Não há nada definido sobre recursos da Vale para conclusão do Hospital Regional, confirma secretaria de estado de saúde

Um requerimento do Vereador Pedro Américo (PT) chegou até a Secretaria Estadual de Saúde, envolvendo mais uma vez, a novela de conclusão do Hospital Regional de Lafaiete e seu pleno funcionamento para atender a comunidade regional.
O vereador cobrou a evolução nas tratativas com a Vale S.A referente aos recursos oriundos de multas da mineradora e compensações pela tragédia de Brumadinho (MG). A possibilidade de uso desta verba foi anunciada pelo Governador Zema (NOVO), porém até hoje nada de avanços concreto para atender uma das maiores demandas de Lafaiete e região na área da saúde.

Vereador diz não acreditar na retomada da obra Hospital Regional – Lafaiete  Agora


“Quanto ao pleito da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) junto à Vale S.A., por meio do Comitê Gestor Pró-Brumadinho, para a conclusão do Hospital Regional de Conselheiro Lafaiete, informamos que este, ainda, se encontra em fase de avaliação, não havendo até o momento, quaisquer definições por parte da Vale quanto à aprovação das medidas propostas. A previsão é de que a decisão final sobre o acordo ocorra até o dia 30 de novembro de 2020. Reitera-se que esta data é apenas uma previsão, podendo ser antecipada ou postergada, pois depende de agentes externos à esta SES”, salientou João Márcio Silva de Pinho, Chefe de Gabinete, da Secretaria de Estado de Saúde.


Sessão
Reticente quanto a conclusão do Hospital Regional, o Vereador Sandro José (PROS) disse que apresentará, com assinaturas de seus colegas, um ofício endereçado aos 3 níveis de poder para esclarecer como será o financiamento do hospital. “Concluir talvez seja o mais fácil. Que financiará seu funcionamento”, questionou.

Ministério Público quer de volta supostos recursos desviados da obra do hospital regional

Ação proposta pelo Ministério Público quer reparação de danos e suposto desvio de recursos o hospital regional/Arquivo

E lá se vão mais de 6 anos desde que a novela da construção do hospital regional iniciou mas sem um capítulo final. A promotora Danielle Vignoli Guzella Leite, curadora de Patrimônio Público da Comarca de Conselheiro Lafaiete, esclareceu de que a obra é alvo de duas ações judiciais movidas pelo Ministério Público (MP).

Uma delas se refere ao suposto desvio de recursos públicos que abasteceu o chamado “elefante branco”. Segundo o secretário municipal de saúde, Alessandro Gláucio, técnicos do Estado avaliaram que apenas 52% da obra foi concluída. Ele antecipou que todas as prestações de contas do hospital regional foram reprovadas pelo Governo de Minas e que os gestores serão responsabilizados com a devolução dos recursos. O Estado já oficializou 2 ex prefeitos sobre a prestação de contas e alertou sobre a possibilidade de ações judiciais, sejam cíveis e criminais, caso seja comprovada a má aplicação de verbas destinadas a obra.

Uma auditoria, realizada a gestão do ex prefeito Ivar Cerqueira (PSB) apontou suposto desvio de mais de R$ 5 milhões. Na Câmara, os fatos tiveram desdobramentos com inúmeras audiências e comissões especiais para investigar a situação do hospital.

Outra ação

Outra ação judicial movida pelo MP se refere a responsabilização do Estado na conclusão da obra que teria consumido mais de R$13 milhões. A promotora Danielle Vignoli desabafou de que as negociações com o Governo de Minas foram a exaustão na tentativa de se encontrar uma alternativa para retomada e posterior funcionamento do hospital. “Foram mais de 5 anos de discussão com o Estado”, comentou.

Ela disse que o próprio Estado reconheceu que houve erro na concepção do projeto e na execução da obra. Segundo a promotora, ainda em 2014, durante audiência pública da Assembleia de Minas, em Lafaiete, quando ficou acertada a devolução da área ao Estado para facilitar a retomada da obra, ela ainda acreditava na conclusão do hospital.

O secretário Alessandro Gláucio avaliou que não há esperança na conclusão das obras e funcionamento do hospital diante da escassez de recursos para o seu financiamento. Ela acredita que lá seriam instalados uma Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA) e centro de especialidades médicas. O segundo andar funcionaria um cetro de reabilitação. “Tudo isso são propostas verbais”, resumiu.

Audiência pública vai discutir hospital regional, posto de coleta de sangue e situação da saúde Lafaiete

Mais uma vez a principal novela de Lafaiete será reprisada com capítulos finais ainda em aberto. Na próxima 4ª feira, dia 6, a Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete promove audiência pública a fim de debater a situação do planejamento e prestação do serviço público de saúde, o futuro das instalações onde seria implantado o Hospital Regional e o posto de coleta de sangue.

Abandonado há pelo menos 5 anos, o hospital regional ainda depende de recursos para a sua conclusão, mas já consumiu mais de R$13 milhões. As últimas informações é que o local seria destinado a UPA 24 horas e um centro de especialidades médicas. Já a demanda por um posto de coleta de sangue ainda é uma promessa sem uma definição.

O autor do requerimento que motivou a audiência é o vereador Fernando Bandeira (PTB).

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