Auxílio Smartphone vai dar celulares para quem se vacinar contra a Covid-19

De acordo com a Prefeitura do Recife, algumas pessoas que se vacinarem poderão ganhar uma espécie de auxílio smartphone

A Prefeitura da cidade do Recife, em Pernambuco, anunciou nesta semana a criação de uma espécie de auxílio smartphone. A ideia é doar celulares para pessoas da região que resolverem se vacinar contra a Covid-19. De acordo com a gestão municipal, a ideia é estimular o processo de vacinação no município.

Mas calma. Nem todo mundo vai poder receber esses aparelhos. A ideia é sortear 90 smartphones para as pessoas que se vacinarem. Poderão concorrer todos os cidadãos que estão com o esquema vacinal completo. Isso significa dizer as duas doses da Pfizer, Astrazeneca e Coronavac ou a dose única da Jansen.

Ainda de acordo com a Prefeitura do Recife, poderão concorrer ao auxílio as pessoas que não estão com esse esquema vacinal completo desde que tenham recebido a primeira dose e estejam dentro do intervalo correto para receber a segunda parte do imunizante. Essa opção vale para quem tomou as vacinas da Pfizer, Astrazeneca e Coronavac.

“A gente optou por premiar quem já se vacinou e incentivar quem ainda não se vacinou. Quem foi imunizado começa a concorrer no dia seguinte” disse Rafael Figueiredo, que é o secretário executivo de Transformação Digital. Com isso, a Prefeitura local espera fazer com que mais jovens decidam se vacinar nos próximos dias.

Não é preciso realizar nenhum tipo de cadastro para participar desses sorteios. A ideia é usar os dados que estão salvos na plataforma da própria Prefeitura. Quem tomou a vacina vai conseguir concorrer. Quem tomar nos próximos dias vai concorrer também. Pelo menos é isso o que as regras estão dizendo.

Qual o modelo?

Um ponto inusitado em toda essa história é que a Prefeitura do Recife não divulgou qual o celular eles irão sortear para as pessoas que se vacinaram contra a Covid-19. Não se sabe ainda se eles não decidiram qual vai ser ou se eles não querem mostrar.

que se sabe mesmo é que serão 90 celulares para a população. Os sorteios devem seguir até o final do mês. Além dos modelos, eles também não anunciaram ainda quais serão as marcas dos smartphones.

Resultado no site da Prefeitura

A Prefeitura deixou claro que vai divulgar os resultados diários dos sorteios em seu site oficial da internet. Então todos os dias até o final deste ano eles irão acabar fazendo a divulgação desses dados.

Ainda de acordo com os organizadores do processo, eles irão sortear sempre seis smartphones por dia. Sendo que três irão para as pessoas que estão com o esquema vacinal completo e os outros três para quem tem apenas uma dose.

De acordo com a Prefeitura da cidade, há um prazo para que os vencedores busquem os seus celulares. Eles terão 30 dias desde a data do sorteio para pegar o smartphone. Caso contrario, eles não entregam mais o aparelho.

Auxílios

Além do Recife, outras cidade e até mesmo países estão usando auxílios para tentar convencer a população a tomar a vacina contra a Covid-19. No Pará, por exemplo, o Governo local decidiu pagar um benefício social apenas para quem está imunizado.

FONTENOTICIAS CONCURSOS

Hoje (14) tem aplicação de 2ª dose para quem vacinou com Coronavac até o dia 30/11

A Secretaria Municipal de Saúde informa o calendário de vacinação de segunda dose. Confira:
➡ Terça-feira 14/12 das 08 às 16h:
Público: 2ª dose da Vacina Coronavac para quem recebeu a 1ª dose até 30/11
➡ LOCAL:
•SOLAR BARÃO DE SUAÇUI – Rua Barão de Suassui, n°106
É indispensável a apresentação do Cartão de Vacinação, Cartão Nacional do SUS ou CPF

Prefeitura de Lafaiete anuncia 3ª dose para maiores de 18 anos

Em conformidade com a NOTA TÉCNICA Nº 59/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS e DELIBERAÇÃO CIB-SUS/MG Nº3.610, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2021 que tratam da administração de dose de reforço de vacinas contra a Covid-19, a Prefeitura Municipal de Conselheiro Lafaiete, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa que dará início, no próximo dia 14/12, terça-feira, à aplicação da terceira dose para população acima de 18 anos, que já tenham completado 05 meses (150 dias) após a última dose do esquema vacinal (segunda dose), independente do imunizante aplicado.

