Ciência descobre efeito inesperado de refrigerante em homens

Os testes foram realizados em mais de 100 camundongos durante um período de 15 dias

Um estudo feito por pesquisadores chineses com o objetivo determinar o impacto que os refrigerantes têm na fertilidade descobriu um efeito colateral que pode prejudicar os homens.

Os pesquisadores se basearam em testes em animais para realizar o estudo. Ao observar camundongos machos, eles perceberam que esse tipo de bebida gaseificada pode aumentar os níveis de testosterona, levando a um amento no tamanho dos testículos.

Beber refrigerante pode aumentar o tamanho dos testículos e a produção de testosterona, segundo estudo

A pesquisa, publicada na revista Acta Endocrinol, testou os efeitos das bebidas gaseificadas em mais de 100 camundongos por 15 dias.

Os animais foram divididos em grupos, sendo alguns mantidos em gaiolas com Coca-Cola e outros com Pepsi, variando em diferentes concentrações.

Um grupo de camundongos, do grupo de controle, recebeu apenas água pura. A pesquisa constatou que a massa dos testículos nos grupos que consumiram Coca-Cola e altas concentrações de Pepsi era significativamente maior em comparação ao grupo de controle.

Além disso, os camundongos que receberam Coca-Cola pura e Pepsi também apresentaram níveis mais altos de hormônio masculino em relação ao grupo de controle. Os pesquisadores concluíram que uma alta dose de Pepsi ou Coca-Cola pode promover o crescimento e desenvolvimento dos testículos.

No entanto, os efeitos a longo prazo dessas bebidas na massa testicular e na produção de testosterona ainda não estão claros e requerem estudos adicionais para uma compreensão mais abrangente.

Efeitos negativos dos refrigerantes

Além desses, mais efeitos negativos têm ligação com essas bebidas gaseificadas. Especialistas ressaltam que o consumo excessivo dessas bebidas pode acarretar em um maior risco de diversas doenças crônicas, incluindo obesidade, diabetes e câncer.

Estudos anteriores também indicam um impacto negativo na fertilidade feminina. Em experimentos realizados com camundongos, constatou-se que o consumo de refrigerantes resulta na redução do tamanho dos ovários.

FONTE CATRACA LIVRE

Acidente na Estrada Real fere gestante e dois homens

Nesta manhã, um acidente grave aconteceu entre as cidades de Ouro Branco e Ouro Preto, em Minas Gerais, na MG 129. De acordo com informações preliminares, um veículo colidiu frontalmente com outro na rodovia MG-129. Como resultado, uma gestante, uma criança e os dois condutores envolvidos saíram feridos.

O ACIDENTE ENTRE OURO PRETO E OURO BRANCO

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros de Ouro Preto, um homem conduzindo um carro no sentido de Ouro Branco invadiu a contramão, colidindo com outro veículo ocupado por outro homem e uma mulher grávida que estavam se dirigindo para Ouro Preto. Os bombeiros foram acionados e interditaram parte da pista para realizar os atendimentos necessários.

A colisão aconteceu depois da entrada de Lavras Novas. Equipes de resgate foram imediatamente ao local para prestar socorro aos envolvidos no acidente. De acordo com o Corpo de Bombeiros, nenhuma das vítimas sofreu ferimentos graves, no entanto, o motorista que invadiu a contramão teve complicações mais graves.

A gestante foi rapidamente socorrida e levada pelo Corpo de Bombeiros diretamente para a Santa Casa de Ouro Preto, juntamente com os outros dois homens.

O Galilé entrou em contato com a Polícia Militar e aguarda maiores informações. Atualizaremos esta notícia assim que tivermos mais informações sobre o ocorrido.

FONTE JORNAL GALILÉ

Por que os homens traem mesmo amando?

Saiba se o amor tem alguma influência nessa situação

Uma das primeiras perguntas que uma pessoa que foi traída faz é: ele não me ama mais? Bom, a resposta para essa pergunta depende. Pode não parecer, mas muitos homens continuam amando suas parceiras, mesmo depois de as terem traído diversas vezes. Quer saber porque isso acontece? Então, faça a leitura deste texto na íntegra!

Qual dos dois lados para de amar primeiro depois da traição?

