SELVA DE PEDRAS: Lafaiete (MG) é a cidade mais vertical da região; Congonhas e Ouro Preto têm mais moradores morando em casas

Um levantamento encomendado pelo CORREIO DE MINAS, junto Observatório das Metropolizações/IFMG Ipatinga aponta que Conselheiro  Lafaiete (MG) tem mais de 20 mil pessoas morando em apartamentos, o que a 15,76%, do total da população de 131.063, segundo dados do Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) de 2022. Por outro lado, a cidade tem 109.436 (83,50%) residindo em casas e apenas 692 pessoas (0,53%) moram vilas ou casas de condomínios.

A segunda cidade mais verticalizada da região é Barbacena com 17.558 habitantes (14,11%) morando em apartamentos. Segundo o Censo são 106.121 pessoas (85,28%) residindo em casas. A cidade tem uma população estimada em 124.441 habitantes.

Sem verticalização

Por outro lado, Ouro Preto e Congonhas são as cidades como menor verticalização. Com mais de 52.775 moradores, a Cidade dos Profetas tem apenas 2.169 habitantes (4,11%) residindo em apartamentos. São 50.457 moradores (95,61%) morando em casas.

Já Ouro Preto, com 74.443 moradores, apenas 3.234 pessoas (4,34%) moram em apartamentos e 71.029 (95,43%) residem em casas.

Opinião

Para o Coordenador de Estatística e de Pesquisa (geógrafo William Passos), a verticalização, isto é, a presença de apartamentos na paisagem dos municípios analisados tem relação direta com o grau de adensamento dessas cidades e com as características do relevo. Conselheiro Lafaiete, com 15,76%, apresenta percentual maior de população residindo em apartamentos que a média do estado de Minas Gerais, que registra 12,46%.

Esses percentuais não são muito diferentes daqueles observados em Barbacena, que registra 14,11%. Entretanto, São João del Rei (10,16%), Ouro Branco (9,16%) e Itabirito (8,78%), mas principalmente Mariana (5,72%), Ouro Preto (4,34%) e Congonhas (4,11%) apresentam percentuais muito abaixo da média das cidades mineiras. O resultado destas últimas cidades, no entanto, não surpreende, dado o fato de que se tratam de cidades edificadas sobre relevo muito acidentado. O resultado que chama a atenção é o de Itabirito. Mesmo com relevo mais acidentado que o de Ouro Preto, o município registra mais que o dobro da população da antiga capital de Minas Gerais residindo em apartamentos. Isso significa que o processo de verticalização em Itabirito merece um acompanhamento e um controle mais rigoroso, já que pode representar, entre outros problemas, um maior risco à população domiciliada no município diante de acontecimentos como chuvas torrenciais e enchentes.

População Total

Minas Gerais – 20.436.535 (100,00%)

Lafaiete – 131.063 (100,00%)

Barbacena – 124.441 (100,00%)

J. del Rei – 89.437 (100,00%)

Ouro Preto – 74,433 (100,00%)

Mariana – 60.862 (100,00%)

Itabirito – 53.144 (100,00%)

Congonhas – 52.775 (100,00%)

Ouro Branco – 38.678 (100,00%)

 

População Residente em Casas

Minas Gerais – 17.624.585 (86,24%)

Lafaiete – 109.436 (83,50%)

Barbacena – 106.121 (85,28%)

J. del Rei – 79,468 (88,85%)

Ouro Preto – 71.029 (95,43%)

Mariana – 57.008 (93,67%)

Congonhas – 50.457 (95,61%)

Itabirito – 47.949 (90,22%)

Ouro Branco – 34.949 (90,36%)

 

 

População Residente em Casas de Vila ou Condomínios

Minas Gerais – 214.469 (1,05%)

Barbacena – 484 (0,39%)

Congonhas – 121 (0,23%)

Lafaiete – 692 (0,53%)

Itabirito – 457 (0,86%)

Mariana – 254 (0,42%)

Ouro Branco – 117 (0,30%)

Ouro Preto – 143 (0,19%)

J. del Rei – 820 (0,92%)

 

População Residente em Apartamentos

Minas Gerais – 2.545.522 (12,46%)

Lafaiete – 20.650 (15,76%)

Barbacena – 17.558 (14,11%)

J. del Rei – 9.086 (10,16%)

Ouro Branco – 3.543 (9,16%)

Itabirito – 4.668 (8,78%)

Mariana – 3.481 (5,72%)

Congonhas – 2.169 (4,11%)

Ouro Preto – 3.234 (4,34%)

 

Para evitar perda de receita de R$20 milhões, prefeito monta força tarefa e evita retração populacional de mais de 2,3 mil habitantes

Assim que a prévia do Censo 2022  do IBGE (Instituo Brasileiro de Geografia Estatística), principal provedor de dados e informações do País, foi divulgada, em abril, o Prefeito de Piranga (MG), Luizinho Araújo (PMN) ficou atordoado. Isso porque o município perderia 2.333 habitantes, o equivalente a mais de uma população de Queluzito (MG). A perda de receita teria um impacto drástico no orçamento de R$5 mil, totalizando em 4 anos, mais de R$ 20 milhões. “Seria um dramático para a população”, considerou o gestor.

