Quanto vai custar gasolina, diesel, etanol e gás de cozinha após reduções?

Integrante do governo federal anuncia preços esperados para os combustíveis após adoção de pacote de medidas

Os preços dos combustíveis são uma das grandes preocupações do governo federal neste ano eleitoral. Por esse motivo, uma série de propostas estão sendo discutidas e votadas pelos parlamentares com o objetivo de reduzir os valores o quanto antes.

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, apresentou na última terça-feira, 28, dados sobre o possível impacto da aprovação dos textos que tramitam no Congresso Nacional. Os cálculos levam em conta projetos como a limitação da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis, comunicações, energia elétrica e transporte coletivo.

No caso da gasolina, a redução no preço médio chegará a 21%, com o litro passando de R$ 7,39 para R$ 5,84. Para o diesel, a queda será de R$ 7,68 para R$ 7,55 o litro, ou 1,7%.

Etanol e GLP

O ministro também apresentou previsões para a queda nos preços do etanol e gás de cozinha após a adoção das mudanças. O etanol passará de R$ 4,87 para R$ 4,57, queda de mais de seis pontos percentuais.

Outro item que tem pesado bastante no bolso dos brasileiros, o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) poderá apresentar recuo de 2,3%. Se isso ocorrer, o preço médio do item irá de R$ 112,70 para R$ 110,07.

FONTE EDITAL CONCURSOS

Por que encher o tanque do carro faz você gastar ainda mais com gasolina

Abastecer o carro custa cada vez mais caro para os motoristas. Na última sexta-feira, a Petrobras anunciou novo aumento no preço da gasolina e do diesel, o que gerou críticas do governo à política da empresa e até movimentação para instauração de uma CPI.

Os reajustes constantes afetam diretamente o consumidor, que acaba mudando seus hábitos na hora de abastecer seu veículo. Ao encontrar preços atraentes, muitos tratam de encher o tanque até o limite para tentar economizar. O problema é que isso também afeta o seu bolso, já que reduz a eficiência do veículo.

A explicação é simples: quanto mais peso houver a bordo, maior será a quantidade de combustível necessária para percorrer determinada distância.

“A cada 100 kg, o consumo sobe 6%”, informa Everton Lopes, mentor em tecnologia e inovação da SAE Brasil.

Parece algo inexpressivo, mas é bom não esquecer que esse desperdício vai se acumulando com o passar do tempo. E o prejuízo também.

Portanto, se você dá valor ao seu dinheiro suado, não vale a pena encher o tanque no circuito urbano – prefira fazê-lo somente em caso de necessidade, como em uma viagem mais longa. E sem pedir “chorinho” ao frentista.

Além do alto consumo, andar com o tanque no limite, seja com ele cheio ou na reserva, não faz bem à saúde do carro.

“Encher o tanque até o bocal danifica o cânister, que é filtro com carvão ativado responsável por reter os gases provenientes da evaporação do combustível. Esse filtro, geralmente localizado próximo ao tanque, é encharcado, perdendo toda sua eficiência”, alerta Lopes.

De acordo com o engenheiro, os vapores que emanam do tanque são altamente tóxicos e poluentes – daí a importância de manter o cânister em bom estado.

A orientação do especialista é parar o abastecimento assim que gatilho for desarmado – o que proporciona nível adequado e seguro.

Não é só pane seca

Outro extremo não recomendado por Everton Lopes é deixar o tanque constantemente na reserva – o manual do proprietário de qualquer automóvel também condena a prática.

Além do risco de pane seca, que pode causar danos mecânicos e, inclusive, rende multa de trânsito, o consumo também sobe nessa situação.

“O tanque quase vazio significa mais espaço para vaporização do combustível. A taxa de perda por evaporação, portanto, sobe”.

A influência no consumo dificilmente será perceptível no momento, mas cobrará seu preço a médio e longo prazo.