Depois de descobrir uma traição, muitas mulheres se sentem perdidas e machucadas. Com razão, já que uma das pessoas em que elas mais confiavam traiu sua confiança. Após o choque e a raiva iniciais, é normal que elas se afastem dessa pessoa e se desapaixonem, enquanto o homem, arrependido, continua amando a parceira. 

Contudo, também existe possibilidade de homens se desapaixonarem primeiro e buscarem outras pessoas ao trair a parceira. O uso de sites como o OnlyFans é bem comum entre aquelas pessoas que utilizam formas online de conhecer pessoas… Também é possível ser sugar daddy de pessoas interessadas em sites. 

O amor acaba quando há traição?

Não! Deixar de amar alguém não é um requisito para trair. Na verdade, a maioria dos traidores continua amando suas esposas e namoradas enquanto traem. Inclusive, isso explica porque eles não se separam antes de conhecer outras pessoas. 

Então, é possível afirmar que a traição não é sinônimo de falta de amor, mas sim, falta de respeito. 

Ao entrar em um relacionamento com uma pessoa, ambas as partes do casal se comprometem a serem fiéis um com o outro. Dessa maneira, quando alguém vai atrás de outras pessoas pelas costas do parceiro, isso é uma demonstração clara de falta de respeito e consideração.

Apesar de o traidor ainda continuar amando quem ele traiu, nem sempre esse amor faz bem. Portanto, é preciso ter muita cautela ao lidar com esse tipo de situação. É importante prezar sempre pelo amor próprio e não se deixar enganar por alguém que já quebrou a sua confiança uma vez.

Dois homens são presos após furtar residência

A Polícia Militar prendeu dois homens, ambos de 27 anos, por furto no bairro Valentin Prenassi na tarde de ontem (10). Segundo a vítima, os autores furtaram roupas e mantimentos da sua casa. A vítima acionou a polícia após os vizinhos a informarem sobre o furto.

Os policiais iniciaram o rastreamento e conseguiram localizar parte dos materiais furtados em um imóvel ao lado. Os autores foram encontrados em seguida, assim como o restante dos materiais. Os autores foram presos e conduzidos até a Delegacia de Polícia.

Fonte: Assessoria da 13ª RPM

Mudanças que dificultam aposentadoria para homens e mulheres já estão valendo  

As alterações fazem parte das regras de transição estabelecidas na Reforma da Previdência em 2019 

Desde que a Reforma da Previdência foi aprovada, em 2019, todos os anos as regras na aposentadoria são atualizadas e em 2023 não será diferente. Por isso, quem pretende se aposentar neste ano precisa ficar atento aos cálculos, tanto no que diz respeito à idade quanto ao tempo de contribuição. Em linhas gerais vai ficar mais difícil, para homens e mulheres.

A idade mínima para aposentadoria das mulheres vai aumentar para 62 anos. Então, fica um pouco mais difícil para que a mulher se aposente por idade a partir de 2023. Algumas regras para aposentadoria por tempo de contribuição também vão mudar, mas o impacto varia de caso a caso. Em 2023, os homens vão precisar ter 100 pontos e as mulheres 90 pontos, e não 89 pontos como antes.

O advogado especialista em direito previdenciário, Rodrigo Campos, explica quais são as principais mudanças.

“Vai ficar um pouco mais difícil. No caso da aposentadoria por idade da mulher, o requisito etário vai passar de 61 anos e seis meses para 62. E essa faixa etária ficará estabilizada, não vai modificar mais. Então, fica um pouco mais difícil para que a mulher se aposente por idade a partir de 2023.”

Algumas regras, por tempo de contribuição também vão mudar. A partir de 2023, haverá um acréscimo no período. Na regra por pontos, em 2023, os homens vão precisar ter 100 pontos e as mulheres precisarão ter 90.

O cálculo desses pontos é feito somando a idade do contribuinte com o tempo de contribuição. Esta regra, em específico, irá aumentar a cada ano até que os homens precisem de 105 pontos para a aposentadoria e as mulheres 100 pontos.

