Pagamento do abono salarial PIS/Pasep de até R$2.420 nos próximos meses

O benefício foi adiado para 2022 devido ao redirecionamento dos recursos para bancar uma nova rodada do programa BEm

O Abono Salarial PIS/Pasep será concedido aos trabalhadores nos próximos meses. O benefício foi adiado para 2022 devido ao redirecionamento dos recursos para bancar uma nova rodada do programa BEm.

PIS/Pasep

PIS (Programa de Integração Social) é pago aos trabalhadores de iniciativas privadas, já o PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) é destinado aos servidores públicos. Sendo assim, o benefício atende todos os trabalhadores com carteira assinada.

Quem pode receber o abono?

  • Trabalhador cadastrado no PIS/Pasep há, no mínimo, cinco anos;
  • Cidadão que trabalhou com carteira assinada ao menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base;
  • Trabalhador que recebeu no ano-base remuneração média de até dois salários mínimos;
  • Cidadão que teve as informações repassadas corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Qual valor do abono em 2022?

O benefício é baseado no salário mínimo em vigência, sendo este o valor teto concedido pelos programas, ou seja, o cidadão que trabalhou durante os 12 meses do ano-base terá direito a um piso nacional.

Posto isto, segundo a projeção do INPC, o ano pode ser encerrado com uma taxa inflacionária de 10,04%. Desta forma, o salário mínimo pode chegar em R$ 1.210,44. Todavia, ainda há uma possibilidade de os contemplados receberem o pagamento em dobro.

Isso porque, este ano os repasses referentes a 2020 foram adiados para 2022, e considerando a metodologia habitual de distribuição, no próximo ano também deve ser concedido os benefícios referente a 2021. Logo, é possível que os trabalhadores recebam até R$ 2.420,88.

Confira as estimativas de pagamento considerando o novo salário mínimo

  • 1 mês: R$ 100;
  • 2 meses: R$ 200;
  • 3 meses: R$ 300;
  • 4 meses: R$ 400;
  • 5 meses: R$ 500;
  • 6 meses: R$ 600;
  • 7 meses: R$ 700;
  • 8 meses: R$ 800;
  • 9 meses: R$ 900;
  • 10 meses: R$ 1.000;
  • 11 meses: R$ 1.100;
  • 12 meses: R$ 1.200.

Por onde será pago e como sacar o abono?

O PIS é concedido por meio da Caixa Econômica Federal, já o Pasep é disponibilizado pelo Banco do Brasil. Os métodos de resgates são semelhantes entre os dois. Confira a seguir:

Saque do PIS:

  • Terminal de autoatendimento com o cartão cidadão para quem é correntista da Caixa Econômica;
  • Atendimento presencial em uma das agências com a documentação necessária;
  • Pelo telefone 0800-726-02-07; ou
  • Site oficial da instituição financeira.

Saque do Pasep:

  • Consultar o depósito na conta do Banco do Brasil e resgatá-lo;
  • Atendimento presencial em uma das agências com a documentação necessária; e
  • Entrar em contato pelo telefone 0800-729 00 01.

Como consultar o abono?

Os trabalhadores que recebem o PIS podem acompanhar o recebimento do benefício pelos canais digitais da Caixa Econômica, inclusive por meio do aplicativo Caixa Trabalhador acessado com o número do PIS.

Enquanto isso, os trabalhadores que recebem o Pasep podem acessar o site do Banco do Brasil. Quando o pagamento for liberado, o trabalhador pode ainda verificar o saldo no aplicativo da instituição.

FONTE NOTICIAS CONCURSOS

Diário da Covid-19: Pandemia deu trégua em novembro, mas sem festas em dezembro

Não podemos esquecer jamais que tivemos 194,9 mil mortes em 2020 e 420,6 mil vidas perdidas em 2021

As médias de casos e de mortes da covid-19 no Brasil caíram em novembro de 2021 e já estão no patamar de abril do ano passado. O número de internações hospitalares também caiu e o sistema de saúde tem trabalhado com certa folga. Mas o futuro é incerto e o surgimento de novas variantes do coronavírus já está inviabilizando as festas natalinas e as grandes aglomerações públicas na passagem do ano. São Paulo, a maior cidade do país, anunciou o cancelamento do réveillon e manteve o uso obrigatório de máscaras em ambientes abertos e fechados. Logo em seguida, no sábado (04/12), o prefeito do Rio de Janeiro também anunciou o cancelamento do réveillon carioca, o maior e mais tradicional do país. Há muita incerteza no ar quanto ao futuro imediato.

