Gasolina dispara e vai a R$ 10,65; etanol vale a pena em 7 estados

Na comparação com o primeiro semestre, combustível fóssil teve um aumento de 10% contra 4,2% do combustível vegetal.

Apesar da pequena queda nos preços médios dos combustíveis após o corte no ICMS em alguns estados, os números encontrados nas bombas ainda são bastante elevados. Na cidade de Marechal Thaumaturgo (AC), o valor máximo cobrado pelo litro da gasolina é de R$ 10,65. Já em Três Passos (RS), o etanol é vendido a R$ 7,646, a quantia mais alta.

As informações são da Ticket Log – empresa de logística e gestão de frotas – e se referem ao fechamento do mês de junho. Na comparação com o primeiro semestre, o combustível fóssil teve um aumento de 10% contra 4,2% do combustível vegetal. Com esse resultado, também aumentou o número de estados em que o etanol é mais vantajoso em comparação à gasolina.

Como é feito o cálculo?

Para saber onde o etanol sai na frente da gasolina na comparação de preços, o levantamento utiliza o Índice de Preços Ticket Log (IPTL).  Na prática, ele aponta o custo em reais por quilômetro rodado, considerando o preço médio do combustível e seu consumo.

No caso do álcool, o valor é fixado em 8,5 km/l, enquanto que para a gasolina de 11,5 km/l. Além de considerar as variações devido o modelo do veículo, também é colocado na balança que o etanol eleva o consumo energético em 30%, com oscilações para mais ou para menos.

Portanto, é válido optar pelo etanol somente quando a diferença no preço também superar percentualmente a redução na autonomia.

7 estados onde vale mais a pena encher o tanque com etanol

Veja a seguir uma lista com os estados que vale mais a pena abastecer com álcool do que com gasolina:

Mato Grosso

  • Preço médio cobrado pelo litro do etanol: R$ 5,029
  • Custo por km rodado com etanol: R$ 0,592

Mato Grosso do Sul

  • Preço médio cobrado pelo litro do etanol: R$ 5,517
  • Custo por km rodado com etanol: R$ 0,649

Minas Gerais

  • Preço médio cobrado pelo litro do etanol: R$ 5,292
  • Custo por km rodado com etanol: R$ 0,623

Paraná

  • Preço médio cobrado pelo litro do etanol: R$ 5,383
  • Custo por km rodado com etanol: R$ 0,633

 Piauí

  • Preço médio cobrado pelo litro do etanol: R$ 5,941
  • Custo por km rodado com etanol: R$ 0,699

São Paulo

  • Preço médio cobrado pelo litro do etanol: R$ 4,670
  • Custo por km rodado com etanol: R$ 0,549

 Goiás

  • Preço médio cobrado pelo litro do etanol: R$ 4,937
  • Custo por km rodado com etanol: R$ 0,581

FOTNE EDITALCOCNURSOS

Por que as redes sociais fazem tão mal?

Segundo terapeuta, a comparação com a vida do outro é uma das maiores causas de sofrimento

O crescimento do uso das redes sociais levou a ciência a estudar o seu impacto na saúde física e mental de adultos e adolescentes. Algumas conclusões são assustadoras: o uso excessivo está relacionado ao aumento da depressão, ansiedade e até suicídio.

O documentário O Dilema das Redes apresentou dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos que mostram que, entre 2009 e 2018, houve um aumento de 70% do suicídio entre as adolescentes e de 151% entre as pré-adolescentes americanas. O estudo mostra ainda um aumento de 189% dos casos de autoflagelo em meninas de 10 a 14 anos, e de 62% entre meninas de 15 a 19 anos. Segundo os profissionais entrevistados no documentário, o crescimento dessas doenças mentais coincide com a expansão das redes sociais.

O Brasil também registrou um aumento no número de suicídios entre os jovens de 2009 a 2018. Segundo o Datasus, houve alta de 53% entre os pré-adolescentes de 10 a 14 anos e de 56% entre os jovens de 15 a 19 anos. O estudo Indicador de Confiança Digital (ICD), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra o impacto das redes na vida dos jovens brasileiros: para 41% dos entrevistados, elas causam sintomas como tristeza, ansiedade ou depressão.