“Temos quatro regras de transição distintas para esse benefício e apenas duas sofreram modificações a partir de 2023. Por exemplo, a regra do sistema de pontos prevê que o homem tenha ao menos 35 anos de contribuição e a mulher ao menos 30 e o somatório desse tempo de contribuição com a idade será elevado. Então, a mulher que tiver esse tempo de contribuição somada a sua idade precisa alcançar pelo menos 90 pontos e o homem somando o seu tempo de contribuição com a sua idade precisa alcançar 100 pontos.”

De acordo com o especialista a idade mínima progressiva também muda neste ano.

“A mulher que quiser se aposentar por essa regra ela precisa, além de possuir 30 anos de contribuição, ter 58 anos. Para o homem, passa de 62 e seis meses para 63.”

Apesar de não precisar de um advogado para dar entrada no pedido de aposentadoria, é importante que o contribuinte procure ajuda profissional para verificar o direito ao benefício de acordo com as regras vigentes e obter um melhor planejamento previdenciário.

Se você já entrou com o pedido pode ficar tranquilo. As modificações não se aplicam aos casos de pessoas que já entraram com o requerimento ou para aquelas que atingiram as regras do direito já adquirido em 2022.

“Essas modificações elas não afastam a regra do direito adquirido. Então, caso o segurado já tenha implementado os requisitos em 2022 ele já pode fazer o requerimento para que sejam aplicadas as regras de 2022. Contudo, caso essa pessoa não consiga fazer o requerimento, essas alterações de 2023 não afetarão em nada o direito adquirido em 2022.”

Até o ano de 2033, de acordo com a Reforma da Previdência, estão previstas alterações exponenciais em todos os anos nas regras de aposentadoria.

Aumento do salário mínimo

Outra mudança a ser observada 2023 é sobre o aumento do valor do salário mínimo. Ele será elevado e o segurado que contribuir abaixo do salário mínimo vigente não terá esse mês computado para nenhum fim.

“É interessante que essa pessoa faça a complementação dos valores. Aquele mês que tiver com a remuneração superior ao salário mínimo, a legislação prevê que o segurado pode pegar aquele valor que superou o salário mínimo e agrupar naquele mês que a remuneração ficou menor. Então, é interessante as pessoas observarem nesse aspecto porque como a gente teve a pandemia muitas pessoas tiveram o regime de trabalho modificado. É muito importante que o segurado procure regularizar essas contribuições para que não tenha nenhuma surpresa no momento da aposentadoria.”

FONTE ITATIAIA

Dois homens são presos por tráfico de drogas

Ao abordar um veículo VW Golf de cor cinza e placa GZK-3C43 no Bairro São João, na tarde dessa sexta-feira, 30 de dezembro, a Polícia Militar apreendeu em posse dos ocupantes (ambos com 28 anos de idade) um papelote de cocaína, uma bucha e uma porção esfarelada de maconha, além da quantia de R$ 504,00 (quinhentos e quatro reais) e dois aparelhos celulares.
Abordados foram presos pelo crime de tráfico de drogas e foram conduzidos à Delegacia de Polícia. O veículo VW Golf foi apreendido.

Mulheres superam os homens em todos os níveis educacionais

Apesar da falta de investimento e da crise na educação, presença de mulheres nas escolas cresce sistematicamente há 30 anos

As mulheres brasileiras foram sistematicamente excluídas do acesso à educação na maior parte da história. A economia colonial, fundada na grande propriedade rural e na mão-de-obra escrava, deu pouca atenção ao ensino formal para os homens e nenhuma atenção para as mulheres. O isolamento, a estratificação social e as relações familiares patriarcais favoreceram uma estrutura de poder fundada na autoridade sem limites dos homens donos de terras. A tradição cultural ibérica, transposta de Portugal para a colônia brasileira, considerava a mulher um ser inferior, que não tinha necessidade de aprender a ler e a escrever. A educação monopolizada pela Igreja Católica reforçava o espírito medieval. A obra educativa da Companhia de Jesus (Jesuítas) contribuiu significativamente para o fortalecimento da predominância masculina, sendo que os padres jesuítas tinham apego às formas dogmáticas de pensamento e pregavam a autoridade máxima da Igreja e do Estado (Ribeiro, 2000).

