Experiências valem mais que compra de bens na hora de gastar, sugere pesquisa

Para mais da metade de pessoas consultadas, viagens e jantares são prioridades em vez de compra de bens materiais

Estudos de finanças comportamentais concluem que os gastos com experiências têm um efeito mais prolongado no sentimento de satisfação de quem gasta. Uma pesquisa com 700 brasileiros de várias partes do país sugere que as pessoas já perceberam isso. Segundo o levantamento do site Guia dos Melhores61% dos entrevistados priorizam experiências como viagens, jantares ou passeios a locais turísticos.

Esses são os gastos listados como principais desejos e motivações dos consumidores. Em seguida, aparece compras para melhorias da casa.
Pesquisa Guia dos Melhores — Foto: Divulgação

“Todos nós estivemos, de alguma forma, muito limitados ao ambiente de casa durante um longo período. A necessidade de voltar às experiências externas está alinhada com o nosso contexto econômico e social atual” explica Eduardo Scherer, fundador do Guia dos Melhores.

Em se tratando do gasto com bens, aqueles que refletem melhorias na casa são os mais desejados, principalmente entre o público mais jovem. Esta é a principal motivação de compra de 32% dos respondentes com idade entre 16 e 39 anos.

No topo da lista de itens para melhorias da casa, aparecem eletrodomésticos que prometem uma vida mais prática, como o robô aspirador, desejo de 23% dos entrevistados, e a panela elétrica airfryer, apontada por 22% das pessoas. Em terceiro lugar, com 14% das menções, está a geladeira invertida.

Pesquisa Guia dos Melhores — Foto: Divulgação

 

O preço e o produto ser de marca de confiança são os aspectos citados com mais recorrência como os mais importantes na hora de escolher um produto.

O preço de um produto ainda é o ponto mais determinante para uma decisão de compra, o que pode estar diretamente relacionado com o fato de as pessoas estarem priorizando as experiências. Economiza-se um pouco nos bens duráveis para que se possa investir em uma viagem, por exemplo”, analisa Scherer.

Pesquisa Guia dos Melhores — Foto: Divulgação

 

FONTE VALOR INVESTE

Minas ganha novas rotas turísticas, com foco na experiência e memória afetiva

O perfil do turista mudou após a pandemia, e o Sebrae tem buscado criar novas rotas para potencializar os negócios a partir dessa mudança; conheça algumas

Conhecer Ipatinga para além do Vale do Aço, experimentar a “estrada natural” da Bahia-Minas, como Milton Nascimento descreve em “Ponta de Areia”, fazer uma viagem só para conhecer os sabores dos cafés do Cerrado mineiro, e outro roteiro apenas para degustar os queijos da Serra da Canastra. Estes são exemplos de rotas em Minas que entram na categoria turismo de experiência, focado exclusivamente na experiência do viajante.

São alguns dos caminhos que o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) tem trabalhado para transformar em produtos, experiências e oportunidades de negócios no Brasil e em Minas, o turismo regional. Algumas destas novas rotas turísticas já foram lançadas, outras estão prestes a ser.

Imagem mostra feira na praça de São Lourenço, em Minas Gerais, com várias roupas expostas em cabides e mulher olhando.
São Lourenço – MG | Crédito: Embratur Sebrae / Divulgação

A analista do Sebrae Minas, Nathália Milagres, explica que o foco do projeto é descentralizar a oferta de roteiros turísticos. Ir além dos destinos mais conhecidos.

“Minas tem muitos produtos e belezas. Acreditamos que, potencializando esses destinos, criamos oportunidades para pequenos negócios e para mostrar mais Minas para os mineiros, para o Brasil e para o mundo. Afinal, Minas vai além do histórico e do cultural. Temos uma gastronomia muito forte, por exemplo, e que permeia vários produtos, temos recursos naturais, e tudo isso pode ser explorado e usado para atuar com a valorização dessas comunidades”, conta.

Ela lembra que 99,3% dos negócios da cadeia de turismo em Minas são pequenos negócios.

Imagem de feira de alimentos em São Lourenço, Minas Gerais, com foco em uma barraca onde estão expostos produtos típicos como queijos e cachaças.
São Lourenço | Embratur Sebrae / Divulgação

A analista de Competitividade do Sebrae Nacional, Germana Magalhães, também explica por que a exploração de novo destinos turísticos ajuda a fomentar as economias locais.

“As experiências podem impactar diretamente na economia das regiões visitadas, promovendo o desenvolvimento local, visto que podem promover interações diretas com as comunidades locais. A compra de produtos artesanais, restaurantes locais, atividades de passeios e hospedagem nas propriedades rurais, consumo de produtos da agroindústrias, são exemplos de atividades que podem agregar valor aos pequenos negócios ligados ao turismo”, conta Germana.

Rotas turísticas em Minas Gerais

O Estado já avança com alguns roteiros formatados como a Rota dos Cafés do Cerrado e a Rota Bahia-Minas. Os outros que devem ser potencializados ao longo deste ano incluem:

  • as rotas dos queijos em diferentes regiões,
  • outras rotas de cafés,
  • a Rota das Artes, que liga BH e Brumadinho até Ouro Preto, valorizando a arte histórica e contemporânea, e
  • a Rota Geoparque Terra de Gigantes em Uberaba.

Este último inclusive, está em análise da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para se tornar um geoparque global. O anúncio de novos territórios chancelados é previsto para março de 2024, segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), que catalogou o inventário do patrimônio geológico de Uberaba

Imagem mostra sítio de cachoeiras no Geossítio Cachoeira da Fumaça no Geoparque Uberaba
Geossítio Cachoeira da Fumaça no Geoparque Uberaba | Crédito: SGB

A analista do Sebrae Minas ainda cita como exemplos de rotas turísticas diferenciais no Estado uma Ipatinga mais rural, que possibilita outras experiências que vão além do Vale do Aço; as cidades de Monte Verde, com suas temperaturas baixíssimas; e Delfim Moreira e Carrancas, com suas belas paisagens de cachoeiras.

Além disso, ela lembra também do Parque Nacional do Peruaçu, em Januária, com seus sítios arqueológicos e cavernas, território histórico e mais vivo do que nunca.

No início deste mês, uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) encontrou restos de alimentos e de produção de pigmentos e instrumentos que datam de 2 a 3 mil anos atrás, segundo a Universidade. O sítio arqueológico que integra o Parque também concorre a Patrimônio Natural e Cultural da Unesco.

