Hospital Bom Jesus deverá contar com dez leitos de UTI nos próximos dias e número pode ser duplicado em breve

A superintendente regional de Saúde, Hérica Vieira Santos, visitou em companhia dos técnicos da Vigilância Sanitária e do coordenador da Atenção à Saúde daquele órgão, o Hospital Bom Jesus, nessa terça-feira, 23 de junho, para avaliarem a área onde estão localizados os leitos de cuidados avançados, destinados exclusivamente a pacientes com Covid-19.

Atualmente existem seis leitos que podem funcionar como UTI, graças a chegada de novos equipamentos recentemente.  “Trabalhamos para chegarmos aos dez leitos de UTI nos próximos dias e para, futuramente, conseguirmos outros dez. Esta medida está prevista no plano macrorregional, após realização de estudo no final de março, que estimou a necessidade de 19 leitos de UTI em Congonhas, cidade sede da Microrregião de Saúde. Durante a conversa com o prefeito Zelinho e o Dr. Rafael Cordeiro [diretor técnico do Hospital Bom Jesus], esclarecemos dúvidas relacionadas a habilitação de leitos, para que estejam disponíveis para uso. Atendidas as exigências apontadas pelo Estado, este disponibilizará equipamentos (respiradores e cardioversor) para transformar os seis leitos de suporte avançado em dez de UTI. Esta ampliação e habilitação dos leitos depende também da chegada de um equipamento de hemodiálise para o Hospital, que, segundo a Associação Hospitalar, já está sendo transportado para Congonhas”, explica a superintendente regional de saúde.

Em uma segunda etapa, a Secretaria de Estado de Saúde tem interesse em ajudar o Município a conquistar outros dez leitos, assim que as obras do novo complexo hospitalar forem concluídas possibilitando, assim, a ampliação.

Ainda segundo o Hospital Bom Jesus, o tomógrafo que comporá o Centro de Imagens também já está a caminho de Congonhas e será instalado também no novo complexo.

A Superintendência Regional de Saúde está intensificando o trabalho de vistoria dos hospitais para viabilizar a instalação de novos leitos de UTI nos municípios. Equipamentos e o custeio do serviço são considerados de valor elevado e os municípios carecem do apoio do Estado e da União para instalá-los e mantê-los disponíveis para toda a rede do SUS.

Pandemia

A exemplo dos seis primeiros, os quatro novos leitos de UTI funcionarão na ala criada, já no novo complexo do Hospital Bom Jesus, especialmente para tratamento de pacientes da Covid-19, o que poderá desafogar um pouco a situação. Hérica Vieira lembra que o pico de contaminação no Estado está próximo. “Havia uma previsão de pico para o final do mês de julho e o Estado nos informa que pode haver um recuo para o meio do mês, porque o número de contaminação aumentou. Então, esta curva pode se estabilizar, mas o mais provável é que ela desça e se mantenha, em um platô, por um período. Como a doença depende muito do comportamento humano, é muito importante que consigamos conscientizar a população a adotar medidas como uso de máscara, lavar as mãos com frequência e, quando não for possível, usar álcool em gel. Estas são as únicas medidas para prevenção atualmente, daí a importância da mobilização social. Com diz o secretário de Estado [Carlos Eduardo Amaral Pereira da Silva], não adianta haver organização hospitalar e de toda a rede assistencial para atendimento de pacientes, se a população não aderir às medidas, como as já citadas e outras como o distanciamento e não tocar no rosto. Não temos ainda vacina e nenhum tratamento efetivo para esta doença. O comportamento dela é muito instável, não sabemos como ela vai reagir no organismo de cada pessoa”.