Com a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil e a Independência, em 1822, a sociedade brasileira passou a apresentar uma estrutura social mais complexa. As imigrações internacionais e a diversificação econômica aumentaram a demanda por educação, que passou a ser vista como um instrumento de ascensão social pelas camadas sociais intermediárias. Nesse novo contexto, pela primeira vez, os dirigentes do país manifestaram preocupação com a educação feminina. Os primeiros legisladores do Império estabeleceram que o ensino primário deveria ser de responsabilidade do Estado e extensivo às meninas, cujas classes deveriam ser regidas por professoras. Porém, devido à falta de professoras qualificadas e sem conseguir despertar maior interesse nos pais, houve dificuldade para aumentar significativamente o número de alunas.

Na primeira metade do século XIX, surgiram as primeiras instituições destinadas a educar as mulheres, embora em um quadro de ensino dual, com evidentes especializações de gênero. Ao sexo feminino cabia, em geral, a educação primária, com forte conteúdo moral e social, dirigido para o fortalecimento do papel da mulher enquanto mãe e esposa. A educação secundária feminina permanecia restrita, em grande medida, ao magistério, isto é, formação de professoras para os cursos primários.

As mulheres continuaram excluídas dos graus mais elevados de instrução durante o século XIX e a tônica permanecia na agulha, não na caneta. Mas cabe destacar o exemplo inspirador da educadora positivista Nísia Floresta (1810-1875) que foi uma pioneira na luta pela alfabetização das meninas e jovens. Ela fundou uma escola inovadora na cidade do Rio de Janeiro, marco pioneiro na história da educação feminina no Brasil.

A Constituição da República, de 1891, consagrou a descentralização do ensino em um esquema dualista: a União ficou responsável pela criação e controle das instituições de ensino superior e secundário e aos Estados coube a criação de escolas e o monitoramento e controle do ensino primário, assim como do ensino profissional de nível médio, que na época, compreendia as escolas normais para as moças e as escolas técnicas para os rapazes. Nessa época, houve expansão quantitativa do sistema educacional, mas pouca mudança qualitativa. A taxa de alfabetização da população brasileira cresceu durante a República Velha (1889-1930) apesar da manutenção de altos níveis de analfabetismo.

Estudantes e professores protestam nas ruas de São Paulo. Apesar da crise na educação, número de mulheres nas escolas é cada vez maior. Foto Nelson Almeida/AFP
Estudantes e professores protestam nas ruas de São Paulo. Apesar da crise na educação, número de mulheres nas escolas é cada vez maior. Foto Nelson Almeida/AFP

Os motivos do baixo grau de investimento educacional brasileiro tiveram suas origens no modelo econômico baseado na economia primário-exportadora, com base em uma estrutura produtiva escravocrata. Enquanto a população permaneceu enraizada no campo, utilizando meios arcaicos de produção, a escola não exerceu papel importante na qualificação dos recursos humanos, permanecendo como agente de educação para o ócio ou de preparação para as carreiras liberais, no caso dos homens, ou para professoras primárias e donas de casa, no caso das mulheres.

Nesse sentido, a chamada Revolução de 1930, ao redirecionar o desenvolvimento brasileiro para o mercado interno e para o setor urbano-industrial, propiciou o surgimento das primeiras políticas públicas de massa, especialmente para as populações urbanas. As novas exigências da industrialização e dos serviços urbanos influenciaram os conteúdos e a expansão do ensino. Porém, como a expansão do capitalismo não se fez de forma homogênea em todo o território nacional, a maior expansão da demanda escolar só se desenvolveu nas regiões onde as relações capitalistas estavam mais avançadas.

Dessa forma, durante o período do chamado Pacto Populista (1945-1964), o sistema escolar passou a sofrer pressão social por níveis crescentes de acesso à educação, porém o acordo das elites no poder manteve o caráter “aristocrático” da escola, contendo a pressão popular em prol da democratização do ensino. Sendo assim, não estranha que a expansão da cobertura escolar tenha ocorrido de forma improvisada e insuficiente. Somente em 1961, por meio da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Brasileira, foi garantida equivalência de todos os cursos de grau médio, abrindo a possibilidade de as mulheres que faziam magistério disputarem os vestibulares. Portanto, foi a partir dos anos 60 que as mulheres brasileiras tiveram maiores chances de ingressar na educação superior. Exatamente por isso, a reversão do hiato de gênero no ensino superior começou nos anos 70.

