Isabel: a tatu-canastra brasileira que ensinou ao mundo o que se sabe sobre a espécie

Mesmo para quem vive em regiões consideradas seu habitat-natural, como é o caso do Pantanal, ver um tatu-canastra é considerado um feito raro.

O animal, que existe apenas em países da América Latina, é solitário, só sai à noite para se alimentar de formigas, e pode chegar a passar três quartos da sua vida em tocas subterrâneas.

Para quem tem a sorte de encontrá-lo, a visão impressiona: é a maior das espécies de tatus, podendo pesar até 60 kg, ter 1,5 metros de comprimento e garras que podem chegar a 20 centímetros no terceiro dedo – as mais longas do reino animal.

Até poucos anos atrás, as informações sobre a espécie eram escassas. Dados sobre comportamento e reprodução, algo considerado básico entre biólogos, tornava o tatu-canastra um mistério.

Foi com a motivação de explorar esse animal praticamente desconhecido pela ciência que, em 2010, o pesquisador Arnaud Desbiez, hoje parte do ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), começou a trabalhar com armadilhas fotográficas no Pantanal.

“Isabel, como a batizamos mais tarde, foi o primeiro animal da espécie que conseguimos monitorar. No começo, eu passava noites em claro tentando segui-la a pé, e de manhã procurava pelo buraco de sua toca”, conta Desbiez.

Foi a partir das descobertas feitas com Isabel, o tatu-canastra fêmea que tem hoje aproximadamente 20 anos, que o mundo pode conhecer informações valiosas sobre a espécie.

“Como cientistas, não devemos ter animais prediletos, mas confesso que Isabel é meu tatu favorito. Ela foi nossa professora sobre a espécie. Nos ensinou sobre a movimentação do tatu-canastra, seleção de habitat, características de reprodução… Com ela, temos muitas ‘primeiras descobertas’.”

As descobertas feitas com Isabel

“A Isabel foi o primeiro passo, mas depois os dados foram confirmados, analisados com mais de 40 animais em outros biomas, como Cerrado e Mata Atlântica”, explica Desbiez, descrevendo que as descobertas abaixo – sobre ecologia e biologia de toda uma espécie – não poderiam ser baseadas em um único animal.

Reprodução

Em 2017, o documentário da BBC ‘Hotel Armadillo: Natural World’, revelou para o mundo as descobertas preciosas dos primeiros sete anos de estudo.

Entre elas, o filme mostra as primeiras imagens de um filhote de tatu-canastra já registradas: Isabel e sua cria durante a noite, capturadas por uma armadilha fotográfica.

“Flagramos Isabel compartilhando uma toca com um macho e cinco meses depois tivemos o registro do primeiro filhote, foi super emocionante”, lembra Desbiez.

Antes, explica o pesquisador, a ciência não sabia a duração da gestação e nem que a fêmea gesta um filhote por vez.

O primeiro registro de filhote de tatu-canastra a ser apresentado ao mundo foi de uma cria de Isabel

Ao longo dos anos, Desbiez e sua equipe, hoje composta por 20 pessoas, continuaram a encontrar peças para montar o quebra-cabeça de reprodução da espécie.

“Nossos estudos mostram que o tatu-canastra atinge a maturidade sexual entre sete e nove anos, e quando a conhecemos, Isabel já tinha reproduzido, algo que confirmamos ao testar uma amostra genética e descobrir um animal que nasceu dela. Com isso, conseguimos estimar a idade dela quando começamos o projeto.”

Em 2023, novas imagens de Isabel com um filhote, seu quarto descendente, surpreenderam a equipe, já que mostravam que um tatu com mais de 20 anos pode continuar se reproduzindo.

“A idade máxima de reprodução, até que um animal se reproduza na natureza, é um dado crucial para muitos modelos populacionais. É importante para o cálculo para o tempo de geração e também para categorizar o animal na lista vermelha. Mais uma vez, é Isabel quem traz esse dado para nós.”

ICAS (INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES)
Legenda da foto,Checagem de saúde de Isabel na Fazenda Baía das Pedras, região da Nhecolândia, Pantanal, onde os pesquisadores ficam

Cuidado parental

O trato das mães tatu-canastra com seus filhotes foi outra descoberta importante para a equipe.

“É um animal tão forte e robusto, e quando vemos a delicadeza como ela trata o filhote, não dá para não se emocionar”, diz Desbiez.

Pela observação de diferentes animais da espécie constatou-se que a cada 15 dias, a mãe leva o filhote para um buraco diferente.

“Ela guia o pequeno, que está cego até 50 dias (mais uma coisa que descobrimos com Isabel), até outro buraco, que vai ser mais ou menos 200 metros mais longe”, narra o pesquisador.

Quando as fêmeas saem, fecham seus buracos jogando terra e material vegetal com suas garras afiadas, algo que não fazem quando estão sozinhas.

“Com as armadilhas fotográficas que acompanharam Isabel conseguimos compreender tudo nesse passo a passo, quanto tempo ela fica fora para se alimentar, quando volta para amamentar, e os momentos ‘carinhosos’ entre mãe e filhote.”

ICAS (INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES)

A amamentação é exclusiva até os 6 e 8 meses de idade e o desmame acontece quando a cria completa um ano. Mesmo depois, o filhote continua dependente da mãe até os 18 meses de idade, e até os dois anos ainda é encontrado dentro do território da mãe.

Testes genéticos também mostraram que os filhotes dela foram de machos diferentes, indicando que as fêmeas da espécie têm mais de um parceiro – algo que se confirmou com outros tatus-canastra observados.

“Os machos podem vir muito longe, eles têm um comportamento exploratório, visitam as tocas das fêmeas quando elas estão no cio. Mas no território da Isabel já tinha dois machos, o que facilitou a reprodução.”