Ao invés de cruzar os braços, Luzinho tratou logo de fazer um diagnóstico da população. Somente nos cadastros da prefeitura, Piranga contabilizava mais de 17,5 mil moradores que usavam o serviço de saúde.

De forma inédita, tomou para a si a responsabilidade de salvar as finanças do Município e fez um apelo a população que não tivesse sido entrevistada através de coletas domiciliares, pelos recenseadores do IBGE, que acionassem o telefone do órgão federal, na tentativa de inverter a retração populacional. “Disponibilizamos carros e motoristas para agentes de saúde e recenseadores. Ou seja, foi feita uma grande força tarefa para que as estatísticas fossem invertidas como a contagem mais fiel da nossa realidade populacional. E graças ao esforço dos agentes de saúde e dos recenseadores, conseguimos chegar a contento e não perder os nossos parcos recursos”, analisou.

Esta semana, o IBGE divulgou o resultado final do Censo e Piranga chegou a 17.018, mantendo o índice de repasses do Fundo Participação (FPM). “Mantivemos uma queda pequena de população, pouco mais de 600 moradores, mas não irá impactar nas receitas, conseguimos o incremento de 1.710 habitantes com nossa força tarefa. Nosso município é muito grande. Queremos aqui agradecer o esforço de todos e Piranga agradece”, encerrou.

Censo aponta queda de população, mas Lafaiete é mais populosa da região e Queluzito tem o menor nº de habitantes

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começa a divulgar nesta quarta (28) os dados o Censo Demográfico 2022, realizado mais de dez anos após a edição anterior da pesquisa. O Brasil tem 203.062.512 de habitantes, segundo o Censo Demográfico 2022, realizado mais de dez anos após a edição anterior da pesquisa. Os primeiros resultados foram divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE). Minas Gerais é o segundo Estado mais populoso com 20.537818 habitantes.

Na região

Lafaiete, com 131.621 habitantes, é a populosa no Alto Paraopeba, Vertentes, Inconfidentes e Vale do Piranga, seguida por Barbacena com 125.317. São João del Rei é a 3ª mas perdeu 3.778 moradores. Ouro Preto, Mariana, Itabirito, Congonhas, Ouro Branco perdem população. Piranga que na prévia tinha 15.308 foi para 17.018.

Confira a tabela do IBGE.

Piranga vai perder mais de R$5 milhões com redução da população; prefeitura vai contestar censo do IBGE

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu utilizar dados prévios do novo Censo Demográfico para calcular o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o que resultará em perdas nas receitas de 85 cidades mineiras em 2023. Com reduções de 0,4 e 0,2 nos coeficientes, o impacto será de R$ 4,312 milhões para cada 0,2 de redução no fundo, totalizando um prejuízo de R$ 375,144 milhões para essas prefeituras neste ano. Dos 85 municípios mineiros que terão perdas, estão Barbacena, Piranga, Senhora dos Remédios, Itabira, Lavras e Ubá que terão seus coeficientes reduzidos.

Na outra ponta, 28 cidades mineiras terão aumento das receitas, seguindo os mesmos R$ 4,312 milhões para cada 0,2 de elevação no fundo. Entre as beneficiadas estão São João Del e Viçosa.

Piranga

Na região cidades também sofrerão perdas significativas com a redução populacional. Este é o caso de Barbacena. Na estimativa de 2021, a cidade registrou 139.061 e pela prévia do censo caiu para 122.894. Barbacena caiu na pontuação do FPM de 3,60 para 3,40. As perdas podem chegar a mais de R$30 milhões.