Com a intensificação da industrialização e da urbanização do país, o sistema educacional cresceu horizontalmente e verticalmente. Os governos militares, instalados no país após 1964 e inspirados no modelo norte-americano, tomaram medidas para atender à demanda crescente por vagas e qualificação profissional, de acordo, inclusive, com os compromissos internacionais. A aliança, os interesses da industrialização e a tecnoburocracia possibilitaram grande crescimento da pós-graduação, com o objetivo de formar professores competentes para atender à demanda da própria universidade, estimular o desenvolvimento da pesquisa científica e assegurar a formação de quadros intelectuais qualificados para acatar as necessidades do desenvolvimento nacional (CUNHA, 2000).

A expansão do ensino no Brasil continuou após o processo de redemocratização do país, com a instalação da chamada “Nova República”, em 1985. Nos anos 1990, houve um desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a manutenção das crianças na escola (Bolsa Escola) e um esforço para a universalização da educação básica. No ensino superior, houve grande crescimento das universidades privadas, que ultrapassaram em muito o número de estudantes matriculados em relação à universidade pública. A expansão geral das vagas no ensino brasileiro favoreceu especialmente o sexo feminino. Na segunda metade do século XX, as mulheres conseguiram reverter o hiato de gênero na educação em todos os níveis. Elas souberam aproveitar as oportunidades criadas pelas transformações socais ocorridas no país (BELTRÃO; ALVES, 2007).

Avanços das taxas de escolaridade e reversão do hiato de gênero nos cursos superiores

Na comparação internacional, o Brasil chegou totalmente atrasado na área educacional na segunda metade do século XX. Em 1960, a população brasileira tinha, em média, menos de dois anos de estudo. Como mostra o gráfico abaixo, a escolaridade média dos brasileiros estava abaixo de 2 anos, sendo 1,9 ano dos homens e 1,7 ano de estudo das mulheres. Em 1991, os brasileiros atingiram cerca de 4 anos médios de estudo e, em menos de 30 anos depois, a escolaridade média foi duplicada novamente, chegando a quase 9 anos de estudo em 2018. O progresso na educação foi significativo nos últimos 60 anos, mas o Brasil ainda se encontra atrás da posição alcançada por países com o mesmo nível de desenvolvimento.

Cabe destacar que, se a escolaridade média cresceu para ambos os sexos, as mulheres conseguiram avançar em uma velocidade maior. Os dados agregados mostram que a reversão do hiato de gênero aconteceu na década de 1980, pois em 1991 as mulheres atingiram 4,1 anos de estudo contra 4 anos dos homens. Já em 2018, esses números passaram a 8,6 e 8,9 anos, respectivamente. A diferença, que era de 0,2 ano em favor dos homens no censo de 1960, passou a 0,3 anos em favor das mulheres, em 2018. Portanto, o século XXI começa com taxas de escolaridade bem superiores àquelas dos séculos anteriores.

O aumento da escolaridade brasileira aconteceu em todos os níveis de ensino, em especial, no ensino superior. Segundo o Censo Demográfico de 2010, do IBGE, havia 13,5 milhões de pessoas com formação universitária no país, representando cerca de 10% entre a população com 20 anos ou mais de idade. Em outras palavras, o Brasil avançou muito em relação ao que acontecia no passado, mas ainda tem muito a melhorar na inserção da população adulta em cursos superiores.

A tabela abaixo mostra que na população com curso superior, as mulheres somam 7,8 milhões e os homens 5,6 milhões, ou seja, havia em 2010 cerca de 2,2 milhões de mulheres a mais que os homens, representando 58,2% para o sexo feminino e 41,8% para o sexo masculino. Nota-se que a diferença de gênero é maior nas gerações mais novas. Em 2010, na parcela da população com mais de 70 anos de idade com curso superior havia 47,7% de mulheres e 52,3% de homens, refletindo a hegemonia masculina que existia no passado. Todavia, no grupo 60-69 anos, as mulheres já representavam 51,1% e os homens 48,9%. Quanto mais novo o grupo etário, maiores são as vantagens do sexo feminino. No grupo etário 20-24 anos, em 2010, as mulheres já representavam 62,5% das pessoas com curso universitário contra apenas 37,5% dos homens. Houve, portanto, uma reversão do hiato de gênero na educação superior. As desigualdades de gênero mudaram de lado. E, agora, estão se ampliando a favor das mulheres.

