Autismo supera câncer em custos de planos de saúde, diz setor

Empresas atribuem alta a novas regras da ANS e dizem ver aumento de desperdícios

O aumento na demanda por tratamentos para pacientes com transtorno do espectro autista e outros transtornos globais de desenvolvimento virou um tema de preocupação no mercado de planos de saúde.

Empresas de diferentes portes relatam avanço dos gastos com as terapias do tipo, que já começam a atingir patamares da oncologia —área que tradicionalmente consome a principal fatia das contas, segundo entidades do setor.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) em um grupo de operadoras associadas da entidade, em 2023, o custo com terapias de TEA (transtorno do espectro autista) e TGD (transtornos globais de desenvolvimento) superou 9% do custo médico, enquanto os tratamentos oncológicos ficaram em 8,7%.

Há poucos anos, tais tratamentos costumavam representar menos de 2% das contas do setor, segundo a Abramge.

Os custos começaram a incomodar as empresas após mudanças regulatórias anunciadas pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) a partir de 2021, quando o órgão determinou que as pessoas com TEA teriam direito a um número ilimitado de sessões com psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos para o tratamento de autismo na cobertura dos planos.

Em 2022, as medidas foram expandidas para contemplar a cobertura de quaisquer métodos ou técnicas indicadas pelo médico para o atendimento dos pacientes com TGD.

A norma considera a CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), que abrange diagnósticos de autismo infantil, síndrome de Rett e de Asperger entre os exemplos de transtornos globais do desenvolvimento.

As operadoras, no entanto, não podem negar cobertura se o prescritor usar os parâmetros da CID-11, que se trata de uma versão atualizada do documento da OMS (Organização Mundial de Saúde), ainda não obrigatória no Brasil.

Em seguida, a ANS também determinou novos ajustes no rol de cobertura, liberando o número ilimitado de sessões para todos os usuários dos planos, com qualquer doença ou condição de saúde listada pela OMS.

Pelos dados mais recentes da agência, o número de sessões e consultas de fonoaudiologia saltou de um patamar de 8 milhões em 2021 para mais de 10 milhões no ano seguinte.

Os atendimentos de psicologia subiram de 28 milhões para quase 35 milhões, enquanto a terapia ocupacional saiu de 3,3 milhões para 4,7 milhões de sessões e consultas no período.

As altas foram impulsionadas pelos diagnósticos de TGD e TEA, segundo a Abramge.

De 2021 até o ano passado, a associação diz ter verificado um crescimento de 74,4% no custo das terapias de TEA e TGD, enquanto as oncológicas avançam 37,3%.

Ao mesmo tempo, também crescem as reclamações de pacientes contra empresas de planos de saúde, motivadas por problemas como negativa de cobertura, descredenciamento de clínicas e cancelamento de contratos.

José Cechin, superintendente do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), estima que o número de pacientes com TEA que têm acesso à saúde privada no Brasil gire em torno de 500 mil pessoas.

Além da mudança regulatória, ele vê outros fatores responsáveis pelo avanço na demanda, como a evolução dos diagnósticos ao longo dos anos.

Segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, a prevalência de crianças de 8 anos de idade no espectro autista era de 1 em 150 no ano 2000, proporção que subiu para 1 a cada 36 em 2020.

“O diagnóstico aumentou muito no mundo, por várias razões. Se aperfeiçoou a técnica do diagnóstico e as famílias querem dar melhores condições às crianças”, diz Cechin.

Na avaliação da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), as terapias ilimitadas abriram brechas para a ocorrência de desperdícios e abusos.

O efeito nas contas varia conforme o perfil das companhias. As que trabalham com reembolso têm sido mais impactadas.

Segundo Vera Valente, diretora da FenaSaúde, o setor tem enfrentado casos de fraudes praticadas por clínicas que estão pagando planos de saúde em nome de pacientes para solicitar reembolso de tratamentos com sobrecarga de horário, entre outras distorções.

“O que questionamos são os abusos. A maioria dos beneficiários, que age corretamente, está pagando a conta de quem faz abusos. Há situações escancaradamente fraudulentas. Há casos de paciente com 82 horas de terapia semanal. É inviável. Um paciente de 11 anos apresentou 154 solicitações de reembolso em pouco mais de dois anos. Só em psicoterapia foram 1.800 sessões, um total de R$ 550 mil”, diz Valente.

Para a ONG de defesa do consumidor Idec, os casos de fraude não são responsabilidade do beneficiário comum.

Ana Carolina Navarrete, coordenadora do Idec, avalia que o crescimento do número de consultas reflete, na verdade, uma demanda que estava reprimida, porque as regras anteriores eram muito restritivas e não davam conta de suprir a real necessidade dos pacientes.

“Sabemos que boa parte das negativas de cobertura de procedimentos como sessões de psicoterapia, fisioterapia, fonoaudiólogos e outros era corriqueiramente negada pelos planos, com justificativa de que o rol da ANS só determinava a cobertura até 12 sessões ao ano, em boa parte dos casos”, diz Navarrete.

Cassio Alves, superintendente da Abramge, nega que a intenção das empresas seja restringir o acesso dos beneficiários ao serviço.