Embora tenha sido um dos países mais impactados pela covid-19, o Brasil deixou para trás as elevadas taxas de casos e mortes que prevaleceram no 1º semestre do corrente ano. A pandemia está mais controlada em dezembro de 2021 do que em dezembro de 2020. Apesar dos percalços, a sociedade brasileira tem conseguido vencer algumas batalhas contra o vírus, porém, ainda não ganhou a guerra. Portanto, ainda não é o momento de baixar a guarda contra o coronavírus.

O gráfico abaixo mostra a evolução da média diária de casos da covid-19 nos meses de março de 2020 a novembro de 2021. O pico da 1ª onda aconteceu em julho de 2020 com 40,7 mil pessoas infectadas. O pico da 2ª onda ocorreu em março de 2021 com 70,9 mil casos. Nos três meses seguintes os números ficaram acima de 60 mil indivíduos infectados. Mas, a partir de junho, a média diária de casos caiu de maneira continuada e ficou abaixo de 10 mil casos em novembro, o menor valor desde abril de 2020. Portanto, a 3ª onda foi evitada, embora o constante perigo de contágio esteja à espreita, em função das novas variantes do SARS-CoV-2.

O gráfico abaixo mostra a média mensal de vidas perdidas para a covid-19 no Brasil de março de 2020 a novembro de 2021. O pico da 1ª onda aconteceu em julho de 2020 com 1.061 óbitos diários. O pico da 2ª onda ocorreu em abril de 2021 com 2.742 óbitos diários. Mas desde abril o número de vítimas fatais da pandemia tem caído continuamente, chegando na média de 229 óbitos diários em novembro, o menor valor desde maio de 2020.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil atingiu 21,1 milhões de pessoas infectadas (cerca de 10% da população nacional) e 615.570 mortes pela covid-19, com uma taxa de letalidade de 2,8%, no dia 04 de dezembro de 2021. Foram 194,9 mil mortes em 2020 e 420,6 mil mortes em 2021. Mas na primeira semana de dezembro de 2021, a média móvel de infectados ficou abaixo de 9 mil casos diários e a média móvel de mortes ficou abaixo de 200 óbitos diários, valores mais baixos do que os apresentados em novembro.

Portanto, o último mês de 2021 começou com números da pandemia em queda no Brasil. Mas a situação internacional inspira cuidados. A 4ª onda pandêmica que atinge a Europa e a difusão da variante Ômicron são sinais de alerta que, no mínimo, justificam o cancelamento de grandes aglomerações públicas durante o réveillon.

O Brasil e o panorama global da covid-19

Nestes quase 2 anos de pandemia, o Brasil apresentou média de casos e mortes acima da média mundial na maior parte do período. Todavia, no mês de novembro o coeficiente de incidência brasileiro (casos por milhão de habitantes) ficou abaixo do coeficiente global. Já Portugal – que parecia caminhar para a erradicação da pandemia – voltou a sofrer com a propagação do novo coronavírus.

No dia 03 de dezembro de 2021, o Brasil teve um coeficiente de 41 casos por milhão, o mundo teve 78 casos por milhão e Portugal registrou 294 casos por milhão. Em termos de coeficiente de mortalidade (óbitos por milhão de habitantes), o Brasil conseguiu atingir a média mundial com cerca de 1 óbito por milhão, enquanto Portugal registrou 1,4 óbito por milhão, conforme mostram os gráficos abaixo.

