Dom José: Entre Rios quer de volta seu líder religioso

Entre Rios de Minas ainda está comovida pela morte de seu eterno cidadão, o Bispo Dom José Belvino do Nascimento, ocorrida na noite da última terça feira, vítima de um infarto. Dom José faleceu aos 86 anos depois de mais de duas décadas dedicadas a cidade onde deixou um legado que jamais será preenchido. Sua obra é eterna na cidade com vários campos principalmente pela saudade insuperável.

A cerimônia religiosa de Missa de Sétimo Dia acontece agora na Matriz de Nossa Senhora da Brotas e foi preparada por um grupo de fiéis com todos os detalhes inclusive com um abraço coletivo a igreja. onde foi líder supremo por duas décadas.

Generosidade e amor a En
tre Rios marcaram a vida de Dom José

Mas o que mais comove a cidade é que Dom José não foi enterrado em Entre Rios, cidade que escolheu para morar após sua aposentadoria episcopal. Ele foi sepultado em Conceição do Pará, cidade que pertence a Diocese de Divinópolis onde serviu por 20 anos.

Pela sua história e sua paixão por Entre Rios, um grupo defendeu que seu corpo fosse enterrado na cidade. O movimento pretende ampliar sua atuação e sensibilizar os familiares de Dom José como também a Igreja Católica para que este desejo se concretize.

 

Foto Capa: Adauto Fotógrafo

 

Igreja se despede de Dom José em meio a tristeza e emoção

“Que a morte seja inevitável todos sabemos. Que seja doída também é fato. Mas, quando cercada de carinho, tudo ganha novo colorido. Não encontro palavra melhor para falar do velório de Dom Belvino, Bispo Emérito de Divinópolis”. A Cidade de Entre Rios queria que seu corpo fosse sepultado lá. Divinópolis tinha o mesmo desejo. Todos queriam ter por perto, os restos mortais de uma pessoa muito amada. Mas, em sintonia com a Família, a Diocese tomou a decisão mais acertada: Sepultá-lo na Casa da Mãe que ele sempre amou.

Emoção tomou conta do sepultamento do religioso

O Santuário Diocesano de Conceição do Pará, hoje, foi, literalmente, abraçado pela Diocese. Ao final da missa de despedida, que aconteceu às 10h, Dom José Carlos pediu à multidão que contornasse  o pequeno templo que receberia o corpo de um grande homem. O povo atendeu. Foi emocionante ver que a multidão rodeou todo o templo enquanto os bispos e padres, no interior do Santuário, faziam as últimas orações antes de depositar o corpo de Dom Belvino na sepultura.

O silêncio do velório só foi cortado por alguns soluços inevitáveis. Pe. Vicente Ferreira, responsável pelo Santuário Nossa Sra. da Conceição, em Conceição do Pará, cuidou, com carinho, para que tudo acontecesse da melhor forma possível. E assim, o corpo de nosso querido bispo e pastor foi depositado à direita da entrada do Santuário onde, sob uma ampla janela, pode ser acariciado pelo sol da manhã e beijado pelo perfume das matas que margeiam o Rio Pará.  Descanse em paz, Dom Belvino! Nós continuaremos rezando pelo senhor. E esse que escreve o presente texto também não consegue esconder as lágrimas. Como eu gostava do senhor!!!  Peço desculpas por não conseguir ser imparcial, nesse caso…  Pe. Gabriel

Corpo de Dom José será sepultado agora pela manhã

A Diocese de Divinópolis está enlutada. Faleceu na noite de ontem em Entre Rios, Dom José Belvino, seu Bispo Emérito. Dom José estava bem. Celebrou a Missa e foi para sua casa conversar com os amigos. Sentiu um desconforto e foi encaminhado ao Hospital onde veio a falecer. Seu corpo permaneceu na Cidade de Entre Rios até por volta das 16 horas e depois foi levado para Divinópolis. O cortejo fúnebre chegou em Divinópolis por volta das 20h e foi recebido por um grande grupo de pessoas. Assim que o corpo entrou na cidade os sinos da Catedral começaram a repicar lentamente. As batidas aceleravam à medida que o cortejo se aproximava da Catedral.

Chegada do Corpo a Divinópolis foi marcada pela emoção

O momento da chegada foi marcado por sobriedade e emoção. A missa das 21h foi presidida por Dom José Carlos. Dom Tarcísio ficou de presidir a missa das 23 horas. E assim, as missas acontecerão a cada duas horas até amanhã quando às 07h será celebrada a última missa em Divinópolis. Depois o corpo de Dom Belvino será conduzido para Conceição do Pará. A missa de despedida será às 10 horas e em seguida o corpo será sepultado no Santuário Imaculada Conceição. Dom Belvino amava esse lugar. Por isso, a Diocese, juntamente com seus familiares decidiram sepultá-lo em Conceição do Pará. Que Deus o tenha no céu e que de lá ele nos abençoe!

Morte de Dom José: Prefeitura de Entre Rios decreta luto de 3 dias

Dom José dedicou sua vida em favor de seus semelhantes/Reprodução

O prefeito municipal de Entre Rios de Minas, José Walter Resende Aguiar, decretou três dias de luto oficial no município pelo falecimento do Bispo Emérito da Diocese de Divinópolis, Dom José Belvino do Nascimento. Dom José prestou relevantes e inestimáveis serviços ao município como pároco, professor e ilustre morador da cidade.