Mas, afinal, por que as redes sociais têm o potencial de nos fazer tão mal?
Quando se acessa às redes somos bombardeados por imagens de casais felizes, viagens incríveis, corpos sarados e festas badaladas. Elas mostram um mundo ‘perfeito’, mas a realidade é bem diferente. “Isso constrói nas pessoas a ideia de que a vida do outro é perfeita e quando não temos maturidade para entender que não existe a perfeição, começa o sofrimento. A pessoa acha que se ela fizer tudo que o outro está dizendo vai chegar naquele patamar de realização. Quando isso não acontece, vem a frustração e o sofrimento”, explica a terapeuta radiestesista Erika Thiele, do Instituto Plasma.

Erika Thiele é terapeuta radiestesista do Instituto Plasma – Divulgação

Comparação
Segundo Erika, um dos principais problemas que o uso excessivo das redes provoca é a comparação. “O perigo para quem vive comparando a própria vida com a dos outros é a frustração. A pessoa cria expectativas de ser o que não é, nem nunca será, porque cada um de nós é único. Essa comparação amplia a possibilidade de infelicidade”, afirma.

A terapeuta explica que esse mundo virtual, além de abrir um mar de possibilidades a serem exploradas, pode também aprisionar. “Se a pessoa não tem um bom filtro, pode passar a viver a vida do outro e ser influenciada por ele. O impacto disso para os adolescentes é ainda maior”, comenta.

Ninguém é feliz o tempo todo
Usar as mídias sociais de forma a minimizar os impactos negativos que ela tem sobre a nossa saúde é uma tarefa que requer disciplina, maturidade e autoconhecimento.

O primeiro passo é entender que todos somos únicos e que, por isso, as comparações não fazem sentido. “É preciso ter em mente que a perfeição não existe e, portanto, não existe uma vida perfeita. O conceito da impermanência pode ajudar: precisamos entender que ninguém está sempre feliz, nem sempre triste. Nada é para sempre: nem a tristeza, nem a felicidade”, explica a terapeuta.

Cuidado com as notificações
Desativar as notificações para evitar a ansiedade de ter que checar o celular o tempo todo é tão importante quanto limitar o tempo de uso. “No caso dos adolescentes, recomenda-se o acompanhamento dos pais. Converse com o seu filho e conheça o conteúdo que ele acessa. O diálogo é sempre o melhor caminho para a orientação”, afirma.Viva fora da telaOutras dicas fundamentais são não levar o celular para a cama na hora de dormir e acrescentar atividades de lazer que dispensem o uso do celular. “A chave é o equilíbrio. Se você sabe o tipo de informação ou conteúdo que te faz mal ou causa ansiedade, evite acessar esses perfis. Estabeleça horários para o uso do celular de forma recreativa e tenha outras formas de lazer longe das telas”, completa a terapeuta.

Diário da Covid-19: Média de mortes no Brasil fica abaixo da média mundial pela primeira vez

No último dia 10 de dezembro, o Brasil apresentou 40 casos por milhão de habitantes, metade do mundo que registrou 80 casos por milhão

Pela primeira vez, desde abril de 2020, o Brasil apresentou média de infectados abaixo de 8 mil casos e média de mortes abaixo de 200 óbitos diários na semana que passou. Desta maneira, o Brasil apresentou média de casos abaixo da média global desde novembro e média de mortes abaixo da média internacional em dezembro de 2021, uma novidade em quase dois anos de pandemia.

Os coeficientes brasileiros de incidência (casos por milhão de habitantes) e de mortalidade (óbitos por milhão) ultrapassaram os coeficientes globais em abril de 2020 e permaneceram acima da média mundial, praticamente todo o período da pandemia. Mas esta realidade começou a mudar.