Esse processo de entrada das mulheres no sistema educacional ocorreu de forma lenta, mas se mostrou estratégico no longo prazo. Primeiro as mulheres passaram a ser maioria no nível primário de ensino e, em seguida, atingiram a maioria no nível secundário. Até a década de 1960 continuavam, de forma absoluta e proporcional, praticamente fora das universidades, pois o ensino superior era acanhado e as mulheres representavam apenas um quarto das pessoas com educação superior no Brasil.

O gráfico abaixo mostra que em 1970 os homens constituíam quase 75% dos universitários do país. Contudo, a situação mudou rapidamente. Em 1980, as mulheres alcançaram 45,5% das pessoas com educação superior e praticamente chegaram em uma situação de equilíbrio em 1991. Mas no ano 2000, as mulheres alcançaram quase 53% do total e constituíram 58,2% dos universitários brasileiros em 2010. Conclui-se que a reversão da desigualdade de gênero na educação superior do Brasil se consolidou na virada do século.

O Brasil é um exemplo de país que conseguiu reverter o hiato de gênero na educação, em geral, e na educação superior, em particular. O caso brasileiro pode servir de exemplo na medida em que as políticas universalistas adotadas no Brasil – tais como o direito de voto feminino, a educação igualitária, os direitos civis e de família da Constituição de 1988 – contribuíram para que as mulheres brasileiras avançassem na conquista de maiores níveis educacionais. Todavia, qualquer desigualdade entre homens e mulheres contraria as recomendações das Conferências Internacionais da ONU que apontam para a equidade de gênero em todos os campos de atividade. O que se espera de uma sociedade justa e igualitária é que o crescimento dos níveis educacionais ocorra para todas as pessoas e que ninguém seja excluído.

O avanço educacional feminino ocorre também na pós-graduação. O gráfico abaixo mostra que o número de mestres formados anualmente passou de 10,5 mil em 1996 para 61 mil em 2017, um aumento de mais de cinco vezes. Nesse período, houve uma reversão do hiato de gênero, pois em 1996 o Brasil formava mais homens (50,5%) nos cursos de mestrado do que mulheres (49,5%). Todavia, este quadro se inverteu nos anos seguintes e, em 2017, chegou-se a 56% de mulheres e 44% de homens entre os novos diplomados com título de mestrado.

Da mesma forma, houve avanços na formação de doutores no Brasil e as mulheres ultrapassaram os homens. O gráfico abaixo, mostra que a formação de doutores passou de 2,9 mil em 1996 para 21,6 mil em 2017.  Entre os novos títulos de doutorado, em 1996, os homens representavam 56% e as mulheres 44%. Em 2003, houve empate. E em 2017 as mulheres ultrapassaram os homens em uma proporção de 54% a 46%. Nas últimas décadas, o Brasil construiu o mais amplo e complexo sistema de pós-graduação da América Latina.

O Brasil teve bastante sucesso do ponto de vista do aumento da taxa de matrícula e de inserção da mulher em todos os níveis da educação nacional, mas ficou para trás em relação a países dinâmicos como Coreia do Sul e Taiwan e não alcançou o nível educacional atingido por nossos parceiros do sul, como Argentina, Uruguai e Chile.  Qualitativamente, o desempenho escolar brasileiro, medido pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) é baixo. Em 2018, 50% dos estudantes com 15 anos não possuíam o nível mínimo de proficiência em leitura, matemática e ciências.

O mais grave, é que, ao invés de avançar, a situação retrocedeu entre 2020 e 2022 pelo efeito da pandemia da covid-19. Crianças do ensino fundamental foram extremamente prejudicadas pela falta do ensino presencial e houve até “desalfabetização” de jovens. Os dados da Pnad contínua do IBGE mostram que os percentuais de crianças pretas e pardas de 6 e 7 anos de idade que não sabiam ler e escrever passaram de 28,8% e 28,2% em 2019 para 47,4% e 44,5% em 2021; entre as crianças brancas o aumento foi de 20,3% para 35,1%. Nas camadas pobres, o percentual das crianças que não haviam sido alfabetizadas aumentou de 33,6% para 51,0% entre 2019 e 2021.

