Pedágios na BR-040: o que esperar da concessão entre BH e Juiz de Fora

Na semana retrasada, a novela sobre a administração da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora teve um capítulo marcante com a escolha da futura responsável pelo trecho. Na quinta-feira (11/4), na bolsa de valores de São Paulo, a EPR sagrou-se a vencedora do leilão de concessão da rodovia e terá o direito de operá-la pelos próximos 30 anos.

A EPR, uma joint venture da Equipav, que atua no setor de infraestrutura, e a Perfin, gestora de fundos de investimentos em infraestrutura, já atua em três lotes de estradas em Minas Gerais: um no Triângulo e dois no Sul do estado. A reportagem do Estado de Minas percorreu vias nas localidades e encontrou realidades diferentes na qualidade do asfalto e na estrutura oferecida aos motoristas, mas uma reclamação é constante: o preço dos pedágios.

No leilão da BR-040, quatro empresas se candidataram e apenas três delas deram lances para conseguir a concessão. Venceria o pregão quem apresentasse a maior taxa de desconto na tarifa do pedágio fixada no contrato do governo federal. A EPR ofereceu 11,21% sobre os R$ 13,91 determinados no edital e levou a melhor. O resultado é que o preço a ser cobrado nas três praças de cobrança entre BH e Juiz de Fora girará em torno de R$ 12,35.

O preço da 040 sob a EPR está próximo dos R$ 12,70 já praticados no Triângulo Mineiro; dos R$ 9,20 do lote Sul de Minas e dos cerca de R$ 13 no lote Vias do Café, também no Sul. Na porção austral do estado, é difícil encontrar quem se queixe da qualidade das pistas.

A reportagem percorreu centenas de quilômetros dos dois conjuntos de estradas e se deparou com rodovias quase sempre em pistas simples e com poucos trechos de acostamento e terceira faixa, mas de asfalto recém-renovado e de boa qualidade. Diferentes pessoas ouvidas pelo EM, no entanto, têm uma queixa uníssona: o alto valor cobrado nas praças de pedágio.

“A estrada ficou boa, mas o preço é muito caro. A gente precisa sair muito. Quase metade da cidade trabalha em Pouso Alegre. Eles vão e voltam todos os dias, dá quase R$ 20, não tem jeito. Eu tenho um bar e sempre tenho que ir à cidade vizinha com mais opções. Às vezes, tenho que ir lá comprar algumas coisas. De mês em mês, vamos lá comprar uma coisinha e tem que aumentar os preços. Tem que fazer as contas. Muita gente está cortando volta. Indo para a estrada de terra para evitar o pedágio”, relata Edson Resende, de 52 anos.

Edson é dono de um bar na pequena Cachoeira de Minas. Ele relata que boa parte dos cerca de 11,5 mil habitantes da cidade depende economicamente de realizar trajetos frequentes até Pouso Alegre, polo da região. Entre os dois municípios está uma das oito praças de pedágio do lote EPR Sul de Minas, que cobra R$ 9,20 para a passagem de carros de passeio.

Trechos da EPR no Sul de Minas

Os serviços da EPR no lote Sul de Minas – que passa por cidades como Poços de Caldas, Monte Sião, Paraisópolis e Itajubá – começaram em outubro do ano passado nas oito rodovias que o integram: BR- 459; LMG-877; MGC-146; MG-455; MG-290; MG-295; MG-173; e MG-459. De acordo com a concessionária, o início das cobranças se deu no mesmo mês de forma gradativa e deve ser completamente implementado até maio deste ano.

Ainda de acordo com a concessionária, até 18 de abril foram realizados 2.884 atendimentos de guincho leve e pesado, 417 atendimentos pré-hospitalares e 21.115 atendimentos gerais em todas as rodovias do lote Sul de Minas. A empresa ainda aponta que já investiu mais de R$ 269 milhões em obras e melhorias, que consistem em: 454,3km de tapa buraco; mais de 216km de pavimento recuperado com nova sinalização horizontal; instalação de 4.080 novas placas de sinalização vertical; mais de 77 mil unidades de tachas refletivas na rodovia e mais de 12,5 metros de defensas metálicas.