Foi também com Isabel que o grupo documentou algo que nunca foi visto em outros animais durante 13 anos de pesquisa.

“Quando um filhote de Isabel tinha quatro semanas, um macho que morava a mais de 15 km veio, a expulsou da toca e matou seu filhote. Oito meses depois, descobrimos que ela estava grávida desse mesmo macho. Isso indica que o macho cometeu o assassinato para fazer com a fêmea voltasse ao período de cio de forma mais rápida, já que normalmente elas reproduzem uma vez a cada três anos”, conta Desbiez.

Habitat natural e tocas

No Pantanal, os pesquisadores conseguiram descobrir que as áreas preferidas dos tatus-canastra são os chamados de Murundu, pequenos campos elevados, geralmente com um cupinzeiro no meio e a vegetação do Cerrado ao redor.

Ali, Isabel e outros tatus-canastra fazem a toca embaixo do cupinzeiro para proteger a si e a eventuais filhotes de predadores como jaguatiricas e onças-pardas.

As primeiras imagens feitas do buraco, que claro, eram da casa de Isabel, mostram que, quando ela não estava em casa, a toca foi utilizada por dezenas de outras espécies.

Entre alguns dos visitantes estavam pequenos roedores, que se aproveitaram da toca procurar alimentos e fugir do calor, tamanduás-mirim, que se abrigaram para se proteger de predadores e descansar, e catetos, que usaram a terra da toca do tatu para se refrescarem.

No Pantanal, a densidade populacional estimada pelo ICAS em 2021 era de 7 e 8 indivíduos para cada 100 km².

A área de vida abrange cerca de 25 km² – um território quase exclusivo para cada indivíduo. Cada animal é capaz de percorrer, em média, 1.6 km, durante uma única noite. Machos tendem a se movimentar mais quando estão procurando fêmeas no cio.

ICAS (INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES)
Legenda da foto,Em média, um tatu-canastra cava uma toca a cada três noites. Com isso, eles alteram seu habitat natural e criam novos habitats para outras espécies

Ameaças à espécie

Dados do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), mostraram que a população do tatu-canastra diminuiu em 30% nos últimos 24 anos como resultado de caça, desmatamento, atropelamento em rodovias e fogo.

“Sobre este último, bastante comum no Pantanal, reconhecemos a importância do fogo como ferramenta essencial no manejo tradicional de pastagens, mas incêndios fora de controle representam um perigo significativo.”

Em parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IP) a Fazenda Baia das Pedras, onde o projeto tem sede, o grupo de Desbiez estabeleceu uma brigada comunitária em 2021.

“Anualmente, realizamos três treinamentos, fornecemos equipamentos para os vizinhos das fazendas e promovemos treinamentos regulares.”

Além disso, o pesquisador considera crucial promover a conscientização e a educação ambiental para proteger essa espécie.

“A familiaridade com o tatu-canastra é surpreendentemente baixa, até mesmo entre aqueles que vivem nas áreas de ocorrência natural. Por meio do projeto, comunidades são envolvidas, e quando capturamos um tatu-canastra, convidamos as pessoas para observarem e apreciarem o animal.”

A ideia da iniciativa, complementa ele, é estimular o respeito pela espécie, por sua singularidade e importância para o ecossistema.

“Entender e celebrar o tatu-canastra são passos fundamentais para a preservação dessa espécie, ainda pouco conhecida e compreendida.”

ICAS (INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES)

FONTE BBC BRASIL NEWS

2024 e o Boom dos Cursos Técnicos: Quais Serão os Mais Procurados?

Saiba quais são as opções de cursos que estão despontando como as grandes apostas para quem quer entrar rapidamente no mercado e ainda garantir um salário atraente

Quer dar um salto rumo ao sucesso profissional em 2024? Pode parecer difícil acreditar, mas o segredo pode estar em um curso técnico. Isso mesmo! Com o mercado de trabalho cada vez mais dinâmico e a tecnologia avançando a passos largos, escolher se profissionalizar pode ser o trampolim para uma carreira promissora e financeiramente recompensadora.

Mas quais cursos técnicos vão estar em alta em 2024?

Aqui, vamos apresentar 10 opções que estão se destacando como as grandes apostas para quem deseja ingressar rapidamente no mercado e ainda garantir um salário atraente, de acordo com uma pesquisa do Senai. Não se trata apenas de escolher uma carreira; é sobre estar no lugar certo, na hora certa!

  1. Técnico em Manutenção Automotiva: Com a evolução dos carros elétricos e híbridos, essa área promete muito.
  2. Logística: Em um mundo que valoriza a entrega rápida, profissionais de logística são essenciais.
  3. Manutenção de Aeronaves: O setor aeronáutico sempre necessita de técnicos altamente qualificados.
  4. Eletromecânica: A junção de mecânica e eletrônica está por toda parte, desde fábricas até robótica.
  5. Manutenção de Máquinas Industriais: Essencial para manter a indústria funcionando a todo vapor.
  6. Eletroeletrônica: Um campo vasto, com aplicação em diversas áreas da tecnologia.
  7. Técnico em Enfermagem: Uma profissão sempre em demanda, especialmente em tempos de crise na saúde.
  8. Desenvolvimento de Sistemas: Com o avanço da digitalização, os desenvolvedores de sistemas são cada vez mais requisitados.
  9. Segurança do Trabalho: Uma área crucial para garantir ambientes de trabalho seguros.
  10. Telecomunicações: Com a expansão das redes 5G, profissionais de telecomunicações estarão em alta.