Leitos de UTI podem se esgotar em Minas Gerais na quinta-feira, estima relatório

Esgotamento de leitos de UTI da rede pública pode acontecer na quinta-feira (25) segundo análise estatística e hipotética do Centro de Operações de Emergência em Saúde

Uma projeção feita pelo corpo técnico do Centro de Operações de Emergência em Saúde aponta que o esgotamento dos leitos de UTI da rede pública de Minas Gerais pode acontecer ainda nesta quinta-feira (25). A análise consta no relatório de transparência publicado no site do Minas Consciente – projeto estadual que orienta a reabertura do comércio nos municípios – na quinta-feira passada (18). O estudo estima que a necessidade de leitos será superior à quantidade existente após esta semana e a situação poderá se tornar mais complicada entre os meses de julho e agosto, período estimado para a ocorrência do pico da pandemia no Estado.

Apesar do órgão técnico declarar que trata-se de uma medida hipotética que depende da dinâmica de uso dos leitos de UTI e da aceleração da taxa de transmissão, o Centro de Operações detalhou no relatório que este é um “sinal de alerta para todo o Estado de Minas Gerais”. Além da suposta falência da rede pública de leitos, a dificuldade para encontrar medicamentos anestésicos para intubação no mercado também preocupa.

A hipótese do colapso próximo do Sistema Único de Saúde (SUS) pôde ser trazida à baila pelo promotor Luciano Moreira, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa da Saúde do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Ele relembra que o corpo de técnicos do órgão encaminhou ao Estado de Minas Gerais um estudo no mês de abril alertando que aquele não era o melhor momento para a retomada econômica. O estudo do Ministério Público, segundo ele, coincide com as conclusões de uma análise traçada pelo comitê da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que também acompanha os desdobramentos da pandemia de coronavírus.

“Em abril nós elaboramos um parecer independente que trouxe as mesmas conclusões obtidas pelo grupo da UFMG. A conclusão é que não deveríamos iniciar uma flexibilização no momento em que a curva está ascendente. Diante da estimativa do esgotamento dos leitos, existe uma recomendação do grupo que orienta o próprio Minas Consciente para que todas as regiões retornem à onda verde, aquela que orienta o funcionamento apenas dos serviços essenciais”, detalhou o promotor na manhã desta segunda-feira (22).

De acordo com o relatório do órgão ligado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), o pico da pandemia está estimado para acontecer em 14 de julho. Segundo o promotor, a preocupação é que não haja leitos para atender a demanda e o Estado acabe encarando um cenário próximo àquele vivido na Itália, onde médicos sentiram-se obrigados a uma escolha de Sofia – decidir os que vivem e os que morrem.

“O que está acontecendo agora é que com a flexibilização, e principalmente com a atitude de relaxamento da população, o pico da curva está sendo antecipado. Nós reconhecemos os esforços dos gestores municipais e estaduais, mas é impossível ter um leito de UTI para cada pessoa. O problema é que estamos caminhando para uma explosão de casos que pode vir a superar a capacidade assistencial. Nós podemos acabar entrando naqueles dilemas vividos pela Itália de termos que escolher entre quem vive e quem morre, quem vai ter acesso a um leito de UTI, quem não. É muito sério, as pessoas precisam se conscientizar, precisamos do distanciamento social para achatar a curva de modo que a demanda por leitos não sobreponha a nossa capacidade”, alerta.

A intenção de Moreira, segundo defende, não é ser alarmista, mas relembrar a importância da conscientização da população principalmente em um momento em que há crescimento na quantidade de infectados em Minas Gerais. É importante lembrar que julho tem sido o mês mais caótico desde o começo da pandemia. Dados da Secretaria de Estado de Saúde apontam que 18 mil dos cerca de 29 mil casos de Covid-19 aqui existentes foram confirmadas apenas no sexto mês do ano.

“Eu não quero ser alarmista, mas precisamos de uma conscientização do Estado, dos municípios, da área econômica e da população. Este é um momento sério. Não está determinado que haverá falta de leitos, mas existe um risco muito grande de faltar. Os municípios devem seguir a legislação estadual, cumprindo a Deliberação 17 do Comitê Extraordinário COVID-19 ou aderindo ao Minas Consciente. O Estado, por sua vez, precisa indicar claramente que só devem funcionar os serviços essenciais. As pessoas estão relaxadas, comparecendo a espaços públicos sem máscaras, não pode acontecer”, declara.