“O problema não é liberar o acesso ao que for necessário. O problema é não qualificar esse acesso. Quando há um vazio regulatório em que falta uma diretriz para utilizar esse acesso, além de ocorrer um sobreuso, você permite que oportunistas se aproveitem. A preocupação é segurança e eficácia. Temos que direcionar essas terapias para oferecer o que é cientificamente comprovado e seguro para as crianças. [O acesso] está sendo feito de forma descoordenada. Tem de ter uma diretriz, uma linha de cuidado, um protocolo, sob pena de sacrificar a segurança, a eficácia e, claro, o custo-efetividade”, diz Alves.

A ANS confirma que vem observando aumento dos custos em saúde em geral, mas ressalva que a agência não tem estudo específico sobre o montante de recursos destinados ao atendimento de beneficiários com TGD e afirma que não regula os valores de serviços e insumos praticados pelo mercado.

FONTE FOLHA DE SÃO PAULO

Minas gasta quase R$ 1 bilhão por ano com presos que ainda não foram condenados

O grande número de presos provisórios (35% do total) contribui para a superlotação crônica do sistema prisional mineiro e, consequentemente, para o aumento da violência, segundo especialistas

Antes de ser absolvido pela Justiça, em abril de 2014, o servente de pedreiro Thiago Paulino Simões, de 36 anos, passou 887 dias preso provisoriamente, num regime que, na visão de especialistas ouvidos por O TEMPO para a série de reportagens O custo da injustiça contribui para a superlotação crônica do sistema prisional em Minas. O cenário faz com que o Estado gaste uma fortuna com detentos que ainda não tiveram a chance de passar por um julgamento, seja pela demora nas investigações, seja devido à morosidade da Justiça.

Para se ter uma ideia do impacto financeiro das prisões provisórias — que incluem temporárias e preventivas —, Minas gastou, no fim de 2022, cerca de R$ 77,4 milhões por mês para manter mais de 24 mil presos provisórios nas celas. É o equivalente a quase R$ 1 bilhão por ano – já que, segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), cada detento do sistema fechado custa aproximadamente R$ 3.200 por mês para o Estado. Dados do Sistema Nacional de Informações Penais, indicam que, no ano passado, Minas tinha um déficit de 21 mil vagas no sistema prisional.

Pelo Código do Processo Penal, prisões preventivas (sem limite de tempo pré-definido) só devem ser decretadas quando a soltura do suspeito é uma ameaça para a sociedade e para o andamento das investigações, ou quando “houver indícios suficientes da autoria”. Fora isto, a única forma que o sistema de Justiça têm para manter um suspeito atrás das grades são os pedidos de prisões temporárias, que têm duração de cinco dias prorrogados por outros cinco para casos de crimes comuns. O prazo é de 30 dias, expansíveis para outros 30, para crimes hediondos (homicídio, estupro, lesão corporal grave, roubo e sequestro). 

Na prática, porém, a modalidade de prisão tem sido usada indiscriminadamente, analisa Amanda Melo, presidente da Comissão do Tribunal do Júri da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas (OAB-MG). “A interpretação da lei é extremamente subjetiva. A gente percebe que o suspeito é réu primário, tem bons antecedentes, trabalha, apresenta comprovante de endereço, ou seja, cumpre todos os requisitos legais para responder o processo em liberdade, mas vem uma prisão preventiva com base na conveniência da instrução criminal. Isso gera superlotação no sistema carcerário”, critica a advogada.

O coordenador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Claudio Beato, explica que não é possível mensurar quantos destes 24 mil presos temporários do Estado poderiam deixar o sistema carcerário. Isso ocorre, na opinião do especialista, devido à falta de transparência nos dados carcerários de todo o país.

“Temos um número global de pessoas presas, mas a gente não sabe detalhar quem e por qual motivo está preso. O correto seria saber esse detalhamento para mensurarmos quem poderia estar solto, entre os presos provisórios e aqueles condenados a menos de quatro anos, a quem poderia ser aplicada a pena restritiva de direitos”, argumenta o especialista.

Procurada pela reportagem, a Sejusp informou que o valor de R$ 3.200 serve para a manutenção do detento no sistema, o que inclui gastos com alimentação, estudo, trabalho, itens de higiene, água, luz e pagamento de servidores. Ainda conforme a pasta, o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) trabalha para “promover a reinserção social dos custodiados através do incentivo ao estudo e ao trabalho”.

“No que diz respeito ao trabalho, por meio de mais de 500 parcerias com empresas privadas e entes públicos, cerca de 16,8 mil presos participam de frentes de trabalho, assalariado ou não, e com direito à remição de pena, ou seja, a cada três dias de trabalho menos um na sentença. Já no campo do estudo, além de escolas estaduais que têm um segundo endereço dentro das unidades prisionais, são fornecidos diversos cursos profissionalizantes aos presos, que vão da área têxtil à construção civil. Ao todo, cerca de 20 mil presos são beneficiados atualmente”, completou a Sejusp.