Esses cursos técnicos oferecem uma formação mais rápida e focada do que um curso superior tradicional, permitindo que você entre no mercado de trabalho com habilidades práticas e muito requisitadas. E o melhor: são mais acessíveis financeiramente, tornando a educação técnica uma opção viável para muitos.

Então, se você está pensando em qual direção seguir, considere uma dessas opções como seu caminho para o sucesso em 2024.

FONTE CAPITALIST

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  1. Técnico em Manutenção Automotiva: Com a evolução dos carros elétricos e híbridos, essa área promete muito.
  2. Logística: Em um mundo que valoriza a entrega rápida, profissionais de logística são essenciais.
  3. Manutenção de Aeronaves: O setor aeronáutico sempre necessita de técnicos altamente qualificados.
  4. Eletromecânica: A junção de mecânica e eletrônica está por toda parte, desde fábricas até robótica.
  5. Manutenção de Máquinas Industriais: Essencial para manter a indústria funcionando a todo vapor.
  6. Eletroeletrônica: Um campo vasto, com aplicação em diversas áreas da tecnologia.
  7. Técnico em Enfermagem: Uma profissão sempre em demanda, especialmente em tempos de crise na saúde.
  8. Desenvolvimento de Sistemas: Com o avanço da digitalização, os desenvolvedores de sistemas são cada vez mais requisitados.
  9. Segurança do Trabalho: Uma área crucial para garantir ambientes de trabalho seguros.
  10. Telecomunicações: Com a expansão das redes 5G, profissionais de telecomunicações estarão em alta.

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Então, se você está pensando em qual direção seguir, considere uma dessas opções como seu caminho para o sucesso em 2024.

FONTE CAPITALIST

O mapa do clima no Brasil que espanta os cinetistas no mundo

Brasil enfrenta sequência sem precedentes de quatro meses consecutivos de temperatura recorde no país com sucessivas ondas de calor históricas

O Brasil enfrenta uma sequência de meses de temperatura muito acima da média recordes e está na iminência de uma poderosa e histórica onda de calor com potencial de derrubar recordes de temperatura máxima em vários estados, fazendo de novembro outro mês excepcionalmente quente no território brasileiro.  O que está ocorrendo no clima do Brasil não é normal e se insere em um contexto global de aquecimento acelerado do planeta, que ao mesmo tempo causa alarme entre os maiores experts do mundo em clima.

UNIVERSIDADE DO MAINE

O mapa acima, com base em reanálise, mostra as anomalias de temperatura no Brasil no mês de outubro recém terminado. As temperaturas ficaram muitíssimo acima dos padrões históricos em uma enorme área do território brasileiro, compreendo milhares de municípios do Norte, Nordeste, Centro e o Sudeste. O aquecimento foi muitíssimo acima do normal principalmente entre o Pantanal e o Cerrado. O aquecimento muitíssimo atípico chamou atenção de especialistas em clima no exterior que destaracam a excpcionalidade do que se enxerga no território brasileiro.

O que se vê no mapa deveria preocupar a todos os brasileiros. Não é normal que um mês registre temperatura tão acima do média numa área tão imensa do Brasil e muito menos normal que o mês termine com temperaturas 2ºC a 6ºC acima da média histórica em quase metade do país. Os impactos de temperaturas tão fora da curva histórica por longos períodos têm efeitos nocivos para a saúde humana, flora e fauna, e ainda para a economia, sobretudo a agricultura.

Os dados das capitais ilustram quão fora do normal foi outubro em grande parte do Brasil. No Centro-Oeste, Campo Grande terminou outubro com temperatura mínima média de 23,2ºC ou 3,2ºC acima da normal climatológica. Já a média máxima de outubro foi de 34,9ºC, portanto 3,6ºC acima da climatologia, o que é um grande desvio. O outubro muito seco, com só 18,6 mm na estação da capital do Mato Grosso do Sul, que tem média histórica de precipitação de 150,6 mm no mês, explica o outubro muito mais quente que o normal.

Cuiabá, no estado do Mato Grosso, registrou temperatura máxima média em outubro de espantosos 39,4ºC. O valor está muito acima da média máxima histórica mensal de 35,1ºC. Foram nada menos que 14 dias com temperatura acima de 40ºC em Cuiabá no último mês. Um deles, teve 44,2ºC, a maior temperatura já observada na cidade desde o começo das medições em 1911 (recorde mensal e absoluto) e a mais alta temperatura já oficialmente observada em uma capital brasileira, apenas 0,6ºC abaixo do recorde nacional oficial de calor.

No Sudeste, Belo Horizonte anotou temperatura mínima média em outubro de 21,3ºC, assim 2,5ºC da média mínima histórica mensal de 18,8ºC. A temperatura máxima média se situou em 30,9ºC, 2,2ºC acima da média histórica de 28,7ºC. Em setembro, Belo Horizonte teve o dia mais quente de sua história, desde o início das medições em 1910, com 38,6ºC.

A cidade de São Paulo também experimentou um outubro mais quente do que o padrão histórico. Com média de 27,2°C, as temperaturas máximas fecharam o mês com 0,7°C acima da normal climatológica, que é de 26,5°C. Em setembro, as máximas na capital paulista chegaram a ficar 5°C acima da média. Já a média das temperaturas mínimas no último mês na cidade de São Paulo ficou 2,0 °C acima da climatologia de 16,5°C.

O Instituto Nacional de Meteorologia concluiu que o Brasil teve o outubro mais quente registrado na média do país ao menos desde 1961. A temperatura média nacional no último mês foi de 26,4ºC, ou 1,2ºC acima da média nacional do período 1991-2020. O desvio positivo somente não foi maior porque muitas áreas do Sul tiveram temperatura perto ou abaixo da média, o que foi resultado de chuva excessiva a extrema com marcas acima de 500 mm, e que causaram enchentes e mortes.