A concessionária aponta que os novos investimentos para o restante do tempo da concessão incluem obras para implementação de estruturas como 1km de via marginal; 39,15km de faixas adicionais; 1 contorno viário; 68 melhorias de acesso; 23 dispositivos interseções (retornos, rotatórias, trevo em desnível); 21 adequações de pontes e viadutos; 335,45 km de acostamentos; 9 travessias de pedestres e 56 paradas de ônibus.

A empresa justifica o preço cobrado pelos R$ 2,3 bilhões em investimentos previstos nos 30 anos de concessão e aponta que a tarifa está prevista em contrato e foi determinada a partir de estudos conduzidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O preço do pedágio além da praça de cobrança

“Está muito caro. Nosso movimento aqui caiu para uns 40% do que era antes. No fim do mês, a gente arrecadava R$ 50 mil e hoje caiu para R$ 30 mil. É muito significativo, um montante grande para o comércio. As pessoas estão cortando caminho e está ficando muito difícil para nós aqui. Os colegas caminhoneiros reclamam demais e não tem um que senta aqui e não acha ruim e fala com a gente. Os caras deixam de se alimentar, de tomar um refrigerante, de almoçar ou jantar para poder economizar para o pedágio. Não é que eu esteja puxando a sardinha para o lado do comércio, mas temos que ser realistas. Não justifica esse preço de R$ 9,20 porque tem estrada melhor com o pedágio bem abaixo disso”.

O relato acima é de Paulo Roberto Alves, que trabalha na cozinha Casa do Caipira, lanchonete e restaurante completamente vazio enquanto ele dava seu depoimento à reportagem por volta das 16h de uma terça-feira. O estabelecimento está localizado às margens da MG-290 no município de Borda da Mata. Poucos quilômetros à frente está localizada uma das oito praças de pedágio que cobra R$ 9,20 como taxa básica para veículos de passeio.
A MG-290 integra o lote Sul de Minas, um dos três concedidos pelo governo estadual à EPR no ano passado, ao lado do conjunto de rodovias do Triângulo Mineiro e outro também no Sul do estado, chamado de Vias do Café. Os pontos de cobrança espalhados por oito rodovias começaram a operar a partir de outubro de 2023 e estarão funcionando em sua totalidade até o fim do mês que vem.

A empresa arrematou, na semana retrasada, o direito de administrar a BR-040 entre BH e Juiz de Fora pelos próximos 30 anos e o preço cobrado nas três praças de pedágio do trecho deve girar em torno de R$ 12,35.

Impactos sobre pequenas cidades

As estradas no Sul de Minas são de boa qualidade. Embora não tenham grandes extensões de acostamentos e faixas adicionais, o asfalto tem aparência de recém-instalado e há poucos buracos e irregularidades no calçamento. A reclamação geral, no entanto, jaz no preço cobrado aos motoristas e moradores locais. Como as concessões foram feitas em lotes, os pedágios estão também nas pequenas estradas que conectam cidades com menos de 10 mil habitantes aos polos da região, o que gera reclamação por parte de quem tem sua atividade econômica dependente de circular diariamente por estes trechos.

É o caso do caminhoneiro José Maria de Souza, que circula entre cidades de dois lotes concedidos à EPR, o Sul de Minas e o Vias do Café. O segundo ainda não tem pedágios funcionando, mas eles terão a tarifa de R$ 13,18 acrescida do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no momento de início das atividades, previsto para acontecer ainda este ano.

“A gente passa ali entre Varginha e Três Corações. Se for mais de R$ 12 para lá e R$ 12 para cá, fica em 24 ‘contos’ todo dia. Chega no final do mês e fica como? A Fernão Dias duplicada é R$ 2,90. Aí, uma rodovia simples daquela vai ser R$ 12? Para justificar, tinham que no mínimo duplicar, como é para São Paulo. Agora eles fazem uma rodovia simples dessas e cobram esse valor. Não vai reduzir as viagens, mas o preço da mercadoria vai subir. O pedágio aqui tinha que ser no máximo R$ 4”, afirma o profissional, citando o valor cobrado na via Fernão Dias, trecho da BR-381 entre Belo Horizonte e São Paulo.