Problema motivou mutirão do CNJ

Visando reduzir a superlotação dos presídios do país, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou, nesta semana, um mutirão carcerário. A presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, vem à Belo Horizonte nesta quinta-feira (27 de julho) para lançar o chamado “Mutirão Processual Penal”, que pretende revisar 100 mil processos entre julho e agosto deste ano em todo o país.

“Esse (mutirão do CNJ) é apenas um primeiro passo. A verdade é que essa revisão das penas deveria ser uma iniciativa do governo Federal, pois, essa ausência de informações leva os estados a gastarem muito dinheiro com absoluta falta de compreensão do que está acontecendo no interior das prisões. Isso tudo compõe um quadro em que você deveria ter uma análise melhor do problema, uma vez que não dá para sair gastando tempo e dinheiro construindo mais prisões”, argumenta Cláudio Beato.

Nesta primeira etapa, o novo mutirão do CNJ levantou previamente os processos de interesse que serão revisados. Entre eles, estão, por exemplo, as prisões provisórias com duração maior do que um ano e o cumprimento de pena em regime prisional maior do que o fixado pela condenação. Desde 2008, quando os mutirões do órgão foram criados, mais de 400 mil processos foram revisados e pelo menos 45 mil pessoas acabaram colocadas em liberdade por já terem cumprido suas penas.

Encarceramento massivo alimenta violência no país

O custo da morosidade judicial – que, por vezes, mantém inocentes encarcerados – não se limita ao rombo nos cofres públicos. Segundo especialistas, há fatores subjetivos, não menos importantes, que tornam incalculável o custo do tempo perdido atrás das grades. Entre os prejuízos causados, está o aumento da violência que prejudica toda a sociedade, que é alimentada pelo encarceramento em massa, como explica a diretora do Innocence Project Brasil, Dora Cavalcanti.

“Existe um custo altíssimo de manter o número de presos que mantém o Brasil como o terceiro país com a maior população carcerária do mundo (atrás apenas dos Estados Unidos e China), mas é preciso pensar que isso ultrapassa o civilizatório. O encarceramento massivo da população jovem periférica retroalimenta a violência na sociedade brasileira, criando espaço para a formação de facções. O Estado deixa de dar a segunda chance para as pessoas porque a prisão fica como a solução, mas a verdade é que precisamos investir em medidas alternativas. A prisão deveria ser em caso de violência extrema ou casos de risco à integridade física de alguém para não termos presídios tão lotados”, afirma Dora.

No caso da prisão de inocentes, um dos preços a se pagar é o fato de o verdadeiro criminoso continuar à solta cometendo outros crimes, por exemplo. “O custo financeiro é irrelevante se levarmos em conta o custo moral e emocional envolvendo as vítimas e os acusados indevidamente”, aponta o juiz Ernane Neves, da Vara de Execução Penal da Comarca de São João del-Rey, no Campo das Vertentes. Para a advogada Amanda Melo, “não há valor que cubra o tempo que a pessoa ficou presa indevidamente”.

Indenização de inocentes 

Se, após o período de encarceramento, a Justiça entender que o réu é inocente, o Estado ainda pode ser condenado a indenizar a vítima. De 2020 a 2022, por exemplo, foram 705 pedidos de indenização por dano moral por prisão no Tribunal de Justiça de Minas.

Questionada pela reportagem de O TEMPO, a Advocacia-Geral do Estado (AGE) não informou quanto já pagou em indenizações às vítimas de prisões injustas.

FONTE O TEMPO

Minas gasta quase R$ 1 bilhão por ano com presos que ainda não foram condenados

O grande número de presos provisórios (35% do total) contribui para a superlotação crônica do sistema prisional mineiro e, consequentemente, para o aumento da violência, segundo especialistas

Antes de ser absolvido pela Justiça, em abril de 2014, o servente de pedreiro Thiago Paulino Simões, de 36 anos, passou 887 dias preso provisoriamente, num regime que, na visão de especialistas ouvidos por O TEMPO para a série de reportagens O custo da injustiça contribui para a superlotação crônica do sistema prisional em Minas. O cenário faz com que o Estado gaste uma fortuna com detentos que ainda não tiveram a chance de passar por um julgamento, seja pela demora nas investigações, seja devido à morosidade da Justiça.

Para se ter uma ideia do impacto financeiro das prisões provisórias — que incluem temporárias e preventivas —, Minas gastou, no fim de 2022, cerca de R$ 77,4 milhões por mês para manter mais de 24 mil presos provisórios nas celas. É o equivalente a quase R$ 1 bilhão por ano – já que, segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), cada detento do sistema fechado custa aproximadamente R$ 3.200 por mês para o Estado. Dados do Sistema Nacional de Informações Penais, indicam que, no ano passado, Minas tinha um déficit de 21 mil vagas no sistema prisional.

Pelo Código do Processo Penal, prisões preventivas (sem limite de tempo pré-definido) só devem ser decretadas quando a soltura do suspeito é uma ameaça para a sociedade e para o andamento das investigações, ou quando “houver indícios suficientes da autoria”. Fora isto, a única forma que o sistema de Justiça têm para manter um suspeito atrás das grades são os pedidos de prisões temporárias, que têm duração de cinco dias prorrogados por outros cinco para casos de crimes comuns. O prazo é de 30 dias, expansíveis para outros 30, para crimes hediondos (homicídio, estupro, lesão corporal grave, roubo e sequestro). 