O pior. Outubro de 2023 foi o quarto mês seguido em que o Brasil teve recorde mensal de temperatura média. Julho teve uma temperatura média no país de 23,0ºC, logo 1,1ºC acima da média nacional pela série climatológica 1991-2020. Agosto acabou com uma média nacional de 24,3ºC ou 1,4ºC superior à climatologia de 22,9ºC. Setembro foi o mês em que a temperatura mais ficou acima da média no país com o Brasil terminando o mês com 25,8ºC de média contra uma climatologia de 24,2ºC, um desvio de 1,6ºC.

O Brasil é um país de dimensões continentais, com sua área cobrindo grande parte da América do Sul, assim um mês de temperatura recorde no país já seria um fato notável, mas quatro meses seguidos de temperatura alta recorde é um dado espantoso e que deveria ser motivo de preocupação.

Quatro meses consecutivos de temperatura recorde no Brasil não podem ser explicados apenas por variabilidade natural do clima ou a influência do fenômeno El Niño. O que está se testemunhando no nosso país se insere em um contexto muito maior em que os mesmos quatro meses também foram de temperatura recorde no planeta.

O Brasil, assim, está apenas acompanhando uma tendência de aquecimento acelerado da Terra nos últimos meses que não apenas está alarmando a comunidade científica como desencadeou uma enorme discussão entre os maiores especialistas em clima do planeta que buscam respostas para a Terra ter entrado em um ritmo de aquecimento muito mais rápido que o projetado nos últimos meses, o que passa pelo efeito estufa dos gases antropogênicos, mas poderia ter outros fatores contribuindo.

SISTEMA COPERNICUS

O último mês foi o outubro mais quente já registrado globalmente, de acordo com os dados do Sistema Copernicus da União Europeia. A temperatura média do ar na superfície no planeta foi de 15,30°C, ou 0,85°C acima da média de outubro de 1991-2020 e 0,40°C acima da temperatura do outubro mais quente anterior, em 2019. Outubro de 2023 no mundo não foi apenas o mês quente já registrado, mas por uma larga margem, tal como já havia ocorrido em setembro.

A anomalia de temperatura para outubro de 2023 foi a segunda mais alta em todos os meses no conjunto de dados ERA5, atrás apenas de setembro de 2023. O mês como um todo foi 1,7°C mais quente do que uma estimativa da média de outubro para 1850-1900, o período de referência pré-industrial. O Acordo de Paris estabeleceu como meta limitar o aquecimento global a 1,5ºC acima do período pré-industrial.

SISTEMA COPERNICUS

De janeiro a outubro de 2023, a temperatura média global é a mais alta já registrada no planeta no período, 1,43°C acima da média pré-industrial de 1850-1900 e 0,10°C acima da média de dez meses do ano de 2016, até então o ano mais quente já registrado no planeta na era observacional. Com isso, os cientistas estimam mais de 99% de probabilidade que 2023 supere 2016 e se torne o ano mais quente já registrado na Terra desde que se iniciaram as medições.

Os últimos dois meses de 2016 foram relativamente mais frios, reduzindo a anomalia média anual, enquanto o restante de 2023 deverá ser relativamente quente, à medida que o atual evento El Niño continua e persistem temperaturas altas da superfície do mar. Por isso, a estimativa que 2023 superará 2016 como o ano mais quente já observado na Terra. As temperaturas médias globais para novembro e dezembro de 2023 na faixa de 0,3ºC-0,7°C acima dos níveis de 1991-2020, por exemplo, resultariam em valores anuais para 2023 na faixa de 0,51ºC-0,58°C acima da média de 1991-2020, equivalente a 1,39ºC-1,46°C acima de 1850-1900.

FONTE: MET SUL https://metsul.com/o-mapa-do-clima-no-brasil-que-espanta-os-cientistas-no-mundo/ .

O mapa do clima no Brasil que espanta os cinetistas no mundo

Brasil enfrenta sequência sem precedentes de quatro meses consecutivos de temperatura recorde no país com sucessivas ondas de calor históricas

O Brasil enfrenta uma sequência de meses de temperatura muito acima da média recordes e está na iminência de uma poderosa e histórica onda de calor com potencial de derrubar recordes de temperatura máxima em vários estados, fazendo de novembro outro mês excepcionalmente quente no território brasileiro.  O que está ocorrendo no clima do Brasil não é normal e se insere em um contexto global de aquecimento acelerado do planeta, que ao mesmo tempo causa alarme entre os maiores experts do mundo em clima.

UNIVERSIDADE DO MAINE

O mapa acima, com base em reanálise, mostra as anomalias de temperatura no Brasil no mês de outubro recém terminado. As temperaturas ficaram muitíssimo acima dos padrões históricos em uma enorme área do território brasileiro, compreendo milhares de municípios do Norte, Nordeste, Centro e o Sudeste. O aquecimento foi muitíssimo acima do normal principalmente entre o Pantanal e o Cerrado. O aquecimento muitíssimo atípico chamou atenção de especialistas em clima no exterior que destaracam a excpcionalidade do que se enxerga no território brasileiro.

O que se vê no mapa deveria preocupar a todos os brasileiros. Não é normal que um mês registre temperatura tão acima do média numa área tão imensa do Brasil e muito menos normal que o mês termine com temperaturas 2ºC a 6ºC acima da média histórica em quase metade do país. Os impactos de temperaturas tão fora da curva histórica por longos períodos têm efeitos nocivos para a saúde humana, flora e fauna, e ainda para a economia, sobretudo a agricultura.

