeu Zema.

Segundo ele, a oferta que fez ao governador teria sido o melhor para o casarão. “Eu preferiria o que sugeri, porque tenho experiência em restaurar. Na época o curso estimado era de R$ 9 milhões. Agora, com todos os danos que já ocorreram, é bem mais. O casarão está caindo aos pedaços e isso faz com que restaurar fique cada vez mais caro”, analisa o investidor.

“Sem falar que tudo o que é feito pelo poder público demanda licitação. Portanto, levaria ainda mais tempo. E quanto mais a obra demora a começar, mais o imóvel se deteriora mais e a situação piora. Com base na minha experiência com isso, creio que o Estado não vai restaurar por iniciativa própria. Até porque não dá votos. Esse casarão é um dos mais importantes de Pitangui. A população precisa lutar pela restauração”, diz Vasconcelos.

Prefeitura busca posse

A Prefeitura de Pitangui informou que já dialoga com o governo de Minas sobre a transferência de posse do imóvel. “Embora o casarão pertença ao Estado, é um patrimônio pitanguiense e por isso há interesse do Município em tê-lo. Apenas com a posse do imóvel é que a Prefeitura poderia investir recursos próprios ou destinar emendas parlamentares. Existe uma conversa junto ao Estado solicitando a cessão. Mas isso ainda está sendo discutido no âmbito estadual”, diz o Executivo.

MPMG na cola

No Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a promotora de Patrimônio Histórico e Cultural de Pitangui Larrice Luz Carvalho, informou que há um procedimento em andamento e que já segue na Justiça, com sentenças já determinadas contra o Estado. “Temos uma reunião agendada com representantes do Estado para cobrarmos uma solução”, afirma.

A reportagem tentou contato com o governo de Minas, contudo, não obteve retorno até a publicação desta matéria.

 

FONTE ESTADO DE MINAS

Casarão histórico de ex-prefeito é destruído em incêndio; a causa pode ter sido um raio

Bombeiros militares combatem incêndio em construção histórica na cidade de Entre Rios de Minas

Na madrugada desta sexta-feira, pouco depois das 00 horas, os bombeiros de Conselheiro Lafaiete foram acionados para combater um incêndio em uma construção histórica localizada na Praça Senador Ribeiro, número 256, Centro de Entre Rios de Minas. A edificação faz parte do Conjunto Paisagístico Urbanístico e Histórico da Praça Senador Ribeiro, patrimônio tombado da cidade. A construção era habitada, mas ninguém se feriu.

Segundo relatos, o incêndio foi provocado por um raio que atingiu a residência durante a chuva da madrugada.

O fogo se alastrou rápido, tendo em vista a estrutura da edificação. Foi necessário solicitar reforço dos militares de Congonhas e São João Del Rei para que o incêndio fosse contido. Além disso, os bombeiros contaram com o apoio de moradores, que, com uma chorumeira, contribuíram para que o reabastecimento de água se desse de maneira mais ágil e eficiente, impedindo a interrupção do combate, que durou toda a madrugada. Outra equipe de bombeiros militares deve assumir o local para dar continuidade ao resfriamento.

A situação envolveu, até o momento, 10 bombeiros militares, além de policiais militares, agentes da defesa civil e da perícia criminal.

Mais detalhes

Eu estava dormindo, não vi quando o fogo começou. O policial me chamou, bateu à porta, e graças a Deus consegui sair à tempo com sua ajuda”, relata o ex-prefeito Marinho da Farmácia, proprietário da residência. Sua esposa e filhos por sorte não dormiam na casa no momento do incêndio.
As primeiras informações indicam que o incêndio pode ter sido desencadeado por um raio. Uma tempestade havia caído sobre a cidade. Uma testemunha, ouvida pelo Entre Rios News relatou que após ouvir o estrondo de um raio, passou a ouvir barulho de fogo se alastrando. “Moro ao lado da casa atingida pelo fogo, e liguei várias vezes para o proprietário, mas ninguém atendeu. Em seguida vi o policial chamando”, relata o técnico em informática Neto.
Uma perícia, através de cuidadoso levantamento da cena danificada, deve estabelecer a origem do incêndio e, se a causa foi acidental, natural ou criminosa.
O fogo rapidamente consumiu o imóvel que é considerado parte da história da cidade e era um exemplo marcante da arquitetura da época.
Dois caminhões do Corpo de Bombeiros chegaram por volta das 2:00h. Após serem recebidos pela Polícia Militar, a Corporação cercou o local, e começou o trabalho de apagar o fogo. 
Um terceiro carro dos bombeiros chegou em seguida, além da Defesa Civil e autoridades do município.
Assim que a água dos carros acabou, o Banco Sicoob Credicampo disponibilizou seu hidrante, para que o restante do serviço fosse concluído.