A vacinação ocorrerá por meio de agendamento realizado pelas equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), visando à otimização dos imunobiológicos e evitando aglomerações nas unidades de saúde.

Ressaltamos a vacinação ocorrerá de forma GRADATIVA, e a continuidade da aplicação da dose de reforço está condicionada ao envio de doses ao município por parte do Ministério da Saúde.

Para mais informações entrar em contato pelo telefone 9 9227-0716 (de segunda à sexta, de 8h às 16h)

Ômicron se propaga mais rápido e é mais resistente às vacinas, diz OMS

Dados preliminares coletados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) mostram que a variante ômicron se propaga mais depressa que a delta, porém causa sintomas mais leves. Dessa forma, a mutação parece contornar parcialmente as vacinas existentes no mercado. A descoberta foi anunciada ontem (12), em comunicado técnico.

Segundo informações da OMS, a nova cepa já está presente em 63 países do globo. Na África do Sul, a ômicron está se disseminando de forma mais veloz que a variante delta, cuja circulação no país é reduzida. Porém, a nova cepa vem se espalhando rapidamente mesmo em nações onde a incidência da delta é alta, como nos países do Reino Unido.

‘Ômicron deve superar delta onde há transmissão comunitária’

A OMS ainda revelou que, no momento, a ausência de mais dados impede afirmar se a taxa de transmissão da ômicron é relativa à evasão imunológica, ao fato de ser mais transmissível ou a uma combinação dos dois fatores. A entidade também avaliou que a “ômicron deve superar a delta nos lugares onde há transmissão comunitária”.

Tanto na África do Sul como na Europa, os sintomas da nova variante parecem ser de leves a moderados. No entanto, a coleta de dados ainda é precária para estabelecer o nível de gravidade do quadro clínico provocado pela mutação.

Na África do Sul, um grupo de cientistas revelou que as duas doses do imunizante da Pfizer tem eficácia de apenas 22,5% na proteção contra a variante ômicron. A pesquisa analisou, em laboratório, o sangue de 12 pacientes imunizados com a fórmula frente à nova mutação do vírus.

Vacinação contra Covid-19

A OMS ressalta que os resultados apresentados são fruto de estudos preliminares. No entanto, existem informações iniciais de que as reinfecções aumentaram na África do Sul, o que pode estar relacionado ao fato de que o vírus contorna anticorpos produzidos em infecções prévias. O texto acrescenta que os testes RT-PCR são eficazes e devem continuar sendo utilizados para diagnosticar pacientes infectados pela Covid-19.

A entidade ainda revelou outro estudo, que analisou amostras de sangue de pessoas vacinadas ou curadas após a infecção pela variante ômicron. Os resultados mostraram menor atividade de neutralização dos anticorpos, em comparação a outras variantes do vírus.

Na semana passada, a fabricante Pfizer/BioNTech afirmou que o esquema de imunização de três doses segue “eficaz” contra a variante ômicron. É o que acontece hoje em países da Europa, que incentivam a população a tomar uma terceira dose da vacina frente às novas ondas de circulação do coronavírus.

Nesta segunda-feira (13), o Reino Unido informou a primeira morte pela ômicron no mundo. O caso foi comunicado pelo primeiro-ministro, Boris Johnson.