Risco de não ter medicamento

Outra preocupação do promotor Luciano Moreira é que os hospitais não consigam abastecer seus estoques com os medicamentos anestésicos necessários para a intubação de pacientes. Atualmente, segundo ele, esses remédios são dificilmente encontrados no mercado e, quando achados, estão com preços acima dos originalmente praticados.

“Os medicamentos anestésicos que integram o chamado kit de intubação estão em falta no mercado ou com preços muito elevados. Por exemplo, já foram apresentadas propostas ao Estado de medicamentos com preço até 300% acima do valor. É um problema também dos hospitais particulares que estão com dificuldades de comprar esses anestésicos. Então, de nada adianta ter o leito, ter o profissional capaz de realizar a intubação e não ter o medicamento, é um grande dilema”, esclarece.

Ele pondera que hospitais, municípios e estados já trabalham no remanejamento de estoques. “Outro cenário é que o Estado está tentando comprar remédios para atender não apenas as próprias unidades de saúde, mas também para repassar a municípios e outros prestadores. O terceiro cenário é que o Ministério da Saúde está tentando uma compra com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde. São possibilidades”, tranquiliza.

Apesar disso, ele conclui comentando que algumas unidades de saúde enfrentam neste momento uma baixa em seus estoques. “Alguns hospitais possuem estoques para um tempo maior, mas já sabemos de alguns que têm medicamentos apenas para os próximos 15 dias, ou até para menos. É um cenário muito sério, muito grave”. (O Tempo)

Prefeitura repassa mais de R$1,3 milhão a maternidade para instalação de 18 leitos de CTI

Através do Decreto nº 616/2020, a Prefeitura repassou ao Hospital e Maternidade São José (HMSJ)

Prefeitura repassa mais de R$1,3 milhão a maternidade para instalação de leitos de CTI /DIVULGAÇÃO

para a ampliação de 18 leitos de CTI em um prédio anexo para o enfrentamento ao novo coronavírus. Ampliação da rede hospitalar vai capacitar a cidade com o total de 28 leitos para a micro região que abrange 180 mil habitantes.
O HMSJ já apresentou o plano de trabalho sendo submetido e aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde por meio da resolução nº156. A intenção é de que em meados de julho os leitos estejam em pleno funcionamento.
Lafaiete já conta com 10 leitos de CTI  e 40 clínicos no Hospital de Campanha que funciona no prédio do São Camilo.

Menos de 9 dos leitos de UTI e clínicos são ocupados por pacientes de covid-19

O cenário de COVID-19 na marco região Centro-Sul, que reúne 51 municípios mostra que, até dia 13, era de 668 casos confirmados e 14 óbitos. Das mortes do vírus, as mulheres representavam 71,4% era de mulheres e 28,7% eram de homens.
Do total de 686 leitos clínicos, menos de 3% eram de COVID-19. Já nas 126 vagas de UTI, os pacientes de COVID-19 representam 6,35%. Isso mostra que 8,97% dos leitos ocupados por infectados pelo vírus.


Zema anuncia leitos de UTI para Lafaiete

O governador Romeu Zema anunciou nesta terça-feira (16/6), na Cidade Administrativa, durante coletiva de imprensa virtual, a entrega de 500 respiradores. Deste total, 420 foram adquiridos com recursos da Ação Civil Pública movida contra a Samarco e suas controladoras (Vale e BHP), a título de garantia do rompimento da barragem da mineradora em 2015, em Mariana.
Os 80 restantes foram disponibilizados pelo Ministério da Saúde.
Romeu Zema explicou que cerca de 320 são considerados não invasivos (beira de leito). Até o final do mês, o Estado receberá mais 100 respiradores, que estavam previstos para chegar em julho. Somados aos 80 do governo federal, 500 ventiladores passarão a equipar o sistema de Saúde do Estado.