Casarão histórico de ex-prefeito é destruído em incêndio; a causa pode ter sido um raio

Bombeiros militares combatem incêndio em construção histórica na cidade de Entre Rios de Minas

Na madrugada desta sexta-feira, pouco depois das 00 horas, os bombeiros de Conselheiro Lafaiete foram acionados para combater um incêndio em uma construção histórica localizada na Praça Senador Ribeiro, número 256, Centro de Entre Rios de Minas. A edificação faz parte do Conjunto Paisagístico Urbanístico e Histórico da Praça Senador Ribeiro, patrimônio tombado da cidade. A construção era habitada, mas ninguém se feriu.

Segundo relatos, o incêndio foi provocado por um raio que atingiu a residência durante a chuva da madrugada.

O fogo se alastrou rápido, tendo em vista a estrutura da edificação. Foi necessário solicitar reforço dos militares de Congonhas e São João Del Rei para que o incêndio fosse contido. Além disso, os bombeiros contaram com o apoio de moradores, que, com uma chorumeira, contribuíram para que o reabastecimento de água se desse de maneira mais ágil e eficiente, impedindo a interrupção do combate, que durou toda a madrugada. Outra equipe de bombeiros militares deve assumir o local para dar continuidade ao resfriamento.

A situação envolveu, até o momento, 10 bombeiros militares, além de policiais militares, agentes da defesa civil e da perícia criminal.

Mais detalhes

Eu estava dormindo, não vi quando o fogo começou. O policial me chamou, bateu à porta, e graças a Deus consegui sair à tempo com sua ajuda”, relata o ex-prefeito Marinho da Farmácia, proprietário da residência. Sua esposa e filhos por sorte não dormiam na casa no momento do incêndio.
As primeiras informações indicam que o incêndio pode ter sido desencadeado por um raio. Uma tempestade havia caído sobre a cidade. Uma testemunha, ouvida pelo Entre Rios News relatou que após ouvir o estrondo de um raio, passou a ouvir barulho de fogo se alastrando. “Moro ao lado da casa atingida pelo fogo, e liguei várias vezes para o proprietário, mas ninguém atendeu. Em seguida vi o policial chamando”, relata o técnico em informática Neto.
Uma perícia, através de cuidadoso levantamento da cena danificada, deve estabelecer a origem do incêndio e, se a causa foi acidental, natural ou criminosa.
O fogo rapidamente consumiu o imóvel que é considerado parte da história da cidade e era um exemplo marcante da arquitetura da época.
Dois caminhões do Corpo de Bombeiros chegaram por volta das 2:00h. Após serem recebidos pela Polícia Militar, a Corporação cercou o local, e começou o trabalho de apagar o fogo. 
Um terceiro carro dos bombeiros chegou em seguida, além da Defesa Civil e autoridades do município.
Assim que a água dos carros acabou, o Banco Sicoob Credicampo disponibilizou seu hidrante, para que o restante do serviço fosse concluído.

Restauro de icônico casarão do século XVIII salda dívida de Lafaiete com sua história em seus 232 anos de fundação; imóvel ficou interditado por 6 anos

A prefeitura de Lafaiete entrega a população o restauro de um dos exemplares mais icônicos do pouco que ainda resta do rico patrimônio histórico de Lafaiete. A Casa de Cultura Gabriela Mendonça situa-se na antiga rua Direita, hoje Comendador Baêta Neves, vivenciou grande parte da história da antiga Queluz e foi testemunha viva da Revolução Liberal.
O belo exemplar ficou por mais de 6 anos interditado pelo Corpo de Bombeiros devido a risco de queda diante do quadro de deterioração do imóvel.
Amanhã (16), por volta das na antevéspera dos 232 anos de Lafaiete, comemorados na segunda-feira (19), acontece a solenidade de reabertura do casarão a partir das 9:00 horas.
Este é um dos mais de 10 patrimônio históricos recuperados pela atual administração. A empresa responsável pela obra foi MCR, a mesma que reformou a Casa do Artesanato, situada na Praça Tiradentes.
Geraldo Lafayette, Secretário Municipal de Cultura, informou o local vai abrigar a área administrativa e além de espaços culturais para eventos diversos
O valor do restauro está calculado em torno de R$2,5 milhões oriundo da Copasa através de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela estatal como o Município e o Ministério Público.

