7 países em que se vive bem com um salário mínimo por mês

No Brasil, ter uma vida relativamente confortável, envolve receber um salário extremamente alto. Se você pensar nos gastos como, viver em um bom bairro, em uma casa boa, com um bom carro, uma educação de qualidade para os filhos, ter espaço para lazer e juntar tudo isso, provavelmente chutará um salário muito mais alto do que a média recebida.

Em nosso país, a remuneração mensal média do trabalhador brasileiro em 2023 foi de R$ 2.979, conforme aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Contudo, sabemos bem que, embora o estudo do Pnad contínua aponte que o salário médio do brasileiro seja R$ 2.979, este valor está bem longe de garantir uma vida boa para o trabalhador e sua família, lembrando ainda que 60% da população brasileira vive com até um salário mínimo por mês.

Todavia, essa realidade de receber um salário que não supra as necessidades para trazer uma vida confortável para as pessoas. Esse não é o caso em todos os países. Na verdade, existem lugares em que se pode viver bem recebendo apenas o salário mínimo do país, diferente do que ocorre no Brasil.

São países em que o custo de vida é extremamente justo, que permitem com que, pessoas que recebem um salário mínimo, consigam ter uma vida mais digna. Países esses que vamos te apresentar agora!

Canadá

No Canadá, o custo de vida médio do país é de cerca de CAD$ 2.700 por mês, ou seja, é preciso receber 2.700 dólares canadenses por mês para garantir os gastos com moradia, transporte, alimentação entre outros.

O valor pode até parecer alto ao converter para o real. Contudo, o salário médio no Canadá, segundo a Nomad é de 59.384 dólares canadenses por ano, algo em torno de 4.948 dólares canadenses por mês. Logo, nesse país, apenas o valor médio recebido pela maioria da população, você conseguirá suprir todas as suas despesas e ainda guardar dinheiro ou gastar com o que quiser!

Luxemburgo

Luxemburgo é um pequeno país europeu, cercado pela Alemanha, Bélgica e França. Nesse país o custo de vida médio mensal por pessoa é de 3.210 euros. Luxemburgo é realmente um destino considerado caro para se visitar e viver, contudo, é um dos países que pagam os maiores salários do mundo.

No país, o salário médio é de 4.500 euros por mês, conforme informações da plataforma Glassdoor, o que permite que recebendo o salário médio do país, você viva extremamente bem e ainda consiga fazer sobrar dinheiro para fazer o que achar melhor.

Alemanha

A Alemanha é a maior economia da Europa e está atrás apenas dos EUA, China e Japão em termos de PIB. Nesse país, o custo de vida gira em torno de 940 euros sem contar aluguel, já o salário mínimo que uma pessoa pode receber lá é 1.514 euros por mês. Lembrando que apesar do salário mínimo não ser tão alto, o salário médio recebido por lá, atualmente é de 2.813,16 euros por mês.

Espanha

Na Espanha, o custo de vida mensal gira em torno de 1.900, onde esse orçamento cobre todos os gastos necessários, podendo viver com excelente qualidade de vida. No país o salário pode variar bastante, em Madrid, por exemplo, o salário mínimo é de 1.630,96, em Barcelona 1.460,43.

Aqui, vir sozinho pode não ser uma escolha tão fácil, mas quando se vem como casal, os dois recebendo um salário mínimo, mantem-se uma qualidade de vida extremamente alta e cheia de vantagens, principalmente quando comparado ao Brasil.

Holanda

Para se viver bem na Holanda, é preciso desembolsar 1.100 euros por mês fora aluguel. Contudo, esses valores podem variar muito dependendo da região. O salário mínimo no país é de 1.635 euros por mês. Contudo, o salário médio recebido pela população do país é de 36,5 mil euros ao ano, algo em torno de 3 mil euros por mês.

Irlanda

Na Irlanda, a estimativa que temos é de que uma família com quatro pessoas custe 3.430 euros por mês, onde, todas as pessoas do grupo familiar vão viver muito bem com esse valor. No país o salário mínimo é de 11,30 euros por hora trabalhada.

Vamos imaginar que você queira trabalhar 8 horas por dia 6 vezes por semana, no caso, você conseguirá tirar um salário médio de 2.169,60 euros por mês. No caso, se for o casal quem estiver trabalhando, a renda total será de 4.339,20 euros por mês, o que dará e sobrará muito para aproveitar a vida em família.

Vale lembrar que em Dublim, o salário médio do trabalhador é de 41.602 euros por ano, ou seja, 3.466,83 euros por mês, onde, será possível custear a vida de uma família de quatro pessoas, recebendo apenas o salário médio do país.

Austrália

A Austrália é um país conhecido por ter um alto padrão de vida. O custo de vida no país é de 1.730 dólares australianos fora moradia. Já o salário mínimo do país atualmente é de 3.531 dólares australianos por mês. O que permite que uma pessoa viva confortavelmente bem na Austrália recebendo apenas um salário mínimo por mês.

 

FONTE MEU VALOR DIGITAL

Salário mínimo deve subir para R$ 1.502 em 2025, prevê Governo Lula

Governo Lula apresentará o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) nesta segunda-feira (15) ao Congresso Nacional

A equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prevê um aumento de 6,37% no valor do salário mínimo em 2025. O acréscimo corresponde, hoje, a R$ 90 a mais: ou seja, o mínimo deverá subir dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.502. Essa expectativa consta no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que será apresentada pelo Palácio do Planalto ao Congresso Nacional nesta segunda-feira (15), último dia do prazo para entrega do documento à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.