O que surpreende e preocupa no aumento do número de casos e mortes em Portugal é que o país já tem 88% da população plenamente vacinada e 89% da população com uma dose até o dia 03/12. O Brasil tem 64% da população com vacinação completa e 77% da população com a primeira dose. No mundo os números são, respectivamente, 44% e 55%. Sem dúvida as vacinas são fundamentais para evitar a transmissão e os falecimentos da covid-19, mas a vacina não é bala de prata e não possui proteção de 100%. O caso de Portugal deve servir de alerta. Assim, corretamente, pelo menos 19 capitais brasileiras já anunciaram o cancelamento total ou parcial das festas de réveillon por conta dos perigos da covid-19.

O grau de prevalência da pandemia só aumenta em todo o mundo. A covid-19 já atingiu mais de 220 países e territórios e vem apresentando números crescentes ao longo do tempo. No dia 01 de março de 2020, havia somente 1 país com mais de 10 mil casos confirmados de Covid-19 (a China) e havia 5 países com valores entre 1 mil e 10 mil casos (Irã, Coreia do Sul, França, Espanha, Alemanha e EUA). No dia 01 de abril já havia 50 países com mais de 1 mil casos, sendo 36 países com montantes entre 1 mil e 10 mil casos, 11 países com números entre 10 mil e 100 mil e 3 países com mais de 100 mil casos (nenhum país com mais de 1 milhão de casos).

No primeiro dia de 2021 havia 175 países com mais de 1 mil casos e 18 países com mais de 1 milhão de casos. Os números continuaram aumentando e em 01 de dezembro de 2021 foram contabilizados 207 países com mais de 1 mil casos, sendo 29 entre 1 mil e 10 mil casos, 66 países entre 10 e 100 mil casos, 72 países entre 100 mil e 1 milhão de casos e 40 países com mais de 1 milhão de casos.

A lista dos 40 primeiros colocados do ranking, com a data em que chegaram à marca de 1 milhão, são: EUA (27/04/20), Brasil (19/06), Índia (16/07), Rússia (01/09), Espanha (15/10), Argentina (19/10), França (23/10), Colômbia (24/10), Turquia (28/10), Reino Unido (31/10), Itália (11/11); México (15/11),  Alemanha (26/11), Polônia (02/12), Irã (03/12), Peru (22/12), Ucrânia (24/12), África do Sul (26/12), Indonésia (26/01/21), República Tcheca (01/02), Holanda (06/02), Chile (01/04), Canadá (05/4), Romênia (09/04), Iraque (21/04), Filipinas (26/04), Suécia (05/05), Bélgica (06/05), Bangladesh (10/07), Paquistão (23/07), Malásia (25/07), Japão (07/08), Portugal (15/08), Tailândia (20/08), Israel (24/08), Sérvia (09/10), Vietnã (11/11), Áustria (18/11), Hungria (21/11) e Suíça (30/11).

A pandemia atingiu todos os países e todos os continentes do mundo, se transformando em um acontecimento global sem precedentes. Até países asiáticos que pareciam ter a pandemia sobre controle passaram por um forte surto pandêmico como Malásia, Tailândia, Bangladesh etc. O Vietnã que tinha somente 17 mil casos em 01 de julho de 2021 deu um salto para 1,27 milhão de casos no dia 03 de dezembro de 2021. Também Cuba que tinha somente 12 mil casos, em 01 de janeiro de 2021, está se aproximando de 1 milhão de casos neste início de dezembro. São cada vez mais países com cada vez mais pessoas contaminadas pelo novo coronavírus.

O Peru é o país com o maior coeficiente acumulado de mortalidade com impressionantes 6 mil óbitos por milhão de habitantes em 03 de dezembro de 2021. Bulgária tem coeficiente de 4,2 mil óbitos por milhão. Bósnia e Herzegovina, Macedônia do Norte, Hungria, República Tcheca e Romênia possuem coeficientes entre 3 mil e 4 mil óbitos por milhão. O Brasil registrou coeficiente de 2,9 mil óbitos por milhão de habitantes.

Mas também existem países que podem ser considerados casos de sucesso no controle da doença: Taiwan tem coeficiente acumulado de 36 óbitos por milhão, Nova Zelândia tem 8,6 óbitos por milhão e o Butão registrou somente 3,9 óbitos por milhão de habitantes (750 vezes menos do que o Brasil).