Imagem mostra pesquisadores fazendo escavações no solo de sítio arqueológico do Vale do Peruaçu, em Minas Gerais
Pesquisadores fazem escavações em sítio arqueológico no Vale do Peruaçu | Crédito: acervo do projeto / UFMG

Mudança no perfil do turista guia novos caminhos

Se antes a meta era visitar os pontos turísticos mais emblemáticos e bater ponto nos roteiros tradicionais, hoje, a tendência é explorar caminhos mais afetivos e personalizados nas viagens. A consultora do Sebrae Minas, Nathália Milagres, observa que, a partir do pós-pandemia e com o encarecimento de muitos produtos, houve uma mudança no perfil do turista.

“Após a pandemia tivemos um turismo regional muito grande, que impactou o turismo em Minas Gerais, Estado que mais cresceu em atividade turística. Também tivemos um momento de inflação muito alta, e, consequentemente, menos recursos para investir em lazer, mas as pessoas ainda queriam viajar e, por isso, o turista passou a escolher melhor suas experiências”, explica.

Imagem mostra família de costas, sendo homem, mulher e duas crianças segurando as mãos dos pais, passeando em praça de igreja, à noite, na cidade de Poços de Caldas, Minas Gerais
Poços de Caldas – MG | Crédito: Embratur Sebrae / Divulgação

Ela observa que o uso frequente das redes sociais também direciona o turista para lugares onde ele possa explorar melhor seus momentos, fazer registros e se conectar com ele mesmo.

“O turista vai muito longe na lógica de planejar e pensar uma viagem diferente. Com o uso das redes sociais e a exposição, a gente percebe que o turista busca entender mais o que ele quer e o que faz sentido pra ele”, completa.

Além disso, a análise da especialista é que a busca por natureza e pelo resgate de memórias da infância tem estado cada vez mais forte.

“Não fugimos muito da busca pelo contato com a natureza, que tem crescido, e com pessoas, lugares e experiências que conectam o turista com aquele momento. Ele quer o resgate da cultura e da sua história de momentos que viveu na infância. Experiências assim, que fazem sentido para ele, são mais valorizadas. É a caminhada, o fogão à lenha…”.

Paisagem de Monte Verde, em Minas Gerais, conhecida por suas altas temperaturas. Imagem mostra cenário da cidade, com casas, morros e caminho de pedras, e placa com o nome da cidade.
Monte Verde – MG | Crédito: Embratur Sebrae / Divulgação

Para a analista do Sebrae Nacional, Germana Magalhães, passou-se a valorizar não apenas os momentos de lazer, mas também as oportunidades de aprendizado e transformação pessoal. “As vivências enriquecedoras e a conexão com pessoas e culturas diferentes contribuem para o crescimento individual. O contato com a natureza. As viagens em famílias e amigos. O turismo de experiência transcende a abordagem convencional“, conclui.

 

FONTE DIÁRIO DO COMÉRCIO

Ama vinhos? Descubra 9 experiências imperdíveis dentro e fora do Brasil

Visite vinícolas, experimente vários rótulos, participe de harmonizações especiais e aprenda tudo sobre o universo dessa bebida deliciosa!

Aqui vai uma dica de ouro pra quem ama viajar e experimentar novos vinhos. O guia Wine Locals reúne várias experiências incríveis pra você visitar durante sua passagem por destinos no Brasil e no exterior.

Estamos falando de visitas guiadas a vinícolas, degustações de diferentes rótulos, harmonização de vinhos com comidinhas locais, passeios diferentões e até piqueniques nos vinhedos.

Ou seja, são rolês perfeitos para quem tem espírito aventureiro e não perde a oportunidade de conhecer novos lugares e culturas por meio dos vinhos e da gastronomia local!

Outra boa dica pra quem ainda não decidiu pra onde viajar é considerar as experiências do guia ao escolher seu próximo destino.

Agora, chega de papo e bora conferir as experiências que separamos para vocês curtirem nos meses de setembro, outubro, novembro e até dezembro:

Serra Gaúcha (RS)

Faça um brinde à vida e à natureza no meio dos lindíssimos vinhedos da Casa Perini, no município de Farroupilha (RS). E, pra chegar até o local exato do piquenique, você pega carona na charmosa kombi personalizada da marca.

Créditos: Wine Locals | Divulgação

O rolê inclui uma garrafa de vinho ou espumante, uma garrafa de suco de uva de 300ml, uma garrafa de água de 500ml, duas taças de acrílico e uma cesta com delícias como geleias de uva e damasco, baguete, copa, salame, queijos, presunto parma, frutas e biscoitos doces.

Você pode curtir essa experiência incrível, que mistura gastronomia e natureza, de segunda a domingo, às 10h30 e/ou às 15h, por R$ 327 para duas pessoas.

Quem não ama tomar uma bela taça de vinho assistindo ao pôr do sol em um lugar lindo? Esta é parte da experiência incrível proposta pelo Spa do Vinho, um hotel e spa cheio de atrativos pra quem curte essa bebida dos deuses.  O local fica na cidade de Bento Gonçalves, no coração do Vale do Vinho.

Créditos: Wine Locals | Divulgação

O passeio começa com um sunset com uma vista incrível, sonorizado pelo DJ Fábio Moro. Nesse clima perfeito, você tem direito a uma taça de espumante Brut, uma taça de vinho rosé, uma taça de vinho tinto e uma tábua A.S.D.A. (ácido, salgado, doce e azedo) com frios, frutas, geleias, nuts e focaccia. Que harmonização, hein?

Pensa que chegou ao fim? A noite continua incrível com um jantar no Bistrô Culinária de Torroir, com direito a entrada, prato principal e sobremesa e bebidas não alcoólicas inclusas.

O rolê completo tem duração média de 3 horas, custa R$345,95 por pessoa e acontece todos os dias a partir das 17h.

São Joaquim (SC)

A Serra Catarinense é outro lugar incrível para se conhecer se você ama vinhos! E a Wine Locals propõe uma degustação ao pôr do sol do alto dos vinhedos da Vinícola Monte Agudo, em um espaço bem agradável com mesinhas a céu aberto.

Créditos: Divulgação | Wine Locals

Essa verdadeira experiência sensorial é conduzida por um sommelier, enólogo ou pelos proprietários da vinícola. Você vai conhecer um pouco da história, do processo de produção, do terroir e outras curiosidades da família responsável pela propriedade.