Preocupação entre produtores rurais

José Maria reclamava do valor cobrado nas estradas do sul do estado em frente à sede da CooperRita, cooperativa de produtores de leite de Santa Rita do Sapucaí, às margens da BR-459. A percepção de quem trabalha com transporte na região é que o valor cobrado nos pedágios vai afetar todos os lados da cadeia produtiva, desde quem fornece a matéria-prima até o consumidor final, passando, é claro, pelo setor de transportes.

Ouvindo o depoimento queixoso do colega enquanto aguardava a entrada na cooperativa estava Antônio Marcos dos Santos, dono de uma transportadora. Ele deixou claro que não se opõe à ideia de pagar pedágios, mas discorda do preço cobrado pela EPR no lote Sul de Minas e apela para o argumento de que as tarifas altas podem impactar nos preços dos produtos na região.

“Tem pedágio que fica por conta dos produtores e outros por minha conta. Mas é uma reclamação geral. Às vezes, o cliente quer baixar o preço do frete por causa do pedágio. Isso acaba afetando o produtor porque, veja bem, eu pago o pedágio ou o comprador paga o pedágio para mim. De onde ele vai tirar essa diferença? Vai querer pagar um pouco menos para o produtor para reembolsar a perda pela tarifa. Não sou contra cobrar pedágio não, mas poderia ser um valor pequeno, não um absurdo desse”, afirmou o empresário.

Em resposta às reclamações, a EPR afirma que os pedágios da empresa contam com o mecanismo do Desconto de Usuário Frequente. Por meio dele, a depender da praça de pedágio, pode variar de 13% a 98% nas rodovias EPR Sul de Minas, e de 56% a 92% nas rodovias EPR Vias do Café. Para tanto, é necessário comprar uma tag. Nas praças de cobrança percorridas pela reportagem, não havia avisos sobre o benefício.

Preço único e modelos de concessão

A EPR é responsável por seis rodovias no lote Vias do Café e por oito no Sul de Minas. Este modelo de concessão é diferente do que será realizado pela empresa na BR-040, quando esta será a única estrada administrada pela concessionária. Professor do Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia da Escola de Engenharia da UFMG, José Elievam Bessa Júnior explica que entende o modelo de concessão por lotes de estradas mais interessante que o de rodovia única, por permitir que a privatização das vias alcance também os caminhos que não seriam interessantes no caso de uma tentativa de concessão.

“Acho que o modelo de concessão que é focado numa rodovia acaba sendo pior do que esses que levam em consideração uma rede. O que eu quero dizer é que toda rodovia que tem uma capacidade alta, como é o caso da BR-381 ou da 040, é alimentada por outras rodovias. Então, se você colocar essas vias estruturais, que ligam regiões mais desenvolvidas, há uma tendência a ter mais gente interessada na concessão, o que não vai acontecer nas rodovias de menor capacidade. Então, se alguém vai gerir só rodovias de menor capacidade, a empresa, para não correr o risco de ter um problema no futuro, vai se interessar em concessões com uma taxa de retorno maior do que no caso de concessões de rodovias mais estruturais”, avalia.

Estratégia comum

Uma das críticas apontadas por motoristas que circulam nos lotes concedidos pelo estado à EPR é que o preço do pedágio é o mesmo em todas as praças de cobrança, não fazendo distinção entre rodovias de menor porte que ligam pequenos municípios com as que ligam cidades polo com vias de acesso à grandes metrópoles, como a BR-381, no caso específico. o professor da Escola de Engenharia explica que o modelo não é obrigatório em todos os casos, mas é uma estratégia comum.

“Desconheço que haja sempre uma obrigatoriedade em manter o mesmo valor de pedágio em todas as praças. No entanto, entendo que possa existir, algumas vezes, essa solução de ter um pedágio único para que o usuário se sinta confortável ao percorrer uma rodovia ou rede viária sem grandes variações no preço. É possível fazer um paralelo com o transporte público urbano. Tem gente que sai das regiões mais periféricas da cidade e gente que usa o transporte público mais na região central, e todos pagam a mesma tarifa. Percebe-se que alguns usuários utilizaram menos da infraestrutura, mas acabaram pagando o mesmo que aqueles que percorreram distâncias maiores. Vale ressaltar que questões como essa também podem estar amarradas em contrato, podendo haver contratos que determinam a política do preço único, embora o contrário, em algum momento, também poderá vir a ocorrer”, destaca.