Padre José, como era carinhosamente conhecido, residia em Entre Rios de Minas quando por mais de 30 aos foi pároco loca. O religioso se destacou pela fé, dedicação, amor aos mais pobres e levava uma vida simples.

Ele faleceu ontem, dia 8, por volta das 23:00 horas, vítima de um infarto. Seu corpo é velado na Matriz quando por volta das 16:00 horas será transladado para Divinópolis. Padre José será enterrado amanhã em Conceição do Pará (MG) onde será sepultado no Santuário Diocesano.

O bispo completou no último dia 29, 87 anos.

Ele foi colaborador do site e jornal CORREIO DE MINAS.

HISTÓRIA:

Dom José está sendo velado na Matriz de Entre Rios de Minas

José Belvino do Nascimento é natural de Marcês, região da Zona da Mata, onde viveu por pouco tempo, cerca de um ano. Mudou-se com a família para Rio Espera-MG; cidade em que morou Antônio Francisco Lisboa, o “Aleijadinho” escultor, entalhador e arquiteto mineiro da arte barroca, considerado o maior escultor do período barroco.

Em Rio Espera, José Belvino passou a infância num ambiente repleto de amor e carinho. Sua família, muito católica e religiosa, teve papel fundamental em sua vocação. Bem cedo ingressou no Seminário, logo após cursas a escola primária.

Uma nova etapa na vida de José, que deixa o conforto do lar, o carinho dos pais, para dedicar sua vida a Deus. Uma escolha que sem dúvida nenhuma iria transformar a vida daquela criança humilde da pequena cidade de Mercês.

A vida no seminário serviu para confirmar ainda mais o desejo de se tornar padre; e o tempo tratou de lapidar aquele diariamente bruto, é claro, com a ação do Espírito Santo. No dia 02 de dezembro de 1956, na Catedral de Mariana, José Belvino é ordenado Padre.

A ordenação

Naquele tempo não havia ordenação nas paróquias, somente nas Catedrais, e devido à longa distância de Rio Espera a Mariana só os familiares mais próximos puderam participar da festa. Padre José Belvino só pôde celebrar com o povo e o restante dos familiares, no dia 05 de dezembro de 1956, em Rio Espera, três dias depois de sua ordenação, com grande festa preparada pelos fiéis.

 “Foi uma alegria para todo mundo, uma grande festa! A gente não esquece nunca, é muita emoração. É mundo novo, a gente fica até ‘meio bobo’ porque não esperava, não tinha muita esperança de conseguir vencer, e vencemos”, afirma, hoje Dom José.

Região se despede de Dom José Belvino

Daí em diante, Padre José Belvino passou a viver intensamente os ensinamentos de Cristo, a propagar o amor fraterno, a promover a partilha ns comunidade como verdadeiro mensageiro da Boa Nova. José fez a opção pelos mais desfavorecidos e buscou, através do sacerdócio, alimentar a fé na presença  viva de Jesus na Eucarístia.

Nomeado Bispo

24 anos depois após a ordenação de Padre, próximo de completar Bodas de Prata, José Belvino recebe aquele, que sem dúvida, seria dos mais importantes serviços de sua vida: a nomeação de Bispo.

Uma grande festa mobilizou Entre Rios de Minas, na Paróquia de Nossa Senhroa das Brotas, onde trabalhou de 1960 a 1981.

A Consagração Episcopal aconteceu no dia 29 de setembro de 1981, às 10h, na Praça da Matriz. Foi sagrante, Dom Oscar de Oliveira, Arcebispo Metropolitano de Mariana e consagrantes os bispos: Dom José Lima, de Sete Lagoas que foi seu antecessor em Itumbiara e Dom Hélio Gonçalves Heleno, bispo de Caratinga.

Chegada em Divinópolis

Dom José trabalhou por dois anos em Conselheiro Lafaiete, um ano em Coronel Fabriciano e Acezita, um ano em Piranga e por vinte anos na cidade de Entre Rios de Minas. Na diocese de Itumbiara-GO ficou por seis anos como bispo, quando em seguida foi coadjutor na diocese de Patos de Minas.

Sua chegada em Divinópolis se deu em 11 de junho de 1989 e a posse aconteceu numa noite de muita chuva, na Catedral do Divino Espírito Santo; noite em que ficou muito marcada para os fiéis: “Naquela noite caiu uma chuva famosa que os fiéis apelidaram com ‘chuva do bispo’. Foi muito forte e quebrou os vidros das janelas da Catedral, derrubou árvores, enfim, foi um alvoroço ”; diz o bispo.

O trabalho na Diocese de Divinópolis

Com certeza, Dom José escreveu novo capítulo na história da Diocese de Divinópolis nestes vinte anos como Pastor Maior da nossa Igreja.

Sempre preocupado e zeloso para com as coisas de Deus, acompanhou e levou às paróquias palavras de esperança. Cuidou com carinho do Seminário e durante seu trabalho pastoral foram ordenados mais de cinquenta padres e criadas dezesseis paróquias.

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