Você tem que escolher entre três opções diferentes de degustação – Prata (4 rótulos), Ouro (7 rótulos) e Premium (9 rótulos)  – e todas elas são harmonizadas com pratos frios e pães. Que delícia!

O sunset na vinícola Monte Agudo dura cerca de uma hora e acontece de segunda a sábado (exceto às quartas-feiras), sempre às 16h. O passeio não inclui uma visita guiada à propriedade.

São Roque (SP)

Aprenda tudo sobre o elixir do deus Baco em um passeio bem completinho em São Roque (SP). A degustação premium da Vinícola Góes começa na sede do Parque Enoturístico da propriedade, onde você embarca em um ônibus em direção aos vinhedos.

Créditos: Wine Locals | Divulgação

Durante o passeio, um guia sommelier conduz um bate-papo descontraído e interativo, apresentando curiosidades sobre a região, plantio, colheita das uvas e a elaboração dos vinhos.

E ao chegar ao destino, um espaço com vista panorâmica ao lado dos vinhedos, você vai experimentar quatro diferentes rótulos nobres e premiados, harmonizados com uma tábua de aperitivos com pães e queijos. Os visitantes ainda ganham de brinde uma taça personalizada e um chapéu.

A degustação na Vinícola Góes tem duração média de duas horas e acontece aos sábados e domingos, às 13h e às 16h.

Andradas (MG)

Ainda não provou um vinho mineiro? Então, você tem a oportunidade de provar entre 12 e 15 rótulos na experiência sensorial oferecida pela Vinícola Casa Geraldo, em Andradas (MG). O passeio começa no auditório da propriedade, onde você vai conhecer um pouquinho sobre a família dona da propriedade e a história da vinicultura local.

Créditos: Divulgação | Wine Locals

Depois disso, os visitantes partem para um passeio pela fazenda, no qual experimentam seis rótulos, apreciam a paisagem dos vinhedos e aprendem sobre técnicas de cultivo da uva.  Já na “cantina do Sr. Geraldo”, um prédio histórico na vinícola, você tem a chance de provar mais dois vinhos diferentes direto das barricas.

Em seguida, o público é conduzido à nova cantina da fazenda, onde aprende sobre o processo de vinificação e prova mais duas garrafas selecionadas. Na cave, o guia fala sobre o processo de envelhecimento dos vinhos em barricas de carvalho. E adivinha o que você vai provar? Fácil: mais dois rótulos.

O passeio termina com um almoço harmonizado, com direito a salada, entrada, prato principal e sobremesa.  Além de toda essa experiência gastronômica completa, os visitantes ainda ganham uma taça personalizada da vinícola. Legal, né?

A visita à Casa de Geraldo acontece de sexta a domingo, às 11h, e tem duração média de 4h30.

Uruguai

Viva uma experiência inesquecível no Tour Garzón Single Vineyard. A bodega tem se destacado por rótulos celebrados internacionalmente!

Se no dia que você reservou a visita tiver um grupo de pelo menos 15 pessoas, prepare-se para apreciar uma bela vista das vinhas a bordo de uma carruagem puxada por um trator. Com menos participantes, essa parte do trajeto é feita a pé.

Créditos: Wine Locals | Divulgação

Depois, é hora de conhecer a adega e provar dois vinhos da linha Reserva enquanto descobre tudo sobre o processo de produção deles.

Mas não é só isso! Na parte final do tour, todos se dirigem à esplanada e degustam três vinhos Premium Single Vineyard e três azeites extra-virgens Colinas de Garzón acompanhados por uma travessa de queijos, fiambre, marinada, azeitonas e pão caseiro. Não dá pra perder, né?

O passeio custa R$265 por pessoa e acontece de quarta a domingo, às 15h. 

Nada melhor do que harmonizar um vinhozinho com uma comida delícia. E é exatamente essa a proposta da visita com degustação clássica e almoço harmonizado na Bodega Pizzorno Wines.

Créditos: Wine Locals | Divulgação

Durante o tour, você vai conhecer o vinhedo, a cava e a vinícola, sempre acompanhado por um enólogo. Agora, os pontos altos do passeio são a degustação e o almoço!

Os participantes experimentam quatro dos melhores rótulos da casa acompanhados por empanadas sortidas, pão do campo e azeite de oliva. E o especialista vai te contar um pouco sobre a história de cada garrafa.

Após isso, é a hora de almoçar. O menu inclui entrada, prato principal e sobremesa, sempre acompanhado por um vinho diferente.

O passeio custa R$414 por pessoa e acontece de terça a domingo, às 10h30. 

Chile

Em sua viagem para o Chile, que tal aproveitar para fazer o Tour Viñedo Concha y Toro? Esta vinícola é apenas a maior produtora de vinhos da América Latina e uma das 10 maiores do mundo!

Créditos: Divulgação | Wine Locals

No passeio, além de ficar impactado com a beleza dos jardins e da antiga mansão da família, você vai degustar alguns dos rótulos mais icônicos da casa (Terrunyo Cabernet ou Terrunyo Carmenere, Marques Carmenere ou Marques Cabernet e Gran Reserva Sauvigno Blanc) e ainda descobrir curiosidades sobre o famoso vinho Casillero del Diablo.

O tour acontece diariamente, às 12h40, e custa R$256,90 por pessoa.

Com o tour na vinícola Errazuriz, você vai voltar no tempo! A instituição comemora 150 anos promovendo um passeio completíssimo por vinhos guardados desde 1983. Assim, o público consegue entender, de um jeito muito prático, a evolução dos recursos tecnológicos para a produção desse elixir dos deuses ao longo das décadas.

Créditos: Divulgação | Wine Locals

Tudo começa na Casona Patrimonial Don Maximiano e suas bodegas subterrâneas. É quando você conhece um pouco a história da vinícola. Depois, é o momento de andar pelas plantações e descobrir informações interessantes sobre a viticultura do Valle de Aconcágua.

Por fim, acontece uma degustação de quatro vinhos de colheitas diferentes da linha Don Maximiano. O tour custa R$384,90 por pessoa e acontece de segunda a sexta, entre às 10h e às 15h.

FONTE CATRACA LIVRE  

Ama vinhos? Descubra 9 experiências imperdíveis dentro e fora do Brasil

Visite vinícolas, experimente vários rótulos, participe de harmonizações especiais e aprenda tudo sobre o universo dessa bebida deliciosa!

Aqui vai uma dica de ouro pra quem ama viajar e experimentar novos vinhos. O guia Wine Locals reúne várias experiências incríveis pra você visitar durante sua passagem por destinos no Brasil e no exterior.