Na prática, porém, a modalidade de prisão tem sido usada indiscriminadamente, analisa Amanda Melo, presidente da Comissão do Tribunal do Júri da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas (OAB-MG). “A interpretação da lei é extremamente subjetiva. A gente percebe que o suspeito é réu primário, tem bons antecedentes, trabalha, apresenta comprovante de endereço, ou seja, cumpre todos os requisitos legais para responder o processo em liberdade, mas vem uma prisão preventiva com base na conveniência da instrução criminal. Isso gera superlotação no sistema carcerário”, critica a advogada.

O coordenador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Claudio Beato, explica que não é possível mensurar quantos destes 24 mil presos temporários do Estado poderiam deixar o sistema carcerário. Isso ocorre, na opinião do especialista, devido à falta de transparência nos dados carcerários de todo o país.

“Temos um número global de pessoas presas, mas a gente não sabe detalhar quem e por qual motivo está preso. O correto seria saber esse detalhamento para mensurarmos quem poderia estar solto, entre os presos provisórios e aqueles condenados a menos de quatro anos, a quem poderia ser aplicada a pena restritiva de direitos”, argumenta o especialista.

Procurada pela reportagem, a Sejusp informou que o valor de R$ 3.200 serve para a manutenção do detento no sistema, o que inclui gastos com alimentação, estudo, trabalho, itens de higiene, água, luz e pagamento de servidores. Ainda conforme a pasta, o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) trabalha para “promover a reinserção social dos custodiados através do incentivo ao estudo e ao trabalho”.

“No que diz respeito ao trabalho, por meio de mais de 500 parcerias com empresas privadas e entes públicos, cerca de 16,8 mil presos participam de frentes de trabalho, assalariado ou não, e com direito à remição de pena, ou seja, a cada três dias de trabalho menos um na sentença. Já no campo do estudo, além de escolas estaduais que têm um segundo endereço dentro das unidades prisionais, são fornecidos diversos cursos profissionalizantes aos presos, que vão da área têxtil à construção civil. Ao todo, cerca de 20 mil presos são beneficiados atualmente”, completou a Sejusp.

Problema motivou mutirão do CNJ

Visando reduzir a superlotação dos presídios do país, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou, nesta semana, um mutirão carcerário. A presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, vem à Belo Horizonte nesta quinta-feira (27 de julho) para lançar o chamado “Mutirão Processual Penal”, que pretende revisar 100 mil processos entre julho e agosto deste ano em todo o país.

“Esse (mutirão do CNJ) é apenas um primeiro passo. A verdade é que essa revisão das penas deveria ser uma iniciativa do governo Federal, pois, essa ausência de informações leva os estados a gastarem muito dinheiro com absoluta falta de compreensão do que está acontecendo no interior das prisões. Isso tudo compõe um quadro em que você deveria ter uma análise melhor do problema, uma vez que não dá para sair gastando tempo e dinheiro construindo mais prisões”, argumenta Cláudio Beato.

Nesta primeira etapa, o novo mutirão do CNJ levantou previamente os processos de interesse que serão revisados. Entre eles, estão, por exemplo, as prisões provisórias com duração maior do que um ano e o cumprimento de pena em regime prisional maior do que o fixado pela condenação. Desde 2008, quando os mutirões do órgão foram criados, mais de 400 mil processos foram revisados e pelo menos 45 mil pessoas acabaram colocadas em liberdade por já terem cumprido suas penas.

Encarceramento massivo alimenta violência no país

O custo da morosidade judicial – que, por vezes, mantém inocentes encarcerados – não se limita ao rombo nos cofres públicos. Segundo especialistas, há fatores subjetivos, não menos importantes, que tornam incalculável o custo do tempo perdido atrás das grades. Entre os prejuízos causados, está o aumento da violência que prejudica toda a sociedade, que é alimentada pelo encarceramento em massa, como explica a diretora do Innocence Project Brasil, Dora Cavalcanti.

“Existe um custo altíssimo de manter o número de presos que mantém o Brasil como o terceiro país com a maior população carcerária do mundo (atrás apenas dos Estados Unidos e China), mas é preciso pensar que isso ultrapassa o civilizatório. O encarceramento massivo da população jovem periférica retroalimenta a violência na sociedade brasileira, criando espaço para a formação de facções. O Estado deixa de dar a segunda chance para as pessoas porque a prisão fica como a solução, mas a verdade é que precisamos investir em medidas alternativas. A prisão deveria ser em caso de violência extrema ou casos de risco à integridade física de alguém para não termos presídios tão lotados”, afirma Dora.

No caso da prisão de inocentes, um dos preços a se pagar é o fato de o verdadeiro criminoso continuar à solta cometendo outros crimes, por exemplo. “O custo financeiro é irrelevante se levarmos em conta o custo moral e emocional envolvendo as vítimas e os acusados indevidamente”, aponta o juiz Ernane Neves, da Vara de Execução Penal da Comarca de São João del-Rey, no Campo das Vertentes. Para a advogada Amanda Melo, “não há valor que cubra o tempo que a pessoa ficou presa indevidamente”.