A proposta que orientará a construção orçamentária para o terceiro ano do mandato de Lula será a última etapa de ajuste das contas públicas, segundo adiantou o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, na última quarta-feira (10). Na ocasião, ele esteve reunido com a Junta de Execução Orçamentária, no Palácio do Planalto, com representantes da Casa Civil e dos ministérios do Planejamento e Orçamento e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.

Em relação à meta fiscal, que deverá constar na proposta das Diretrizes Orçamentárias, a perspectiva é que o novo arcabouço fiscal inclua uma meta de superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). O documento deverá ainda incluir uma margem de tolerância de 0,25% para mais ou para menos. O desejo do ministro da Fazenda é garantir a sustentabilidade das contas públicas. Ele indicou ser necessário fixar uma meta factível. “De que adianta ter um resultado primário positivo por um ano e ele ser insustentável? Estamos procurando pensar na sustentabilidade das contas”, afirmou após o encontro com a Junta Orçamentária.

 

FONTE ITATIAIA

Governo Surpreende E Determina Novo Salário Mínimo: Salários De R$1.612 Até R$ 1.844,40

O governo de Santa Catarina anunciou uma nova determinação para o salário mínimo regional, surpreendendo trabalhadores e empresários. O valor fixado é de R$1612,26, dividido em quatro faixas salariais que variam até R$ 1.844,40.

O acordo, resultado de negociações entre entidades trabalhadoras e patronais, reflete o compromisso do estado em garantir uma remuneração justa aos seus cidadãos. Esse ajuste representa o 14º ano consecutivo em que o estado consegue chegar a um acordo sem litígio nesse tema crucial.

A composição das faixas salariais abrange uma diversidade de setores econômicos. Na primeira faixa, com o valor de R$1.612,26, estão inclusos trabalhadores da agricultura, construção civil e indústrias extrativas, entre outros. Já a segunda faixa, com R$1.670,56, abrange indústrias do vestuário, papel, além de distribuidoras e vendedoras de jornais.

Para a terceira faixa, com o valor de R$1.769,14, estão direcionados trabalhadores das indústrias químicas, alimentação e comércio em geral. Por fim, na quarta faixa, com R$1.844,40, estão englobados trabalhadores de indústrias metalúrgicas, empresas de seguros, estabelecimentos de ensino, entre outros.

O processo de definição do salário mínimo regional envolveu discussões iniciadas em novembro, com representantes de entidades patronais e de trabalhadores. Segundo relatos, as conversas foram marcadas pela maturidade e respeito mútuo, refletindo a evolução do diálogo ao longo dos anos.

FONTE COLUNA FINANCEIRA

Novo salário mínimo de R$ 1.412 começa a valer no Brasil nesta quinta

Benefícios e contribuições também sobem a partir deste mês

A partir desta quinta-feira (1º), os trabalhadores começam a receber o salário mínimo oficial de R$ 1.412. O dinheiro, referente à folha de janeiro, é 6,97% maior que o salário de R$ 1.320, que vigorou de maio a dezembro de 2023.

O valor de R$ 1.412 corresponde à inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos 12 meses terminados em novembro, que totalizou 3,85%, mais o crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. Enviada pelo governo em maio, a medida provisória com a nova política de valorização do salário mínimo foi aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em agosto.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o reajuste do salário mínimo beneficiará 59,3 milhões de trabalhadores e resultará em um incremento da renda anual no montante de R$ 69,9 bilhões. A entidade estima que o governo – União, estados e municípios – arrecadará R$ 37,7 bilhões a mais por causa do aumento do consumo atrelado ao salário mínimo maior.

Aposentadorias

As aposentadorias com o novo valor começaram a ser pagas na última quinta-feira (25). Isso porque os benefícios equivalentes ao salário mínimo são pagos nos últimos cinco dias úteis do mês atual e nos cinco primeiros dias úteis do mês seguinte. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o auxílio-doença também começaram a ser pagos no dia 25.

Seguro-desemprego

A faixa inicial do seguro-desemprego também foi reajustada conforme o salário mínimo. A partir de fevereiro, os benefícios relativos a janeiro subirão para R$ 1.412. O valor máximo também foi reajustado, para R$ 2.313,74. Embora o piso do benefício tenha seguido o reajuste do salário mínimo, o teto aumentou em 3,71%, equivalente ao INPC do ano passado.

PIS/Pasep

O abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Serviço Público (Pasep) referente a 2023 começa a ser pago em 15 de fevereiro. Proporcional ao novo salário mínimo, o valor será calculado proporcionalmente em relação ao número de meses trabalhados com carteira assinada em 2021.

Contribuições

O reajuste do salário mínimo aumentou diversas contribuições. Os microempreendedores individuais (MEI) passarão a recolher de R$ 70,60 a R$ 76,60, conforme o ramo de atividade. Em 2023, os MEI contribuíam de R$ 66,10 a R$ 71,10. Para os MEI caminhoneiros, o valor subiu de R$ 169,44 para R$ 175,44.

Os novos valores começam a ser cobrados nos boletos com vencimento em 20 de fevereiro. Os MEI em geral pagam 5% do salário mínimo para ter direito aos benefícios da Previdência Social, mais R$ 1 de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ou R$ 5 de Imposto sobre Serviços (ISS). Os MEI caminhoneiros recolhem 12% do salário mínimo, mais as mesmas quantias de ICMS ou de ISS.

As contribuições para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também foram reajustadas com o aumento do salário mínimo. Quem recebe o piso paga 7,5% do salário mínimo, o equivalente a R$ 105,90 por mês. Quem ganha mais que o salário mínimo paga 9%, 12% ou 14% sobre a remuneração mensal, que depende de negociações entre os patrões e os empregados.