Estamos falando de visitas guiadas a vinícolas, degustações de diferentes rótulos, harmonização de vinhos com comidinhas locais, passeios diferentões e até piqueniques nos vinhedos.

Ou seja, são rolês perfeitos para quem tem espírito aventureiro e não perde a oportunidade de conhecer novos lugares e culturas por meio dos vinhos e da gastronomia local!

Outra boa dica pra quem ainda não decidiu pra onde viajar é considerar as experiências do guia ao escolher seu próximo destino.

Agora, chega de papo e bora conferir as experiências que separamos para vocês curtirem nos meses de setembro, outubro, novembro e até dezembro:

Serra Gaúcha (RS)

Faça um brinde à vida e à natureza no meio dos lindíssimos vinhedos da Casa Perini, no município de Farroupilha (RS). E, pra chegar até o local exato do piquenique, você pega carona na charmosa kombi personalizada da marca.

Créditos: Wine Locals | Divulgação

O rolê inclui uma garrafa de vinho ou espumante, uma garrafa de suco de uva de 300ml, uma garrafa de água de 500ml, duas taças de acrílico e uma cesta com delícias como geleias de uva e damasco, baguete, copa, salame, queijos, presunto parma, frutas e biscoitos doces.

Você pode curtir essa experiência incrível, que mistura gastronomia e natureza, de segunda a domingo, às 10h30 e/ou às 15h, por R$ 327 para duas pessoas.

Quem não ama tomar uma bela taça de vinho assistindo ao pôr do sol em um lugar lindo? Esta é parte da experiência incrível proposta pelo Spa do Vinho, um hotel e spa cheio de atrativos pra quem curte essa bebida dos deuses.  O local fica na cidade de Bento Gonçalves, no coração do Vale do Vinho.

Créditos: Wine Locals | Divulgação

O passeio começa com um sunset com uma vista incrível, sonorizado pelo DJ Fábio Moro. Nesse clima perfeito, você tem direito a uma taça de espumante Brut, uma taça de vinho rosé, uma taça de vinho tinto e uma tábua A.S.D.A. (ácido, salgado, doce e azedo) com frios, frutas, geleias, nuts e focaccia. Que harmonização, hein?

Pensa que chegou ao fim? A noite continua incrível com um jantar no Bistrô Culinária de Torroir, com direito a entrada, prato principal e sobremesa e bebidas não alcoólicas inclusas.

O rolê completo tem duração média de 3 horas, custa R$345,95 por pessoa e acontece todos os dias a partir das 17h.

São Joaquim (SC)

A Serra Catarinense é outro lugar incrível para se conhecer se você ama vinhos! E a Wine Locals propõe uma degustação ao pôr do sol do alto dos vinhedos da Vinícola Monte Agudo, em um espaço bem agradável com mesinhas a céu aberto.

Créditos: Divulgação | Wine Locals

Essa verdadeira experiência sensorial é conduzida por um sommelier, enólogo ou pelos proprietários da vinícola. Você vai conhecer um pouco da história, do processo de produção, do terroir e outras curiosidades da família responsável pela propriedade.

Você tem que escolher entre três opções diferentes de degustação – Prata (4 rótulos), Ouro (7 rótulos) e Premium (9 rótulos)  – e todas elas são harmonizadas com pratos frios e pães. Que delícia!

O sunset na vinícola Monte Agudo dura cerca de uma hora e acontece de segunda a sábado (exceto às quartas-feiras), sempre às 16h. O passeio não inclui uma visita guiada à propriedade.

São Roque (SP)

Aprenda tudo sobre o elixir do deus Baco em um passeio bem completinho em São Roque (SP). A degustação premium da Vinícola Góes começa na sede do Parque Enoturístico da propriedade, onde você embarca em um ônibus em direção aos vinhedos.

Créditos: Wine Locals | Divulgação

Durante o passeio, um guia sommelier conduz um bate-papo descontraído e interativo, apresentando curiosidades sobre a região, plantio, colheita das uvas e a elaboração dos vinhos.

E ao chegar ao destino, um espaço com vista panorâmica ao lado dos vinhedos, você vai experimentar quatro diferentes rótulos nobres e premiados, harmonizados com uma tábua de aperitivos com pães e queijos. Os visitantes ainda ganham de brinde uma taça personalizada e um chapéu.

A degustação na Vinícola Góes tem duração média de duas horas e acontece aos sábados e domingos, às 13h e às 16h.

Andradas (MG)

Ainda não provou um vinho mineiro? Então, você tem a oportunidade de provar entre 12 e 15 rótulos na experiência sensorial oferecida pela Vinícola Casa Geraldo, em Andradas (MG). O passeio começa no auditório da propriedade, onde você vai conhecer um pouquinho sobre a família dona da propriedade e a história da vinicultura local.

Créditos: Divulgação | Wine Locals

Depois disso, os visitantes partem para um passeio pela fazenda, no qual experimentam seis rótulos, apreciam a paisagem dos vinhedos e aprendem sobre técnicas de cultivo da uva.  Já na “cantina do Sr. Geraldo”, um prédio histórico na vinícola, você tem a chance de provar mais dois vinhos diferentes direto das barricas.

Em seguida, o público é conduzido à nova cantina da fazenda, onde aprende sobre o processo de vinificação e prova mais duas garrafas selecionadas. Na cave, o guia fala sobre o processo de envelhecimento dos vinhos em barricas de carvalho. E adivinha o que você vai provar? Fácil: mais dois rótulos.

O passeio termina com um almoço harmonizado, com direito a salada, entrada, prato principal e sobremesa.  Além de toda essa experiência gastronômica completa, os visitantes ainda ganham uma taça personalizada da vinícola. Legal, né?

A visita à Casa de Geraldo acontece de sexta a domingo, às 11h, e tem duração média de 4h30.

Uruguai

Viva uma experiência inesquecível no Tour Garzón Single Vineyard. A bodega tem se destacado por rótulos celebrados internacionalmente!

Se no dia que você reservou a visita tiver um grupo de pelo menos 15 pessoas, prepare-se para apreciar uma bela vista das vinhas a bordo de uma carruagem puxada por um trator. Com menos participantes, essa parte do trajeto é feita a pé.

Créditos: Wine Locals | Divulgação

Depois, é hora de conhecer a adega e provar dois vinhos da linha Reserva enquanto descobre tudo sobre o processo de produção deles.