Indenização de inocentes 

Se, após o período de encarceramento, a Justiça entender que o réu é inocente, o Estado ainda pode ser condenado a indenizar a vítima. De 2020 a 2022, por exemplo, foram 705 pedidos de indenização por dano moral por prisão no Tribunal de Justiça de Minas.

Questionada pela reportagem de O TEMPO, a Advocacia-Geral do Estado (AGE) não informou quanto já pagou em indenizações às vítimas de prisões injustas.

FONTE O TEMPO

Câmara gasta 37,2 mil pães ao ano e custo com lanche vai superar mais de R$610 mil 2023

Na última terça-feira (30), o Estado de Minas publicou uma matéria expondo os gastos da Câmara de Ouro Preto com lanches e buffet. De acordo com uma levamento feito pelo jornal, o fornecimento desse serviço em 2023 deve custar R$ 610.763 mil aos cofres públicos. Nesta quarta-feira, a Rádio Real conversou com Duarte Liberato, diretor de compras da Casa de Leis.

Em entrevista ao repórter Antônio Isidoro, Duarte Liberato explicou que os gastos aumentaram devido ao fim das restrições impostas pela pandemia da COVID-19. No ano de 2022, a Câmara de Ouro Preto realizou apenas seis eventos que demandaram verbas para lanches, devido aos protocolos de segurança e limitações de público. No entanto, com a melhora da situação sanitária, o número de eventos para este ano aumentou para 17, como era comum antes da pandemia.

“A comparação com o processo do ano anterior de 2022 na questão dos buffets para solenidades protocolares da Câmara de Ouro Preto acaba sendo falha, pois em 2022 estávamos sob o decreto de COVID-19, que limitou os eventos para apenas seis devido às restrições de público. Esse decreto foi emitido a nível federal como estado de calamidade. No entanto, este ano retomamos os 17 eventos, o que era comum antes da pandemia. Quanto aos pães, por exemplo, recebemos 120 pães por dia, com base em dois períodos diários de 60 pães cada, embora esse número possa variar dependendo do fluxo da Câmara”, disse Duarte à Real.

Liberato destacou que a escolha dos fornecedores foi feita por meio de pregão presencial, com base no critério de menor preço por lote. Ele ressaltou que o contrato é de registro de preço, o que significa que apenas os itens consumidos serão pagos. Caso haja saldo não utilizado, o recurso retorna para os cofres da Câmara.

“Além disso, é importante ressaltar que o contrato é de registro de preço, ou seja, pagamos apenas pelos itens consumidos. Se não utilizarmos todo o saldo, o recurso retorna para os cofres da Câmara. O valor total licitado não significa necessariamente o valor contratado, e o processo licitatório ainda está em andamento. Além disso, empresas de qualquer parte do país podem participar, pois a modalidade adotada é o pregão eletrônico, que é a forma mais transparente de licitação, permitindo que os licitantes façam lances remotamente”, destacou Duarte.

Contudo, a execução do contrato deve ser feita presencialmente.

O diretor de compras enfatizou que os gastos com os lanches são calculados com base na demanda dos servidores e convidados da Casa de Leis. Atualmente, a Câmara de Ouro Preto conta com 176 servidores efetivos e comissionados, e são fornecidos 37.200 pães por ano, o que representa uma média de 120 pães por dia, podendo ser ajustada de acordo com a demanda.

FONTE JORNAL GALILÉ

Imposto de Renda: 6 gastos que podem ser deduzidos da declaração e aumentar a restituição

O calendário para a declaração do Imposto de Renda 2023 já está acabando. O prazo final é no dia 31 deste mês.

Até lá, os contribuintes devem declarar suas fontes de renda, mas também os gastos que podem ser dedutíveis do pagamento.

Esses gastos podem reduzir o valor a ser pago para a Receita ou aumentar a restituição do imposto.

Money Times separou uma lista com 6 gastos que podem ser deduzidos do imposto de renda. Confira:

1 – Dependentes

Os dependentes podem ser deduzidos do imposto a partir de uma base de cálculo de até R$ 2.275,08 por pessoa, desde que possua CPF e conste somente em apenas uma declaração.

O contribuinte deve incluir todos os rendimentos, pagamentos e bens do dependente.

2 – Saúde

As despesas com saúde, tanto do contribuinte quanto dos dependentes, podem ser deduzidas no IRPF 2023, sem limite de valor.

A Receita Federal considera como despesa médica: os pagamentos a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, hospitais, planos de saúde e de exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias.

3 – Educação

Em despesas relacionadas a educação, há um limite de R$ 3.561,50 que pode ser descontado por pessoa.

A dedução pode ser atribuída aos valores pagos para: educação infantil (creches e pré-escolas, de crianças até 5 anos), ensino fundamentalmédio e superior (graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado e especialização), e educação profissional (ensino técnico e o tecnológico).

4 – Previdência

Os planos de previdência privada ou complementar podem ser deduzidos no imposto de renda até o limite de 12% do rendimento tributável.