O gráfico abaixo mostra que o mundo está passando pela 4ª onda pandêmica, mas o pico destas ondas ficou, no máximo, em torno de 100 óbitos por milhão de habitantes. Já a primeira onda brasileira atingiu mais de 200 casos por milhão em julho de 2020. Em novembro, a média brasileira ficou próxima da média global. Mas entre março e junho de 2021, as médias nacionais ultrapassaram 350 casos por milhão de habitantes, bem acima das medias mundiais. Em setembro de 2021, a média de casos ficou temporariamente abaixo da média mundial, mas voltou a ficar acima no mês de outubro. Felizmente, a partir de novembro de 2021 o coeficiente de incidência brasileiro ficou constantemente abaixo do coeficiente global. No dia 10 de dezembro, o Brasil apresentou 40 casos por milhão, a metade do mundo que registrou 80 casos por milhão de habitantes.

O gráfico abaixo mostra que o coeficiente de mortalidade do Brasil tem ficado acima do coeficiente mundial desde abril de 2020. Entre maio e agosto de 2020 o Brasil registrou mais de 4 óbitos por milhão, enquanto a média mundial ficou abaixo de 1 óbito por milhão de habitantes. Em novembro de 2020 os dois valores se aproximaram. Mas em março e abril de 2021 o coeficiente brasileiro chegou a mais de 14 óbitos por milhão de habitantes, enquanto a média mundial ficou em torno de 1,4 óbitos por milhão (o Brasil teve média de óbitos 10 vezes superior). Mas desde abril, os números brasileiros estão caindo e, finalmente, o coeficiente de mortalidade brasileiro ficou abaixo do coeficiente global na semana passada. No dia 10 de dezembro, o Brasil apresentou 0,7 óbito por milhão e o mundo cerca de 1 óbito por milhão de habitantes.

A variante Ômicron é um “presente de Natal”?

O ministro da saúde da Alemanha, o epidemiologista Karl Lauterbach, comentando o quadro brando provocado pela difusão da variante Ômicron na África do Sul, disse: “seria um verdadeiro presente de Natal antecipado se a Ômicron pegasse leve”. A ideia é que o surgimento da variante Ômicron do SARS-CoV-2, uma cepa, até aqui, mais infecciosa e menos virulenta, possa ser positiva para a saúde pública.

Embora seja cedo para tirar conclusões definitivas, alguns especialistas em doenças infecciosas expressam alguma esperança e há até aqueles que dizem que a variante Ômicron pode ser uma forma “benigna”, tendo o potencial de se transformar em uma luz no fim do túnel. Isto porque, o vírus poderia se tornar uma forma predominante mais branda que continuaria se espalhando, mas mataria menos pessoas e provocaria menos internações hospitalares.

O epidemiologista americano Anthony Fauci, mesmo com cautela, também disse algo neste mesmo sentido: “Parece que com os casos que temos visto, não há um perfil muito grave da doença. Na verdade, pode ser – e sublinho ‘pode ser’ – menos grave”.

O gráfico abaixo mostra que a África do Sul está na 4ª onda da covid-19, sendo que nos quatro surtos a média de casos sul-africanos ficou bem acima da média global. Contudo, atualmente, com o predomínio da variante Ômicron, a média de mortes sul-africanas está bem abaixo da média global, ao contrário do que aconteceu nas 3 ondas anteriores.

De fato, quando uma mutação é muito virulenta ela mata o hospedeiro rapidamente, mas, ao mesmo tempo, tem menor probabilidade de se propagar. Porém, quando a linhagem do vírus é menos agressiva, o patógeno passa a conviver com seu hospedeiro, o que favorece a sobrevivência de ambos. Nesse cenário, haveria uma espécie de “acordo tácito” gerando uma trégua entre o coronavírus e a humanidade.

Em vista disto, se a Ômicron for realmente menos letal e provocar menos hospitalizações pode significar o começo do fim da pandemia. Não o fim da doença, mas uma etapa para a transição da pandemia para a epidemicidade. Ou seja, numa visão otimista, a covid-19 não desapareceria, mas se tornaria endêmica e, de fato, poderia se tornar uma espécie de “gripezinha”.