Os dados das capitais ilustram quão fora do normal foi outubro em grande parte do Brasil. No Centro-Oeste, Campo Grande terminou outubro com temperatura mínima média de 23,2ºC ou 3,2ºC acima da normal climatológica. Já a média máxima de outubro foi de 34,9ºC, portanto 3,6ºC acima da climatologia, o que é um grande desvio. O outubro muito seco, com só 18,6 mm na estação da capital do Mato Grosso do Sul, que tem média histórica de precipitação de 150,6 mm no mês, explica o outubro muito mais quente que o normal.

Cuiabá, no estado do Mato Grosso, registrou temperatura máxima média em outubro de espantosos 39,4ºC. O valor está muito acima da média máxima histórica mensal de 35,1ºC. Foram nada menos que 14 dias com temperatura acima de 40ºC em Cuiabá no último mês. Um deles, teve 44,2ºC, a maior temperatura já observada na cidade desde o começo das medições em 1911 (recorde mensal e absoluto) e a mais alta temperatura já oficialmente observada em uma capital brasileira, apenas 0,6ºC abaixo do recorde nacional oficial de calor.

No Sudeste, Belo Horizonte anotou temperatura mínima média em outubro de 21,3ºC, assim 2,5ºC da média mínima histórica mensal de 18,8ºC. A temperatura máxima média se situou em 30,9ºC, 2,2ºC acima da média histórica de 28,7ºC. Em setembro, Belo Horizonte teve o dia mais quente de sua história, desde o início das medições em 1910, com 38,6ºC.

A cidade de São Paulo também experimentou um outubro mais quente do que o padrão histórico. Com média de 27,2°C, as temperaturas máximas fecharam o mês com 0,7°C acima da normal climatológica, que é de 26,5°C. Em setembro, as máximas na capital paulista chegaram a ficar 5°C acima da média. Já a média das temperaturas mínimas no último mês na cidade de São Paulo ficou 2,0 °C acima da climatologia de 16,5°C.

O Instituto Nacional de Meteorologia concluiu que o Brasil teve o outubro mais quente registrado na média do país ao menos desde 1961. A temperatura média nacional no último mês foi de 26,4ºC, ou 1,2ºC acima da média nacional do período 1991-2020. O desvio positivo somente não foi maior porque muitas áreas do Sul tiveram temperatura perto ou abaixo da média, o que foi resultado de chuva excessiva a extrema com marcas acima de 500 mm, e que causaram enchentes e mortes.

O pior. Outubro de 2023 foi o quarto mês seguido em que o Brasil teve recorde mensal de temperatura média. Julho teve uma temperatura média no país de 23,0ºC, logo 1,1ºC acima da média nacional pela série climatológica 1991-2020. Agosto acabou com uma média nacional de 24,3ºC ou 1,4ºC superior à climatologia de 22,9ºC. Setembro foi o mês em que a temperatura mais ficou acima da média no país com o Brasil terminando o mês com 25,8ºC de média contra uma climatologia de 24,2ºC, um desvio de 1,6ºC.

O Brasil é um país de dimensões continentais, com sua área cobrindo grande parte da América do Sul, assim um mês de temperatura recorde no país já seria um fato notável, mas quatro meses seguidos de temperatura alta recorde é um dado espantoso e que deveria ser motivo de preocupação.

Quatro meses consecutivos de temperatura recorde no Brasil não podem ser explicados apenas por variabilidade natural do clima ou a influência do fenômeno El Niño. O que está se testemunhando no nosso país se insere em um contexto muito maior em que os mesmos quatro meses também foram de temperatura recorde no planeta.

O Brasil, assim, está apenas acompanhando uma tendência de aquecimento acelerado da Terra nos últimos meses que não apenas está alarmando a comunidade científica como desencadeou uma enorme discussão entre os maiores especialistas em clima do planeta que buscam respostas para a Terra ter entrado em um ritmo de aquecimento muito mais rápido que o projetado nos últimos meses, o que passa pelo efeito estufa dos gases antropogênicos, mas poderia ter outros fatores contribuindo.

SISTEMA COPERNICUS

O último mês foi o outubro mais quente já registrado globalmente, de acordo com os dados do Sistema Copernicus da União Europeia. A temperatura média do ar na superfície no planeta foi de 15,30°C, ou 0,85°C acima da média de outubro de 1991-2020 e 0,40°C acima da temperatura do outubro mais quente anterior, em 2019. Outubro de 2023 no mundo não foi apenas o mês quente já registrado, mas por uma larga margem, tal como já havia ocorrido em setembro.

A anomalia de temperatura para outubro de 2023 foi a segunda mais alta em todos os meses no conjunto de dados ERA5, atrás apenas de setembro de 2023. O mês como um todo foi 1,7°C mais quente do que uma estimativa da média de outubro para 1850-1900, o período de referência pré-industrial. O Acordo de Paris estabeleceu como meta limitar o aquecimento global a 1,5ºC acima do período pré-industrial.

SISTEMA COPERNICUS

De janeiro a outubro de 2023, a temperatura média global é a mais alta já registrada no planeta no período, 1,43°C acima da média pré-industrial de 1850-1900 e 0,10°C acima da média de dez meses do ano de 2016, até então o ano mais quente já registrado no planeta na era observacional. Com isso, os cientistas estimam mais de 99% de probabilidade que 2023 supere 2016 e se torne o ano mais quente já registrado na Terra desde que se iniciaram as medições.

Os últimos dois meses de 2016 foram relativamente mais frios, reduzindo a anomalia média anual, enquanto o restante de 2023 deverá ser relativamente quente, à medida que o atual evento El Niño continua e persistem temperaturas altas da superfície do mar. Por isso, a estimativa que 2023 superará 2016 como o ano mais quente já observado na Terra. As temperaturas médias globais para novembro e dezembro de 2023 na faixa de 0,3ºC-0,7°C acima dos níveis de 1991-2020, por exemplo, resultariam em valores anuais para 2023 na faixa de 0,51ºC-0,58°C acima da média de 1991-2020, equivalente a 1,39ºC-1,46°C acima de 1850-1900.