Zema anuncia leitos de UTI para Lafaiete / DIVULGAÇÃO

De acordo com Zema, dez respiradores já serão destinados para Governador Valadares (Vale do Rio Doce) e mais dez para Diamantina (Central).
Os critérios para distribuição são o déficit de leitos de UTI para enfrentamento da covid-19, a taxa de ocupação dos leitos de UTI, o percentual da população SUS dependente, a situação epidemiológica da região (velocidade de transmissão da doença e número de casos novos) e a disponibilidade de ampliação de leitos apontado pela região no plano de contingência macrorregional.
Justiça
O advogado-geral do Estado, Sérgio Pessoa, destacou a orientação do governador junto à Advocacia-Geral do Estado (AGE) no propósito de se articular e buscar no ambiente jurídico a possibilidade de adquirir insumos para o momento difícil que o Estado e o país atravessam no combate à pandemia.
Já o juiz federal Mário de Paula Franco Júnior, responsável pelo processo do desastre de Mariana, destacou a integração entre a Justiça Federal e o Governo do Estado de Minas Gerais neste momento tumultuado que o país vem enfrentando.
“O Governo de Minas tem sido um porto seguro para que, no âmbito do processo da Samarco e do desastre de Mariana, nós consigamos fazer com que isso, que tanto sofrimento e tanta dor trouxe aos mineiros, possa se reverter em alguma medida no atendimento ao interesse público”, avaliou.
Leitos
Na ocasião, o governador também anunciou mais 79 novos leitos de UTI nos seguintes municípios: Lavras, Itaúna, Ipatinga, Patrocínio, São Sebastião do Paraíso, Divinópolis, Ouro Preto, João Monlevade, Governador Valadares, Unaí, Teófilo Otoni, Salinas, Taiobeiras, Lagoa da Prata e Conselheiro Lafaiete.

Desta forma, o Estado passa a contar com 2.964 novos leitos de UTI. “Hoje, a situação da estrutura do Estado é muito superior à situação de 90 dias atrás, no início da pandemia”, lembrou o governador.
Zema destacou, ainda, que a estrutura de Saúde de Minas Gerais, principalmente os hospitais da Rede Fhemig, está concentrada em Belo Horizonte. Com isso, é natural e explicado historicamente que pacientes do interior venham para a capital em busca de tratamentos de maior complexidade.
“A alegação de que a capital está sobrecarregada devido a vinda desses pacientes do interior não procede. Essa demanda é histórica. O SUS é muito anterior ao meu governo. Aliás, os hospitais foram construídos aqui com essa finalidade”, explicou.

Hospital de Campanha deve iniciar atividades na semana que vem; Lafaiete terá 28 leitos de CTI”s para o covid-19

Um estudo elaborado pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais apurou que para Micro Lafaiete são necessários 28 leitos de CTI’s para atender sua população e aos 11 municípios que compõe a microrregião de Conselheiro Lafaiete, levando em conta a população de aproximadamente 180 mil habitantes.Assim até a primeira quinzena de junho, a cidade chegará este número preconizado pelas autoridades em saúde para atender exclusivamente os pacientes de covid-19.

Hospital São Camilo contará com 10 leitos de CTI”s/REPRODUÇÃO

Está prevista  para os próximos dias a conclusão da obra de  infraestrutura e reforma do prédio do São Camilo que abrigará o Hospital de Campanha Municipal para atender a possibilidade de crescimento de infectados pelo vírus na cidade como na região.
Dos 12 leitos anteriormente disponíveis, saltará para 60 leitos, dos quais 10 serão destinados exclusivamente ao CTI’s, isso se deve às reformas que estão sendo realizadas na estrutura física da instituição que encontram-se em fase final.
Para o funcionamento do Hospital Campanha Municipal, a prefeitura está investindo na contratação inicial de cerca de 60 funcionários, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, auxiliares de serviços gerais, etc, como também na compra de insumos, 13 respiradores, locação de máquina de hemodiálise e terceirização do serviço de tomografia.
A previsão inicial é que o hospital esteja em pleno funcionamento ao longo da semana que vem.
Através de uma Parceria Público Privada (PPP), a estrutura física do Hospital e Maternidade São José (HMSJ), que seria destinada aos pacientes da hemodinâmica, será revertida aos pacientes para combater a pandemia, instalando 17 novos leitos.
Como o HMSJ já possui uma vaga de CTI para covid-19, Lafaiete chegará a marca de 28 leitos.

