Congonhas celebra Viola de Queluz com lançamento de livro e show de Chico Lobo

Livro de Valter Salgado resgata papel das violas na formação cultural da região

Foi no Jubileu de Congonhas que o som da Viola de Queluz ganhou Minas Gerais e o mundo. Originário da antiga região de Queluz, esse importante instrumento foi difundido em meio à fé e à devoção ao Senhor Bom Jesus de Matosinhos, tornando-se um dos principais símbolos da mineiridade. Sua importância histórica e cultural foi celebrada na noite desta sexta-feira, 23, no Museu de Congonhas, com o lançamento do livro “Viola de Queluz – Família Souza Salgado”, de autoria de Valter Braga de Souza, e show do violeiro Chico Lobo.

O evento encerrou a Semana Municipal de Valorização do Patrimônio, promovida pelas secretarias de Cultura e de Educação.

A Viola de Queluz era fabricada artesanalmente na região de Queluz, entre os séculos 19 e 20. A família Salgado foi uma das mais tradicionais no exercício do ofício. Filho de João Salgado e neto de José de Souza Salgado, Valter Braga de Souza é guardião do acervo histórico das Violas de Queluz de sua família.

O violeiro Chico Lobo se apresentou no Museu de Congonhas

“É com muita satisfação que hoje estou aqui. Quando comecei a escrever a história da Viola de Queluz, da minha família Souza Salgado, consegui um material que queria compartilhar com outras pessoas, para não ficar guardado nos acervos da família. Quando estávamos em Belo Horizonte, um historiador me perguntou por que a Viola de Queluz conquistou essa expansão. Falei de imediato: Jubileu de Congonhas. O Jubileu de Congonhas espalhou a Viola de Queluz. Minha família, a dos Meirelles e a do avô do Luciomar, o Geraldino, que também era fabricante juntamente com o Jair Navarro, também fabricavam e vendiam as violas em Congonhas”, contou.

Para Chico Lobo, a importância da Viola de Queluz foi fundamental para o registro, no ano passado, da Viola como Patrimônio Imaterial de Minas Gerais. “A Viola de Queluz é o símbolo de Minas Gerais. É importante dizer que ela era construída em Lafaiete, mas era aqui em Congonhas, com o Jubileu, que saiu para toda Minas, para todo o Brasil. A Viola de Queluz, quando avança para todo o estado de Minas, começa a influenciar outros artesãos. Congonhas está mostrando como se preocupa com o pertencer, com a valorização da identidade”, destacou.

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