Quanto ao Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), a concessão de benefícios considera de baixa renda as famílias com renda mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo. A linha da pobreza subiu de R$ 660 por pessoa em 2023 para R$ 706 por pessoa em 2024. Se considerada a renda familiar total de até três salários mínimos, o valor aumentou de R$ 3.960 para R$ 4.236.

Ganho real

Ao descontar a inflação pelo INPC, o salário mínimo teve ganho real de 5,77% em relação a maio de 2023, quando passou a vigorar o mínimo de R$ 1.320. Se for considerado o salário mínimo de R$ 1.302, que vigorou de janeiro a abril, o ganho foi menor, de 4,69%. Isso porque o INPC, índice que mede a inflação das famílias de menor renda (até cinco salários mínimos), estava mais alto no início de 2023.

De 2007 a 2019, vigorava política semelhante à atual, em que o salário mínimo era corrigido pelo INPC do ano anterior mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Caso o PIB encolha, há a reposição apenas pela inflação. De 2020 a 2022, o salário mínimo passou a ser corrigido apenas pelo INPC, sem ganhos reais.

Em 2023, houve dois aumentos. De janeiro a maio, o salário mínimo foi reajustado para R$ 1.302, com ganho real de 1,41%. A partir de maio, quando o governo editou a medida provisória retomando a política salarial anterior, o salário passou para R$ 1.320, com valorização real de 2,8% em relação ao mínimo de 2022.

FONTE ITATIAIA

Governo Lula anuncia pagamento de 1 salário mínimo a idosos

A partir da próxima semana, idosos em situação de baixa renda receberão 1 salário mínimo, com reajuste de 2024, por meio do INSS

O governo federal anunciou que, a partir da próxima semana, começará a efetuar o pagamento de 1 salário mínimo, já ajustado com o reajuste de 2024, destinado a idosos com mais de 65 anos em situação de baixa renda. Esta iniciativa visa amparar aqueles que não dispõem de outra fonte de renda para atender às necessidades básicas.

O salário mínimo destinado aos idosos será concedido por meio do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e faz parte do Benefício de Prestação Continuada (BPC), um auxílio assistencial que abrange um pouco mais de 5 milhões de pessoas em todo o país.

Quem pode receber o salário mínimo do INSS?

O BPC é direcionado aos idosos que enfrentam dificuldades financeiras, proporcionando suporte para o sustento daqueles que não contam com o apoio da família e não estão mais inseridos no mercado de trabalho. Para ser elegível a receber o salário mínimo mensalmente, é necessário atender a alguns requisitos essenciais. Vale ressaltar que, por ser um benefício assistencial, não é preciso ter contribuído para o INSS. Os requisitos incluem:

Estar inscrito no Cadastro Único;
Ter renda familiar de até 1/4 (25%) do salário mínimo por pessoa;
Possuir mais de 65 anos.

Calendário de pagamento do BPC em janeiro

Os idosos que já foram aprovados para o BPC receberão o pagamento do INSS a partir do dia 25 de janeiro, seguindo a organização do calendário conforme o último dígito do benefício. Aqueles que ainda não tiveram a aprovação devem dar entrada no processo por meio do Meu INSS, encaminhando os documentos necessários para avaliação.

FONTE CATRACA LIVRE

Sem investir o mínimo, Estado acumula dívida de R$ 6 bi e impõe caos na Saúde

Durante a pandemia, investimentos em prevenção e enfrentamento à Covid receberem menos de 50% da verba planejada

O governo de Minas Gerais não tem investido os valores mínimos determinados em lei na saúde do Estado. Nem mesmo no pior ano da pandemia, em 2021, quando os hospitais ficaram lotados e cerca de 44 mil pessoas morreram, os 12% do orçamento exigidos pela Lei Complementar Nº 141 foram empenhados. Naquele ano, o Estado ficou devendo para à rede R$ 1,2 bilhão – segundo o Relatório Anual de Gestão (RAG) de 2021, fiscalizado pelo Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG). Isso, enquanto pacientes com quadros graves de Covid-19 tiveram que ser transferidos do interior de Minas para São Paulo por falta de leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Esse subfinanciamento do sistema não é de hoje: de 2009 a 2020, o governo acumulou uma dívida de R$ 6,7 bilhões com as secretarias municipais de saúde. Um dinheiro garantido na legislação, prometido no orçamento apresentado pelo próprio governo, não pago e que fez muita falta na ponta ao refletir em desassistência para a população. O Governo informou que “está colocando as contas da saúde em dia”. 

Até outubro de 2023, 65.881 pessoas morreram no Estado por agravo da Covid-19, segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). A maioria das vítimas, 67%, morreu em 2021. No ano em que o mundo vivia uma força-tarefa para vencer a pandemia, o Executivo Estadual destinou menos de 50% da verba prometida para investimento nos temas: “Enfrentamento ao Coronavírus”; “Combate Epidemiológico ao Coronavírus” e “Prevenção ao Contágio e Enfrentamento ao Coronavírus (Covid -19)”. É o que está registrado no Relatório Anual de Gestão (RAG) do Governo. 

“A ausência de investimento adequado para um atendimento imediato, tão necessário naquele momento, é uma constatação grave. A demora na alocação de recursos para a compra de equipamentos essenciais, como máscaras e respiradores hospitalares, e outras ações pertinentes, gerou um cenário desafiador”, afirma o deputado Lucas Lasmar (REDE), o parlamentar que mais enviou ofícios à SES em 2023.