Mas não é só isso! Na parte final do tour, todos se dirigem à esplanada e degustam três vinhos Premium Single Vineyard e três azeites extra-virgens Colinas de Garzón acompanhados por uma travessa de queijos, fiambre, marinada, azeitonas e pão caseiro. Não dá pra perder, né?

O passeio custa R$265 por pessoa e acontece de quarta a domingo, às 15h. 

Nada melhor do que harmonizar um vinhozinho com uma comida delícia. E é exatamente essa a proposta da visita com degustação clássica e almoço harmonizado na Bodega Pizzorno Wines.

Créditos: Wine Locals | Divulgação

Durante o tour, você vai conhecer o vinhedo, a cava e a vinícola, sempre acompanhado por um enólogo. Agora, os pontos altos do passeio são a degustação e o almoço!

Os participantes experimentam quatro dos melhores rótulos da casa acompanhados por empanadas sortidas, pão do campo e azeite de oliva. E o especialista vai te contar um pouco sobre a história de cada garrafa.

Após isso, é a hora de almoçar. O menu inclui entrada, prato principal e sobremesa, sempre acompanhado por um vinho diferente.

O passeio custa R$414 por pessoa e acontece de terça a domingo, às 10h30. 

Chile

Em sua viagem para o Chile, que tal aproveitar para fazer o Tour Viñedo Concha y Toro? Esta vinícola é apenas a maior produtora de vinhos da América Latina e uma das 10 maiores do mundo!

Créditos: Divulgação | Wine Locals

No passeio, além de ficar impactado com a beleza dos jardins e da antiga mansão da família, você vai degustar alguns dos rótulos mais icônicos da casa (Terrunyo Cabernet ou Terrunyo Carmenere, Marques Carmenere ou Marques Cabernet e Gran Reserva Sauvigno Blanc) e ainda descobrir curiosidades sobre o famoso vinho Casillero del Diablo.

O tour acontece diariamente, às 12h40, e custa R$256,90 por pessoa.

Com o tour na vinícola Errazuriz, você vai voltar no tempo! A instituição comemora 150 anos promovendo um passeio completíssimo por vinhos guardados desde 1983. Assim, o público consegue entender, de um jeito muito prático, a evolução dos recursos tecnológicos para a produção desse elixir dos deuses ao longo das décadas.

Créditos: Divulgação | Wine Locals

Tudo começa na Casona Patrimonial Don Maximiano e suas bodegas subterrâneas. É quando você conhece um pouco a história da vinícola. Depois, é o momento de andar pelas plantações e descobrir informações interessantes sobre a viticultura do Valle de Aconcágua.

Por fim, acontece uma degustação de quatro vinhos de colheitas diferentes da linha Don Maximiano. O tour custa R$384,90 por pessoa e acontece de segunda a sexta, entre às 10h e às 15h.

FONTE CATRACA LIVRE  

Viagens curtas cheias de experiências e que cabem no bolso

São roteiros a partir de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte

As viagens de curta duração são uma forma de democratizar o acesso ao turismo, pois permitem que mais pessoas consigam viver experiências, com investimentos bem menores em comparação às viagens convencionais, e não exigem muita programação prévia.

Estudo realizado pelo Google aponta que a geração Z vem impulsionando a busca por viagens mais curtas, utilizando transporte terrestre e valorizando experiências como o ecoturismo.

“Toda viagem tem o potencial de ser sustentável. Estamos mostrando que é possível ter um contato muito profundo com a natureza mesmo em experiências curtas, próximas de grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte”, destaca Daniel Cabrera, cofundador e diretor-executivo da Vivalá.

Para ajudar na escolha de um destino para o final de semana que permita sair da rotina, listamos três dicas de turismo sustentável, cheios de aventura, natureza, cultura, e principalmente, impacto positivo.

3 viagens cheias de experiências e que cabem no bolso

Serra da Mantiqueira (São Paulo)

A área fica localizada nos caminhos de São Bento do Sapucaí (SP), região do Vale do Paraíba, além de ser próxima da cidade turística de Campos do Jordão e estar a aproximadamente três horas da capital paulista, mas próxima à divisa de Minas Gerais.

Famosa pela Pedra do Baú, o pacato município oferece muitos encantos e aventuras. Dentre as principais atrações da área, estão as lindas trilhas, que levam os aventureiros de plantão para o alto da Mantiqueira.

Para desbravar a Serra da Mantiqueira, há empresas que oferecem pacotes de um ou mais dias pelo Pedra do Baú, Trilha da Onça, Trekking da Balança, entre outros, e apreciar vistas de tirar o fôlego.

Para escolher a trilha ideal, é recomendável conferir todas as informações do percurso e levar em conta o nível de esforço físico exigido, que pode variar de moderado a intenso, além da quilometragem de cada uma e idade mínima permitida.

Há aventuras que são pet friendly e uma boa opção para se divertir com seu animal de estimação.

Independente de quantos dias durará sua aventura, ou qual trilha for escolhida, algumas informações são sempre válidas, por exemplo, o que levar no dia da trilha.

As trilhas possuem preços a partir de R$ 214 e variam de acordo com a quantidade de pessoas do grupo e dias. Os passeios geralmente iniciam às 8 horas e estão incluídos o condutor de turismo especializado, todos os equipamentos de segurança necessários, seguro individual contra acidentes e, em algumas, a taxa de preservação ambiental.

Rio de Janeiro (RJ)

A cidade maravilhosa é muito conhecida pelo Cristo Redentor, Maracanã ou Museu do Amanhã, mas há muito mais a se conhecer na capital fluminense. Ainda existem lugares extremamente conservados e pouco visitados, ou até escondidos na região.

É possível fazer uma trilha na maior floresta urbana replantada do mundo, nadar nas praias selvagens preservadas fora do circuito urbano, adentrar em grutas escondidas nos maciços rochosos e desbravar o pico mais desafiador do Rio: a Pedra da Gávea.

Alguns dos roteiros disponíveis são a própria Pedra da Gávea, Pico da Tijuca, Circuito das Grutas, sendo que alguns podem ser realizados dentro do Parque Nacional da Tijuca. Os roteiros são de um a três dias, onde é possível sair do circuito de turismo de massa e fazer atividades como escalada ou se banhar em cachoeiras.