Edição: Vitor Fernandes

FONTE BHAZ

Hoje (13) tem 2ª dose para quem vacinou com a Pfizer no dia 12/11

A Secretaria Municipal de Saúde informa o calendário de vacinação de segunda dose. Confira:
➡ Segunda-feira, 13/12 das 08 às 16h:
Público: 2ª dose da Vacina Pfizer para quem recebeu a 1ª dose no dia 12/11
➡ LOCAIS DE VACINAÇÃO:
•SOLAR BARÃO DE SUAÇUI – Rua Barão de Suassui, n°106
• POLIESPORTIVO DO CLUBE CARIJÓS – R. Cel. Licínio Pereira Dutra, Jardim America,117
É indispensável a apresentação do Cartão de Vacinação, Cartão Nacional do SUS ou CPF

Ômicron se propaga mais rápido e vacinas são menos eficazes, diz OMS

A variante ômicron da Covid-19 parece se propagar mais que a delta, com sintomas mais leves, contornando a ação das vacinas, disse neste domingo (12) a Organização Mundial da Saúde (OMS), que destacou que esses dados são preliminares. 

A ômicron estava presente em 63 países em 9 de dezembro, informou a OMS em uma atualização técnica que confirma as declarações de seus funcionários nos últimos dias. 

Segundo a OMS, a ômicron parece se espalhar mais rápido que a variante delta, que até agora é responsável pela maioria das infecções no mundo. 

Este avanço mais rápido não é exclusivo da África do Sul, onde a delta é menos prevalente, mas também no Reino Unido, onde esta cepa é a dominante.

Até o momento, a ausência de mais informações impede afirmar se a taxa de transmissão da ômicron deve-se ao fato de conseguir contornar a imunidade, ao fato de suas características a tornarem mais transmissível ou a uma combinação desses dois fatores. A OMS estima que “a ômicron deve superar a delta nos lugares onde há transmissão comunitária”.

Os dados ainda são insuficientes para estabelecer o nível de gravidade do quadro clínico provocado pela ômicron, mesmo que até o momento os sintomas pareçam ser de “leves a moderados” tanto no sul da África como na Europa. 

Sobre as vacinas, os poucos dados disponíveis levam a acreditar que o perfil genético da ômicron “reduz a eficácia em relação à proteção do contágio”. 

A fabricante Pfizer/BioNTech indicou na semana passada que um esquema de vacinação de três doses ainda é “eficaz” contra a ômicron.

Os países que têm recursos estão incentivando a população a tomar uma terceira dose. Este é o caso da Europa, onde há uma nova onda de casos provocada pela delta, pelo abandono das medidas de prevenção e pelas baixas taxas de vacinação em alguns países.

Professora piranguense vence a Covid-19 e escreve cartilha sobre a doença

Depois de passar 28 dias internada e desses, 15 no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital e Maternidade São José em Conselheiro Lafaiete devido a complicações da Covid-19, a professora Adriana Mendes Concesso, lançou no último dia 6, na Escola Estadual Coronel Amantino Maciel (EECAM), em uma tarde de autógrafos, a cartilha ‘Coronavírus: combatendo com as armas certas’.

A obra versou sobre os cuidados com a doença e finalizou o projeto: ‘Uma mão lava a outra’. “A escola é um potente instrumento para conscientizar as pessoas no combate às doenças infecciosas como a Covid-19”, ressalta Adriana ao relembrar que assim que começou a elaborar a cartilha, contraiu o vírus e teve que ser hospitalizada em estado grave. “Ninguém quer passar por isso, mas infelizmente o vírus é real e nos afeta silenciosamente. Foram dias terríveis. Ficar longe dos meus filhos e familiares não foi nada fácil”, revela ao destacar que esperava ansiosamente pela divulgação e distribuição da cartilha. “Quando fiquei sabendo da notícia que a cartilha já estava sendo distribuída fiquei muito emocionada. ”

O projeto

No projeto foram desenvolvidas várias atividades com o objetivo de conscientizar sobre a prevenção e combate ao avanço da COVID-19, principalmente nos cuidados ao retorno das aulas presenciais. Entre as ações desenvolvidas estavam a leitura de folders e panfletos, por isso, foi trabalhada a cartilha distribuída pelo PSE (Programa Saúde na Escola) da cidade de Piranga. A cartilha foi uma proposta da equipe do PSE ‘Saúde na Escola’ e começou a ser realizada no início de maio quando a professora recebeu o convite da psicóloga Naisy Milagres para escrever a obra.