Mas ainda há muitas incertezas no ar. O artigo “Beyond Omicron: what’s next for COVID’s viral Evolution”, publicado na revista Nature (Callaway, 07/12/2021), mostra que existe a possibilidade do SARS-CoV-2 evoluir eventualmente de forma mais previsível, tornando-se semelhante a outros vírus respiratórios. Mas alerta: “não está claro quando essa mudança ocorrerá e com qual infecção ela pode se parecer”.

“Passaporte vacinal” e o monitoramento da covid-19

Os manuais de epidemiologia recomendam que os países e regiões devem adotar uma barreira sanitária para se proteger de uma pandemia que tenha origem no exterior. Isto quer dizer que os controles de fronteira devem fiscalizar, testar e monitorar todas as pessoas que entram no território nacional. Isto vale para o vírus original ou para suas variantes.

Com o avanço do processo de vacinação e a retomada das viagens internacionais, a barreira sanitária se transforma em controle sanitário, especialmente em relação aos locais de maior risco. Efetivamente, as autoridades alfandegárias e sanitárias devem exigir o teste negativo para o coronavírus e o comprovante de vacinação. Estas medidas visam cuidar da saúde pública e preservar o bem-comum, evitando a difusão da doença e garantindo um ambiente saudável para todas as pessoas, independentemente da nacionalidade.

Por exemplo, é normal os países exigirem vacina de febre amarela para as pessoas com viagens para locais onde ainda há a possibilidade de contaminação pela doença. Por isso, o Certificado Internacional de Vacinação deve ser apresentado no aeroporto do destino. Esta é uma medida rotineira que está relacionada com a manutenção da saúde das pessoas. Isto faz parte da institucionalidade democrática.

Neste sentido, não dá para entender a fala do presidente da República e do ministro da Saúde contra o chamado “passaporte vacinal” (isto é, comprovante de vacinação para os viajantes e turistas). O presidente Bolsonaro, que sempre coloca em dúvida as recomendações da ciência, disse, no dia 07/12, que a Anvisa pretendia fechar o espaço aéreo brasileiro e minimizou os riscos das novas variantes do novo coronavírus. O ministro Queiroga, repetindo o seu Chefe, disse que: “às vezes, é melhor perder a vida do que perder a liberdade”. Uma postura muito estranha, pois não é usual que defensores de regimes autoritários e do conservadorismo moral se arvorem defensores da liberdade.

Evidentemente, o presidente Bolsonaro deturpou as recomendações das autoridades sanitárias, pois a Anvisa não propôs o fechamento do espaço aéreo brasileiro e a solicitação de um comprovante de vacina é uma medida corriqueira e que visa a proteção das pessoas e da população. Quem não deseja tomar vacina tem a opção de ficar quieto no seu canto. Mas quem quer ter o direito de viajar tem o dever de se imunizar para não se transformar em um vetor de transmissão de doenças que vai colocar a vida de outras pessoas em risco. Acima de tudo, a liberdade de cada um é limitada pelo direito do outro. Não é justo que uma ou muitas pessoas morram por conta de alguém que se recusa a apresentar comprovante de imunização. Em todas as sociedades existem regras de convivência coletiva que restringem as ações particulares em nome do interesse geral. Acima de tudo, a vida tem um status prioritário, pois não existe liberdade para os mortos.

Não obstante, a despeito da polarização e de toda a retórica do confronto, o governo publicou no Diário Oficial da União, no dia 09/12, novas regras para a entrada de viajantes no Brasil, determinando que quem quiser entrar no Brasil precisará apresentar um comprovante de vacinação contra a covid-19 e um teste negativo da covid-19. As pessoas sem comprovante de imunização precisarão fazer quarentena de 5 dias ao chegar no território nacional. Ou seja, em grande medida as recomendações da Anvisa foram atendidas e as normas sanitárias foram totalmente ou parcialmente contempladas. As regras estavam previstas para entrar em vigor no sábado, dia 11 de dezembro.