Em dois anos, o mundo já registrou 265 milhões de pessoas infectadas e 5,3 milhões de vidas perdidas. A pandemia tem se mostrado mais resistente do que se imaginava e novas mutações do vírus desafiam as metas de erradicação da doença. A variante Ômicron tem colocado todo o mundo em alerta, mas, por enquanto, ela ainda é um mistério e não se sabe com certeza o seu grau de transmissibilidade, virulência e letalidade.

Mas ainda há esperanças. Se houver determinação e ações de prevenção, as diferentes cepas da covid-19 poderão ser controladas.  Sem dúvida, há um anseio geral pela retomada plena das atividades produtivas e de convívio social ampliado. Se as aglomerações festivas de fim de ano forem canceladas pelo pesadelo da pandemia, o sonho de um mundo mais saudável permanece vivo. Se possível, para quando o carnaval chegar.

FONTE COLABORA

Próxima pandemia pode ser mais grave, alerta criadora da vacina da AstraZeneca

Sarah Gilbert pediu mais investimentos em pesquisas para que o planeta esteja melhor preparado para a possibilidade

Uma futura nova pandemia ameaça ser “pior” que a atual, advertiu nesta segunda-feira (6) a cientista britânica Sarah Gilbert, uma das criadoras da vacina contra a Covid-19 Oxford/AstraZeneca, que pediu mais investimentos em pesquisas para que o planeta esteja melhor preparado para a possibilidade.

“Esta não será a última vez que o vírus ameaçará nossas vidas e meios de subsistência. A verdade é que o próximo pode ser pior. Pode ser mais contagioso, ou mais mortal, ou as duas coisas”, afirmou Gilbert de acordo com trechos de um discurso que será exibido nesta segunda-feira à noite pela BBC. 

O discurso é parte da Conferência Richard Dimbleby, que conta todos anos com discursos de personalidades do mundo das ciências, artes e empresarial. 

Esta professora da Universidade de Oxford, que ajudou a criar uma vacina contra o Covid-19 que atualmente é aplicada em mais de 170 países, pedirá que os avanços científicos conquistados na luta contra o coronavírus não sejam “perdidos” por falta financiamento.

“Não podemos permitir uma situação na qual, depois de passar por tudo que passamos, descubramos que as enormes perdas econômicas que sofremos significam que ainda não há fundos para a preparação a uma pandemia”, ela deve afirmar.

Gilbert também falará sobre a variante ômicron, contra a qual o Reino Unido intensificou a campanha de vacinação e retomou a obrigatoriedade do uso de máscaras nos transportes públicos e no comércio.  

Ela explicará que a variante “contém mutações já conhecidas que aumentam a transmissibilidade do vírus” e que “os anticorpos induzidos pelas vacinas, ou pela infecção com outras variantes, podem ser menos eficazes para prevenir o contágio com a ômicron”.

“Até que saibamos mais, nós devemos ser prudentes e adotar medidas para frear a propagação desta nova  variante”, recomenda. 

Para frear a propagação, o governo britânico anunciou no fim de semana que os viajantes com destino ao Reino Unido terão que apresentar um teste negativo para Covid-19 antes de embarcar.  

Também devem ser submetidos a um teste de PCR nos dois dias seguintes à chegada, com isolamento até a divulgação do resultado. 

O Reino Unido, um dos países mais afetados da Europa pela covid-19, com mais de 145.500 mortes desde o início da pandemia, anunciou no domingo que tem 246 casos confirmados da variante ômicron, contra 160 no sábado. 

FONTE O TEMPO

Terceiro caso da variante ômicron no Brasil é confirmado em São Paulo

O caso é de um homem de 29 anos que, vindo da Etiópia, desembarcou no Aeroporto de Guarulhos (SP) no último sábado (27)

A Secretaria da Saúde de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (1) o terceiro caso da variante ômicron da Covid-19, potencialmente mais contagiosa, no estado e também no Brasil.