FONTE: MET SUL https://metsul.com/o-mapa-do-clima-no-brasil-que-espanta-os-cientistas-no-mundo/ .

Cientista prevê que atingiremos a imortalidade a partir de 2030

O renomado cientista da computação e futurista Ray Kurzweil fez algumas previsões ousadas sobre o futuro da humanidade, incluindo a capacidade de alcançar os passos para a imortalidade a partir de 2030 e atingir a singularidade da inteligência artificial (IA) em 2045. Embora algumas pessoas possam descartar essas afirmações, é importante observar que Kurzweil tem um histórico surpreendentemente em antecipar avanços tecnológicos.

Previsões anteriores

(Fonte: GettyImages/Reprodução)
(Fonte: GettyImages/Reprodução)

Em 1990, o cientista já havia previsto que um computador venceria campeões mundiais de xadrez humanos até o ano 2000. Ele também antecipou o surgimento de computadores portáteis, smartphones e a explosão da internet. 

Notavelmente, ele revisou suas previsões em 2010 e descobriu que 115 das 147 feitas desde 1990 estavam totalmente corretas, com outras 12 sendo essencialmente certas e apenas três totalmente erradas. Embora ele tenha cometido erros, como superestimar a chegada dos carros autônomos em 2009, sua precisão ainda é notável.

Imortalidade e singularidade da IA

(Fonte: GettyImages/Reprodução)
(Fonte: GettyImages/Reprodução)

As previsões mais ambiciosas de Kurzweil dizem respeito à imortalidade e à singularidade da IA. De acordo com seus cálculos, até 2030, avançaremos a expectativa de vida humana em mais de um ano a cada ano. 

Esse feito extraordinário envolveria o uso de nanorrobôs na corrente sanguínea, reparando nossos corpos e conectando nossos cérebros à nuvem. Com essa conexão, poderíamos potencialmente enviar vídeos ou e-mails diretamente de nossas mentes e até mesmo fazer backup de nossas memórias.

Já o ponto da singularidade estaria marcado para 2045. O cientista da computação acredita que a IA será capaz em um teste de Turing válido até 2029, alcançando níveis de inteligência humana. Posteriormente, nós seríamos fundidos com a tecnologia, multiplicando nossa inteligência efetiva em bilhões. Embora essas previsões possam parecer fantásticas, o futurista segue inabalável em suas afirmações.

Além disso, a visão de Kurzweil para a singularidade não é de desgraça, mas sim uma oportunidade para a humanidade se tornar divina. Ele prevê que seremos mais engraçados, sedutores e melhores em expressar o amor, tudo em um futuro no qual nosso neocórtex estará conectado à nuvem, permitindo-nos acessar vasto poder computacional à vontade.

Desafios e viabilidade

(Fonte: GettyImages/Reprodução)
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Embora as afirmações de Kurzweil sejam intrigantes, existem desafios significativos a serem superados. A ideia de nanorrobôs em nossa corrente sanguínea é fascinante, mas atualmente está longe de ser realizada, apesar de algum progresso no uso da nanorrobótica para a entrega de medicamentos em tumores cerebrais. As interfaces cérebro-computador avançaram, mas o salto necessário para o grande futuro imaginado pelo cientista continua sendo um obstáculo substancial.

As interações entre humanos e IA continuam a seguir predominantemente métodos tradicionais, e ainda não testemunhamos a implementação em larga escala da singularidade. É incerto se essas ideias se concretizarão, mas, se a história servir de indicação, elas não devem ser descartadas sem consideração.

As previsões de Ray Kurzweil sobre a imortalidade e a singularidade da inteligência artificial são bem ousadas, mas seu histórico de acertos sobre os avanços da tecnologia exige consideração. Embora os cronogramas que ele estabeleceu para alcançar esses marcos possam parecer ambiciosos, não estão completamente além do reino da possibilidade. Somente o tempo dirá se a visão dele para o futuro se concretizará, mas, se ela se confirmar, a humanidade pode realmente estar à beira de transformações profundas.

FONTE MEGA CURIOSO

Cientista prevê que atingiremos a imortalidade a partir de 2030

O renomado cientista da computação e futurista Ray Kurzweil fez algumas previsões ousadas sobre o futuro da humanidade, incluindo a capacidade de alcançar os passos para a imortalidade a partir de 2030 e atingir a singularidade da inteligência artificial (IA) em 2045. Embora algumas pessoas possam descartar essas afirmações, é importante observar que Kurzweil tem um histórico surpreendentemente em antecipar avanços tecnológicos.

Previsões anteriores

(Fonte: GettyImages/Reprodução)
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Em 1990, o cientista já havia previsto que um computador venceria campeões mundiais de xadrez humanos até o ano 2000. Ele também antecipou o surgimento de computadores portáteis, smartphones e a explosão da internet. 

Notavelmente, ele revisou suas previsões em 2010 e descobriu que 115 das 147 feitas desde 1990 estavam totalmente corretas, com outras 12 sendo essencialmente certas e apenas três totalmente erradas. Embora ele tenha cometido erros, como superestimar a chegada dos carros autônomos em 2009, sua precisão ainda é notável.

Imortalidade e singularidade da IA

(Fonte: GettyImages/Reprodução)
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As previsões mais ambiciosas de Kurzweil dizem respeito à imortalidade e à singularidade da IA. De acordo com seus cálculos, até 2030, avançaremos a expectativa de vida humana em mais de um ano a cada ano. 