Ele destaca a falta de leitos de UTI Adulto e Neonatal – como aconteceu em São Sebastião do Paraíso, no Sudoeste de Minas, que teve que transferir pacientes com Covid-19 para São Paulo – como a principal lacuna da saúde pública de Minas Gerais até hoje. “Essa situação se reflete em milhares de vidas perdidas em todo o Estado pela insuficiência desses leitos”, alerta. 

Em Governador Valadares, na região do Rio Doce, duas idosas, uma de 82 anos e outra de 67, morreram na mesma semana à espera de uma vaga de UTI em março de 2021. Segundo a prefeitura, os leitos públicos estavam ocupados em 100%, e as pacientes não resistiram às complicações da doença sem o atendimento adequado. Em nota, à época, a prefeitura lamentou o caso e disse que houve tratamento e assistência “dentro das possibilidades da instituição”.

Mas, assim como pontuou o deputado, o problema não terminou com o fim da pandemia. Sem que os investimentos na saúde resolvessem o problema dos leitos, em outubro de 2023, Élcia Elizabeth Canuto Araújo, de 54 anos, perdeu o pai, Antônio Canuto Fernandes, de 88, na sala de espera por uma vaga de UTI em Barbacena, no Campo das Vertentes. O problema não era Covid-19, e sim uma prótese mal colocada no quadril. Ela conseguiu na Justiça que o pai colocasse a prótese, e, com a rejeição da peça, buscou no tribunal, outra vez, a internação para o tratamento da infecção. Mas, quando Antônio piorou, não teve leito de UTI a tempo. 

“Ele passou mal no dia 11 (de outubro), começou a vomitar e aspirou um pouco de líquido para o pulmão. Ficamos na sala vermelha, à espera. Lá, deveria ter uma UTI, mas não estava funcionando. No dia 12, meu pai teve uma parada cardíaca, não aguentou e faleceu na sala de espera mesmo”, lamenta a filha, relembrando o trauma. “No hospital, fizeram o que podiam. Se tivesse UTI, talvez meu pai estaria vivo agora. Eu só queria que as autoridades olhassem para esse problema”, continua.  

Segundo dados do sistema SusFácil, o pai de Elcia é um dos 346 pacientes que morreram enquanto aguardavam vaga de UTI de janeiro a novembro de 2023 na macrorregião Centro-Sul do Estado – que engloba Barbacena e outros 50 municípios com uma população de aproximadamente 800 mil pessoas. Em média, 33 pessoas perderam a vida por mês por falta de oportunidade. Na macrorregião, há um déficit de 19 leitos de UTI adulto e 9 de UTIs pediátricas, de acordo com levantamento do superintendente regional de Saúde de Barbacena, Renato dos Reis.

Ciclo vicioso: dívida, subfinanciamento e assistência limitada 

Como em um ciclo vicioso, o saldo negativo cresce a cada ano. De 2019 a 2022, o Estado deixou de restos a pagar da Saúde cerca de R$ 9,5 bilhões. Nesse levantamento, estão incluídas dívidas do Estado com hospitais, farmácias e municípios, por exemplo. Dados do Portal da Transparência, de novembro de 2023, constam um acréscimo na dívida de R$ 111,2 milhões em empenhos não pagos ao longo do ano passado – isso, só para 29% das cidades de Minas. “A projeção da dívida com os 853 municípios, apenas na área da saúde, é muito maior”, acrescenta Lucas Lasmar. 

Em 2021, o Estado firmou o Acordo da Saúde para pagamento da dívida de R$ 6,7 bilhões os municípios, referentes a repasses para a saúde previstos no orçamento do Governo do Estado entre 2009 e 2020, mas que não haviam sido quitados. O pagamento está sendo realizado em parcelas e, até o final de 2023, R$ 1,7 bilhão foram pagos. O acordo conta com participação da Associação Mineira de Municípios (AMM), do Ministério Público e o Tribunal de Justiça. Além de ter envolvido o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG). 

Na prática, mesmo com as parcelas pagas do Acordo da Saúde, o déficit com os municípios só cresce. “Como esse fluxo de gasto em saúde permite que fiquem restos a pagar, os valores não liquidados no ano em curso vão para o ano seguinte. A base não é cumprida e vai enrolando, acumulando despesas ao longo do século. É uma forma de burlar o piso”, explica Eli Iola Gurgel, especialista em Economia da Saúde e professora da Faculdade de Medicina da UFMG.

Na compreensão do Governo do Estado, no entanto, o mínimo constitucional está sendo cumprido pelo terceiro ano consecutivo, “com aplicação de 12,18% da arrecadação total de impostos estaduais na saúde em 2023”, informou. O investimento, no entanto, não é quitado. 

Mesmo não se concretizando, como o valor autorizado para o ano respeita os 12%, o Estado não é penalizado com a suspensão de transferência de outros impostos, como prevê a legislação. “O mínimo constitucional deveria considerar como investimento em saúde o valor efetivamente pago, não apenas o empenhado (prometido). O Tribunal de Contas do Estado, por exemplo, só considera gastos mínimos em saúde pelas prefeituras aquilo que foi efetivamente pago. É por isso que temos diversos prefeitos e prefeitas inelegíveis”, analisa Lucas Lasmar.

Ele lembra que, na época do governo Aécio Neves, despesas de saneamento eram contabilizadas como saúde, o que fazia com que o investimento na área ficasse maior. “Isso foi proibido, mas hoje se usa a estratégia de empenhar o valor. Uma preocupação adicional é que o empenho pode ser cancelado posteriormente, gerando percentuais fictícios”, acrescenta. A assessoria do deputado federal Aécio Neves foi procurada para falar sobre o tema mas, até o fechamento desta edição, não havia se pronunciado. 