Enquanto isso, as despesas com o plano gerador de benefício livre (PGBL) são dedutíveis, enquanto as com a vida gerador de benefício livre (VGBL) não são.

5 – Pensão alimentícia

Para quem declara pensão alimentícia no IRPF, existem três casos:

  • Quem paga pensão é obrigado a declarar a despesa no Imposto de Renda 2023, a qual será dedutível;
  • Quem recebe o benefício, se fizer sua declaração própria, deverá declarar a pensão alimentícia recebida; ou
  • Quem é responsável pela pessoa que recebe a pensão, se for seu dependente, deverá incluir também a pensão recebida pelo alimentando.

6 – Doações incentivadas

As doações incentivadas são aquelas que transferem dinheiro a um projeto com temas de interesse público, que são pré-aprovados pelo governo como uma instituição que pode receber esse tipo de doação.

Para receber o desconto, contudo, o contribuinte precisa realizar a declaração completa do Imposto de Renda, e não a simplificada.

FONTE MONEY TIMES

Câmara de Entre Rios devolver mais de R$650 mil

O Presidente da Câmara Municipal, Vereador Thiago Itamar Santos Villaça (Ted), repassou ao Prefeito Municipal, em nome de todos os vereadores, mais de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais) provenientes de economias realizadas pelo Legislativo no ano de 2022.
Todo este valor será empenhado no atendimento à população, a partir de tratativas realizadas ao longo deste ano com o Executivo, quais sejam a destinação de R$ 400.000,00 para o Hospital Cassiano Campolina e mais R$ 200.000,00 para a Associação dos Moradores Sem Casa (AMSCA), contando com a contraparte do Município para totalizar os R$ 350.000,00 que serão repassados para a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da entidade.
Assim, os vereadores entendem a importância da economia dos recursos públicos para prover os serviços em atenção às demandas da população de forma eficiente, especialmente na área da saúde e do saneamento básico, permitindo que a destinação ocorra da forma mais responsável possível.
Ademais, a Câmara divulga os números de documentos exarados por esta Casa Legislativa, assinados pelos vereadores, em defesa dos interesses de nosso povo, clamando por intervenções de infraestrutura urbana e rural, questionamentos sobre os serviços prestados pelas concessionárias CEMIG, COPASA e operadora VIVO, além das autarquias do governo como DER-MG e deputados federais e estaduais.
A Câmara Municipal agradece a parceria de todos os cidadãos no ano de 2022 e se compromete a continuar representando os interesses coletivos no ano de 2023, desejando a todos um excelente ano, cheio de paz, harmonia e sucesso para todos.

Homem diz ‘não aguentar mais’ gastos da mulher com jogatina e chama a polícia

Caso foi registrado em Uberaba; idoso de 78 anos ainda mostrou diversas provas das apostas

Um homem de 78 anos chamou a polícia para a própria esposa, de 77, alegando que “não aguentava mais” os gastos da mulher no jogo do bicho. O caso foi registrado nessa terça-feira (31), em Uberaba, no Triângulo Mineiro. A acusada foi encaminhada para a delegacia e deverá comparecer ao Juizado Especial Criminal. 

De acordo com informações do boletim de ocorrência, o marido da suspeita alegou aos militares que todos os gastos da mulher giram em torno do jogo. Para provar o que dizia, ele mostrou aos policiais três cadernos usados pela esposa para os cálculos e administração do dinheiro gasto e obtido nas apostas. Também foram apresentados quase 70 comprovantes de jogos.

Diante das provas, a mulher confessou que realmente fez as apostas. De acordo com ela, isso já vinha acontecendo há três anos. A suspeita se comprometeu a comparecer na presença do juiz quando acionada e, por isso, não teve imposta a pena restritiva de liberdade.

O que diz a lei

A Lei de Contravenções penais deixa explícito, no artigo 58, que trata-se de contravenção “explorar ou realizar a loteria denominada jogo do bicho ou praticar qualquer ato relativo à sua realização ou exploração”. A pena é de quatro meses a um ano de prisão e multa.

FONTE O TEMPO

Não vacinados em UTIs de Minas geram custo de R$ 1 mi por dia ao SUS

Cálculo leva em conta média de 70% de pessoas que não tomaram nenhuma dose entre internados por Covid em Minas

As vacinas contra a Covid estão disponíveis nos postos de saúde de todos os municípios mineiros, mas cerca de 15% da população elegível (com mais de 5 anos) ainda não recebeu nenhuma dose. A decisão de não se imunizar traz consequências individuais, mas também um impacto coletivo. Em apenas um dia, o Sistema Único de Saúde vai ter que desembolsar quase um milhão de reais para bancar a internação em terapia intensiva de pessoas que não foram imunizadas em Minas. Quem paga a conta é toda a sociedade.

Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), ontem havia 885 internados em UTI Covid em Minas Gerais. Considerando que 70% deles não foram imunizados (a partir de uma média levantada a partir de informações da secretaria) e o valor de R$ 1.600 para diária do leito, em apenas um dia a rede pública está arcando com R$ 990.400 para atender a pacientes que não receberam vacinas e estão no CTI. Os valores podem ser ainda maiores conforme a necessidade de cada paciente por procedimentos, como hemodiálise.