A cartilha é apresentada através de um poema todo rimado tornando a leitura mais agradável. Ela contém textos que oportunizam através do lúdico, reflexões sobre os cuidados necessários de prevenção ao Coronavírus no território escolar, podendo ser estendido ao ambiente familiar. “Através da Cartilha estamos conscientizando e aprendendo de forma divertida”, disse a professor ao ressaltar que “Uma mão lava a outra e juntas, escola e família podem combater o Coronavírus usando as armas certas. Que se juntem a nós vários guerreiros para vencermos essa batalha contra esse vírus terrível que têm ceifado muitas vidas. ” 

Para a professora, que sempre esteve à frente de projetos educacionais da EECAM, educar é uma dádiva. “Como alfabetizadora e professora sempre incentivei meus alunos a ler e escrever, por isso, ao produzir a cartilha pude expressar toda a minha preocupação e falar sobre os cuidados que devemos ter para tentar acabar com esse vírus”.

Texto: Renato Crispiniano

Carnaval cancelado nas cidades históricas de Minas; Congonhas e Ouro Preto não terão a festa

O Carnaval das cidades históricas mineiras sempre atraiu multidões de foliões. Mas hoje, em coletiva na Casa da Ópera, o prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo recebeu prefeitos da Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais. Uma das pautas era a realização, ou não, do Carnaval 2022. Por unanimidade, os prefeitos de Mariana, Itabirito, Tiradentes, Ouro Preto, Diamantina decidiram pelo cancelamento da festa popular em função de possível aumento de casos de Covid e variantes por csusa da aglomeração em blocos.

Foto: Ane Souz/Prefeitura de Ouro Preto

As cidades se mantém abertas ao turismo cultural, ecológico e esportivo. Angelo Oswaldo lembrou que : ” com o cancelamento do Carnaval em BH, as cidades históricas se tornariam destino natural para foliões da capital e não haveria estrutura nestas cidades para atender ao excesso de pessoas aglomeradas”.

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Veja a lista das cidades históricas que não vão promover o carnaval:

  1. Brumadinho
  2. Baependi
  3. Barão de Cocais
  4. Bom Jesus do Amparo
  5. Conceição do Mato Dentro
  6. Caeté
  7. Catas Altas
  8. Cataguases
  9. Congonhas
  10. Campanha
  11. Diamantina
  12. Itabira
  13. Itabirito
  14. Itapecerica
  15. Januária
  16. Lagoa Santa
  17. Mariana
  18. Nova Era
  19. Ouro Preto
  20. Ouro Branco
  21. Paracatu
  22. Pitangui
  23. Prados
  24. Santa Bárbara
  25. Serro
  26. São João del-Rei
  27. São Thomé das Letras
  28. Sabará
  29. Santa Luzia
  30. Tiradentes

Pelo segundo dia consecutivo Lafaiete não têm casos de covid

A Prefeitura de Conselheiro Lafaiete através da Secretaria Municipal de Saúde e do Serviço de Epidemiologia com o compromisso de manter a população sempre a par das ocorrências ligadas ao combate ao COVID 19 informa 05 novos casos registrados de Coronavírus em Conselheiro Lafaiete nesta data.
Não há ocupação dos leitos em Lafaiete nesta sexta-feira 10/12.

Os pacientes que não necessitam de internação seguem em monitoramento e isolamento domiciliar.
Obs.: A Secretaria de Estado da Saúde é responsável pela regulação do acesso aos leitos hospitalares por meio do Susfácil. O município não tem autonomia para internar pacientes seja em leito clínico ou de Uti Covid-19 sem a regulação do mesmo

Mutações da covid-19 não descartam eficácia e segurança das vacinas

São enganosas as afirmações difundidas pelo médico Rubens Amaral contra as vacinas desenvolvidas para combater a covid-19. Em um vídeo compartilhado no Instagram e replicado no Twitter, WhatsApp e Telegram, ele afirma que os imunizantes não são capazes de proteger contra variantes e que, por este motivo, não valeria a pena receber qualquer dose da vacina.