Nova estrutura da Maternidade abrigará 17 leitos de CTI’s para combate ao covid-19/REPRODUÇÃO

Pós pandemia
Se por um lado, a pandemia trouxe apreensão, medo, mudanças de hábitos, fechamento do comércio, atacando a sociedade como um todo, por outro Lafaiete ficará um saldo positivo já que está nascendo um embrião de uma nova estrutura de saúde robusta e ampla, jamais vista nos últimos 50 anos.
Os 10 leitos de CTI’s do São Camilo e os 10 do HMSJ permanecerão. Destes 20 leitos remanescentes pós pandemia, será solicitada a habilitação junto ao Ministério da Saúde de no mínimo 60%. Assim o município poderá saltar de 9 leitos de UTI credenciados pelo SUS para 22 leitos de UTI para atender a população local e regional.

Leitos clínicos
Conforme preconizado pelo Governo do Estado, Lafaiete deveria ter ao menos 69 leitos clínicos, mas esta marca será ultrapassada, com os leitos que serão disponibilizados na Policlínica Municipal, Hospital Campanha Municipal e Hospital e Maternidade São José.

Hospital Bom Jesus conta com área exclusiva de 14 leitos para atender pacientes de covids-19

Oongonhas montou uma estrutura de diversos profissionais e 14 salas/REPRODUÇÃO

Congonhas vem se preparando para oferecer assistência integral aos pacientes com coronavírus, dos quadros leves aos mais graves. O Hospital Bom Jesus conta com uma área privativa exclusiva para pacientes que apresentam diagnóstico para o Covid-19. Ao todo, são 14 leitos de internação destinados às vítimas da doença.

Também estão reservados cinco equipamentos de ventilação mecânica (respiradores) exclusivos para o atendimento a pacientes do Covid-19, além de ventiladores mecânicos não invasivos.

Uma equipe composta por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem está preparada para atendimento imediato. Os pacientes também contam com assistência de nutricionista, assistente social e fisioterapeuta.

Superintendente Regional de Barbacena visita hospital em Ouro Branco com novos leitos para COVID-19

Nessa quarta-feira 08/04, a Superintendente Regional de Saúde de Barbacena, Hérica Vieira Santos, fez uma visita ao Hospital Raymundo Campos, no município de Ouro Branco. Na ocasião, o Prefeito, Hélio Campos, o Secretário Municipal de Saúde, Wesley dos Santos e o Diretor Hospitalar, José Vicente Santiago, apresentaram as instalações recém-reformadas do hospital, incluindo novos dez leitos clínicos destinados ao enfrentamento do COVID-19. Os recursos para a implantação dos leitos foram destinados ao município por emenda parlamentar e os recursos de custeio serão financiados pelo estado.

“Esses leitos serão exclusivamente para o coronavírus, temos dois respiradores e precisamos de apoio para aquisição de mais desses equipamentos”, explicou o prefeito Hélio Campos. A Superintendente Hérica esclareceu que o estado está empenhado nessa questão para aquisição dos equipamentos, bem como aguardando o envio de recursos e insumos pelo Ministério da Saúde.

