Vereadores discutem soluções para a clínica de hemodiálise e propõem rateio de custos

Repercutiu na Câmara a possibilidade de fechamento da única clínica de Lafaiete e região para tratamento de pacientes com problemas renais. Ainda nesta semana, a direção da Clínica Santo Antônio voltou a alertar sobre as dificuldades financeiras enfrentadas pela empresa.
Hoje cerca de 170 pacientes recebem o tratamento(hemodiálise) que consiste em 3 sessões semanais de 4 horas de duração. Em sua maioria os pacientes são hipertensos e diabéticos. Além dessa modalidade há pacientes (hoje em torno de 15) que fazem diálise em suas casas, monitorados mensalmente pelos médicos da clínica e 24 horas por dia pelos enfermeiros. A clínica atende cerca de 250 consultas ao mês.
Segundo a direção o baixo custo pago pelo SUS vem inviabilizando a clínica. Para se medir o déficit crescente cada sessão tem o custo de R$285,00, mas o repasse do SUS é de apenas R$218,00.

Ao todo são mais de 50 profissionais que atuam na clínica. Os recursos para custear os serviços vêm do Ministério da Saúde e são repassados via prefeitura de Lafaiete. É um tratamento caro e se enquadra na modalidade de alto custo.
“Não podemos enganar a população pois a clínica não pode receber recursos públicos através de emendas. Temos sim que ajudar e encontrar uma maneira legal. Acredito que a responsabilidade não é somente de Lafaiete mas de todos as prefeituras que utilizam os serviços e temos buscar uma solução definitiva”, pontuou Giuseppe Laporte (MDB).

A Vereadora Damires Rinarllly (PV) sugeriu a constituição de uma Parceria Público Privada (PPP) envolvendo as prefeituras nas quais os pacientes são atendidos pela clínica. “É necessário unir as forças da região”.
Já Sandro José (PROS) assinalou que há soluções para sustentabilidade financeira da crise. “Algo tem de ser feito. Há alternativa de se manter viva a empresa”.
Em março, a direção da clínica divulgou uma carta aberta às autoridades e a população, mas não houve avanços na buscar uma solução.

A única clínica de hemodiálise de Lafaiete e região está prestes a fechar as portas; “não houve avanços para minimizar a situação financeira”, comunicou a direção

O Vereador Pedro Américo (PT) apresentou um requerimento à secretaria municipal de saúde cobrando as ações já implementadas diante de uma carta aberta divulgada em meados de março em que os diretores alertaram sobre o déficit crescente da Clínica Santo Antônio e a real possibilidade de fechamento da empresa, a única a atender os pacientes com doenças renais de Lafaiete e região. “A notícia à época, mobilizou as lideranças de Lafaiete e região mas o que de concreto foi feito para salvar a clínica?”, questionou.
Sandro José (PROS) discorreu sobre a impossibilidade de transferência de recursos já que se trata de uma empresa particular, ainda que com mais de 95% dos atendimento pelo SUS. “É um privilégio para termos um serviço desta natureza mas precisamos mobilizar toda a região. Talvez a alternativa seria via Cisap ou Cisalp”.
Para Giuseppe Laporte (MDB) o encerramento das atividades da clínica será um prejuízo com impactos regionais. “Imagina um paciente ter que se deslocar a Belo Horizonte para fazer este tipo de tratamento. Isso geria mais custos para o SUS e sofrimento para os pacientes”.
Os vereadores Pastor Angelino (PP) e Valdo Silva (DC) e Damires Rinarlly (PV) mostraram a preocupação como o fechamento da clínica. “Esta responsabilidade deve ser estendida as cidades da região”, pontuou Damires Rinarlly (PV).