Um pouco da história

A denominação do casarão faz referência a Gabriela Nogueira de Mendonça (conhecida como tia biela), nascida em 15 de agosto de 1893 em Conselheiro Lafaiete. Foi professora e tinha em sua residência uma escola particular de primeiras letras, alfabetizando várias gerações.
Faleceu em Belo Horizonte, em 12 de setembro de 1985. E o desejo de Gabriela era que depois de sua morte, que sua casa fosse instalada uma casa de Cultura ,e isso até foi feito, em 1988.
Em 1994, o imóvel passou por uma restauração, obra executada entre parceria entre Açominas / Siderbrás e Prefeitura Municipal
É um dos casarões mais antigos de Conselheiro Lafaiete, construído no Século XVIII, sendo um dos poucos casarões setecentistas da cidade e foi feito de pedra e de pau-a-pique.

Primeira construção neocolonial de Ouro Preto pertenceu a família Baeta Neves, de Queluz, hoje Lafaiete (MG), vira ruínas

Um deslizamento de terra na encosta no Morro da Forca, ocorrido na manhã na quinta-feira(13), colocou abaixo a primeira construção neocolonial do século XIX em Ouro Preto, o Solar dos Baeta Neves, que pertenceu a rica família comerciante de Lourenço Baeta Neves, neto do Comendador Joaquim Lourenço Baeta Neves e irmão do Barão de Queluz, naturais da Vila Real de Queluz, atual Conselheiro Lafaiete.

Segundo o mais antigo registro do imóvel aponta que o área onde foi construído o casarão em 1892, foi adquirida em 1890, pela tradicional família Baeta Neves. O terreno fica ás margens do Córrego Funil, próximo á Estação Ferroviária região de Ouro Preto que mais se desenvolvia, antes da transferência da capital para Belo Horizonte.

Tombado pelo IPHAN, esse rico patrimônio histórico chegou a receber em 2010, R$ 375 mil0 para restauração e  hoje virou é mais uma página do passado glorioso e pujante da ex-capital de Minas.

Apesar  da grande perda que o patrimônio histórico do Brasil, no Solar Baeta Neves não registrou vítimas e estava interditado e  monitorizada pelas autoridades da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.

Patrimônio em ruínas em Piranga: Casarão histórico pede socorro e conta com a sorte para permanecer de pé

Gestores da Prefeitura Municipal (Excelentíssimos Srs. Prefeito e Vice Prefeito municipais e Srs. Secretários de Obras/Cultura etc), Srs. Vereadores da Câmara Municipal, Srs. membros do Conselho do Patrimônio Histórico Municipal, Excelentíssimo Promotor do Ministério Público de Minas Gerais em Piranga, Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico do MPMG, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado de Minas Gerais, cidadãos piranguenses! Quem vai atuar em prol dessa nobre causa?

Casarão Histórico, que conta parte da memória de Piranga sofre com descaso/PIRANGA GUARÁDRONE

O imponente sobrado, situado à Rua São Sebastião (Quebra), na cidade de Piranga, tem pé direito alto, amplas e várias janelas envidraçadas, de onde se descortina amplo horizonte sobre o centro da cidade. Porém, aos poucos, sua estrutura foi comprometida, janelas e portas caindo aos pedaços, paredes trincadas, telhado e forro em situação degradante. Na última semana, parte do telhado desabou, colocando em risco toda edificação.

Dona de um rico patrimônio cultural e histórico, o casarão do Cônego Felício representa parte da história de Piranga que já atravessa mais de três séculos. O imóvel foi comprado pela prefeitura na gestão do ex prefeito Eduardo Guimarães pelo valor de R$ 250 mil. O Decreto previa a instalação da Casa de Cultura e Museu, e o projeto de restauração, com centenas de páginas, detalhando toda arquitetura do imóvel e as intervenções necessárias, foi orçado à época em cerca de quase R$ 500 mil. Mas, não foi executado.

Na gestão posterior, de Carlos de Araújo, nada fez em prol da recuperação do casarão e o mesmo sofreu significativa degradação ao longo dos quatro anos da sua gestão. O atual prefeito. José Carlos, até o presente momento também não promoveu qualquer tipo de intervenção no imóvel. Se, para alguns gestores, a proteção do patrimônio cultural nunca foi prioridade, para outros, faltam fundos para

Piranga é dona de um rico patrimônio histórico/ PIRANGA GUARÁDRONE

executar a obra e transformar o casarão em Museu/Casa de Cultura. No segundo caso, é preciso buscar recursos junto ao Fundo Estadual de Cultura e junto a leis de incentivo à cultura! Iremos esperar o casarão se sucumbir e se transformar em um simples retrato de parede?