Esse feito extraordinário envolveria o uso de nanorrobôs na corrente sanguínea, reparando nossos corpos e conectando nossos cérebros à nuvem. Com essa conexão, poderíamos potencialmente enviar vídeos ou e-mails diretamente de nossas mentes e até mesmo fazer backup de nossas memórias.

Já o ponto da singularidade estaria marcado para 2045. O cientista da computação acredita que a IA será capaz em um teste de Turing válido até 2029, alcançando níveis de inteligência humana. Posteriormente, nós seríamos fundidos com a tecnologia, multiplicando nossa inteligência efetiva em bilhões. Embora essas previsões possam parecer fantásticas, o futurista segue inabalável em suas afirmações.

Além disso, a visão de Kurzweil para a singularidade não é de desgraça, mas sim uma oportunidade para a humanidade se tornar divina. Ele prevê que seremos mais engraçados, sedutores e melhores em expressar o amor, tudo em um futuro no qual nosso neocórtex estará conectado à nuvem, permitindo-nos acessar vasto poder computacional à vontade.

Desafios e viabilidade

(Fonte: GettyImages/Reprodução)
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Embora as afirmações de Kurzweil sejam intrigantes, existem desafios significativos a serem superados. A ideia de nanorrobôs em nossa corrente sanguínea é fascinante, mas atualmente está longe de ser realizada, apesar de algum progresso no uso da nanorrobótica para a entrega de medicamentos em tumores cerebrais. As interfaces cérebro-computador avançaram, mas o salto necessário para o grande futuro imaginado pelo cientista continua sendo um obstáculo substancial.

As interações entre humanos e IA continuam a seguir predominantemente métodos tradicionais, e ainda não testemunhamos a implementação em larga escala da singularidade. É incerto se essas ideias se concretizarão, mas, se a história servir de indicação, elas não devem ser descartadas sem consideração.

As previsões de Ray Kurzweil sobre a imortalidade e a singularidade da inteligência artificial são bem ousadas, mas seu histórico de acertos sobre os avanços da tecnologia exige consideração. Embora os cronogramas que ele estabeleceu para alcançar esses marcos possam parecer ambiciosos, não estão completamente além do reino da possibilidade. Somente o tempo dirá se a visão dele para o futuro se concretizará, mas, se ela se confirmar, a humanidade pode realmente estar à beira de transformações profundas.

FONTE MEGA CURIOSO

Você bebe este refrigerante? Estudo aponta ligação surpreendente com câncer

Veja o estudo que relacionou o refrigerante de cola com o câncer e os resultados gerados a partir disso.

Os refrigerantes de cola, com sua doçura atraente e efervescência refrescante, têm sido uma bebida popular em todo o mundo por décadas. No entanto, pesquisas recentes estão revelando um lado sombrio dessas bebidas carbonatadas.

Não se trata apenas da quantidade de açúcar que eles contêm, mas também do fosfato, um ingrediente comum em refrigerantes de cola.

Conheça o estudo que lançou luz sobre como o fosfato presente nesses refrigerantes pode estar relacionado ao surgimento do câncer.

O papel do fosfato em refrigerantes de cola

O fosfato é um aditivo alimentar frequentemente utilizado em refrigerantes de cola para realçar o sabor e prolongar a validade.

Ele é adicionado na forma de ácido fosfórico e pode ser encontrado em uma variedade de alimentos e bebidas processadas. Embora o fosfato seja um nutriente essencial para o corpo, o excesso pode ser prejudicial.

O estudo

Um estudo recente analisou a relação entre o consumo de refrigerantes de cola e o risco de câncer. Os resultados foram surpreendentes e preocupantes.

Resultados do estudo

  • Aumento do risco de câncer: O estudo descobriu que o consumo regular de refrigerantes de cola estava associado a um aumento significativo no risco de câncer. Os participantes que consumiam essas bebidas com frequência tinham um risco maior de desenvolver câncer em comparação com aqueles que as consumiam com menos frequência ou não as consumiam;
  • Fosfato: Embora o açúcar nos refrigerantes de cola seja frequentemente culpado pelos problemas de saúde associados a essas bebidas, os pesquisadores descobriram que o fosfato pode ser um fator igualmente importante. O excesso de fosfato no corpo pode perturbar o equilíbrio do cálcio e do fósforo, levando a uma série de problemas de saúde, incluindo câncer;
  • Ação no microambiente tumoral: O estudo também sugeriu que o fosfato presente nos refrigerantes de cola pode afetar o microambiente tumoral, tornando-o mais propício para o crescimento de células cancerígenas. Isso pode explicar por que o consumo dessas bebidas está ligado a um maior risco de câncer.

Mecanismos biológicos

Os pesquisadores por trás do estudo acreditam que o fosfato pode influenciar o risco de câncer de várias maneiras:

  • Desregulação do metabolismo: O excesso de fosfato pode desencadear desregulações no metabolismo das células, tornando-as mais propensas a se tornarem cancerígenas;
  • Inflamação crônica: O fosfato em excesso também pode desencadear uma resposta inflamatória crônica no corpo, o que pode promover o desenvolvimento do câncer;
  • Alterações no microambiente tumoral: Como mencionado anteriormente, o fosfato pode criar um ambiente favorável para o crescimento de células cancerígenas, tornando o corpo mais suscetível ao câncer.

FONTE CAPITALIST

Você bebe este refrigerante? Estudo aponta ligação surpreendente com câncer

Veja o estudo que relacionou o refrigerante de cola com o câncer e os resultados gerados a partir disso.

Os refrigerantes de cola, com sua doçura atraente e efervescência refrescante, têm sido uma bebida popular em todo o mundo por décadas. No entanto, pesquisas recentes estão revelando um lado sombrio dessas bebidas carbonatadas.