De acordo com a EPR, os valores das tarifas estavam preestabelecidos no edital de licitação publicado pelo Governo de Minas com base em estudos técnicos para viabilizar os investimentos previstos ao longo de todo o contrato de concessão. Em nota, a empresa ressalta que todas as estradas receberão investimentos de grande porte ao longo do prazo de concessão e que a recuperação estrutural de base do pavimento será realizada em todas as rodovias.

  • EM

Litro da gasolina pode subir mais R$ 0,45 em Minas entre junho e julho

Os consumidores podem preparar o bolso. Dois fatores devem fazer a gasolina ficar mais cara entre junho e julho em todo o país. Especialistas estimam que, em Minas, o combustível poderá subir ao menos R$ 0,45. 

O litro da gasolina poderá ter um reajuste de R$ 0,22 por causa do retorno integral dos tributos federais e mais R$ 0,23 de aumento devido à nova alíquota do ICMS, o imposto estadual. Ou seja, R$ 0,45 a mais do que é cobrado hoje nas bombas.

O primeiro motivo para a elevação é a mudança da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), imposto estadual que incide sobre os combustíveis e que hoje tem valores diferentes em cada Estado. 

A partir de 1º de junho, a alíquota do ICMS sobre a gasolina será a mesma para todo o país e com um valor já definido: R$ 1,22 por litro. A decisão, tomada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária após acordo entre os governos estaduais, já foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).  

Mas, atualmente, os mineiros pagam um valor menor de imposto do que R$ 1,22. Para cada litro de gasolina, atualmente é cobrado R$ 0,99 de ICMS em Minas. 

“Alguns Estados têm as alíquotas superiores, como é o caso do Amazonas (20%) e do Piauí (23%), que é a maior do país. Mas a questão é que a grande maioria tem alíquotas de até 18%. Hoje, 18% do preço médio da gasolina, que está em R$ 5,50, dá 99 centavos. Com o ICMS agora fixo, de R$ 1,22 por litro, teremos um aumento médio de uns 23 centavos”, explica o economista do Observatório Social do Petróleo, Eric Gil Dantas.

E além desta possibilidade de aumento de R$ 0,23 no litro da gasolina em Minas por causa do ICMS, o segundo motivo que pode elevar o preço nos postos é o retorno integral dos impostos federais sobre os combustíveis – PIS, Cofins e Cide – a partir de 1º de julho. 

No ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro zerou as alíquotas dos tributos federais para a gasolina, etanol, diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha, numa tentativa de forçar a redução dos preços pouco antes do período eleitoral. A medida tinha validade até 31 de dezembro de 2022.

Mas, no início deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu prorrogar por dois meses a desoneração dos impostos, mas prevendo a volta parcial da cobrança a partir de março para a gasolina e para o etanol e o retorno integral para os dois combustíveis a partir de julho. Os outros combustíveis só voltam a ser onerados em 2024.

Antes da desoneração, os tributos federais representavam R$ 0,69 por litro de gasolina. Em março, quando eles voltaram a incidir parcialmente sobre o combustível, a gasolina teria um aumento de R$ 0,47. Os outros R$ 0,22 só seriam cobrados com o retorno integral dos tributos. 

Mas na época, a Petrobras decidiu reduzir o preço do combustível em R$ 0,13 nas refinarias, o que provocou um impacto menor nas bombas. Assim, a gasolina para o consumidor final subiu R$ 0,34, em vez de R$ 0,47.   

Mas com a volta total da cobrança dos impostos federais, a partir de julho, a gasolina pode ficar R$ 0,22 mais cara, caso a Petrobras não reduza o preço do combustível de novo para tentar minimizar o aumento para o consumidor final. Mas hoje, o valor da gasolina está 4% defasado em relação ao mercado internacional.

“Seria uma alta de 4% em junho e depois mais uma de 5% em julho. Seria de 9% o aumento acumulado nestes meses”, explica a estrategista de inflação da Warren Investimentos, Andréa Angelo. 

AUXÍLIO BRASIL DE R$ 600 pode começar a ser pago em JULHO, confirma Governo

Nesta semana, o Governo Federal finaliza os pagamentos da 8ª rodada do Auxílio Brasil. Segundo as informações de bastidores, esta poderá ser a última liberação do benefício com o valor mínimo de R$ 400. Afinal de contas, o plano do poder executivo é iniciar as liberações de R$ 600 já a partir do próximo mês de julho.