Conforme mencionado acima, o vapor proveniente do tanque traz sérios riscos à saúde.

Tanto que, a partir de 2023, começa a implementação gradual da válvula ORVR em todos os veículos flex e a gasolina vendidos no País. O equipamento bloqueia o retorno desses gases durante o abastecimento e os aproveita na combustão do motor.

Bomba queimada

Não bastassem o desperdício e a questão ambiental, abusar da reserva pode pesar muito mais no bolso.

“Mesmo filtrado, o combustível fornecido pelo posto traz partículas que vão parar no tanque do veículo e depois ficam depositadas no fundo do reservatório. Com nível muito baixo, essas partículas acabam no filtro de combustível”, explica Lopes.

A sujeira acaba entupindo o filtro, causando perda no desempenho e forçando a bomba de combustível, que encontra maior resistência para enviar o líquido ao motor.

“Essa situação crítica sobrecarrega a bomba e causa sua queima. Mesmo se não houver entupimento do filtro, ela é projetada para estar submersa no combustível, integrada ao corpo da boia. Caso fique exposta, acaba superaquecendo e a chance de queima é elevada”.

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FONTE UOL

Ranking aponta o país com a gasolina mais cara; veja a posição do Brasil

Um ranking internacional mostra o país com a gasolina mais cara do mundo. O Brasil ocupa uma posição preocupante na lista.

Você já se perguntou em qual país é encontrado a gasolina mais cara do mundo? E a mais barata? Sim, a variação é enorme, mas todas as respostas estão no ranking Global Petrol Prices. Confira a mudança de preço pelo mundo todo para ver qual é a posição ocupada pelo Brasil.

Mesmo que o preço do combustível seja definido pela procura e oferta em âmbito internacional, a variação no preço para o consumidor final é muito maior do que se imagina. Pelo levantamento feito, o Brasil tem a segunda gasolina mais cara da atualidade entre os países sul-americanos.

País com a gasolina mais cara

O preço do combustível muda de acordo com o câmbio da moeda local para o dólar, é por isso que a desvalorização do real deixa o Brasil em uma posição nada confortável, especialmente para os motoristas que dependem do produto.

ranking foi feito com base nos preços praticados entre os dias 7 e 13 de junho. O valor mais barato encontrado na lista foi de US$ 0,02, que dá cerca de R$ 0,11, na Venezuela.

Já a gasolina mais cara foi encontrada em Hong Kong, com o litro chegando a US$ 3, o que dá cerca de R$ 15,4 quando convertido. A pesquisa leva em conta os preços praticados em 168 países. O levantamento é semanal.

Depois da Venezuela, a gasolina mais barata foi vista na Líbia (2° lugar); Iran (3°); Síria; Argélia; Kuwait; Angola; Nigéria; Turcomenistão e Malásia.

No outro extremo, o dos valores mais altos, depois de Hong Kong vem a Noruega (167°); Dinamarca (166º); Finlândia; Islândia; Grécia; Países Baixos; República Central Africana; Mônaco e Cingapura.

De acordo com os dados do ranking Global Petrol Prices, o Brasil ocupava a 83ª posição. O preço médio por aqui foi de US$ 1,41, algo em torno de R$ 7,25.

Apesar disso, depois do levantamento, a Petrobras já anunciou novos reajustes. É por isso que hoje o litro da gasolina já passa de R$ 8 em 11 estados brasileiros, segundo dados do Sistema de Levantamento de Preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

FONTE EDITAL CONCURSOS

ICMS gasolina: após aprovação do teto do ICMS, veja quando a gasolina vai baixar de preço

A lei que fixa teto de 17% a 18% do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, serviços de telecomunicações e transporte público movimentou o debate público nas últimas semanas

Com aprovação no Senado e na Câmara dos Deputados, a lei que fixa teto de 17% a 18% do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, serviços de telecomunicações e transporte público movimentou o debate público nas últimas semanas, sobretudo a respeito de qual seria a redução do preço dos combustíveis.