Não se trata apenas da quantidade de açúcar que eles contêm, mas também do fosfato, um ingrediente comum em refrigerantes de cola.

Conheça o estudo que lançou luz sobre como o fosfato presente nesses refrigerantes pode estar relacionado ao surgimento do câncer.

O papel do fosfato em refrigerantes de cola

O fosfato é um aditivo alimentar frequentemente utilizado em refrigerantes de cola para realçar o sabor e prolongar a validade.

Ele é adicionado na forma de ácido fosfórico e pode ser encontrado em uma variedade de alimentos e bebidas processadas. Embora o fosfato seja um nutriente essencial para o corpo, o excesso pode ser prejudicial.

O estudo

Um estudo recente analisou a relação entre o consumo de refrigerantes de cola e o risco de câncer. Os resultados foram surpreendentes e preocupantes.

Resultados do estudo

  • Aumento do risco de câncer: O estudo descobriu que o consumo regular de refrigerantes de cola estava associado a um aumento significativo no risco de câncer. Os participantes que consumiam essas bebidas com frequência tinham um risco maior de desenvolver câncer em comparação com aqueles que as consumiam com menos frequência ou não as consumiam;
  • Fosfato: Embora o açúcar nos refrigerantes de cola seja frequentemente culpado pelos problemas de saúde associados a essas bebidas, os pesquisadores descobriram que o fosfato pode ser um fator igualmente importante. O excesso de fosfato no corpo pode perturbar o equilíbrio do cálcio e do fósforo, levando a uma série de problemas de saúde, incluindo câncer;
  • Ação no microambiente tumoral: O estudo também sugeriu que o fosfato presente nos refrigerantes de cola pode afetar o microambiente tumoral, tornando-o mais propício para o crescimento de células cancerígenas. Isso pode explicar por que o consumo dessas bebidas está ligado a um maior risco de câncer.

Mecanismos biológicos

Os pesquisadores por trás do estudo acreditam que o fosfato pode influenciar o risco de câncer de várias maneiras:

  • Desregulação do metabolismo: O excesso de fosfato pode desencadear desregulações no metabolismo das células, tornando-as mais propensas a se tornarem cancerígenas;
  • Inflamação crônica: O fosfato em excesso também pode desencadear uma resposta inflamatória crônica no corpo, o que pode promover o desenvolvimento do câncer;
  • Alterações no microambiente tumoral: Como mencionado anteriormente, o fosfato pode criar um ambiente favorável para o crescimento de células cancerígenas, tornando o corpo mais suscetível ao câncer.

FONTE CAPITALIST

Brasileiro com a cabeça invertida participa de estudo realizado por cientistas

Estudo conduzido por uma equipe de pesquisadores dos EUA foi publicado recentemente

Cientistas da Dartmouth College, nos EUA, conduziram um estudo com Claudio Vieira, um brasileiro com Artrogripose Múltipla Congênita (AMC), condição que o fez nascer com pernas atrofiadas, braços colados no peitoral e a cabeça virada para trás e invertida.

O estudo fora feito com o objetivo de entender como a orientação dos rostos afeta o reconhecimento. Claudio, que nasceu com graves limitações físicas, possui uma notável capacidade de reconhecer rostos, mesmo quando estão invertidos.

Mecanismos evolutivos e experiência

Como repercute o jornal O Globo, os cientistas observam que nossa habilidade com rostos verticais parece ser resultado de uma combinação de mecanismos evolutivos e experiência.

“Quase todo mundo tem muito mais experiência com rostos verticais e ancestrais cuja reprodução foi influenciada pela sua capacidade de processar rostos verticais, por isso não é fácil separar a influência da experiência e dos mecanismos desenvolvidos adaptados para rostos verticais em participantes típicos”, disse Brad Duchaine, autor principal do estudo e psicólogo da Dartmouth College.

Incertezas

Há bastante tempo, os pesquisadores têm conhecimento de que nossa habilidade de reconhecer rostos diminui consideravelmente quando um rosto está girado 180 graus.

No entanto, sempre foi uma tarefa desafiadora determinar se essa queda na capacidade se deve a mecanismos evolutivos que gradualmente moldaram as nossas habilidades de processamento facial ao longo do tempo ou, simplesmente, porque a maioria de nós interage principalmente com pessoas e as enxerga com os rostos na posição vertical.

Os cientistas começaram então a questionar como a perspectiva única de Cláudio em relação aos rostos afeta sua capacidade de detecção e correspondência facial. Para investigar isso, eles iniciaram testes sobre a capacidade do brasileiro em identificar rostos em 2015 e 2019.

Os resultados do estudo revelaram que Vieira foi mais preciso do que os controles com detecção invertida e julgamentos do efeito Thatcher (ou seja, com o rosto invertido), mas obteve pontuação semelhante aos controles com correspondência de identidade facial.

Conclusão dos pesquisadores

Os pesquisadores concluíram que nossa habilidade de reconhecer rostos em posição vertical é influenciada por uma combinação de fatores, incluindo mecanismos evolutivos e experiência pessoal.

Duchaine, o autor principal do estudo, observou: “Como Cláudio parece ter mais experiência com rostos verticais do que com rostos invertidos e ele viu rostos de um ponto de vista invertido, é revelador que ele não se sai melhor com rostos verticais do que com rostos invertidos para detecção de rosto e rosto”.

Os cientistas enfatizam a necessidade de pesquisas adicionais para compreender melhor as diferenças entre o reconhecimento de rostos na posição vertical e invertida, bem como outros aspectos do julgamento que as pessoas fazem ao observar rostos, como expressões faciais, idade, sexo e confiabilidade.

FONTE AVENTURAS NA HISTÓRIA

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