O caso é de um homem de 29 anos que, vindo da Etiópia, desembarcou no Aeroporto de Guarulhos (SP) no último sábado (27). Ao chegar em solo brasileiro, o passageiro foi testado e, em seguida, diagnosticado com a Covid-19.

A identificação de que o homem estava infectado com a variante ômicron foi feita pelo Instituto Adolfo Lutz, ligado ao governo de São Paulo.

Ainda de acordo com a Secretaria da Saúde, o homem tomou as duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 e está em “isolamento domiciliar”, em Guarulhos, desde que chegou ao Brasil, estando, até hoje, assintomático.

Casal isolado

O casal diagnosticado com a variante ômicron do novo coronavírus está em isolamento na casa de parentes na cidade de São Paulo junto com mais quatro familiares, sendo três adultos e uma criança.

Tanto o casal, que está assintomático, quanto seus parentes adultos tomaram as duas doses da vacina contra a Covid-19, segundo o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

O secretário comentou o caso na manhã desta quarta-feira (1º), durante entrevista na Mooca, na zona leste, onde acompanhou o início de uma campanha de busca para vacinar moradores de rua com segunda dose.

Na terça-feira (30), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmou que a variante ômicron foi identificada no país. À noite, o Instituto Adolfo Lutz confirmou os casos.

O homem de 41 anos e a mulher de 37 são missionários na África do Sul, segundo Aparecido.

De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, o casal chegou a São Paulo em 23 de novembro e fez o teste dois dias depois, quando os dois foram identificados com a Covid-19.

De acordo com o secretário, a pasta da Saúde agora busca rastrear as pessoas que tiveram contato com os dois. “Desde o dia do diagnóstico para Covid, os dois entraram em isolamento”, afirmou.

Segundo o secretário, a família do casal, também isolada, será testada na tarde desta quarta para saber se também está com Covid.

Um outro paciente com Covid-19 e que passou pela África do Sul aguarda resultados de exames do Instituto Adolfo Lutz. Morador em Guarulhos, o homem de 38 anos chegou ao Brasil no sábado e segundo a prefeitura da cidade da Grande São Paulo, também está em isolamento domiciliar.

FONTE O TEMPO

Proposta do 14º salário ganha nova aprovação; confira

O 14º salário do INSS é uma proposta que visa amenizar os impactos ocasionados pela pandemia do coronavírus na vida dos beneficiários da autarquia

Na última semana, a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que cria o pagamento de um 14º salário para os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

14º salário do INSS é uma proposta que visa amenizar os impactos ocasionados pela pandemia do coronavírus na vida dos beneficiários da autarquia. Caso seja liberado, o pagamento do novo salário extra ocorrerá nos anos de 2021, 2022 e 2023, sendo o valor limitado em dois salários mínimos.

Movimentação da proposta

Após a recente aprovação, o texto será encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, também da Câmara dos Deputados. No entanto, ainda não há data prevista para a apreciação, mas a proposta já está em caráter conclusivo não sendo necessário uma votação geral da Câmara após passar por esta comissão.

Com a aprovação da última casa, o projeto de lei seguirá para análise e também votação no Senado Federal. Posteriormente, o texto deve ser sancionado pelo presidente da república, Jair Bolsonaro. Porém, há uma grande possibilidade de ser negado pelo chefe do Estado, visto que gerará mais gastos e o Governo Federal está focado na implementação integra do Auxílio Brasil.

Contudo, cabe salientar que o projeto original (4.367/2020) é de autoria do deputado Pompeo de Mattos, que ao passar por votação em algumas comissões sofreu alterações, a ressaltar a inclusão de beneficiários do auxílio-doença e auxílio-acidente. Até então, o novo benefício seria liberado apenas para os aposentados e pensionistas do INSS.

INSS paga R$1.100 para quem nunca contribuiu

Muitas pessoas têm dúvidas sobre o recebimento do benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mesmo sem contribuir com a Previdência Social.

O que muitos não sabem é que o INSS realiza o pagamento de benefício para os cidadãos que nunca contribuíram, o chamado Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social, mais conhecido como BPC/LOAS.