As pesquisas pelo termo “quando vai baixar a gasolina?” aumentaram em 650% na última semana. 

ICMS é a principal fonte de arrecadação dos Estados. Por isso, a lei também garante a determinação de uma compensação aos estados com o abatimento de dívidas com a União, quando a perda de arrecadação passar de 5%. Aprovado no legislativo, só falta o presidente assinar a sanção. 

Petrobras/Reprodução
O preço atual da gasolina em Pernambuco é R$ 7,39 – Petrobras/Reprodução

De acordo com as estimativas feitas pelo pelo relator no Senado, a limitação nas alíquotas do ICMS tem potencial para reduzir o preço do litro da gasolina em R$ 1,65; o diesel ficaria R$ 0,76 mais barato.

Petrobras/Reprodução
Simulação de preço com redução de tributos na gasolina – Petrobras/Reprodução

Na última quarta-feira (15), quando fizemos a estimativa, em Pernambuco, o valor médio da gasolina era de R$ 7,39 o litro, de acordo com estimativas da Petrobras. Considerando a retirada do ICMS que o Estado cobra, o preço médio do combustível seria de R$ 5,58. Se retirados os tributos federais, que custam R$ 0,69, a gasolina ficaria R$ 4,89. Isso, de acordo com as estimativas do Senado.

No entanto, nesta sexta-feira (17) a Petrobras anunciou nova alta nos preços dos combustíveis. Com isso, o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro, representando alta de 5,18%. Para o diesel, o repasse médio passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro – alta de 14,26%.

Esses valores devem afetar as bombas de combustíveis, podendo sofrer alterações no valor anteriormente apresentado à reportagem.

Quando a gasolina vai baixar?

Ao todo foram aprovadas, parcial ou totalmente, 9 de 15 emendas com novidades como redução a zero, até 31 de dezembro de 2022, de PIS/Cofins e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) incidentes sobre as operações com gasolina e etanol, inclusive importados, na Câmara dos Deputados.

O projeto agora segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro. Há uma semana, o presidente fez um pronunciamento em rede nacional, em que propôs uma contrapartida aos estados caso fosse aprovado o PLP 18/2022.

“Nós sabemos o que vem acontecendo na questão dos combustíveis, onde todos sofrem , em especial os mais humildes. Então, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Complementa, que está no Senado. Falo então da redução de impostos para essencialidade – combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte, fixando teto máximo em 17%”, disse o presidente.

“A gente espera que haja entendimento por parte do Senado Federal para aprovação desse projeto, mas o governo federal, conversando com lideranças do Congresso resolveu avançar na diminuição da carga tributária apara os brasileiros”, complementou Jair Bolsonaro.

Como ficarão os preços dos combustíveis em Pernambuco?

Para Alfredo Pinheiro Ramos, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco e vice-presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) “assim que a redução do ICMS for sancionada e aplicada pelas distribuidoras, o preço na bomba cai, não tenha dúvida”.

Alfredo, no entanto, faz algumas ressalvas. “O mercado é livre e o preço é ditado também pela concorrência. Então, não dá para dizer exatamente qual o percentual de redução que os postos vão aplicar, até porque o sindicato não dita preços”. Mas o presidente do sindicato faz um exercício “matemático” para estimar de quanto poderia ser a redução de preço para os consumidores.

“Isto não significa que os postos irão aplicar esses valores. O mercado é livre”, reforçou Ramos.

GASOLINA

Com ICMS caindo de 29% para 18%, a redução em cada litro de gasolina seria de R$ 0,68. Aplicando ainda a redução do PIS/Cofins (tributos federais) seria menos R$ 0,68. Total de redução no litro da gasolina R$ 1,36.

ETANOL

Diminuindo o ICMS de 25% para 18%, a redução no litro seria de R$ 0,36. Com o PIS/Cofins, mais R$ 0,24 de redução. Total de R$ 0,60 de redução.