De acordo com a especialista Eli, o não cumprimento do orçamento se tornou um mau hábito que inviabiliza investimentos maiores no futuro. “A manobra é a seguinte: como você não gastou todo o planejado com a saúde no ano, como ficaram restos a pagar, na discussão do orçamento do ano seguinte, você não vai aumentar o orçamento, porque vai entender que não precisa. Vira um ciclo que não deixa completar os 12% da lei. É difícil até para medir a necessidade de investimento”, avalia. 

Foi a falta do cumprimento do investimento mínimo na saúde do Estado que fez o Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG) reprovar os Relatórios Anuais de Gestão da SES-MG de 2019 a 2021, além de aprovar o de 2022 com ressalvas. O Conselho faz parte da fiscalização dos gastos do Governo com o SUS. Segundo o coordenador da Câmara Técnica de Orçamento e Finanças do CES, Erli Rodrigues, o imbróglio é maior pela falta de transparência com a dívida. 

“O que o Governo tem feito é, quando chega dezembro, empenha os valores que estão faltando, mas não liquida, não se compromete a pagar. No entendimento da lei 141, ou liquida o valor ou separa os recursos. Se não, vira uma bola de neve”, diz. “Não basta falar que o dinheiro existe, tem que provar. Nós pedimos o extrato do recurso que está em caixa, e recebemos a resposta que é informação sigilosa. Isso deveria estar no Portal da Transparência. Se o recurso entra para o caixa geral, não tem como saber o que dali é da Saúde”, continua o coordenador. 

De 2019 a 2022, o Estado deixou de restos a pagar da Saúde cerca de R$ 9,5 bilhões – Fred Magno / O TEMPO

Reflexos do subfinanciamento da Saúde no pós-pandemia

Rodrigues chama atenção para as complicações que o Sistema Único de Saúde (SUS) está enfrentando pela falta de financiamento, problema que aumentou no pós-pandemia. “O Estado não conseguiu exercer o mínimo, os serviços pararam, as cirurgias eletivas pararam, a atenção básica ficou por conta da Covid. Agora, estamos com um reflexo de casos mais graves de saúde com dificuldade de assistência. Estamos entre os 25 piores Estados em investimento em saúde”, afirma.

Para o deputado Lucas Lasmar, o principal prejudicado é o cidadão. “Essa situação resulta em uma ineficiência na execução das políticas públicas. Geralmente, os cortes mais significativos ocorrem na Atenção Básica, e os municípios assumem o ônus para evitar a interrupção do atendimento. Mas o fornecimento de medicamentos e a realização de exames também são suspensos, incluindo procedimentos como cateterismos, tomografias e mamografias. Mesmo com os pagamentos em dia, tais recursos são frequentemente insuficientes para atender à demanda da população no tempo adequado”, denuncia. 

Insuficiência de verba força municípios a assumirem déficit 

Uma vez que falta recurso estadual, os municípios são forçados a oferecer mais do que o planejado. A especialista Eli Iola Gurgel cita que as Secretarias de Saúde Municipais estão se responsabilizando cada vez mais com a saúde local quando comparado com os recursos estaduais e federais. “O município está perto das necessidades da população. Ele tem mais controle do que realmente precisa, se é ambulância, médico de atenção básica, consulta especializada. Então, a secretaria municipal briga mais frequentemente com a prefeitura pelo investimento. A partir dos anos 2000, muitas cidades vêm gastando mais do que os 15% da lei, enquanto o Estado ocupa uma posição mais confortável”, analisa. 

O deputado Lucas Lasmar foi Secretário Municipal de Saúde da cidade de Oliveira, na região Centro-Oeste do Estado, de 2017 a 2022. Durante a pandemia, ele se viu forçado a agir sozinho. “Na época, tive que realizar diversas ações com os recursos próprios do município e do Fundo Municipal de Saúde (FMS), porque tanto o Estado quanto o Governo Federal demoraram para disponibilizar recursos para que os municípios pudessem adaptar as Unidades Básicas de Saúde, criar leitos de UTI e enfermarias de isolamento nos Hospitais Filantrópicos”, conta. De acordo com o monitoramento da dívida pela SES-MG, o Estado deve à Oliveira R$ 21,8 milhões de valores do orçamento que não foram repassados. 

A situação é a mesma em Muriaé, na Zona da Mata, para a qual o Estado deve R$ 46,1 milhões em valores do orçamento. Segundo atualização da contabilidade do município, 25% (R$ 11,6 milhões) foram quitados. A Secretária de Saúde de Muriaé, Luiza Agostini de Andrade, conta do processo interno de controle da verba estadual para melhor aproveitamento diante das circunstâncias. “Realizamos a previsão da receita no orçamento com base nos valores fixos recebidos pelo Estado no ano de anterior, e aguardamos o pagamento das parcelas que são atreladas a programas específicos, como a Assistência Farmacêutica, por exemplo, que tem receita por bimestre”, diz. 

Mesmo assim, é o município que “segura as pontas”, segundo relato da secretária Luiza. “Tentamos aguardar a receita começar a ser repassada ao município para iniciar seus gastos, porém, neste período que aguardamos os recebimentos, utilizamos os superávits financeiros e o recurso próprio do município”, afirma.

Quando os valores finalmente caem na conta de Muriaé, já chegam comprometidos. “São investimentos em Atenção Básica à Saúde e média e alta complexidade, com o intuito de realizar exames, aquisição de insumos, mobiliários, realizar cirurgias e etc.”, enumera Luiza Agostini de Andrade. 