Relatório sobre Capital Humano do Banco Mundial registra que o Brasil desperdiça 40% do talento de suas crianças, sendo que a renda per capita brasileira poderia ser 2,5 vezes maior se as crianças brasileiras desenvolvessem suas habilidades ao máximo e o país chegasse ao pleno emprego. E o que estava ruim, piorou com a pandemia da covid-19, uma vez que o Índice de Capital Humano (ICH) caiu de 60% para 54% entre 2019 e 2021. Segundo o Banco Mundial, em dois anos os impactos do SARS-CoV-2 reverteu o equivalente a uma década de avanços do ICH no Brasil, voltando ao nível de 2009.

O desperdício se propaga para outras faixas etárias, pois a evasão escolar nas universidades, principalmente por parte dos estudantes de menor poder aquisitivo, também aumentou. Por conseguinte, fica cada vez mais difícil utilizar a educação como um meio para promover a mobilidade social ascendente. Segundo levantamento da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) perderam aproximadamente 51% da verba para financiar pesquisas nos últimos dez anos e a situação se agravou em 2022.

Assim, o Brasil chega ao Bicentenário da Independência com retrocesso nos indicadores educacionais e com uma crise sem precedente no Ministério da Educação (MEC), um dos ministérios mais importantes do governo e que já dispensou 4 ministros, todos polêmicos e sem um plano para melhorar o quadro educacional brasileiro. O ex-ministro, Milton Ribeiro, que é pastor evangélico, deu várias declarações controversas durante os quase dois anos em que permaneceu no cargo e está sendo investigado por um esquema de corrupção dentro do Ministério da Educação, envolvendo pastores evangélicos que intermediavam recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) junto às prefeituras.

Parlamentares de oposição protocolaram, em 28/06, um requerimento de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar as denúncias de corrupção, tráfico de influência no MEC e uma possível interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal quando da prisão de Milton Ribeiro. No dia 05/07, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu instalar a CPI do MEC, mas para começar a após as eleições de outubro. A oposição ameaça recorrer ao STF para obrigar Pacheco a botá-la em funcionamento ainda em agosto (depois do recesso parlamentar). Enquanto isto a educação brasileira agoniza.

Lastimavelmente, o MEC deixou de lado o debate sobre as possibilidades de progresso e de avanço da educação nacional para se transformar em um locus de investigação da polícia. A situação atual é tão crítica que, mais do que nunca, parece oportuna a fala do antropólogo e ex-ministro Darcy Ribeiro (1922-1997) quando disse: “A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto”.

FONTE PROJETO COLABORA

Cerveja tem benefício pouco conhecido à saúde, especialmente dos homens

Um estudo apontou que o consumo de cerveja alcoólica ou não alcoólica produz benefícios à saúde intestinal, especialmente em homens.

cerveja é uma bebida muito apreciada em boa parte do mundo e no Brasil não é diferente, recebendo inclusive o título e paixão nacional. Feita a partir de lúpulo, malte, levedura e água, pode ser considerada com baixo teor alcoólico quando comparada a outras bebidas populares, possui cerca de 3% a 10% de teor de álcool, o vinho, para se ter uma ideia, possui de 12% de teor alcoólico.

Mas, apesar da orientação de seu consumo ser moderado, devido ao risco de dependência química e outros problemas decorrentes da ingestão exagerada, a cerveja é uma bebida que produz efeitos positivos ao metabolismo.

Uma recente pesquisa publicada no Journal Of Agricultural and Food Chemistry, apontou que o consumo de cerveja por homens faz bem à saúde intestinal, pois as bactérias presentes na bebida causam uma redução nos riscos de doenças crônicas, diabetes e em problemas ligados à saúde do coração.