DIESEL

PIS/Cofins já estão zerados desde janeiro deste ano. Com o ICMS de 16% equivalendo a R$ 0,78, se o governo do estado concordar em zerar o tributo, como o Governo Federal quer, a redução em cada litro de diesel seria essa, R$ 0,78.

Alfredo Pinheiro Ramos fez questão de salientar que o setor apoia qualquer tentativa de redução de carga tributária.

“Isso é fundamental. A gente torce para que isso dê certo. O mercado é livre mas, a redução chegando às distribuidoras, historicamente chega também aos postos”, diz.

FONTE JC NE 10

Baixou mesmo? Confira o preço da gasolina após a redução de impostos

Foi aprovado pela Câmara dos Deputados o projeto que limita a aplicação de alíquotas do ICMS que incidem sobre os combustíveis.

O preço dos combustíveis tem tido um aumento frequente, o que tem deixado os brasileiros preocupados, pois, consequentemente, diversos serviços ficam mais caros. Recentemente, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou um levantamento onde aponta que o preço médio da gasolina do país é de R$ 7,29, podendo chegar a R$ 8,59 a depender da região.

Teto do ICMS no preço dos combustíveis

Caso o teto do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) vire lei, Carlo Faccio, diretor do Instituto Combustível Legal, acredita que haverá uma redução nos valores dos combustíveis. Contudo, não será algo impactante, nem significativo.

Afinal, o que está fazendo os combustíveis ficarem mais caros é a variação do câmbio, o preço internacional do petróleo e a política do Preço de Paridade de Importação (PPI), que foi adotada pela Petrobras. Dessa forma, a elevação do preço não é culpa apenas do ICMS.

Fazendo uma simulação do preço da gasolina no estado de São Paulo, por exemplo, a redução seria de R$ 0,48, e no Rio de Janeiro de R$ 1,15.

Levando em conta que a gasolina é vendida na média de R$ 7,80 no Rio de Janeiro, e de R$ 6,90 em São Paulo, os preços após o ICMS fixado chegarão a R$ R$ 6,42 e R$ 6,65, respectivamente. Hoje, os motoristas de São Paulo pagam 34% de ICMS, já os do Rio de Janeiro 25%.

A proposta

Foi aprovado pela Câmara dos Deputados, no dia 25 de maio, o projeto que limita a aplicação de alíquotas do ICMS que incidem sobre os combustíveis. A proposta proíbe a fixação de alíquota dos bens tidos como essenciais e limita o teto do tributo a 17% na maior parte das unidades federativas do Brasil. Agora a proposta aguarda votação no Senado.

Todavia, ainda há a possibilidade de redução desse percentual. Nos estados que já adotam alíquotas abaixo dos 17%, como na região Sul e Sudeste, dessa forma, a alíquota não sofrerá redução. O prejuízo previsto com a redução da cobrança do tributo é de R$ 6,7 bilhões aos cofres estaduais.

FONTE SEU CREDITO DIGITAL

Este é o preço que a gasolina pode chegar após redução do teto do ICMS

Especialista analisou o cenário atual e projetou as possíveis reduções nos combustíveis que essa sanção pode proporcionar aos brasileiros

Dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a ANP, mostram que o preço médio da gasolina no mercado nacional é de R$ 7,29, mas com possibilidade de atingir R$ 8,59 dependendo do local. O aumento no combustível tem preocupado os brasileiros, que já sofrem com outras altas devido à inflação.

Apesar do valor alto, a expectativa é de que a aprovação da lei que limita a cobrança do ICMS diminua os preços encontrados pelos motoristas nas bombas. E e um especialista procurado pela CNN analisou o cenário atual e projetou as possíveis reduções nos combustíveis que essa sanção pode proporcionar aos brasileiros.