O outro lado

Nossa reportagem procurou a direção da Clínica Santo Antônio, situada no Bairro São Sebastião, com mais de 28 de atuação em Lafaiete, atendendo quase que exclusivamente pelo convênio SUS e a pacientes das 18 cidades quem compõem a microrregião de Congonhas e Lafaiete.
Hoje cerca de 170 paciente recebem o tratamento (hemodiálise) que consiste em 3 sessões semanais de 4 horas de duração. Em sua maioria os pacientes são hipertensos e diabéticos. Além dessa modalidade há pacientes (hoje em torno de 15) que fazem diálise em suas casas, monitorados mensalmente pelos médicos da clínica e 24 horas por dia pelos enfermeiros da mesma A clínica atende cerca de 250 consultas ao mês.
Segundo a direção o baixo custo pago pelo SUS vem inviabilizando a clínica. Para se medir o déficit crescente cada sessão tem o custo de R$285,00, mas o repasse do SUS é de apenas R$218,00.
Por outro lado, a clínica tem que fazer constantes investimentos em estrutura física, compra e manutenção dos equipamentos, insumos farmacológicos e não farmacológicos ( em sua maioria importados, portanto com preços em dólares) além de manter em seu quadro recursos humanos em diversas áreas. Ao todo são mais de 50 profissionais que atuam na clínica.
Os recursos para custear os serviços vêm do Ministério da Saúde e são repassados via prefeitura de Lafaiete. É um tratamento caro e se enquadra na modalidade de alto custo.

“A tabela para custear a hemodiálise não era reajustada desde 2017, o que significa 5 anos sem aumento enquanto que os custos aumentaram. Com a pandemia nem se fala. Houve um pequeno reajuste neste ano mas muito abaixo do que seria necessário para manter o equilíbrio financeiro da clínica”, disse a direção que já apresentou a situação ao conselho de saúde, secretários municipais de saúde, prefeito e promotores. “Não houve avanços desde janeiro, quando comunicamos às autoridades municipais, então, em março, tornamos pública a situação deficitária da empresa e os gravíssimos problemas financeiros. “O que nos resta é encerrar as atividades já que não houve avanços nas tratativas e não mais podemos continuar com o endividamento da empresa”, lamentou a direção.

Atendendo pedido de Aloísio Rezende, deputado Charlles Evangelista indica emenda de R$ 500 mil que beneficiará clínica de hemodiálise em Lafaiete

A Clínica Santo Antônio de Doenças Renais que atende pacientes que fazem hemodiálise e funciona atrás do Hospital e Maternidade São José em Conselheiro Lafaiete foi tema de várias reportagens recentemente por conta da crise financeira, correndo risco de fechar as portas. Nesta semana, atendendo ao pedido do pré-candidato a deputado estadual, Aloísio Rezende (Progressistas), o deputado federal, Charlles Evangelista, do mesmo partido, confirmou a indicação de uma emenda parlamentar no valor de R$ 500 mil para o Hospital e Maternidade São José que deverá adquirir insumos que posteriormente serão repassados à Clínica Santo Antônio.

Aloísio Rezende já havia demonstrado a preocupação com o possível fechamento da clínica o que deixaria pacientes com insuficiência renal sem atendimento na hemodiálise e solicitou o apoio do deputado. O atendimento consiste em três sessões semanais de quatro horas de duração cada. Desde 1993 são atendidos os pacientes de Conselheiro Lafaiete e região, contemplando os municípios de Casa Grande, Catas Altas da Noruega, Congonhas, Cristiano Otoni, Desterro de Entre Rios, Entre Rios, Itaverava, Jeceaba, Lamim, Ouro Branco, Piranga, Rio Espera, Santana, São Brás do Suaçuí, Senhora de Oliveira e outros. Além disso, presta assistência a pacientes internados no Hospital e Maternidade São José em enfermarias, apartamentos e, principalmente CTI. Também mantém um ambulatório de atendimento a renais crônicos que não necessitam de diálise e aqueles que fazem diálise peritoneal.

A Clínica Santo Antônio atende à população da região que tem insuficiência renal crônica, quase, exclusivamente pelo convênio SUS. Aloísio Rezende agradeceu o deputado Charlles Evangelista por ter atendido a Clínica Santo Antônio e ressaltou que a Clínica Santo Antônio presta um grande serviço à população de Conselheiro Lafaiete e região. Segundo ele, a falta do atendimento seria um grande retrocesso na área de saúde e por isso é necessário unir forças para que a clínica continue em atividade.

O deputado Charlles Evangelista se colocou à disposição da direção da Clínica Santo Antônio para a busca de meios que garantam a continuidade do atendimento à população de Conselheiro Lafaiete e região.

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