Hérica elogiou o empenho do município na preparação para o enfrentamento de casos de COVID-19 e destacou os esforços do estado de Minas Gerais para o apoio aos municípios: “Nós estamos reconhecendo o esforço de cada município em busca de tentar adequar o que já tem de estrutura para melhor atender a população que precisar de leitos e for afetada pela doença. Fico feliz em ver uma área toda nova, equipada, já com profissionais treinados e paramentados para atender população da melhor maneira. Mesmo a gente estando em uma crise, não só financeira, agora enfrentamos uma crise na saúde. Nós enquanto Estado, estamos realmente valorizando quem já está pronto para poder atender e a gente pretende investir com o que a gente tem, e assim, otimizar recursos. Então, o que eu posso falar em relação ao estado, é que estamos aqui para lhes apoiar e atender a população da melhor maneira possível”, afirmou a Superintendente Hérica.

A Superintendente também fez um agradecimento e uma mensagem de apoio à equipe do hospital para a atuação no enfrentamento ao COVID-19: “Gostaria de agradecer todos vocês, enfermeiros, médicos, técnicos de saúde, todos os profissionais envolvidos, porque é um momento que gera receio por ser uma doença nova, mas a gente não foge à luta. Acredito que estamos em uma missão, que poderemos passar por um momento difícil e, quando chegar, que a gente mantenha firme para poder atender as pessoas da melhor forma possível, e sair mais fortalecidos”, destacou.

Após a ida ao hospital, a Superintendente visitou um alojamento que o município está preparando para isolamento de casos que não sejam graves, com foco na população mais carente que não tem condições para o isolamento adequado. A equipe municipal providenciou as adequações necessárias e contará com a estrutura necessária de cuidados de saúde e apoio de profissionais para seguir os procedimentos adequados para cuidados com os pacientes. Sobre essa estrutura preparada pelo município, Hérica destacou: “fiquei feliz em ver a sensibilidade e a organização do município para receber os casos no hospital e essa iniciativa de receber as pessoas que são vulneráveis e carentes. E parabenizar a coragem de todos aqui para enfrentar junto com a gente essa crise. Então quero deixar como mensagem que tenham coragem mesmo, mantenham-se firmes, para que a gente possa enfrentar esse momento difícil da melhor forma possível”, finalizou.

Rede de saúde de Congonhas se prepara para atender pacientes contaminados pelo coronavírus

A rede de atenção hospitalar de Congonhas vem se preparando para atender os pacientes do coronavírus. A Administração do Hospital Bom Jesus em parceria com a Prefeitura de Congonhas trabalha para que o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) seja inaugurado ainda no mês de abril. As peças do elevador já chegaram para a montagem, o mesmo acontecerá em breve em relação ao sistema de ar condicionado central.  Também no Hospital, foram reabertos seis apartamentos totalmente reformados para isolamento e aptos a atender pacientes com sintomas do Coronavírus  e que necessitarem de cuidados intermediários.

Nos Postos de Saúde dos bairros, foram montados leitos de internação temporários para pacientes que necessitam de cuidados leves.

Somados aos da UPA, existem 80 leitos disponíveis para pacientes de menor gravidade.

Dessa forma, desde os primeiros sintomas até o mais graves, o Município está preparado para garantir a assistência integral ao seu cidadão. A cobertura e resolutividade será ampliada com a inauguração do CTI e o aumento do número de ventiladores pulmonares, que estão em processo de compra, para se somarem aos outros 15 já disponíveis.

Minas tem 2 mil leitos em hospitais inacabados

Estado possui 16 unidades médicas com obras atrasadas ou paralisadas que poderiam aliviar atendimento na pandemia do coronavírus

Recursos de R$ 1 bilhão da União e do estado de Minas Gerais poderiam ter sido revertidos em 11 hospitais, dois centros de saúde e três estruturas de suporte a unidades hospitalares capazes de reforçar os mineiros contra a pandemia da COVID-19. São unidades identificadas pela reportagem do Estado de Minas em levantamentos dos tribunais de Contas da União (TCU) e do Estado (TCE), que tiveram obras paralisadas ou atrasadas, algumas de 2010, outras deste ano, e que seriam capazes de fornecer ao menos mais 2.030 leitos a pacientes (veja a lista). Desses, 309 acomodações de terapia intensiva para os infectados pelo novo coronavírus em estado mais crítico. Só os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e de Centros de Terapia Intensiva (CTI) previstos representariam reforço de 11% na oferta de 2.795 atuais de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas. Parte dessas instalações foi ofertada pelo governo do estado em parcerias com a iniciativa privada, podendo resgatar um investimento que desfalca pacientes mineiros.