Preço da gasolina após definição do teto para o ICMS

Segundo o diretor do Instituto Combustível Legal, Carlo Faccio, caso o teto do ICMS vire lei, o cenário dos combustíveis terá um certo alívio, porém, pouco impactante. Em São Paulo, por exemplo, o preço da gasolina teria uma redução de R$ 0,48, enquanto que no Rio de Janeiro, a queda no preço chegaria a R$ 1,15.

Para fins de comparação, no RJ, por exemplo, o litro é vendido na média dos R$ 6,90, enquanto em quem São Paulo o valor é de R$ 7,80. Com a queda, os valores seriam, R$ 6,42 e 6,65, respectivamente. Hoje em dia, os condutores do Rio pagam 25% de ICMS, enquanto que em São Paulo 34%.

Teto de 17% para o ICMS

O projeto que impede a aplicação de alíquotas de ICMS foi aprovado na Câmara dos Deputados no dia 25 de maio. De acordo com o texto, a proposta impede a fixação de alíquota para os bens considerados essenciais e limita o teto a 17% na maior parte dos estados.

Existe a possibilidade ainda de reduzir esse patamar. Por outro lado, assim que for publicada a futura lei, o estado que tiver reduzido as alíquotas para gás natural, combustíveis e energia elétrica não poderá de aumentá-las novamente.

FONTE EDITAL CONCURSOS

Etanol pode ficar mais vantajoso que gasolina, mas ambos podem encarecer

Início da colheita de cana-de-açúcar promete queda nos custos de produção, mas altas previstas no litro da gasolina e do diesel devem influenciar valor do biocombustível nas bombas

Com atraso de alguns meses, o início da colheita de cana-de-açúcar no Brasil, que marca os primeiros dias de maio de 2022, promete queda nos preços do etanol. Em paralelo, perspectivas de alta nos preços da gasolina e do diesel, que devem ser determinadas pela Petrobras, tendem a segurar a queda típica observada no começo da produção da principal matéria-prima do biocombustível no país.

Dessa forma, o etanol pode ficar mais caro nas próximas semanas, mas com um preço mais convidativo do que o atual – que é encontrado por valor superior a 75% da gasolina.

A tensão entre os dois fatores torna o futuro dos valores nas bombas de postos de combustíveis incerto. Por um lado, a Federação Nacional do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) defende que, assim como em outros anos, a colheita vai reduzir o custo da produção – o que impactaria no preço final do etanol. Por outro, historicamente, os valores cobrados na ponta da cadeia costumam acompanhar os de outros combustíveis.

Em pesquisa divulgada na última segunda-feira (2), o portal Mercado Mineiro informou que, em média, o litro do biocombustível custa R$ 5,79 em Belo Horizonte e região metropolitana, com variação entre R$ 5,590 e R$ 6,08 entre diferentes postos. O valor médio do álcool sofreu alta de 13,52% – cerca de R$ 0,69 – entre os dados maio e o mês anterior. Entre janeiro de 2021 e abril deste ano, a alta foi de 80,44%. 

Em contraste, Paulo Miranda Soares, presidente da Fecombustíveis, reafirma que, nas próximas semanas, o consumidor verá queda no preço do litro do etanol nas bombas em Minas e no Brasil. 

“Nos meus postos, houve queda de R$ 0,30 entre sexta-feira e segunda-feira. A tendência [no país] é que continue caindo. Todo ano é exatamente assim [em relação à safra de cana-de-açúcar. Na entressafra, temos preços maiores e, quando começam a moer, o preço vai caindo. Neste ano, foi um pouco pior do que nos anteriores. O período da entressafra foi um pouco maior, houve muita chuva e problemas climáticos [que impediram a colheita]. Mas acredito que todos vão cair para 70% da paridade de preço em relação à gasolina [o que significa que o biocombustível será mais vantajoso do que o derivado do petróleo]”, defende.