Este seria um cenário dos sonhos para o Governo Federal, que corre para tentar aprovar toda a documentação antes do período de recesso parlamentar. Para conseguir iniciar os pagamentos de R$ 600 já em julho, o Planalto considera um cenário em que tudo dará certo para eles durante a tramitação do projeto no Congresso Nacional.

Nesta segunda-feira (27), o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) apresentou no Senado Federal o programa que aumenta os valores do Auxílio Brasil e do vale-gás e que permite a criação de voucher para os caminhoneiros. Em entrevista, ele disse que o seu objetivo dar início aos debates em torno do tema ainda esta semana, para que o texto venha a ser aprovado na próxima.

Segundo informações de bastidores, o Governo Federal estaria confiante das aprovações do texto por uma série de motivos. O principal deles é o fato de a base governista ainda ser maioria tanto na Câmara dos Deputados como também no Senado Federal. Além disso, há a expectativa de que os parlamentares não tenham coragem de votar contra um projeto popular às vésperas das eleições.

Ainda não é possível identificar qual será a postura da oposição diante do programa em questão. As primeiras sinalizações indicam que os parlamentares de esquerda criticarão o “teor eleitoral” do projeto, mas que no final das contas, também votarão à favor dos aumentos para a população. De qualquer modo, estas sinalizações podem mudar.

Quais são as mudanças?

O Governo Federal pretende realizar uma série de mudanças em seus programas sociais. Uma delas é aumentar o valor do Auxílio Brasil, que hoje paga um patamar mínimo de R$ 400 por família. A proposta agora é repassar o benefício com um adicional de R$ 200.

Além disso, o Planalto discutirá também uma elevação nos valores do vale-gás nacional. Neste mês de junho, por exemplo, o programa paga R$ 53 por família. Com as possíveis mudanças, cada usuário poderia receber R$ 120.

Por fim, o Governo também prevê a criação de uma espécie de voucher para os caminhoneiros. O programa pretende depositar um Pix de R$ 1 mil por mês para os trabalhadores da categoria que se classifiquem como autônomos.

Os atuais auxílios

De todo modo, é importante lembrar que os aumentos acima ainda não foram aprovados. Assim, as regras que estão valendo para o Auxílio Brasil e o vale-gás seguem exatamente as mesmas durante este mês de junho.

Aliás, o Governo Federal segue com os pagamentos dos dois benefícios esta semana. Nesta terça-feira (28), por exemplo, usuários que tenham o Número de Inscrição Social (NIS) final 8, por exemplo, já podem movimentar a quantia.

Segundo informações do Ministério da Cidadania, pouco mais de 18 milhões de usuários estão dentro da folha de pagamentos do Auxílio Brasil neste mês de junho. Ao mesmo passo, estima-se que quase 6 milhões recebam o vale-gás nacional.

Bolsonaro incentiva governo a aumentar Auxílio Brasil para R$ 600

Mesmo com a possibilidade de romper o teto de gastos, o governo de Jair Bolsonaro (PL) planeja aumentar o valor mínimo do Auxílio Brasil. Hoje, o pagamento é de pelo menos R$ 400, mas pode chegar a R$ 600 caso a medida seja aprovada. A sugestão tem relação forte com as eleições que acontecerão em outubro.

Segundo Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo, as intenções do atual governo são motivadas pela corrida eleitoral deste ano. Isso porque, a população mais pobre do Brasil é justamente a que recebe o benefício. Devido a este motivo, aumentar o valor do Auxílio Brasil pode despertar maior interesse em votar no presidente Jair Bolsonaro.

Levantamento sobre o Auxílio Brasil

Hoje em dia, tem direito ao benefício as famílias cuja renda familiar per capita é de até R$ 100, e são enquadradas como de extrema pobreza. E aquelas com renda per capita de até R$ 200, enquadradas como vivendo no índice de pobreza.

Deve-se lembrar que, ao transferir os usuários do Bolsa Família automaticamente para o Auxílio Brasil, o governo federal incluiu mais 3 milhões de pessoas que aguardavam na fila de espera.