Como foi realizado o estudo sobre os benefícios da cerveja em homens

O então estudo analisou uma população de 22 homens sem problemas de saúde, dividido em dois grupos, sendo que um grupo consumia cerveja com álcool, e outro sem álcool diariamente. O experimento foi feito durante quatro semanas, e foram analisados exames de amostras de sangue e fezes antes e depois do período de pesquisa.

O resultado da pesquisa apontou que os dois grupos tiveram um crescimento na diversidade de bactérias na microbiota intestinal. Nas fezes dos voluntários houve um aumento nos níveis de fosfatase alcalina fecal, isso significa uma melhora na saúde do intestino.

Também foi constatado que não houve aumento de massa corporal e nem ganho de peso em ambos os grupos. Além disso, os marcadores séricos de saúde do coração e do metabolismo também não tiveram alteração durante o tempo em que foram sujeitos à pesquisa.

De acordo com os responsáveis da pesquisa, os resultados positivos se devem aos compostos orgânicos que contém na cerveja, e pelos polifenóis que fazem bem à saúde.

FONTE EDITAL CONCURSOS

Adolescente pula em córrego para não ser morto por homens de carro

A vítima foi atingida na perna e no tornozelo e pulou dentro de um córrego para que não levasse mais tiros. Foram cerca de 18 disparos

Um adolescente de 17 anos pulou dentro de um córrego para não morrer baleado em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais, na noite desta quarta-feira (30).

O adolescente relatou à Polícia Militar que passava pela rua Doutor Augusto Eckmann quando três homens armados começaram a atirar contra ele de dentro de um carro. 

A vítima foi atingida na perna e no tornozelo e pulou dentro de um córrego para que não levasse mais tiros. Foram cerca de 18 disparos. 

O garoto disse não saber a motivação para o crime e nem quem teria atirado contra ele. O adolescente foi socorrido a um hospital da cidade. 
A ocorrência foi repassada à Polícia Civil para investigações. Ninguém foi preso.

FONTE O TEMPO

Mulheres terão salários equiparados aos dos homens só daqui 255 anos; entenda

Hoje é comemorado o dia das mulheres, mas, as lutas por igualdade, principalmente salarial, parecem longe do fim

Oriana Gaio, mestre em Educação e Novas Tecnologia, comenta a importância da data.

8 de março é comemorado o dia da mulher, data importantíssima e que vai além dos presentes que crianças e homens costumam distribuir.

A data marca a luta feminina por diversos direitos.

E foi iniciada quando, em 1908, 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York (EUA) para exigir seus direitos.

Anos depois os direitos femininos começaram a ser reconhecidos.

Em 18 de agosto de 1920, a 19ª Emenda foi reconhecida e apenas as mulheres brancas receberam o direito de votar nos EUA.

Quarenta anos mais tarde, em 1960, ocorreu a aprovação da Lei do Direito ao Voto, permitindo a todas o direito de votar.

Igualdade de salários entre homens e mulheres

A data já se tornou tradicional, assim como a distribuição de presentes que marcam o reconhecimento da importância feminina além do ambiente familiar.

De acordo com o relatório Global Gender Gap Report do Fórum Econômico Mundial de 2020, apenas 8,4% das mulheres estão no conselho de administração das empresas no Brasil.

No país, a presença feminina em cargos políticos é de apenas 18%.

Segundo o relatório, que avalia o progresso de 153 países com relação a índices de igualdade de gênero, as diferenças de gênero só serão eliminadas em 59 anos na América Latina e no Caribe.

Especificamente sobre o Brasil, o país tem uma das maiores disparidades de gênero da região, ocupando o 22º lugar entre 25 países.

Isso porque, a participação da mulher na força de trabalho ainda é pequena e ainda há desigualdade salarial e de renda entre homens e mulheres.

No ritmo de progresso que o Brasil apresenta, a paridade salarial deve ser alcançada apenas no ano de 2277, ou seja, em 255 anos.

Para acelerar esse processo as empresas precisam fazer mudanças estruturais e nas suas políticas internas.

O foco deveria ser aumentar a participação feminina na força de trabalho assim como o número de mulheres em cargos de liderança e gestão, eliminar as lacunas no salário e remuneração.

Para saber mais sobre vagas de emprego, vestibulares e cursos, acompanhe a editoria de Carreiras do FDR.

FONTE FDR

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.