Apesar da previsão, Miranda Soares admite que deve haver certo “oportunismo” em parte do empresariado que, de acordo com ele, deve manter o valor do etanol dentro dos níveis de paridade, mas, em valores absolutos, continuar subindo caso o preço da gasolina realmente avance.

“Vamos fazer um cálculo a título de exercício. Se, hoje, o preço do etanol representa 68% do da gasolina, já é interessante para o consumidor usá-lo. Se a gasolina subir… o empresário brasileiro é complicado, e o usineiro é, muitas vezes, oportunista. Se a gasolina subir no percentual previsto, é possível que os 68% sejam mantidos, mas que o valor do litro acompanhe o preço da gasolina [e, com isso, fique mais caro]”, explica.

Professor da universidade Ibmec e economista, Paulo Casaca pontua que, no mercado brasileiro, há tendência de que os preços da gasolina impulsionem, também, o de outros combustíveis. 

“Se o custo de produção cai, quase nunca o preço final do etanol fica abaixo do que estava. Isso não acontece porque os produtores são maus, mas porque a oferta de etanol no mercado não é suficiente para que o setor cobre um preço muito menor que o da gasolina. A demanda seria muito maior”, disserta.

“O preço está muito mais atrelado aos preços da gasolina do que aos da produção. O ponto é que ele vai sempre acompanhar o setor, tanto para o bem quanto para o mal. Nada justifica, hoje, o etanol ter o preço que tem, analisando os custos de produção, apenas. Apesar de terem sofrido aumentos, não estão no mesmo nível do valor cobrado. Por outro lado, se amanhã o preço interacional do petróleo cair muito, de maneira drástica, os postos vão ter que ajustar o valor do etanol para acompanhar a gasolina”, conclui.

Petrobras

Sem data definida, o novo reajuste nos preços do diesel e da gasolina, que devem ser anunciados pela Petrobras em breve, já são esperados pelo mercado e há expectativa de que, nesta sexta-feira (6), os percentuais sejam revelados.

A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), por meio de seu presidente executivo, Sérgio Araújo, prevê que as altas devem ser 17% na gasolina e 25% no diesel. O motivo para as novas altas seria defasagem de preço em relação ao mercado internacional.

FONTE O TEMPO

Aumentam em mais de 2% os preços da gasolina e do etanol no mês de abril e consumidor não tem para onde correr

Cenário ainda é de alta generalizada dos combustíveis em todo o Brasil. Vale destacar a disparada dos preços no valor do litro do etanol, onde os acréscimos superam as altas da gasolina

De acordo com o Índice de Preços Ticket Log (IPTL) referente à primeira quinzena de abril, os preços médios do litro da gasolina e do etanol nos postos brasileiros subiram mais de 2% em relação ao fechamento de março. A gasolina foi comercializada a R$ 7,477, uma alta de 2,10% em relação ao mês anterior. Já o etanol, que em março estava custando em média R$ 5,687, apresenta variação maior que a gasolina (2,90%) e já está em R$ 5,852.

Nenhuma das regiões do país apresentou recuo no preço médio da gasolina e, mesmo registrando o menor aumento (1,72%), o Nordeste novamente comercializou a gasolina mais cara do Brasil, a R$ 7,589. Bem como no mês de março, o Sul segue na liderança da gasolina mais barata, vendida a R$ 7,104, alta de 2,51% em relação ao mês passado.

Assim como para a gasolina, o preço do etanol não recuou em nenhum estado. A região que apresentou o valor médio mais caro no período foi a Norte (R$ 6,147). Em contrapartida, os postos nortistas registraram o menor aumento entre as cinco regiões (1,49%). Já os postos do Centro-Oeste apresentaram o menor preço médio para o litro do etanol, vendido a R$ 5,451, alta de 3,41% se comparado a março.