Algumas opções são apenas para maiores de 18 anos, mas outras permitem adolescentes de, no mínimo, 14 anos. As trilhas também são divididas por esforço físico, sendo necessário observar a indicação, além de todos os passeios contarem com equipamentos necessários – para ser sustentável, o turismo também deve ser seguro.

Serra do Cipó (MG)

Em Minas Gerais, também é possível se aventurar em expedições de turismo sustentável. Localizada a duas horas de Belo Horizonte, a Serra do Cipó possui uma enorme beleza cênica, com grande biodiversidade e sítios arqueológicos de valor inestimável.

Há diversas opções de atrações, entre elas as cachoeiras do Retiro, Congonhas, Mirante, Farofa, Pedra do Sol, entre outras.

O distrito da Serra faz parte do município de Santana do Riacho, e é porta de entrada para a região que foi considerada por Burle Max como o “Jardim do Brasil”. Na área é possível avistar e visitar diversas cachoeiras, campos rupestres, morros, vales e cânions com paisagens surpreendentes.

Por esses motivos, além da rica biodiversidade, em 1987, foi criado o Parque Nacional da Serra do Cipó, que protege 32 mil hectares de Cerrado e Mata Atlântica.

Para quem ama aventura e contato com a natureza, a melhor opção é a Travessia da Serra do Cipó, de Alto Palácio a Serra dos Alves, que tem um total de 43 km divididos em dias. As acomodações são em barracas e instalações rústicas, sob o céu estrelado.

FONTE CATRACA LIVRE

12 Experiências românticas para você viver em Minas Gerais

Minas Gerais é um estado cheio de opções para uma viagem em casal. Há roteiros para quem deseja passar a lua de mel no estado e também para quem quer sair da rotina e curtir algumas experiências românticas. Separamos dicas interessantes que podem ser uma ótima pedida para fazer em casal, ainda mais com a chegada do mês de junho e a proximidade do Dia dos Namorados. Tem opções para todos os gostos e bolsos. Confira!

Comer Fondue – Monte Verde

A vila respira romance e a queda da temperatura e o clima intimista atraem muitos casais. Para incrementar ainda mais a viagem, é imperdível saborear o rodízio de fondue com o seu par!

Centro de Monte Verde | Foto: Marden Couto
Centro de Monte Verde | Foto: Marden Couto

Ver o Pôr do Sol – Brumadinho 

No Restaurante Topo do Mundo, localizado a 1.500 metros de altitude é possível desfrutar de uma das mais belas paisagens mineiras, contornadas pelas montanhas características do estado. O pôr do sol do local é digno de ser fotografado.

Pôr sol, da Serra da Moeda, em Brumadinho | Foto: Marden Couto
Pôr sol, da Serra da Moeda, em Brumadinho | Foto: Marden Couto

Jantar à luz de velas – Tiradentes

Na charmosa Tiradentes é possível passear durante o dia admirando a arquitetura e para terminar bem a noite aproveitar um romântico jantar à luz de velas em um dos diversos restaurantes da cidade.

Tiradentes | Foto: Marden Couto
Tiradentes | Foto: Marden Couto

Fazer uma massagem para casal – Araxá

As propriedades das águas termais em Araxá são bastante famosas. Fazer uma massagem relaxante para casal pode ser uma boa pedida para aproveitar a estadia na cidade.

Araxá
Araxá

Andar de teleférico – Poços de Caldas

Os casais optam por Poços de Caldas para curtir o friozinho da serra. O passeio de teleférico, que vai do centro ao Morro do Cristo, é ótimo para admirar a paisagem bem juntinho.

Poços de Caldas – Marden Couto

Passear de charrete – São Lourenço

Em São Lourenço, um passeio que não pode faltar é o city tour de charrete. Dá pra conhecer a cidade toda ao lado do seu amor e ainda tirar umas fotos como antigamente.

São Lourenço | Foto Marden Couto/TurismodeMinas

Caminhar de mãos dadas – Ouro Preto

Passear de mãos dadas por entre as ruelas de Ouro Preto e o sobe e desce das suas ladeiras é programa imperdível. A cidade histórica reúne várias opções para diversão em dose dupla!

Ouro Preto | Foto: Marden Couto
Ouro Preto | Foto: Marden Couto

Assistir a Vesperata – Diamantina

Assistir a este espetáculo musical em meio ao cenário histórico é muito romântico. Ainda mais se for tomando um vinho e ouvindo algum clássico da MPB.

Vesperata em Diamantina | Foto: Marden Couto
Vesperata em Diamantina | Foto: Marden Couto

FONTE TURISMO DE MINAS

Circuito Villas e Fazendas realizou capacitação para o Oferecimento de Experiências Turísticas

O Circuito Villas e Fazendas realizou nesta terça 10/05 o 2º dia da Capacitação para o Oferecimento de Experiências Turísticas, no Casarão da Piedade em Rio Espera/MG.

Entre os participantes estavam contador de histórias, representantes quilombolas, empreendedores e produtores rurais de Rio Espera, Lamim, Piranga e Catas Altas da Noruega, identificados como “talentos” da Rota Turística, capazes de oferecer experiências turísticas aos visitantes. O Prefeito de Rio Espera Juliano, a Gestora de Cultura e Turismo Délis Bandeira e a Gestora do Circuito Villas e Fazendas Sidnéia Martins também estiveram no evento.

A mesma capacitação ocorrerá também em Conselheiro Lafaiete amanhã dia 11/05, no mesmo horário, das 08h às 17h, oferecida pela Plano A Engenharia Turística.

O Projeto da Rota Turística Villas e Fazendas foi contemplada através do Edital Reviva Turismo, da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. A Rota interliga os doze Municípios do Circuito Villas e Fazendas, com 270 km de extensão.

Para saber mais sobre o Projeto da Rota Turística Villas e Fazendas, acesse www.rotavillasefazendas.com.br e Instagram @villasefazendas.

Olivais oferecem experiências diferenciadas para os turistas no Sul de Minas

Em época de colheita, fazendas que produzem o azeite de oliva na região programam visitas guiadas e degustações

Pouca gente desconfia, mas o azeite de oliva tem propriedades milagrosas: serve como anti-inflamatório, fortalece os ossos, auxilia na prevenção de doenças cardíacas e diabetes e atenua os sintomas da artrite. Mais recentemente, o “ouro líquido”, como foi batizado pelos mediterrâneos, também tem feito muito bem ao turismo na serra da Mantiqueira. 