De acordo com Marco de Nilo, do Arquivo do Conhecimento Cláudio Manoel da Costa, o sobrado foi erguido pela comunidade para moradia do Cônego Felício de Abreu Lopes, que veio para Piranga em 1900 com a atribuição de ser pároco da primeira paróquia de Minas Gerais. Nascido em 11/12/1872 na cidade de Mariana, Cônego Felício era dono de um estilo vigoroso e autoritário, exerceu longo paroquiato, participando ativamente, com mão de ferro, em todas as áreas do grande país de Guarapiranga. Na parte educacional, foi o primeiro Inspetor da Escola Estadual Coronel José Ildefonso, quando da sua inauguração em 1912. Na política, tornou-se elo entre o povo e a elite da cidade, dominada pelos antigos coronéis, grande defensor da austeridade e do comportamento ético-cristão das atitudes das autoridades do grande país de Guarapiranga. No campo social foi um ferrenho moralista em prol dos bons costumes, e cobrava de seu rebanho o desempenho máximo de suas obrigações religiosas, campo no qual se conta vários casos pitorescos a seu respeito. O Cônego Felício residiu no sobrado até a sua morte na década de 1940. Por volta dos anos 70/80, os familiares do Cônego venderam o imóvel para a família de Dona Filinha Milagres.

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História ameaçada: casarão histórico clama por restauro em Piranga

Fotos: Piranga Guará Drone

 

História ameaçada: casarão histórico clama por restauro em Piranga

Casarão histórico clama por restauro em Piranga/Reprodução

Setores ligados a cultura e os moradores de Piranga cobram a reforma e restauração de uma importante imóvel cuja arquitetura remonta às origens e crescimento da cidade, mais precisamente ao século XX. O imponente sobrado, situado à rua São Sebastião (Quebra) tem um pé direito alto, amplas e variadas janelas de onde descortinam um amplo horizonte. Porém aos poucos sua estrutura foi comprometida, janelas caindo, telhado, forro em situação degradantes que sugerem cuidados urgentes.

Dona de um rico patrimônio cultural e histórico, o casarão representa parte da história de Piranga que já atravessa mais de 3 séculos. Segundo apurou nossa reportagem ele foi desapropriado pelo ex prefeito Eduardo Guimarães pelo valor de R$ 250 mil cujo decreto declarou que seria instalada a Casa de Cultura e Museu.

O projeto não foi executado. O prefeito posterior Carlinhos e deixou o casarão descaracterizando ao sabor do tempo e ao descaso com a história de Piranga.  A reforma estaria orçada em R$500 mil.

Muitos leitores e internautas sugerem a busca de recursos no Fundo Estadual de Cultura e outras leis de incentivo a cultura. Ou casarão sucumbirá ao abandono ou se transformará em breve em apenas mais um retrato na parede?

A Secretária Municipal de Cultura, Gislaine Dias, informou que já existe um projeto para reforma do casarão, porém falta arrecadação de fundos para executa-lo e transformá-lo na casa da cultura.

A história

O sobrado foi moradia do Cônego Felício de Abreu Lopes, oriundo de Mariana, com a atribuição de ser pároco em Piranga a partir de 1901. Segundo o historiador, Marco Gomes, do Arquivo do Conhecimento Cláudio Manoel da Costa, a obra foi erguida pela comunidade para moradia do religioso. O Cônego Felício residiu ali até a sua morte na década de 40, quando seus familiares venderam o imóvel por volta dos aos 70/80 para a família de Dona Filinha Milagres.

O sobrado é tombado pelo patrimônio municipal. Marco Gomes exalta a desapropriação, mas reclama que a implantação do Museu continua paralisada. “Na verdade é o 4º local que perdemos para implantação de um Museu Municipal, em parceria com o Arquivo do Conhecimento Cláudio Manuel da Costa. O 1º foi o prédio à  Rua Vereadora Maria Anselmo, em 1988. O 2º foi o espaço da Capela de Nossa Senhora da Boa Morte, em 1998. O 3º foi o casarão da antiga Câmara Municipal, em 2010 e o 4º é este prédio do Cônego Felício que aos poucos está caindo. Muitas forças não querem o Museu em Piranga”, desabafou Marco.

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