“O cenário ainda é de alta generalizada dos combustíveis em todo o país. Vale destacar uma mudança importante no comportamento dos preços, quando identificamos que o valor do litro etanol disparou e, com exceção da Região Norte, os acréscimos superam as altas da gasolina. Apesar de ainda figurar no ranking como o maior preço médio para a gasolina, segundo o último levantamento da Ticket Log, houve um respiro nos acréscimos consecutivos identificados nos postos do Nordeste nos últimos levantamentos”, destaca Douglas Pina, Diretor-Geral de Mainstream da divisão de Frota e Mobilidade da Edenred Brasil.

Na análise por estados, o Piauí se destacou com o maior preço médio e também o maior acréscimo no preço da gasolina, (4,07%), que passou de R$ 7,832 para R$ 8,151. Após altas consecutivas, o valor da gasolina nos postos baianos recuou 2,65%, e o valor de R$ 7,560 passou para R$ 7,360. O menor preço médio para esse combustível foi comercializado nos postos do Amapá, a R$ 6,918.

O etanol também seguiu em alta e nenhum estado apresentou redução no valor do combustível. O maior acréscimo no preço foi registrado em Sergipe, comercializado a R$ 6,173, uma alta de 6,87%. O Pará comercializou o etanol pelo maior preço médio, a R$ 6,677, e a menor média foi registrada nos postos de abastecimento de São Paulo, a R$ 4,894.

“Além do etanol ser considerado a opção mais favorável para abastecimento em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Piauí, em abril o combustível também passou a ser mais interessante para os motoristas paranaenses, segundo o IPTL”, conclui Pina.

O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que tem grande confiabilidade por conta da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.

FONTE CLICK PETROLEO

Gasolina cara reduz vantagem de carros mais econômicos

Quanto mais se roda, maior a percepção das altas a cada parada no posto

Os carros ano 2022 estão menos poluentes e mais econômicos. Trata-se de uma evolução determinada pela sétima fase do Proconve (Programa de Controle de Emissões Veiculares), que tem força de lei. Mas o consumidor que comprou um automóvel zero-quilômetro recentemente não sentirá todo alívio esperado na hora de abastecer, e o problema está no preço do combustível.

O Instituto Mauá de Tecnologia realizou, a pedido do jornal Folha de S.Paulo, testes que comparam o consumo de carros produzidos sob a nova norma com o gasto de suas versões anteriores, adequadas à sexta fase do programa. Os resultados confirmam as melhorias.

A versão 2021 do sedã Honda City, por exemplo, foi capaz de percorrer 11,1 quilômetros com um litro de gasolina durante o teste Folha-Mauá. Já o modelo 2022, que recebeu tecnologias como injeção direta de combustível, registrou a média urbana de 12,9 km/l.

Contudo, o valor médio do litro da gasolina passou de R$ 6,34 para R$ 7,21 nos últimos seis meses, segundo pesquisa mensal divulgada pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Já o etanol teve o preço elevado de R$ 4,88 para R$ 5,13 no mesmo período.

Em outubro de 2021, gastava-se o equivalente a R$ 0,57 por km para rodar com o Honda City “antigo” abastecido com gasolina. Hoje, o dono de um modelo 2022 gasta R$ 0,56 por km.

Se o preço do derivado do petróleo não tivesse passado por reajustes nos últimos seis meses, o custo por km do Honda 2022 seria de R$ 0,49.

Já o motorista que dirige o modelo 2021 viu seu gasto subir de R$ 0,57 para R$ 0,65 por km nos últimos seis meses.

Quanto mais se roda, maior a percepção das altas a cada parada no posto. O motorista de aplicativo Wanderlei Santos, 39, registra o consumo de seu Ford Fiesta Sedan 2017 em planilhas. Em abril de 2021, ele anotou um gasto de R$ 117 ao encher o tanque com etanol -o marcador de combustível estava na reserva. Na última semana, a despesa em condição semelhante ficou em R$ 237.

“Hoje seleciono as corridas para sempre rodar no contrafluxo, assim não pego muito trânsito e o carro consome menos”, diz Santos. “Tenho que criar essas estratégias, porque com a gasolina a R$ 7, não dá.”