Todavia, os sites do Ministério da Saúde e do Conect SUS ficaram fora do ar desde a madrugada da sexta-feira (10/12), em função de um estranho ataque hacker, conforme explicado pelas autoridades federais. Também ficaram indisponíveis as plataformas do Painel Coronavírus e DataSUS. Além dos prejuízos causados pela ausência de dados, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou que o governo adiou por 7 dias a portaria que exige o comprovante de vacinação para viajantes entrarem no Brasil. Um quadro muito triste. Mas no sábado (11/12), o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, determinou a obrigatoriedade de comprovante de vacinação para viajantes estrangeiros que chegarem ao país. A ordem foi dada em uma ação da Rede Sustentabilidade que tenta obrigar o governo a adotar medidas sanitárias recomendadas pela Anvisa.

É claro que o SARS-CoV-2 não está nem aí para toda esta confusão e continua circulando com grande grau de liberdade.  A prefeitura do Rio de Janeiro que havia cancelado a festa pública na virada do ano, voltou atrás e anunciou no dia 09/12, que a capital fluminense não terá shows, mas 25 torres tocando músicas ao longo da Praia de Copacabana. A ansiedade é grande pela normalidade da vida produtiva e social. Assim, a despeito da epidemia de gripe, haverá queima de fogos em 10 pontos da cidade para espantar os fantasmas de 2021.

Quando chega a virada do ano é comum as pessoas irem até a beira do mar e pular sete ondas. Para cada uma das ondas costuma-se fazer um pedido com os desejos e sonhos do ano novo. Sendo o Brasil um dos países mais afetados pela pandemia e com maior dificuldade de implementar políticas públicas de saúde, uma boa medida para o réveillon 2022 é pedir aos céus para que as novas mutações do coronavírus sejam menos agressivas e menos letais.

O jeito é avançar com a vacinação completa e torcer para que haja mutações virais mais brandas, possibilitando um armistício entre o SARS-CoV-2 e os seres humanos. Assim, talvez, a pandemia seja rebaixada para o status de endemia ainda no primeiro semestre de 2022.

FONTE PROJETO COLABORA

Diário da Covid-19: Brasil tem a menor média de casos desde maio de 2020

Média de mortes também vem caindo significativamente apesar da última semana epidemiológica registrar ligeira alta no número de óbitos

A boa notícia da semana, até 17/09, foi a continuidade da queda da média diária de infectados pela covid-19 no Brasil que atingiu o menor nível desde maio de 2020. Segundo o Imperial College de Londres, a taxa de transmissão (Rt) do coronavírus no Brasil caiu para 0,81, também o menor índice do ano. No dia 18 de junho de 2021 a média estava em 72,2 mil casos diários, caiu para 30,4 mil casos em 18 de agosto e diminuiu novamente para 15 mil casos em 17 de setembro, uma queda de mais de 4 vezes em um trimestre, o patamar mais baixo em 16 meses.

O gráfico abaixo mostra que o coeficiente diário de incidência brasileiro se manteve bem acima do coeficiente global na maior parte do ano de 2021. Porém, no dia 13 de setembro, o coeficiente mundial de 74 casos por milhão ficou acima do coeficiente brasileiro de 71 casos por milhão. No dia 16/09 a média brasileira subiu ligeiramente para 74 casos por milhão, enquanto a média global continuou caindo. Mas no dia 17/09 o Brasil apresentou coeficiente de 70 casos e o mundo, 67 casos por milhão de habitantes.

A média de vidas perdidas para a covid-19 também caiu significativamente nos últimos meses, passando de 3.124 óbitos em 12 de abril de 2021, no pico da pandemia, para 532 óbitos em 17 de setembro de 2021, uma queda de 6 vezes em 5 meses. Porém, considerando a 37º semana epidemiológica a média de mortes passou de 454 óbitos no dia 10/09, para 597 óbitos no dia 15/09 e para 532 óbitos no dia 17/09.