A reportagem tentou contato com o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais e aguarda retorno. 

O que diz a SES-MG na íntegra?

“A Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais (SES-MG) informa que está colocando as contas da saúde em dia, com o pagamento simplificado e ampliado da dívida com os municípios e com as instituições filantrópicas. Além disso, a atual gestão mantém o cumprimento do mínimo constitucional pelo terceiro ano consecutivo, com aplicação de 12,18% da arrecadação total de impostos estaduais na saúde em 2023.

O Acordo do Fundo Estadual, que rege a dívida do Estado com os municípios, é de R$ 6,7 bilhões, dos quais foram pagos R$ 1,7 bilhão até o momento — sendo R$ 394 milhões em 2021, R$ 659 milhões em 2022 e R$ 743 milhões em 2023.

Além disso, em setembro de 2023, o governador Romeu Zema e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais assinaram Termo Aditivo que regulamenta a transposição e transferência de saldos constantes e financeiros provenientes de repasses, parcerias e convênios firmados com a SES-MG, o que significa que os recursos que anteriormente só poderiam ser gastos para um fim específico podem ser utilizados pelo município de acordo com a sua necessidade na área da saúde.

Para dar mais flexibilidade no pagamento, o valor da dívida com os hospitais filantrópicos foi retirado do Acordo e, em 2023, foram repassados R$ 266,3 milhões a 191 instituições. O restante, R$ 197 milhões, será pago ainda em 2024, antecipando para menos de um ano o pagamento da dívida, que era previsto até outubro de 2030. Os recursos são referentes à dívida do Pro-Hosp, ao Encontro de Contas e Câmara de Compensação (extrapolamento) e aos saldos referentes aos débitos de entidades.

Além do pagamento da dívida, a SES-MG vem cumprindo mensalmente os valores repassados aos hospitais, por meio dos programas Valora Minas e Opera Mais, maior política de cirurgias eletivas da história do estado.”

FONTE O TEMPO

Reajuste do salário mínimo causará impacto de R$ 539 milhões aos Municípios do Minas Gerais

O reajuste do salário mínimo para R$ 1.412 causará impacto de R$ 4,33 bilhões nos cofres municipais, aponta levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Em Minas Gerais, o impacto será de R$ 539.221.049. Para o presidente Paulo Ziulkoski, o novo mínimo previsto no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024 agravará ainda mais o quadro fiscal de crise financeira enfrentado.

As prefeituras empregam mais de 6 milhões de pessoas, e delas 2,3 milhões recebem até um salário e meio, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 2021. Os Municípios mineiros possuem 281.415 servidores. E o novo valor deve ser pago a todos os trabalhadores do setor público e privado, aposentados e pensionistas. A CNM aponta que o reajuste impacta, principalmente, os Municípios de pequeno porte.

Entes menos populosos são os que possuem funcionários com remunerações próximas ao valor do salário mínimo, ou seja, aumento do gasto de pessoal decorrente do reajuste. Minas Gerais, Bahia e Ceará concentram o maior número de servidores municipais que recebem até 1,5 salário mínimo. A soma dos servidores desses três Estados corresponde a 1/3 do total. Já os Estados com a menor concentração de servidores municipais que recebem até 1,5 salário são: Acre, Amapá e Rondônia.

Os reajustes do salário mínimo, entre 2023 e 2023, elevaram os gastos dos Municípios em R$ 38,6 bilhões. Com os encargos trabalhistas, o impacto chega a quase R$ 54 bilhões. “Além do mínimo, as demais elevações das despesas, ocorrem à revelia das prefeituras”, alerta Ziulkoski ao explicar: “as decisões aprovadas em outras esferas de governo têm provocado impacto nos cofres das prefeituras e agravado o quadro fiscal”.

A nova política de valorização do salário mínimo tem como cálculo de reajuste anual do piso nacional foi definida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses, encerrado em novembro do ano anterior, e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) consolidado de dois anos anteriores. O INPC foi de 3,85%, em novembro de 2023, somado ao crescimento do PIB de 2022 ajustado, de 3%. Assim, o mínimo de 2024 terá crescimento de 6,97%.

Adiada votação do projeto que eleva valor do salário mínimo

Governo Federal fez força para aprovar o texto ainda nesta semana, mas já admite que não vai conseguir. Aumento do salário está em jogo

O governo federal tentou, mas não conseguiu aprovar em plenário o plano de orçamento para o próximo ano. De acordo com informações de bastidores, membros do poder executivo já admitem que não conseguirão aprovar este texto no decorrer desta semana.

Com isso, os olhares se voltam para a próxima semana. A nova expectativa do governo federal é contar com o congresso nacional para aprovar o plano de orçamento de 2024 na próxima quarta-feira (20), ou na quinta-feira (21). Assim, todas as indicações do texto poderiam começar a valer.

O congresso nacional está correndo contra o tempo para aprovar este texto antes do final do ano. Assim, o governo federal poderia garantir o já prometido aumento real do salário mínimo. Caso não consiga aprovar o texto dentro do prazo estabelecido, é possível que o aumento real não seja cumprido.

Mudanças no salário mínimo

Quando entregou o plano de orçamento para o ano de 2024 ao Congresso Nacional, o governo federal previu um aumento de quase 7,7% do salário mínimo em 2024. A ideia inicial era elevar o valor do piso dos atuais R$ 1.320 para R$ 1.421, ou seja, uma elevação de R$ 101. Mas isso não deve mais acontecer.