Ainda há os custos com as internações em enfermaria. Ontem havia 2.385 leitos clínicos ocupados por pacientes com Covid na rede SUS em Minas. Considerando uma porcentagem conservadora de 70% de não vacinados entre os atendidos e um custo médio de R$ 1.500 por tratamento, a rede pública vai ter de desembolsar mais de R$ 2,5 milhões com esses pacientes não imunizados.

Claro que nesta conta estão crianças que ainda não puderam ser imunizadas. Dados divulgados pela SES-MG referentes ao dia 19 de janeiro indicam que 2,17% dos não vacinados internados por Covid têm idade de 0 a 10 anos. Por outro lado, 58% dos internados sem imunização estão com mais de 51 anos e poderiam, até, já ter recebido a dose de reforço.

Professor do Departamento de Medicina Preventiva da UFMG, Geraldo Cunha Cury explica que a escolha individual por não se vacinar traz consequências que vão além dos custos. “Quem não se vacina coloca as outras pessoas em risco e colabora para uma maior transmissão do vírus, podendo criar novas variantes”, diz o infectologista, lembrando que as internações numerosas afetam a qualidade de vida dos profissionais de saúde, já exaustos. 

Para ele, mais do que adquirir vacinas, o poder público deveria investir na ampliação da imunização, com campanhas direcionadas a quem ainda não recebeu nenhuma dose. “Certamente, se o poder público investisse em vacinação como deveria, não estaríamos tendo o problema de agora nas internações. Proporcionalmente, o Brasil é um dos países com maior número de mortes por Covid e ficou claro que devemos investir na prevenção. Mas o governo federal chegou a criar dificuldade até para a vacinação infantil, o que não faz o menor sentido”.

De acordo com dados da SES-MG, a taxa de internação em UTI por Covid é de 8,2 casos a cada 100 mil habitantes entre não imunizados. Para aqueles com esquema vacinal completo, a taxa é de 0,63. Ou seja, quem não se vacinou tem 13 vezes mais chance de precisar de terapia intensiva para tratar a doença.

Readequação nos municípios

Gestores de saúde por todo o país têm se desdobrado para garantir uma maior taxa de imunização possível entre munícipes, pois sabem que melhores indicadores resultam em menos internações por Covid. Em Contagem, por exemplo, foram feitos diversos tipos de mutirões temáticos – de festa junina e rolezinho a super-heróis, que estarão presentes na vacinação infantil realizada hoje em três endereços.

“Já existe uma necessidade por UTI clínica e a demanda é maior do que a disponibilidade de leitos. Quando se amplia o número de leitos para uma doença prevenível, como a Covid, é claro que que provoca uma readequação dentro do município e ampliação de gastos em equipamentos de saúde”, explica o secretário de Saúde de Contagem, Fabrício Simões.

O gestor reforça que, nos momentos de pico de Covid, o sistema de saúde não consegue dar atenção devida a outras doenças. “Costumo dizer que os efeitos da pandemia vão se perdurar por anos, especialmente porque se formou uma fila muito grande de cirurgias eletivas”.

FONTE O TEMPO

Aprenda como transformar gastos no cartão de crédito em investimentos

Bancos digitais oferecem benefícios para autônomos e clientes que querem investir seu dinheiro aproveitando o cartão de crédito

Que tal usar o seu cartão de crédito de forma mais inteligente, fazendo com que ele faça a conversão de suas despesas em investimentos? É exatamente sobre isso que vamos falar hoje.

É muito fácil abrir uma conta e ter um cartão de crédito, as instituições financeiras a cada dia tem novidades para seus usuários, inclusive cartões isentos de taxas e com muitos benefícios.

A XP, corretora de investimentos, é uma dessas instituições que tem oferecido muitos benefícios. Quem tem conta na XP com pelo menos R$ 5 mil investidos pode adquirir o Cartão XP Visa Infinite, sem anuidade, sem valor mínimo de fatura e com “Investback”.

E não para por aí, os clientes que usam o marketplace ou o shopping XP dentro do aplicativo podem receber até 10% do valor da despesa de volta. Estando acumulado, o valor é direcionado para o Fundo Investback, que acompanha a taxa Selic e tem liquidez diária.

No banco digital multimoedas Zro Bank, os cashbacks são pagos em bitcoins no ato da compra. Após o recebimento o usuário poderá escolher se quer converter o valor acumulado em reais ou se deixará guardado no Zro bank ou ainda em outra carteira de investimentos.

Autônomos como público-alvo

Além desses cashbacks que podem ser investidos, as instituições financeiras têm disponibilizado já há algum tempo diversas opções de cartão de crédito sem tarifas para os mais variados perfis de clientes.

A fintech Zippi, por exemplo, lançou em outubro de 2020 o primeiro cartão de crédito do brasil que possui fatura semanal, disponível também para as pessoas que estão negativadas, com o objetivo de ajudar os trabalhadores autônomos a organizarem melhor a sua vida financeira.