O gráfico abaixo mostra que o coeficiente diário de mortalidade brasileiro se manteve bem acima do coeficiente global em todo o ano de 2021, embora a diferença tenha diminuído bastante desde abril. No dia 12/04 o Brasil tinha um coeficiente de 14,6 óbitos por milhão e o mundo, 1,6 óbitos por milhão. No dia 11/09 o coeficiente brasileiro caiu para 2,1 óbitos por milhão e o coeficiente global caiu para 1,1 óbito por milhão. O Brasil vinha se aproximando da média mundial, mas reverteu a tendência na última semana e o coeficiente subiu para 2,5 óbitos por milhão no dia 17/09. Os dados do dia 18/09 foram preocupantes, como veremos à frente.

A tendência de queda do número de casos e óbitos da covid-19 não é só do Brasil, mas de toda a América do Sul, enquanto alguns países da América do Norte e da América Central continuam apresentando números elevados. O gráfico abaixo mostra que, no último mês (17/08 a 17/09), Cuba teve o maior coeficiente de incidência com cerca de 700 casos por milhão de habitantes no dia 17 de setembro. Estados Unidos e Costa Rica apresentaram coeficientes próximos a 440 casos por milhão. México, Panamá, Brasil e o mundo apresentaram coeficientes em torno de 70 casos por milhão. Os demais países possuem coeficientes abaixo da média mundial, com destaque para Paraguai e Equador, com coeficientes abaixo de 10 casos por milhão, sendo que o Haiti é o país das Américas com menor coeficiente, somente 2 casos por milhão de habitantes.

O quadro muda em termos de coeficiente acumulado de incidência. O gráfico abaixo mostra que os EUA apresentam o maior coeficiente, com 126,1 mil casos por milhão de habitantes, seguido de Argentina, Uruguai e Panamá, todos com mais de 100 mil casos por milhão. Na sequência, Brasil, Costa Rica e Colômbia com pouco menos de 100 mil casos por milhão. A média mundial é de 28,9 mil casos por milhão de habitantes. Abaixo do coeficiente global, estão Equador e México com cerca de 28 mil casos por milhão. Novamente, o menor coeficiente acumulado é do Haiti (1,8 mil casos por milhão), que é o país mais pobre das Américas, mas é o que apresenta os menores registros da covid-19.

O gráfico abaixo mostra que no coeficiente de mortalidade a América do Sul também apresenta números em queda e a América do Norte, números elevados no último mês. Os maiores coeficientes estão em Cuba, EUA, Costa Rica e México. Em seguida aparecem Argentina, Brasil, Paraguai e Panamá, todos com coeficientes pouco acima da média mundial. Abaixo da média global, mas coeficiente acima de 1 óbito por milhão estão Bolívia, Equador e Chile. Com coeficientes abaixo de 1 óbito estão Peru, Colômbia e Uruguai, sendo que o Haiti é também o país das Américas com menor coeficiente de mortalidade, somente 0,1 óbito por milhão de habitantes.

O gráfico abaixo mostra a classificação dos países segundo o coeficiente acumulado de mortalidade. O Peru, com quase 6 mil mortes por milhão de habitantes, é o país com a maior proporção de vítimas fatais do novo coronavírus do mundo. O Brasil com 2,76 mil óbitos por milhão encontra-se no segundo lugar nas Américas e no top 6 do mundo. A Argentina e a Colômbia possuem coeficientes em torno de 2.500 óbitos por milhão. México e EUA possuem coeficientes em torno de 2 mil óbitos por milhão. A maioria dos países das Américas possuem coeficientes acumulados de mortalidade acima da média mundial de 594 óbitos por milhão de habitantes no dia 17 de setembro de 2021. Abaixo da média mundial apenas Cuba (com 590 óbitos por milhão) e o Haiti com 52 óbitos por milhão de habitantes.