Com as revisões dos números da inflação, o que se sabe agora é que o salário mínimo será elevado para um patamar menor. A nova previsão prevê que o piso será elevado dos atuais R$ 1.320 para R$ 1.412, representando um reajuste de R$ 92, e não mais de R$ 101, como estava previsto inicialmente.

O novo valor em questão ainda não foi confirmado pela área econômica do governo federal, mas já vem sendo indicado por economistas do país. É o caso, por exemplo, do economista-chefe da Warren Rena, Felipe Salto, ex-diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado Federal.

A partir de 2024, o governo federal vai passar a considerar duas variáveis para apontar uma definição do salário mínimo. São elas:

  • A inflação do ano anterior;
  • O Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

Como houve uma mudança na projeção para a inflação deste ano de 2023, a definição do salário mudou. Nesta terça-feira (12), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos 12 meses encerrados em dezembro foi de 3,85%

Impacto no bolso

O valor de R$ 1.412, que pode ser oficializado na próxima semana, não deve impactar apenas a vida dos trabalhadores ativos. Este patamar será importante para definir uma série de outros pontos. Veja abaixo:

  • Aposentadorias

O valor de benefícios previdenciários, por exemplo, não poderá ser menor do que R$ 1.412 a partir do próximo ano. A lógica, aliás, vale não apenas para as aposentadorias, mas também para pensões pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e para o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Salário Mínimo também impacta parte das aposentadorias. Imagem: Reprodução
  • Atrasados do INSS

Por regra, as ações iniciadas nos Juizados Especiais Federais (JEFs) são limitadas a 60 salários mínimos. Considerando que o novo piso vai subir para R$ 1.412 em 2024, o valor máximo para este tipo de processo também vai passar por reajustes. Mantida esta previsão, apenas os segurados que tenham valor do processo de até R$ 84.720 poderão entrar com ações.

  • Abono Pis/Pasep

Outro ponto que também deve mudar é o abono salarial Pis/Pasep. Atualmente, segue-se a lógica de que o valor pago a cada trabalhador varia conforme o número de meses trabalhados no ano-base. Assim, quem trabalhar durante o ano todo, vai conseguir receber o valor completo do novo salário mínimo, ou seja, R$ 1.412.

  • Seguro-desemprego

O aumento do salário mínimo também vai impactar os pagamentos do seguro-desemprego, que não pode pagar menos do que o piso em nenhuma hipótese. Assim, em 2024, o trabalhador desempregado não vai pode receber menos do que R$ 1.412.

  • Auxílio-gás

Também deverão existir alterações no sistema de entrada em benefícios sociais, como o Auxílio-gás nacional. Em regra geral, o cidadão precisa ter uma renda per capita de até meio salário mínimo para ter direito ao programa. Hoje, este limite é de R$ 660. Em 2024, passará a ser de R$ 706.

FONTE NOTÍCIAS CONCURSOS

Salário mínimo terá aumento acima da inflação

O valor do salário mínimo deverá ter o primeiro reajuste acima da inflação depois de mais de 3 anos. Para o trabalhador, isso é um sinal de que o poder de compra vai aumentar, o que é sempre uma boa notícia. Com o aumento, além de repor o poder de compra, o trabalhador receberá um “valor adicional”, que permitirá um gasto acima do previsto inicialmente.

Isso porque o Governo Federal estipulou, no orçamento de 2023, uma previsão de inflação maior que a inflação atual. Com isso, o valor do projeto está acima do que a mera correção do salário mínimo. Contudo, o governo petista quer colocar um valor ainda maior, mas não disse quanto.

Salário mínimo mais agradável

O valor do salário mínimo deve ficar mais agradável ao bolso do consumidor no ano que vem. Impactando mais de 35 milhões de pessoas, o valor subirá acima da inflação pela primeira vez em mais de 3 anos. A última vez que isso aconteceu foi em 2019, mas o reajuste foi levemente acima da inflação. Agora, a proposta do orçamento se comunica com a vontade do novo governo de dar aumento real ao trabalhador.

Isso porque o governo petista enviou ao Congresso um projeto para aumentar o salário mínimo. O novo cálculo se baseará na reposição da inflação e adicionar um valor a mais. Esse adicional será a média de crescimento do país nos últimos cinco anos. Segundo o time econômico da equipe de transição, esse reajuste deve ficar entre 1,3% e 1,5%.

Contudo, o próprio valor do orçamento de 2023 já está dando um reajuste acima da inflação. Isso porque o governo de Jair Bolsonaro fez o texto em agosto, com a previsão de inflação em 7,4%. Agora, o Ministério da Economia prevê que a inflação será de 6%. Por isso, o valor de R$1.302, que é o previsto para 2023, já respeitaria a regra do novo governo.

Pode aumentar ainda mais

Contudo, o presidente eleito, Lula, e sua equipe parecem estar dispostos a colocar o salário ainda mais para cima. Isso porque foi enviada uma PEC ao Congresso brasileiro retirando o Auxílio Brasil do teto de gastos de forma permanente. Com isso, abre-se espaço para um reajuste um pouco maior do salário mínimo.

Especialistas já chegaram a cogitar um valor na casa dos R$1.320, mas ainda não há comunicação oficial. Além disso, para que o novo governo consiga, de fato, dar um salário mínimo ainda maior, seria preciso aprovar a mudança na lei, que depende de duas aprovações da Câmara dos Deputados e duas aprovações no Senado.

A proposta do Auxílio Brasil, que se reflete no salário mínimo, vem gerando um grande impasse entre Lula e o mercado financeiro. O medo dos economistas é que o novo governo gaste muito acima do que pode e, com isso, acabe causando estragos maiores na economia. Apesar disso, Lula segue reiterando de que vai ser responsável com o dinheiro público.