Em uma extensa faixa de terra de cerca de 3.000 hectares, localizada entre os Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, proliferam desde 2018 oliveiras de diversas espécies. Segundo estimativas da Empresa de Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), são mais de 200 pequenos produtores espalhados por 80 municípios, 60% deles em Minas Gerais. 

Dados da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive), que reúne cerca de 35 agroindústrias, mostram que a produção estimada para este ano é de cerca de 100 mil litros, batendo o recorde de 80 mil litros alcançado em 2018. “A cada dia surgem novos produtores”, afirma Moacir Nascimento, presidente da entidade. 

Oliveira e turismo 

A produção é recente porque apenas em fevereiro 2008 foi realizada a primeira extração de azeite de oliva extravirgem na serra da Mantiqueira, abrindo caminho para seu cultivo e expansão. Dois anos depois, a produção saltou de 40 litros para 500 mil litros, com investimentos em pesquisas, melhoramentos de mudas e tecnologia por parte da Epamig. 

“Hoje, tem retorno quem está aliando a olivicultura ao turismo”, afirma Pedro Moura, pesquisador da Epamig. Muitos dos olivais se dotaram de infraestrutura para receber os turistas, oferecendo visitas guiadas e degustações. Outros abriram empórios para venda de produtos e restaurantes. Todos, no entanto, sentem os benefícios do turismo. 

Maria da Fé 

Para florescer, as oliveiras necessitam aliar condições climáticas (mais de 300 horas de frio e temperaturas abaixo de 12°C) e altitudes acima de 1.000 m. Para produzir frutos, demoram um pouco mais: cerca de quatro anos. Segundo Pedro Moura, é uma cultura de custo alto, que exige muitos cuidados e investimentos. A colheita também acontece uma única vez por ano, de janeiro a março. 

Por reunir todas essas características, o centro da produção de azeite na Mantiqueira é Maria da Fé, notoriamente a cidade mais fria de Minas. Na região, existem pelo menos 13 fazendas com olivais em municípios como Aiuruoca, Pedralva, Baependi e Poços de Caldas. Há cerca de 90 marcas de azeite registradas que abastecem o mercado local e são vendidas aos turistas. 

Poços de Caldas 

O olivicultor Moacir Carvalho Dias, proprietário da fazenda Irarema, tem uma das melhores estruturas para receber os visitantes. Em 2017, por questões de custos, ele substituiu a cultura do café pela do azeite, utilizando 86 hectares da área para cultivar oliveiras. “Nós produzimos azeite, mas o turismo é responsável pela grande fatia de nosso lucro”, afirma. 

Ele aproveitou a vocação turística de Poços de Caldas, município localizado a 15 minutos da fazenda, para abrir a propriedade à visitação. No feriado de Carnaval, por exemplo, recebeu 1.480 turistas, mas a média é 500 de pessoas por final de semana. Na programação, ele oferece um pacote fechado com almoço ao custo a partir de R$ 80 ou visitas guiadas com degustação. 

“Faço uma visita ao olival, dou uma aula sobre azeite, mostro o processo de produção e termino o passeio com uma degustação”, conta Dias. No local, ele montou uma lojinha com produtos feitos à base de azeite, como sabonetes e hidratantes. Há, ainda, o sorvete, em que a gordura hidrogenada é substituída pelo azeite, o que ele define como “gelato mais elaborado”. 

A família toda colabora nos processos: o pai Maurício cuida das árvores; a irmã Gabriela, do restaurante e da cafeteria; a mãe Mônica, da produção dos cosméticos. O negócio já tem um pé na sustentabilidade: o azeite é produzido com a ajuda da energia solar. Nada é desperdiçado: o bagaço vira adubo; o caroço, lenha; a folha da oliveira, chá e tintura. O azeite que sobra na máquina é reaproveitado para a produção de sabonete. 

A fama da Irarema não vem do azeite, mas dos antepassados. O avô de Dias, Moacyr de Carvalho Dias – seu homônimo “só que com y”, enfatiza ele – foi o inventor da fórmula do requeijão cremoso em flocos na década de 1950. “Xixo”, como era mais conhecido, morreu em 2017, mas deixou como herança a veia gastronômica da família. 

Catas Altas da Noruega 

Outro Moacir, o Nascimento, engenheiro florestal, comprou em 2008 uma propriedade em Catas Altas da Noruega, ao lado de uma área de preservação ambiental, e, para torná-la produtiva, plantou 600 mudas de oliveiras. Atualmente, são 3.000 pés de diversas idades e uma produção pequena de 1.200 litros, mas com expectativa de triplicar esse volume até 2024. 

Enquanto desenvolve seu projeto em longo prazo, ele e a mulher, Maria de Lourdes, recebem os turistas na Estância do Pinheiro para um passeio de três horas nos olivais, com palestra sobre azeite e degustação. O custo é de R$ 50 a R$ 70 por pessoa. Para quem se interessa em pernoitar, ele montou duas suítes na propriedade, ao custo de R$ 300 a diária. 

Nascimento, que também é presidente da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive), explica que o azeite produzido na Mantiqueira é o suco natural da azeitona sem adição de conservantes. O fruto é moído, e o líquido sai fresco, pronto para ser consumido. A produção em Minas Gerais é pequena e ainda não é suficiente para abastecer o mercado interno. 

Baependi 

O período que mais se consume azeite no Brasil e no mundo é a Semana Santa. “A colheita em Minas é em fevereiro e março, o que faz nosso azeite ter mais frescor do que o europeu, cuja colheita é em setembro e outubro”, afirma Pedro Moura. A recomendação, segundo o pesquisador da Epamig, é que o azeite seja consumido rápido, porque é um produto que, quanto mais novo, melhor. 

“Quanto mais novo, mais expressivas são as características de aroma e sabor, além das propriedades benéficas à saúde. O ideal é consumir o azeite no primeiro ano em que ele é produzido”, ressalta Moura. 

Procurar os sabores mais intensos do azeite é a proposta de Vanessa Bianco, sócia-proprietária do Olivais Gamarra, no santuário do Vale do Gamarra, em Baependi. Vizinhos do Parque Estadual da Serra do Papagaio, dois sítios têm uma área plantada de cerca de nove hectares. A colheita se encerrou antecipadamente no início deste mês, em 3 de março. 

A olivicultora conta que prefere os colher as azeitonas mais verdes por causa dos sabores mais intensos. Pedro Moura corrobora a afirmação de Vanessa: “Azeitonas mais verdes proporcionam um azeite com mais amargor e picância, mas o rendimento também é menor. Já azeitonas mais maduras rendem mais e resultam em um azeite bem mais suave”. 