Nos meses de abril a junho, enquanto a América do Norte (inclui América Central) apresentava tendência de baixa dos números da pandemia, a América do Sul apresentava tendência de alta e se tornava o epicentro da pandemia global. Mas a partir de julho as tendências se inverteram e a América do Sul reduziu significativamente os montantes de casos e óbitos, enquanto os números subiam na América do Norte. As duas regiões apresentavam tendências reversas e ondas defasadas, como mostramos no “Diário da Covid-19: Américas do Sul e do Norte em ondas defasadas”, aqui no #Colabora (Alves, 29/08/2021). A dúvida é se estas tendências vão se alternar novamente.

No sábado à noite, dia 18/09, o Ministério da Saúde divulgou os dados do final da 37ª semana epidemiológica com um repique de casos e também de óbitos. Foram registrados 150.106 casos, um recorde diário para todo o período da pandemia. Registrou-se 935 óbitos que é um valor mais alto para um sábado desde 07/08. Como resultado as médias móveis de 7 dias ficaram em 34,5 mil casos diários e 564 óbitos diários, apresentando tendência de alta. Em parte, o elevado número de casos divulgado no sábado se deveu ao ajuste no sistema de registro de casos. Mas também, isto pode ter ocorrido devido ao represamento de registros atrasados. No pior cenário, pode significar uma nova tendência de viés de alta de uma possível 3ª onda, ou a temida onda da variante delta. De qualquer forma, ainda é cedo para se tirar qualquer conclusão, pois a pandemia do SARS-CoV-2 tem mostrado mais resiliência do que o imaginado anteriormente.

O processo de vacinação tem avançado no Brasil e a primeira dose já foi aplicada a dois terços da população. Porém, apenas um terço da população conta com a vacinação completa. Estes números são importantes para o plano de imunização, mas insuficientes para eliminar de vez qualquer possibilidade de uma terceira onda. Infelizmente, ainda existe o risco de um novo surto pandêmico no país.

O caminho para a imunização completa da população brasileira não tem sido tranquilo. No dia 15 de setembro o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que há “excesso de vacinas” no país. Todavia, no dia seguinte o ministro mudou a política e restringiu o cronograma de vacinação dos adolescentes. Evidentemente, o risco de morte é menor entre a juventude em relação aos idosos. Mas a vacinação de adolescentes é fundamental não só para proteger os jovens, mas também para evitar o contágio e a maior circulação do vírus. Vacina e prevenção são os caminhos para vencer a pandemia.

FONTE COLABORA

Auxílio Brasil ou Bolsa Família: Compare e descubra o que é melhor para o brasileiro

Novo programa de transferência de renda nacional gera dúvidas na população. Ao longo das últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro vem anunciando uma série de propostas para o Auxílio Brasil. O projeto substituirá o atual Bolsa Família, liberando mensalidades de R$ 300 para seus segurados. Entenda a diferença entre ambos.

A consolidação de um programa social com sua assinatura tem sido um desejo de Bolsonaro há meses. Desde 2020 o presidente trabalha para estreitar seus laços com o eleitorado de baixa renda, visando uma possível reeleição em 2022. Para isso, anunciou o fim do Bolsa Família e a implementação do Auxílio Brasil.

O que é o Auxílio Brasil?

Trata-se de um programa com foco na população de baixa renda que tem como finalidade garantir uma renda mínima para reduzir os indicativos de pobreza e extrema pobreza. Ele funcionará nos mesmos moldes do atual Bolsa Família, modificando apenas o tipo e valor dos benefícios.

De acordo com os informes já liberados pelo governo, o novo projeto não apresentará grande diferença em comparação com o Bolsa Família. De modo geral, garantirá transferência de renda, passando apenas a incluir um número maior de beneficiários e supostamente aumentando o valor da mensalidade.

Quais as regras de inclusão do Auxílio Brasil?

Até esse momento o governo federal não determinou quais os critérios para ser um beneficiário. Sabe-se que a população vinculada ao Bolsa Família permanecerá sendo contemplada, o que significa dizer que as regras do atual projeto serão mantidas.