FONTE BRASIL123

SE LIGA! INSS vai pagar um salário mínimo para idosos que nunca trabalharam

Existe um grande número de brasileiros que nunca chegou a contribuir com o INSS, ou ainda aqueles que chegaram a contribuir somente até um certo período, ocasionando assim a perda da qualidade de segurado, não sendo possível completar o tempo mínimo das contribuições para a aposentadoria.

A carência é o tempo mínimo de contribuição mensal que você obrigatoriedade deve “pagar” para o INSS, para que então possa ter direito ao benefício da aposentadoria.

Muitos brasileiros acreditam que sem o tempo mínimo de contribuições, ou somente por alcançar uma determinada idade poderão se aposentar. Mas isto está errado!

Entenda como funciona a Previdência Social/INSS

A Previdência Social atua como se fosse uma seguradora, onde é necessário que você pague/contribua por um determinado tempo ( que é a carência ) para que então você possa ter direito de pedir a aposentadoria.

Logo, quem não contribui com o INSS, acaba perdendo o direito ao benefício da aposentadoria.

Mas mantenha a calma, mesmo quem nunca contribuiu com o INSS pode ter direito a uma renda paga pela previdência social. Se você quer entender melhor, acompanhe à seguir.

BPC, o benefício que pode ser pago à quem nunca contribuiu

INSS

Para entender quem tem direito ao BPC, primeiro é preciso explicar o que é este benefício.

Existem algumas exigências para que o cidadão possa garantir direito ao benefício. Veja quais são os requisitos.

Requisitos para solicitar o BPC

Para conseguir o benefício, os interessados devem atender alguns requisitos mínimos, como:

  • Ter pelo menos 65 anos de idade.
  • Pessoas com deficiência de qualquer idade, que apresentem impedimentos a longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial.
  • Ter renda familiar mensal inferior a ¼ de salário mínimo vigente.
  • Não possuir outro benefício no âmbito da seguridade social, como é o caso do seguro-desemprego, aposentadoria e pensão, ou até mesmo de outro regime.
  • Ter inscrição no Cadastro Único (CadÚnico).

O que é o Cadastro Único, por que é necessário?

O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro Único) é um instrumento que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda. São consideradas famílias de baixa renda aquelas que possuem renda mensal por pessoa (renda per capita) de até meio salário mínimo (R$ 468,50) ou renda familiar total de até três salários mínimos (R$ 2.811,00).

Com o Cadastro Único é possível conhecer a realidade socioeconômica das famílias de baixa renda, a partir de informações sobre todo o núcleo familiar,das características do domicílio, as formas de acesso a serviços públicos essenciais e, também, dados de cada um dos componentes da família.

Por que a inscrição no Cadastro Único é necessária?

Para quem não sabe, o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) é uma ação federal, com gestão compartilhada e descentralizada entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. A inscrição do cidadão e da sua família na plataforma é necessária porque, por meio dela, o INSS fará a identificação e avaliação do beneficiário e do seu núcleo familiar.

Além dos idosos, pessoas com deficiência também possuem o direito ao BPC. Todavia, para garantir o auxílio, elas devem apresentam impedimentos a longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que justifiquem as suas dificuldades em participar e interagir plenamente na sociedade.

O governo exige uma perícia médica que confirme todas as condições atestadas pela pessoa com deficiência. Tanto os idosos quanto os deficientes precisam se enquadram na classe de baixa renda para receber o BPC. Contudo, caso o benefício já seja ofertado a outro membro do grupo familiar, o valor não é contabilizado nos cálculos.

Como me inscrever no Cadastro Único?

A inscrição no Cadastro Único exige que a pessoa denominada Responsável pela Unidade Familiar (RF) se dirija a um posto do Cadastro Único e Bolsa Família ou ao Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) mais próximo. O RF deve ter pelo menos 16 anos e, preferencialmente, ser mulher.

Para que a família possa ser cadastrada, é importante:

  • Ter uma pessoa responsável pela família para responder às perguntas do cadastro. Essa pessoa deve fazer parte da família, morar na mesma casa e ter pelo menos 16 anos.
  • Para o responsável pela família, de preferência uma mulher, é necessário o CPF ou Título de Eleitor.
  • Exceção: no caso de responsável por famílias indígenas e quilombolas, pode ser apresentado qualquer um dos documentos abaixo. Não precisa ser o CPF ou o Título de Eleitor.
  • Apresentar pelo menos um documento de todas as pessoas da família:- Certidão de Nascimento;- Certidão de Casamento;- CPF;- Carteira de Identidade (RG);- Certidão Administrativa de Nascimento do Indígena (RANI);- Carteira de Trabalho; ou- Título de Eleitor.Levar um comprovante de endereço, que pode ser conta de água ou luz. Não é obrigatório apresentar, mas ajuda no preenchimento do endereço.Importante:Após o cadastramento da família, é importante manter os dados sempre atualizados.
  • Sempre que mudar algo na família, como nascimento de um filho, mudança de casa ou de trabalho ou quando alguém deixar de morar na residência, o responsável familiar deve procurar o CRAS e efetuar a atualização dos dados da família.​

Como solicitar o BPC?

Para solicitar o BCP, basta acessar o site do Meu INSS e realizar login na plataforma. Caso não possua o Cadastro Único, o requerente precisa procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo e fazer a inscrição.

Por motivo de pandemia o presidente da República Jair Bolsonaro anunciou a prorrogação da antecipação dos pagamentos do BPC para àqueles que solicitaram o benefício e que ainda estão aguardando na fila de espera para aprovação definitiva do benefício.

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