Atualmente, existem 18,1 milhões de contemplados no atual programa. O valor mínimo pago por família é de R$ 400, mas podem ser adicionados outros bônus. Por exemplo, parcelas que chegam até R$ 1 mil e são relacionadas a um prêmio por bom desempenho escolar.

Cemig vai reajustar conta de luz em 5% a partir desta quarta-feira 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou nesta terça-feira (21) o reajuste da conta de luz da Cemig. Para consumidores residenciais o aumento será de 5,22%. “ANEEL aprovou o Reajuste Tarifário Anual de 2022 da Cemig Distribuição S/A. Com sede em Belo Horizonte, a distribuidora atende a cerca de 8,8 milhões de unidades consumidoras no estado de Minas Gerais”, informou a agência.

O cálculo do reajuste aprovado considera a proposta de regulamentação do componente tarifário denominado CDE Modicidade Eletrobras que trata da inclusão dos aportes na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) decorrentes do processo de capitalização da Eletrobras.

De acordo com a ANEEL, para consumidores na categoria de baixa tensão o reajuste será de 6,23% e para a de alta tensão o reajuste chega a 14,31%.

Aporte da Eletrobras

Prevista inicialmente para maio, a revisão havia sido adiada pela agência reguladora para que pudesse incorporar medidas que minimizassem o aumento. Com isso, o reajuste avalizado pela Aneel considerou, entre outras iniciativas, o aporte de R$ 5 bilhões que a Eletrobras fará até o meio de julho na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que compõe a tarifa.

O aporte está sendo feito para compensar a mudança no regime das usinas da Eletrobras que deixam de ser descotizadas passando a vender no mercado livre de energia e não apenas para distribuidoras. O impacto da medida nesse processo foi uma redução de de 2,22%.

Por meio de nota, a Cemig informou que o reajuste vai afetar clientes em 774 municípios atendidos pela empresa e ressaltou que entre 2020 e 2021 não houve reajustes para clientes residenciais.

“A Cemig informa que, na manhã desta terça-feira (21/6), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou as novas tarifas da Cemig Distribuição. O órgão regulador do setor elétrico definiu um aumento de 5,22% para os clientes residenciais de 774 municípios da área de concessão da companhia. Importante destacar que, em 2020 e 2021, não houve reajuste tarifário para os clientes residenciais da companhia”, diz o comunicado da estatal mineira.

Preço da gasolina deve sofrer novo aumento nos postos de combustíveis

Segundo a  Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), apesar dos reajustes nos preços da gasolina e do diesel que foram divulgados pela Petrobras na última quarta-feira (12), os valores ainda seguem defasados no mercado interno. Esta situação impede a importação dos derivados de petróleo.

De acordo com a Abicom, a gasolina ainda está, em média, 6% abaixo do preço encontrado no mercado internacional. O mesmo acontece com o óleo diesel, que está com valor 7% abaixo do encontrado em outros países.

Para tentar diminuir essa defasagem, a Petrobras teria que divulgar novas altas no preço dos combustíveis. O valor médio de venda nas refinarias deveria subir em R $0,19 para a gasolina e R $0,25 para o diesel a fim de equipará-los com os preços encontrados no mercado externo.

Segundo o que foi informado na última quinta-feira (13) pela Ativa Investimentos, ainda existe espaço para que a Petrobras possa aumentar o preço da gasolina. Mesmo após o anúncio da última revisão de preço, a companhia ainda poderia subir os valores em mais de 5%, cerca de R $0,15.

Após o mercado externo dar indicações de que o preço do petróleo deve se manter em um patamar elevado, a Petrobras reajustou, na última quarta-feira (12), o valor da gasolina em 4,8% e o do óleo diesel em 8%. O barril de petróleo segue com valor elevado de cerca de US $80.

Na manhã desta quinta-feira (13), os contratos da commodity para o mês de março eram negociados a R$84,59 o barril. A Petrobras afirma que mantém paridade com os preços de importação (PPI), porém os reajustes nos preços só ocorrem quando há mudança estrutural e não conjuntural.

Saiba as regiões do Brasil com menores preços da gasolina e do óleo diesel

Quando comparamos os preços da gasolina nos postos de cada região do Brasil, o preço mais alto registrado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e de Biocombustíveis (ANP) pode ser encontrado na região sudeste.