Outra opção do Zro Bank é o cartão de débito com a bandeira Visa que disponibiliza um cashback de 0,5% em bitcoins para todas as compras feitas com o cartão, o valor poderá ser sacado em caixas 24h sem taxas extras. Para emitir o cartão e usá-lo o cliente também não precisará pagar nada.

Se você ficou interessado em alguma opção entre no site das instituições financeiras ou baixe os respectivos aplicativos e solicite o que lhe interessar.

FONTE EDITAL CONCURSOS

IPTU, IPVA, matrícula escolar e todos os gastos previstos para o início de 2022

Brasileiros reajustam suas contas diante do cenário de crise econômica. Com a chegada do fim do ano, a população passa a organizar as finanças. O 13º salário muitas vezes é utilizado para amenizar despesas como o IPVA, IPTU e matricula escolar. Abaixo, saiba como priorizar e organizar tais débitos.

Diante da atual inflação, sustentar uma família tem sido um grande desafio no Brasil. Para quem vive com um salário mínimo, as contas estão cada vez mais apertadas. A classe média, por sua vez, se preocupa com o IPVA e o IPTU. De modo geral, há ainda os gastos com escolas e mais.

organização financeira é essencial nesse momento. Antes de quitar qualquer valor o cidadão precisa listar a ordem de prioridade dos boletos. É preciso entender quais são os prazos de vencimento, o que pode ser pago a vista e onde utilizar o cartão de crédito.

IPTU, IPVA, matrícula escolar e todos os gastos previstos para o início de 2022 (Imagem: FDR)
IPTU, IPVA, matrícula escolar e todos os gastos previstos para o início de 2022 (Imagem: FDR)

Matrícula e material escolar

Quem tem filho matriculado nas redes particulares de ensino já está em período de matrícula. O valor varia de acordo com a média financeira da instituição, mas normalmente deve ser pago entre janeiro e dezembro.

Nesse caso, recomenda-se a quitação à vista, sem que haja inadimplências do ano anterior. O responsável pode ainda negociar com a escola a possibilidade de descontos e ir atrás de bolsas ou reajustes ofertados mediante políticas sociais.

Os alunos da rede pública, no entanto, têm um gasto referente ao material escolar. Para ambos os grupos a lista tende a ficar mais barata nesse fim de ano. A aquisição durante o início do período letivo pode encarecer os produtos.

Uma boa dica é recorrer aos sebos e feiras de livros e demais periódicos já utilizados, pois têm um melhor custo benefício.

IPVA com calendário anunciado

Os titulares de automóveis devem acompanhar ainda os carnês do IPVA. A cobrança varia de acordo com cada estado, de modo que deve ser monitorada pelo Detran local. É válido ressaltar que há descontos para quem optar por fazer o pagamento da parcela total à vista.

O cidadão que não tiver todo o dinheiro de uma única vez, tem o direito de parcelar o tributo. Nesse caso, ele perde a oportunidade de baratear a tarifa, mas ganha tempo para levantar recursos e assim ameniza o impacto em seu orçamento.

É preciso ficar atento as regras de isenção aplicadas em cada estado, de modo geral elas levam em consideração o tempo de uso do veículo, se o titular é deficiente ou idoso.

Lista de vencimento dos veículos para isenção no IPVA 2022

EstadosVeículos isentos a partir de:
Acre20 anos de fabricação
AlagoasFabricação até 31 de dezembro de 2000
Amapá10 anos de fabricação
Amazonas15 anos de fabricação
Bahia15 anos de fabricação
Ceará15 anos de fabricação
Distrito Federal15 anos de fabricação
Espirito Santo15 anos de fabricação
Maranhão15 anos de fabricação
Mato Grosso18 anos de fabricação
Mato Grosso do Sul20 anos de contribuição
Minas GeraisVeículos placa preta
Pará15 anos de fabricação
Paraíba15 anos de fabricação
Paraná20 anos de fabricação
Pernambuco30 anos de fabricação
Piauí15 anos de fabricação
Rio de Janeiro15 anos de fabricação
Rio Grande do Norte10 anos de fabricação
Rio Grande do Sul20 anos de fabricação
Rondonia15 anos de fabricação
RoraimaMaquinas agrícolas, ambulâncias, (veículos PCD, incêndio, Consul), Taxis e motos até 160 c.c
Santa Catarina30 anos de fabricação
São Paulo20 anos de fabricação
Sergipe15 anos de fabricação
Tocantins15 anos de fabricação

IPTU para proprietários e locatários

Por fim, outra despesa essencial a ser paga no início do ano é o IPTU. Esse imposto é destinado para os donos de imóveis ou seus locatários desde que haja um acordo registrado em contrato.

valor do IPTU varia de acordo com cada município. Além disso, ele se torna mais caro a depender do tamanho do imóvel, localização e tempo de construção. Para acessar os carnes do tributo é preciso se conectar ao portal da prefeitura da sua cidade.

É importante ressaltar que os gestores públicos oferecem uma série de descontos. É possível reduzir o valor mediante o pagamento de uma única parcela ou até mesmo utilizar as notas fiscais com CPF.

FONTE FDR

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