No entanto, embora seja distribuído pelo INSS, o BPC/LOAS não se trata de uma aposentadoria, e sim de um benefício assistencial, uma vez que para receber uma aposentadoria teria que haver contribuição antecedente.

O BPC pode ser liberado para cidadãos que se enquadram nos critérios de concessão, como possuir idade superior a 65 anos, ser um deficiente e possuir baixa renda financeira.

No que se refere ao valor do BPC/LOAS, é de um salário mínimo vigente, o que viabiliza a assistência até para quem nunca contribuiu com o INSS.

Critérios para concessão do BPC/LOAS

Para receber o benefício, os cidadãos devem se enquadrar em cinco requisitos estabelecidos pelo INSS:

  • Ter no mínimo 65 anos de idade;
  • Ser natural do Brasil ou de Portugal;
  • Ter renda familiar per capita igual ou inferior a ¼ do salário mínimo;
  • Ser inscrito no CadÚnico;
  • Ter CPF, bem como seus familiares.

Inscrição no CadÚnico

Caso ainda não seja inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal, deverá realizar o procedimento antes de solicitar o BPC/LOAS. Para isso, basta comparecer ao Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) de sua cidade, portando a seguinte documentação:

  • Carteira de Identidade;
  • CPF;
  • Certidão de Nascimento;
  • Certidão de Casamento;
  • Carteira de Trabalho;
  • Título de Eleitor;
  • Comprovante de Residência.

Feito isto, faça o pedido do BPC/LOAS, que pode ser realizado de maneira presencial, na agência do INSS da sua cidade, ou de maneira remota, através do site ou aplicativo “Meu INSS”. Para mais informações, o cidadão pode entrar em contato com a Central Telefônica de Atendimento do INSS, pelo número 135.

FONTE NOTICIAS CONCURSOS

Mundo está entrando em quarta onda de covid-19, alerta diretora da OMS

Médica brasileira Mariângela Simão diz que regiões têm tido comportamento diferente em relação à pandemia

A diretora-geral adjunta de acesso a medicamentos e produtos farmacêuticos da Organização Mundial da Saúde (OMS), a médica brasileira Mariângela Simão, disse na segunda-feira, 22, que o mundo está entrando em uma quarta onda da pandemia de covid-19. A declaração foi dada na conferência de abertura de um evento realizado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

“O mundo, na verdade, está entrando em uma quarta onda, mas as regiões tiveram comportamento diferente em relação à pandemia”, apontou Mariângela. “Na região das Américas, há uma transmissão comunitária continuada, com pequenos picos, enquanto a Europa está entrando de novo em uma ressurgência de casos”, explicou.

A médica não fez previsões específicas para o Brasil, que tem assistido nas últimas semanas a uma queda sustentada de internações e mortes, além de ver avanço significativo na vacinação. Comentou, porém, que a realização do Carnaval pode ser “extremamente propícia para o aumento da transmissão comunitária” no País.

O aumento no número de casos de covid-19 tem levado países a ampliar o cerco contra não imunizados – a Áustria, por exemplo, impôs um lockdown específico contra esse grupo. A estratégia visa a evitar o surgimento de novas cepas, como a Delta, identificada originalmente na Índia e depois responsável por acelerar o contágio em diversas regiões do planeta.

“A OMS tem o entendimento neste momento que é provável que a gente tenha uma transmissão continuada do vírus por conta das variantes”, disse a diretora. Segundo se observa nas curvas epidêmicas, a médica destacou que há países com ondas repetidas, outros com transmissão contínua e há ainda aqueles que tiveram um controle não sustentado no início da pandemia e que agora têm picos agudos de contaminação.

Entre os fatores que continuam influenciando na transmissão do Sars-Cov-2, Mariângela destacou quatro pontos. O primeiro são as variantes mais transmissíveis, como a Delta. Atualmente, conforme mapeamento genético realizado pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS), a Delta corresponde a mais de 97% das variantes em circulação no País.

O segundo aspecto é o fato de grande parte da população seguir sem acesso às vacinas. Dados da OMS apontam que menos de 5% das pessoas de países de baixa renda – grande parte na África e na Ásia – receberam ao menos uma dose de vacina anticovid, mesmo com mais de 7,5 bilhões de doses tendo sido aplicadas no mundo. “A inequidade no acesso à vacina é o maior desafio ético do nosso tempo”, disse Mariângela.