Desse modo, terá o direito de receber o Auxílio Brasil:

  • Famílias extremamente pobres que têm renda mensal de até R$ 89,00 por pessoa
  • Famílias pobres que têm renda mensal entre R$ 89,01 e R$ 178,00 por pessoa
  • Famílias pobres participam do programa, desde que tenham em sua composição gestantes e crianças ou adolescentes entre 0 e 17 anos

Quais os benefícios garantidos pelo Auxílio Brasil?

O valor exato a ser pago também não foi confirmado pelo governo. A previsão é de que o beneficiário receba ao menos R$ 300, de acordo com as afirmações de Bolsonaro. No entanto, para isso será preciso reorganizar as finanças da união para não extrapolar o teto de gastos.

Enquanto essa situação não é resolvida, o Ministério da Cidadania divulgou apenas as modalidades que serão liberadas:

  • Benefício Primeira Infância: Contempla famílias com crianças com até 36 meses incompletos.
  • Benefício Composição Familiar: Diferentemente do Bolsa Família, que limita o benefício aos jovens de até 17 anos, será destinado a jovens de 18 a 21 anos incompletos. O objetivo, segundo o governo, é incentivar esse grupo a concluir ao menos um nível de escolarização formal.
  • Benefício de Superação da Extrema Pobreza: Se após receber os benefícios anteriores a renda mensal per capita da família não superar a linha da extrema pobreza, ela terá direito a um apoio financeiro sem limitações relacionadas ao número de integrantes do núcleo familiar.
  • Auxílio Esporte Escolar: Destinado a estudantes com idades entre 12 e 17 anos incompletos, membros de famílias beneficiárias do Auxílio Brasil e que se destacarem nos Jogos Escolares Brasileiros.
  • Bolsa de Iniciação Científica Júnior: Para estudantes com bom desempenho em competições acadêmicas e científicas e que sejam beneficiários do Auxílio Brasil. A transferência do valor será feita em 12 parcelas mensais. Não há número máximo de beneficiários por núcleo familiar.
  • Auxílio Criança Cidadã: Destinado ao responsável por família com criança de até 48 meses incompletos que consiga fonte de renda, mas não encontre vaga em creches públicas ou privadas da rede conveniada. O valor será pago até a criança completar 48 meses de vida, e o limite por núcleo familiar ainda será regulamentado.
  • Auxílio Inclusão Produtiva Rural: Pago por até 36 meses aos agricultores familiares inscritos no Cadastro Único.
  • Auxílio Inclusão Produtiva Urbana: quem estiver na folha de pagamento do programa Auxílio Brasil e comprovar vínculo de emprego formal receberá o benefício.
  • Benefício Compensatório de Transição: Para famílias beneficiadas pelo Bolsa Família e perderem parte do valor recebido após o enquadramento no Auxílio Brasil. Será concedido no período de implementação do novo programa e mantido até que haja acréscimo no valor recebido pela família ou até que não se enquadre mais nos critérios de elegibilidade.
Auxílio Brasil ou Bolsa Família: Compare e descubra o que é melhor para o brasileiro (Imagem: FDR)
Auxílio Brasil ou Bolsa Família: Compare e descubra o que é melhor para o brasileiro (Imagem: FDR)

E quais eram os benefícios do Bolsa Família?

A diferença entre um projeto e outro é mínima. Como mencionado, basicamente o novo programa funcionará como um Bolsa Família turbinado, isso porque sua atual versão já concede:

  • Benefício Básico: Famílias em situação de extrema pobreza – R$ 89,00 mensais
  • Benefício Variável: Famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza que tenham em sua composição gestantes, nutrizes (mães que amamentam), crianças e adolescentes de 0 a 15 anos – R$ 41,00 e cada família pode acumular até 5 benefícios por mês, chegando a R$ 205,00
  • Benefício Variável Jovem: Famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza e que tenham em sua composição adolescentes entre 16 e 17 anos – R$ 48,00 por mês e cada família pode acumular até dois benefícios, ou seja, R$ 96,00
  • Benefício para Superação da Extrema Pobreza: famílias em situação de extrema pobreza. Cada família pode receber um benefício por mês – o valor é calculado a partir da renda da família

FONTE FDR.COM

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