Já Piranga, a situação é também preocupante. A cidade caiu de 1,20 para 1,00. A população caiu de 17.641 para 15.308, uma perda de 2.333 habitantes. A previsão, segundo o Prefeito Luizinho Araújo chega a mais de R$5 milhões em 2023. Ele contestou o levamento da prévia do censo do IBGE.  “Em Piranga temos cadastradas 17.500 pessoas no PSF’s e o censo só contou 15.308 pessoas. Muitas inconsistências desta natureza surgirão nos próximos dias em outras cidades e servirão também como apontamentos para desconstituir a metodologia utilizada pelo IBGE. Vamos iniciar a contestação administrativa por protocolo no TCU até dia 10/01, conforme orientação da AMM. Em seguida, com o fim do plantão forense preparar a ação judicial”, informou

Brasil

Mais de 700 municípios em todo o país também sofrerão perdas estimadas em cerca de R$ 3 bilhões. Diante dos números, o movimento municipalista está se mobilizando para evitar as perdas. Associação Mineira de Municípios (AMM) argumenta que os dados do censo ainda estão incompletos e devem ser finalizados no primeiro trimestre de 2023 e orienta que as administrações municipais agilizem as contestações, bem como processos de judicialização para que não haja perdas já na semana que vem.

Ainda é possível responder ao Censo 2022: moradores de Ouro Branco que ainda não responderam: ligue no Disque Censo: 137.

Na manhã dessa sexta-feira, 06 de janeiro, o prefeito Hélio Campos, vice-prefeito Dr. Celso Vaz, equipe da PMOB, presidente da Câmara, vereadora Nilma Aparecida Silva, vereador José Heleno de Souza, se reuniram com representantes do IBGE, responsáveis pelo Censo 2022 em Ouro Branco, para a apresentação do balanço das atividades e a apresentação dos dados coletados nas residências em nossa cidade. Ainda é possível responder ao Censo 2022: moradores de Ouro Branco que ainda não responderam: ligue no Disque Censo: 137.

A chefe da Agência do IBGE – Conselheiro Lafaiete (Regional que compõe 19 municípios), Mariza Domingues Braga, e o técnico de Informações Geográficas e Estatísticas do IBGE, Hélio Heleno Souza, apresentaram os números que apontaram uma população de 39.206 moradores em 2022. Segundo a Equipe do IBGE, todos os dados e análises coletados em Ouro Branco ainda serão tratados pela diretoria técnica de estatística do IBGE, como será feito com os dados de todos os Municípios do Território Nacional.

Informações: 0800-721-8181.
www.ibge.gov.br ou cidades.ibge.gov.br.
Agência IBGE Conselheiro Lafaiete: Rua Afonso Pena, 110, Sala 201.
Telefone (31) 3763-2340.

IBGE abre processo seletivo complementar para 885 vagas de agente censitário

O IBGE divulgou mais um processo seletivo simplificado complementar (PSS) para a contratação temporária de profissionais que trabalharão no Censo 2022. São 262 vagas para Agente Censitário Municipal (ACM) e 623 vagas para Agente Censitário Supervisor (ACS), distribuídas em 679 municípios, em 10 estados. As inscrições começaram na quinta-feira (16) e se encerraram no domingo (19).

As inscrições para o processo devem ser realizadas de forma online, preenchendo o formulário de inscrição no Portal do IBGE, e não há cobrança de taxa. Com exigência de ensino médio completo, a remuneração mensal oferecida é de R$2.100,00 para o ACM e de R$ 1.700 para o ACS, mais auxílio-alimentação e auxílio-transporte.

Minas Gerais é o estado com o maior número de vagas, com 175 oportunidades em 141 municípios. Já a região Sul concentra o maior número: em Santa Catarina, são 162 vagas em 108 municípios, no Rio Grande do Sul, há 142 para 127 municípios, e no Paraná, o total é de 133 vagas em 127 municípios.

O ACM gerencia o trabalho do posto de coleta, enquanto o ACS, subordinado ao ACM, tem como principal função orientar os recenseadores durante a execução dos trabalhos de campo.

A previsão de duração do contrato é de até cinco meses, podendo ser prorrogado. A jornada de trabalho será 40 horas semanais, sendo 8 horas diárias. Dentre o total de 913 vagas ofertadas no processo, 79 são para Pessoas Pretas ou Pardas (PPP) e 15 para Pessoas com Deficiência (PcD).

Como se inscrever

Para concorrer, o candidato deve preencher, pela internet, o formulário de inscrição. A apresentação da documentação original ou cópia autenticada (identidade e titulação acadêmica) deve ser feita apenas no momento da contratação. A análise dos títulos será classificatória.

Processo complementar

A abertura do PSS complementar para ACM e ACS é uma forma de continuar a seleção iniciada por meio do edital nº 09/2021, visando suprir as vagas das localidades que tiveram a listagem de candidatos aprovados esgotadas e que tenham vagas disponíveis e dos locais com baixo número de aprovados. As contratações serão efetuadas nos termos da Lei 8.745, que permite a admissão de pessoal por tempo determinado a fim de atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.

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