Para as fabricantes, é frustrante ver o resultado da evolução técnica perder força diante da alta dos combustíveis. A Anfavea (associação das montadoras) calcula que foram investidos R$ 12 bilhões na adequação dos carros ao Proconve 7.

Houve ainda muitos problemas devido à falta de componentes e pedidos de extensão do prazo para enquadramento, que terminava em dezembro.

Após idas e vindas a Brasília, a entidade obteve junto ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) a prorrogação por três meses do período para adequação dos carros novos à sétima etapa da legislação ambiental.

Portanto, as versões atualizadas dos automóveis chegaram às lojas junto com o mega-aumento dos combustíveis, que ocorreu em março.

Enquanto iniciavam a montagem de modelos menos poluentes, as empresas acompanhavam a queda nas vendas. Os licenciamentos de veículos novos caíram 23,2% na comparação entre os primeiros trimestres de 2022 e 2021.

Com 402,8 mil unidades vendidas, o período de janeiro a março deste ano registra o pior resultado desde 2006, segundo dados da Fenabrave (associação dos distribuidores de veículos).

Enquanto isso, o segmento de motos registra alta. Os emplacamentos no primeiro trimestre somaram 274,7 mil unidades, o que corresponde a uma alta de 33,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.

“A elevação nos preços dos combustíveis também tem levado mais pessoas a olharem para a motocicleta como uma alternativa”, diz, em nota, Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo (associação dos fabricantes de motos e bicicletas).

Atsushi Fujimoto, presidente da Honda América do Sul, lembra que o preço da gasolina está alto não só no Brasil, mas no mundo inteiro, devido principalmente aos reflexos da guerra na Ucrânia. Além das preocupações com escassez, vários países pararam de importar energia da Rússia, o que mexe com o cenário global de petróleo e gás.

“Não está tão evidente que clientes de carros estejam migrando para as duas rodas, mas quem já tem um automóvel e uma motocicleta em casa está preferindo a moto para, por exemplo, ir ao mercado”, afirma Fujimoto.

FONTE O TEMPO

Guerra na Ucrânia acelera alta do preço do querosene de aviação: Petrobras anuncia novo reajuste de cerca de 18% a partir de 1º de abril

A guerra na Ucrânia pressiona ainda mais os custos com o querosene de aviação (QAV). Após o preço médio do combustível dos aviões ter registrado alta de 91,9% em 2021, em comparação com 2020, a Petrobras anunciou na sexta-feira (1) aumento em torno de 18% no preço do QAV, dependendo da refinaria. No período de 1º de janeiro a 1º de março, o valor do combustível dos aviões acumula alta de cerca de 38%, segundo dados da Petrobras.

“Esses dados mostram como o preço do QAV é um desafio permanente para as empresas aéreas e comprovam que esse combustível deveria ter tratamento de política pública, pois antes da pandemia transportávamos mais de 100 milhões de passageiros por ano. Agora, a guerra na Ucrânia acelerou a pressão sobre o valor do combustível, o que pode frear a retomada da operação aérea que estávamos observando a cada mês. Permanecemos firmes no setor enfrentando diariamente o Custo Brasil”, afirma o presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz.

O QAV é o item de maior ineficiência econômica para as companhias aéreas brasileiras e responde por mais de um terço dos custos do setor, que por sua vez têm uma parcela de mais de 50% indexada ao dólar. A cotação da moeda norte-americana encerrou o ano passado no patamar de R$ 5,58, sendo que em meados de 2014 o valor estava em R$ 2,35. O Brasil é o único país do mundo que tem um tributo regional sobre o QAV, o ICMS. As empresas estrangeiras, por sua vez, não pagam esse imposto para abastecer em território nacional. É por isso que uma viagem internacional muitas vezes é mais barata do que um voo doméstico, considerando-se distâncias similares.

FONTE ABEAR

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