Diferentemente do que diz Amaral, o vírus que provoca a covid-19 continua sendo o Sars-Cov-2, o que aconteceu foi o surgimento de variantes, que ocorre quando o vírus sofre pequenas modificações. Além disso, o surgimento de novas variantes não faz com que as vacinas automaticamente se tornem dispensáveis.

Os imunizantes seguem capazes de reduzir as chances de quadros agudos da doença, além de minimizar a contaminação pelo novo coronavírus. A dose de reforço, incentivada pelo Ministério da Saúde brasileiro e adotada em outros países, é uma das provas da importância das imunizações.

Evidências demonstram que as vacinas protegem contra todas as variantes de preocupação que surgiram até a delta. Em relação à nova cepa, denominada ômicron, estudos estão sendo conduzidos para saber a real eficácia dos imunizantes contra ela. A Pfizer e a BioNTech já adiantaram que as três doses do imunizante são capazes de neutralizá-la.

Caso seja preciso, os imunizantes podem ser atualizados. Além disso, atualmente, a variante predominante no Brasil é a delta, contra a qual as vacinas são comprovadamente eficazes.

Outras farmacêuticas ainda não se manifestaram publicamente, de forma conclusiva, como a Pfizer. Até o momento, os dados mostram que as vacinas são capazes de proteger da cepa.

O Comprova entrou em contato com o médico questionando as fontes de informações utilizadas por ele para embasar o que é dito no vídeo aqui verificado. Até o momento da publicação desta checagem, não houve retorno.

Por ser uma autoridade médica, as opiniões de Amaral são levadas em consideração por milhares de seguidores no Instagram e também por membros de grupos bolsonaristas que difundem as declarações distorcidas apresentadas por ele, ainda que os argumentos contrários à imunização não tenham respaldo científico.

Todo conteúdo que retira informações de contexto original para distorcer os fatos é classificado como enganoso pelo Comprova. Esse tipo de postagem induz a uma interpretação diferente dos acontecimentos e confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.

Como verificamos?

Primeiramente, procuramos informações sobre as vacinas e o que se sabe sobre o efeito delas contra as variantes.

Buscamos informações nos sites de autoridades sanitárias, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde, para saber quais são as recomendações em relação à imunização.

Conversamos ainda com a doutora em imunologia e professora do Instituto de Biologia da Universidade de Brasília (UnB) Anamélia Lorenzetti Bocca e com o professor do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade de São Paulo (USP) Eduardo Lani Volpe da Silveira.

Por fim, tentamos contato por e-mail com o médico Rubens Amaral, autor do vídeo.

O Comprova fez esta verificação baseado em informações científicas e dados oficiais sobre o novo coronavírus e a covid-19 disponíveis no dia 8 de dezembro de 2021.

Verificação

Ômicron e a eficácia das vacinas

Nomeada com a 15ª letra do alfabeto grego, a nova variante do coronavírus foi detectada em vários países. A diferença dessa para outras mutações do vírus é que as alterações genéticas estão relacionadas a um maior potencial de disseminação. Na prática, isso significa que o vírus se tornou mais infeccioso e pode se transmitir mais rápido.

Isso ocorre porque, na ômicron, a proteína spike, que ajuda o vírus a infectar as células humanas, tem 32 mutações. Especialistas discutem que, mesmo com essas mutações, não necessariamente a ômicron será uma mutação mais preocupante que as anteriores.

Ainda é cedo para saber se os imunizantes desenvolvidos até o momento conseguirão combater a variante ômicron, mas os primeiros indícios apontam que sim, conforme sinalizou a Pfizer e a BioNTech.