Levando-se em conta que os demais leitos podem ser adaptados, os 2.030 contidos em obras paralisadas ou atrasadas poderiam somar mais 73% da oferta atual, desafogando o acolhimento estadual. “São leitos que seriam muito bem-vindos. Mas quanto a isso não há dúvidas. Mesmo os leitos comuns não são muito problemáticos de ser isolados para servir aos  do-entes com a COVID-19. O principal seria treinar os funcionários. Isso é mais decisivo do que a própria arquitetura da unidade de saúde”, observa o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, o médico Estevão Urbano Silva.
O principal para se adaptar os leitos comuns para que recebam os pacientes infectados pelo novo coronavírus, segundo Estevão Urbano Silva, seria providenciar condições de higienização ao pessoal do atendimento e aos pacientes. “Os leitos precisam ter espaçamento mínimo de 1,5 metro a 2m entre uma cama e outra, sendo prioridade os apartamentos de um único leito. Mas o principal é prover muita  condição de higienização das mãos, com pias e álcool em gel. A ventilação dos quartos é importante, com janelas abertas que diminuem a dispersão dos vírus”, observa.
Regiões que sofrem com muitos casos, demandando exames e que ainda estão sujeitas a uma escalada exponencial de casos, poderiam ter essa retaguarda não fosse a morosidade e os desvios de verbas que culminaram na paralisação de obras de grandes hospitais.
Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, o Hospital Regional da cidade parou com 56,44% de conclusão, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Só no município, de 569 mil habitantes, há 73 casos de COVID-19 sendo investigados, sendo que oito pacientes foram diagnosticados positivamente. Mas os 226 leitos do Hospital Regional, dos quais 50 seriam de terapia intensiva, poderiam reforçar toda a área da região de saúde em que Juiz de Fora está incluída, que reúne 1,7 milhão de pessoas. As obras foram iniciadas em 20 de outubro de 2010 pela administração municipal e, depois de sucessivas paralisações, fo- ram abandonadas em fevereiro de 2017.

Outro caso, mas em que o abandono se deu pela administração estadual, é o Hospital Regional de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. O município de 280 mil habitantes, que já identificou 63 casos suspeitos da COVID-19, deveria ter recebido uma unidade que disporia de 226 leitos, sendo 40 UTIs e 10 leitos e semi-intensivos, possibilidade de expansões futuras e um heliponto para o trânsito de pacientes críticos. As obras foram iniciadas em 2013, mas pararam em 2016, deixando 69% da estrutura concluída. A região de saúde onde a unidade poderia funcionar beneficiaria uma população de 1,5 milhão de habitantes de 86 municípios.

Outros casos

Os atrasos nas entregas de obras de estruturas hospitalares em Brasilândia de Minas, Nova Resende, Salinas, São Roque de Minas e Tapira são acompanhados pelos tribunais de Contas, que pressionam para que sejam realizadas e entregues à população. Já a conclusão dos 11 hospitais regionais em Além Paraíba, Conselheiro Lafaiete, Divinópolis, Governador Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros, Nanuque, Novo Cruzeiro, Sete Lagoas e Teófilo Otoni necessitaria, segundo estimativa da SES-MG, de mais R$ 750.084.233,63.
Um grupo de trabalho foi instituído e em maio do ano passado foi lançada uma Tomada Pública de Subsídios (TPS), “para obter estudos e levantamentos que subsidiem a elaboração de modelos de negócios para a conclusão das obras e colocação em operação dos hospitais regionais do estado. Participaram do processo as secretarias de Planejamento e Gestão (Seplag) e de Transportes e Obras Públicas (Setop)”, segundo informações do governo estadual. (EM)

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