Vanessa oferece visita guiada ao olival e ao lagar (local da produção) para que o visitante possa comparar os diferentes tipos de azeites. As visitas para grupos de até 30 pessoas custam entre R$ 40 e R$ 100 e devem ser agendadas com antecedência. Uma das atrações da fazenda é a extração feita como era antigamente, por uma prensa mecânica, a única existente no Brasil. 

A Olivais Gamarra também realiza eventos pontuais durante o ano, como concertos de músicas nos olivais e jantares harmonizados. Nos dias 2 e 13 de abril, estão agendadas duas apresentações do projeto Azeite com Arte no Vale do Gamarra e em Caxambu, respectivamente. Na fazenda, ela ainda improvisou um show-room para receber os visitantes. 

Pedralva 

Em Pedralva, Alícia Gonçalves, da Fazenda Fio de Ouro, perpetua a tradição da família. O pai, Armando, ainda cuida do olival e do lagar. Para aproveitar a onda turística de Maria da Fé, o restaurante Casa Grappolo foi inaugurado em maio do ano passado, todo em vidro e com vista para o olival, permitindo ao turista acompanhar a colheita enquanto degusta o azeite. A previsão da colheita deste ano é de produção de 30 mil litros de azeite.

Na visita guiada à fazenda de 75 hectares, o turista conhece sete variedades de azeites e seus processos de extração. Se a viagem ocorrer em época de colheita, ele pode experimentar o azeite logo que é extraído. Caso a visitação aconteça em outra época do ano, a novidade é o azeite de abacate, produzido desde o ano passado, porém mais ácido e adocicado do que o de oliva. 

Morangos orgânicos 

Na mesma linha de unir turismo e azeite, a fazenda Maria da Fé deve produzir 10 mil litros neste ano. Para queimar etapas, Mirta Bonifácio adquiriu a propriedade com as oliveiras já plantadas. As visitas guiadas levam ao olival, ao lagar e a degustações sensoriais. O passeio custa R$ 30 por pessoa e dura uma hora, mas é necessário pré-agendamento por telefone. 

O azeite tem levado olivicultoras como Mirta a aproveitar a fama do “ouro líquido” da serra da Mantiqueira para oferecer aos visitantes outros produtos típicos da região, como o doce de leite e o morango orgânico. Ela reconhece que as pesquisas da Epamig com o azeite não só atraíram empreendedores, como ela, para a região, mas também está movimento a economia e o turismo. 

Feiras 

Os interessados em conhecer mais sobre o azeite produzido na serra da Mantiqueira terão oportunidade em dois momentos. No dia 25 de março, a Epamig realiza o 17º Dia de Campo de Olivicultura, integrando a programação do Azeitech na comemoração do Dia do Campo. Em abril, o município de Maria da Fé promove mais uma edição da tradicional Festa do Azeite Novo. 

História do azeite 

As oliveiras, árvores seculares citadas inclusive na Bíblia, foram trazidas para o Brasil pelos portugueses por volta do século XIX, embora seja uma planta originária do Sri Lanka e do Oriente Médio. Como o azeite era dos principais produtos comerciais de Portugal, a Coroa determinou a erradicação de todas as plantações de oliveiras no Brasil. 

O cultivo, no entanto, retornou em 1935, quando o português Emílio Ferreira dos Santos adquiriu um terreno em Maria da Fé, em 1933. Ele achou as condições climáticas muito parecidas com as de Portugal e convenceu a esposa e os filhos a se mudarem para o Brasil, trazendo seis mudas de oliveira. Na década de 1940, o agrônomo Washington Alvarenga Viglioni pegou mudas para estudar e as plantou onde hoje fica a estação de pesquisa da Epamig em Maria da Fé. 

As primeiras azeitonas foram colhidas em 1960, e 14 anos depois, em 1974, foi criada a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que assumiu a estação de pesquisa em 1975. Desse então, os pesquisadores se debruçam na missão de fazer o cultivo da planta em maior escala. Eles também trouxeram mudas da Espanha, Grécia e Itália para entender qual delas se adaptaria melhor ao nosso clima. 

Espécies de azeitonas 

Vários tipos de azeitonas, os chamados “cultivares”, adaptaram-se ao Sul de Minas. Entre eles estão Arbequina (de origem espanhola, mais suave e frutado); Grappolo 541 (oriundo da Itália, frutado, herbáceo e com moderado amargor), Koroneiki (originário da Grécia, que produz um óleo mais picante), Maria da Fé (nacional, desenvolvido pela Epamig, tem características de azeite encorpado, com picância e amargor moderado) e o Blend (referência à mistura de dois ou mais azeites, resultando desde um mais suave até um mais forte). 

Serviço

Conceitos que indicam qualidade em azeites

Frutado: Pode ser sentido no aroma e no sabor e está diretamente ligado ao frescor. Pode ser mais ou menos intenso, remeter a fruta verde ou madura, pode lembrar campo (verde), tomate, amêndoas. 

Amargor: É sentido sobre a língua e pode ser mais ou menos intenso.  

Picância: É sentida quase na garganta. Pode ser muito ou quase nada picante.  

Herbáceo: Azeite com sabor semelhante ao de ervas, com notas de grama cortada. 

Saiba mais sobre as visitas

Epamig: Conheça um pouco mais o trabalho da Epamig

Fazenda Irarema: Acesse Fazenda Irarema e conheça os produtos. Visita guiada aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 16h. Pacote de tour guiado com almoço a partir de R$ 80. 

Olivais Gamarra: Saiba mais sobre a fazenda e sua produção de azeite em Olivais Gamarra. Visitas guiadas custam entre R$ 30 e R$ 100. 

Estância do Pinheiro: Visitas guiadas entre R$ 50 e R$ 70 por pessoa. Acesse Instagram / @oliveiscatassaltasdanoruega ou Facebook / Estância Pinheiro ou confira pacotes no site d agência de ecoturismo Andarilhos da Luz. Hospedagem na fazenda a R$ 300 a diária para o casal.

Fazenda Maria da Fé: Confira os produtos em Fazenda Maria da Fé e agende visita pelo telefone (35) 99221-8607. Visitas guiadas a R$ 30 por pessoa. 

Fazenda Fio de Ouro: Conheça sobre a fazenda e sua produção de azeite em Azeite Fio de Ouro. Visita guiada + degustação a R$ 30 por pessoa.

FONTE O TEMPO

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