Scott Gottlieb, diretor da Pfizer e ex-comissário da Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, disse ao canal estadunidense CNBC que há um grau razoável de confiança nos três ciclos da vacina, contando com a dose de reforço. “O paciente terá uma proteção razoavelmente boa contra essa variante”, declarou.

Por outro lado, em entrevista ao jornal norte-americano Financial Times, o presidente da farmacêutica Moderna, Stéphane Bancel, prevê uma “redução significativa” da eficácia contra a variante. Bacel disse que o alto número de mutações na proteína spike fará com que os imunizantes precisem ser modificados no próximo ano. Apesar das afirmações, o cenário ainda é de incertezas diante da necessidade ou não de uma reformulação dos imunizantes.

De acordo com Anamélia Lorenzetti Bocca, da UnB, ainda é cedo para saber se as vacinas atuais terão a mesma eficácia contra a variante ômicron. Porém, é esperada alguma resposta positiva.

“Espera-se uma diminuição da eficiência, uma vez que temos as mutações, mas não serão ineficazes porque a proteína spike é grande e existem outros epítopos que são conservados. Os anticorpos reconhecem regiões pequenas, então são formados vários anticorpos (chamados de policlonal) para a proteína toda. Outro ponto é que não se sabe ainda se as mutações no RNA levam a mudanças na conformação da proteína. Algumas mutações levam à mudança de aminoácidos que têm as mesmas características e não interferem na proteína e/ou epítopo final”, explica.

Eduardo Lani Volpe da Silveira, destaca o mesmo ponto de que ainda é cedo para saber a eficácia das vacinas contra a nova variante.

“Ainda é prematura qualquer afirmação em relação à eficácia vacinal. O número de casos com esta variante ainda é pequeno na escala global. Porém, a maioria dos relatos tem sido associada a pacientes com sintomas leves de covid-19. Se essa observação se repetir, daqui em diante, em uma população bem maior e em diferentes localidades, daí podemos ter uma ideia mais robusta que as formulações vacinais administradas contra a covid-19 também protegeriam contra essa variante”, explica.

Caso seja necessário, as vacinas podem ser atualizadas

A Anvisa também tem acompanhado os impactos das variantes no curso da doença. A agência participa do grupo de especialistas da Coalizão Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos (International Coalition of Medicines Regulatory Authorities – ICMRA), que discute estratégias regulatórias para a atualização das vacinas. No início deste mês, a agência pediu que as empresas responsáveis pelos imunizantes no país avaliem se eles são eficazes contra a variante.

As vacinas contra a covid-19 são as primeiras a usar a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA). Tanto as empresas Pfizer e BioNtech quanto a Moderna usaram a técnica em seus imunizantes. Uma das grandes vantagens dessa tecnologia é a flexibilidade. Elas podem ser alteradas rapidamente para poder agir contra variantes que eventualmente não forem atingidas pela vacina em uso.

Em um artigo publicado no site The Conversation, Deborah Fuller, microbiologista, professora da Universidade de Washington e especialista em vacinas que utilizam a tecnologia de mRNA, disse acreditar que somente uma dose de reforço seja suficiente para atualizar a imunização contra a variante e que a atualização estaria pronta em até três meses.

A Pfizer disse que está avaliando o impacto da variante na eficácia da vacina. Só depois que os estudos forem concluídos a empresa avaliará se há necessidade de atualizar o imunizante. Já a Universidade de Oxford, responsável pela vacina da AstraZeneca, disse que não há evidências de que o imunizante não sirva para a variante. Porém, a instituição ressaltou que está pronta para atualizar a vacina caso seja preciso.

A Janssen disse que já está desenvolvendo uma nova vacina contra a variante. “Começamos a trabalhar para projetar e desenvolver uma nova vacina contra a ômicron e vamos progredir rapidamente em estudos clínicos, se necessário”, disse Mathai Mammen, chefe global de pesquisa da unidade farmacêutica da Johnson & Johnson.