A média encontrada nos postos desta região foi de R $7,40 por litro do combustível. Porém, na região sudeste também foi onde a ANP encontrou os valores mais baixos no mercado, custando R$5,29 o litro, mostrando que esta região é a que possui maior variação.

O óleo diesel mais caro foi encontrado na região norte, custando cerca de R $6,70 o litro. Já o valor mais baixo do litro do óleo diesel foi encontrado na região sudeste, custando R $4,69 o litro.

Projeto de Lei visa estabilizar o preço dos combustíveis em todo o Brasil

No final do ano passado, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou o Projeto de Lei (PL) 1.472/2021, que cria um programa de estabilização do preço dos combustíveis. O projeto visa conter a alta nos preços dos barris de petróleo no Brasil, contendo também a alta no valor do combustível nos postos.

O texto aprovado permite que o Executivo regulamente a forma de estabelecer limites para a variação no preço da gasolina e de outros combustíveis. Assim, por meio do uso de bandas de preços do combustível, é definida a frequência de reajustes e também os mecanismos de compensação.

NOVO Auxílio Brasil pode receber aumento de valor

O Governo Federal anunciou que vai pagar o Auxílio Brasil para cerca de 17 milhões de pessoas. O valor mínimo dos pagamentos mensais vai ser de R$ 400. Essas informações foram confirmadas pelo Ministro da Cidadania, João Roma, e pelo próprio Presidente Jair Bolsonaro em mais de uma oportunidade na última semana.

Só que esses números ainda não são fechados. Eles ainda podem aumentar em todos os sentidos. E quem tem poder para fazer isso é o Congresso Nacional. De acordo com as regras gerais, os parlamentares possuem o poder para fazer alterações no texto da Medida Provisória (MP) que circula pelo plenário.

E de acordo com analistas, essa mudança não é tão difícil de acontecer. E para entender isso é preciso voltar até 2020. É que quando o Governo Federal começou a pagar o Auxílio Emergencial para cerca de 70 milhões de brasileiros, a popularidade do Presidente Jair Bolsonaro atingiu o seu maior nível desde que assumiu o poder. Isso de acordo com o Instituto Datafolha.

Na segunda fase do programa, que está acontecendo neste ano, a quantidade de usuários que recebem o benefício despencou para algo em torno de 35 milhões. E no mesmo nível, a popularidade do Presidente também caiu, ainda de acordo com o Datafolha e também com outros institutos. Os parlamentares estão usando isso como argumento.

É que boa parte deles acreditam que atender 17 milhões de pessoas não seria uma boa saída para o Governo Federal. Por isso, é até mesmo provável que eles tentem aumentar essa quantidade de indivíduos que serão atendidos pelo programa social. A votação dessa MP na Câmara dos Deputados deve acontecer dentro de mais alguns dias.

E o valor?

A questão do valor parece estar um pouco mais fechada neste momento. De acordo com informações de bastidores, a base governista estaria satisfeita com esse patamar mínimo de R$ 400. Era isso o que eles estavam querendo mesmo.

Quem pode fazer um pouco mais de barulho sobre esse tópico é a oposição. Membros de partidos como PT, PSB, PDT, PSOL e PCdoB estão pedindo para que o Governo Federal amplie esse Auxílio para a casa dos R$ 600.

No entanto, é importante deixar claro que isso é algo muito improvável de acontecer. É que se sabe que sozinha a oposição não tem votos para impor isso. Eles estão tentando subir o valor do  benefício para a casa dos R$ 600 há vários meses sem nenhum tipo de sucesso.

Menos gente com Auxílios

Pelas informações que se têm hoje e considerando que o Auxílio Brasil vai chegar na casa de 17 milhões de brasileiros, dá para dizer que o número de pessoas atendidas pelo Governo Federal vai sofrer um grande tombo a partir de novembro.

De acordo com o próprio Ministro da Cidadania, que é responsável pelo programa, algo em torno de 25 milhões de pessoas deixarão de serem atendidas pelo Palácio do Planalto. Quando disse isso, ele falou que estava preparando algo para esses cidadãos.

Imaginava-se, naquele momento, que poderia ser a prorrogação do Auxílio Emergencial. No entanto, isso não vai acontecer. O próprio Ministro confirmou em declaração na semana passada que o programa em questão vai mesmo acabar no final de outubro.

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