A Sinovac, fabricante da Coronavac, também afirmou que está avaliando se a vacina funciona contra a variante. Em entrevista ao Jornal da CBN, Sandra Coccuzzo, diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Instituto Butantan, falou que o instituto já coletou amostras dos indivíduos contaminados pela ômicron e os testes foram iniciados.

O governo chinês disse em janeiro que as vacinas produzidas no país podem ser atualizadas para variantes em até dois meses. No último dia 7, a Sinovac pontuou que já trabalha em um novo imunizante adaptado para a cepa e que a expectativa é que ele fique pronto em três meses.

O CEO da Moderna, Stephen Hoge, revelou em 1º de dezembro que pode ter um reforço do seu imunizante para ômicron pronto em março. A empresa também trabalha na elaboração de vacina multivalente que incluiria até quatro variantes diferentes do coronavírus, incluindo a ômicron.

A empresa Novavax, que ainda não teve sua vacina aprovada, apresentou dados que mostram que a eficácia dela para a ômicron é de 50%. Diante dos indicadores, a empresa disse que estuda mudar a composição das doses para aumentar a eficácia.

Cepa pode ser menos letal

O epidemiologista e futuro ministro da Saúde da Alemanha Karl Lauterbach, assim como alguns especialistas, concordam que a nova variante pode vir a se tornar comprovadamente menos letal que as demais.

Lauterbach classificou como “presente de Natal antecipado” a falta de indícios de casos graves da doença associados à mutação descoberta recentemente.

O mesmo olhar otimista sobre a pandemia tem ganhado espaço entre especialistas, como Anthony Fauci, principal conselheiro do presidente dos Estados Unidos Joe Biden.

Anthonyclassificou os primeiros sinais da variante como “um tanto encorajadores”, podendo sinalizar que a nova cepa teria se otimizado para infectar pessoas, em vez de matar, o que poderia acelerar o fim da pandemia e a retomada econômica e social, segundo ele.

Dose de reforço como melhor aliada

Especialistas em saúde orientam que a população siga as recomendações para tomar a dose de reforço. A medida tem como intuito prevenir uma nova onda de infecções.

O Ministério da Saúde reduziu o intervalo entre as aplicações de doses de reforço. Com isso, as aplicações passaram de seis para cinco meses após a segunda dose. Na cidade de São Paulo a redução foi ainda maior, prevendo apenas quatro meses entre a última dose e a dose de reforço.

O reforço vale para todos os brasileiros adultos, a partir dos 18 anos. Antes, a dose adicional era aplicada após seis meses apenas para pessoas com mais de 60 anos, profissionais de saúde e pessoas com problemas no sistema imunológico.

A especialista em imunologia Anamélia Lorenzetti Bocca ressalta que tomar as vacinas aprovadas ainda continua sendo a melhor alternativa, uma vez que elas têm a capacidade de evitar casos graves da doença.

“É importante tomar a vacina, mesmo que a eficiência diminua um pouco, será importante para reduzir a carga viral e a gravidade da doença”, ressalta. Eduardo Vani Volpe também destaca a importância da vacinação para conter novas variantes. “Há todo o sentido em vacinarmos o maior número de pessoas, e não só no Brasil, mas no mundo todo. Além da proteção contra doença grave e morte, a vacinação em massa reduz as chances do surgimento de novas variantes virais, as quais podem eventualmente ser mais transmissíveis ou patogênicas que as conhecidas até o momento.”.

Anamélia ainda explica que os dados mais atuais mostram que será preciso tomar um reforço do imunizante a cada seis meses pelo menos enquanto o vírus continuar com alta circulação.

“No cenário em que o vírus fica circulando regularmente, serão necessárias as doses de reforço porque foi demonstrado que os níveis de uma resposta imune ativa começam a diminuir após 6 meses da última dose, apesar de as células de memória ficarem por mais tempo no organismo. No cenário de contenção da circulação do vírus, talvez seja necessário vacinar apenas as populações de risco. Neste último cenário, vamos precisar aguardar e ver o comportamento da infecção.”.

FONTE UOL CONFERE

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