Por fim, o terceiro e quarto fatores seriam o aumento das interações sociais, com o fim das medidas de isolamento, e ainda a desinformação em relação às formas de lidar com o vírus. “A mensagem correta, no momento certo, em formato adequado, vinda da pessoa certa (…) pode auxiliar muito”, apontou a médica.

Entre domingo e segunda, conforme apontou Mariângela, foram confirmados mais de 440 mil casos em todo mundo e um total de 6 7 mil óbitos. Com isso, o planeta chegou a 255 milhões de diagnósticos positivos da doença e já contabiliza 5,1 milhões de vítimas. “É claro que isso reflete uma enorme subnotificação em vários continentes”, disse a diretora da OMS.

Futuro da pandemia

Sobre os possíveis cenários para o futuro, Mariângela destacou o papel das vacinas e disse que, mesmo não tendo impacto significativo na transmissão, elas “diminuem a severidade da doença e a mortalidade”. “A gente já tem dados robustos, como do Reino Unido, que mostram uma dissociação de casos e óbitos, por conta da vacinação”, destacou.

A diretora da OMS apontou que, pelo que se observa pelas informações de hoje, havendo altos níveis de imunidade populacional em todos os países, a mortalidade pela doença poderá reduzir significativamente. Os surtos de contaminação pela doença, acrescentou, até podem continuar acontecendo entre grupos suscetíveis, como os não vacinados, mas para este caso é necessário intensificar o processo de conscientização.

Mariângela reforçou ainda que “a vacinação sozinha não consegue conter transmissão”, o que torna também importante o monitoramento contínuo da situação epidemiológica e a adoção de medidas.

“Me preocupa bastante quando vejo no Brasil a discussão sobre o Carnaval, é uma condição extremamente propícia para o aumento da transmissão comunitária. Precisamos planejar as ações para 2022” disse a diretora da OMS.

Segundo Mariângela, um outro ponto é que há uma “associação forte” entre a cobertura vacinal e o uso de máscaras, o que também acaba sendo um fator de atenção até para países cuja vacinação avançou. “Quanto maior é a cobertura vacinal, menor é o uso de máscaras”, destacou.

FONTE ITATIAIA

Secretários estaduais de Saúde são unânimes em recusa a Carnaval em 2022

Ainda que o cenário da pandemia da Covid-19 esteja melhor que o de meses anteriores, há o temor de que as aglomerações gerem uma nova onda de contaminações

Os secretários estaduais de Saúde são unânimes na reprovação à realização de Carnaval em 2022. É o que afirma Carlos Lula, presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e titular da pasta no Maranhão. “Entre os secretários, ninguém concorda com o Carnaval”, diz.

Ainda que o cenário da pandemia da Covid-19 esteja melhor que o de meses anteriores, há o temor de que as aglomerações gerem uma nova onda de contaminações.

Lula ressalta, por outro lado, que os secretários que existem outras razões para que os eventos sejam realizados, como, por exemplo, a pressão de profissionais da cultura.

Até o momento, ao menos 58 cidades paulistas já anunciaram o cancelamento dos festejos, entre elas São Luiz do Paraitinga, Franca e Ubatuba. Em capitais como São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Recife, a realização de eventos ainda é incerta e depende da evolução da pandemia.

FONTE O TEMPO

Diário da Covid-19: Novembro será decisivo para o fim da pandemia

Brasil segue sendo um dos sete países com maior número de óbitos por milhão de habitantes, mas altas taxas de morbidade e mortalidade parecem ter ficado para trás

O Brasil vive um momento decisivo da emergência sanitária e o país pode ter um fim de ano bem mais tranquilo do que o último. O mês de outubro apresentou as menores médias de casos e mortes da pandemia, desde abril de 2020, como mostramos no artigo “Diário da Covid-19: Brasil na emergência sanitária, social e climática” (Alves, 31/10/2021). Assim, se houver continuidade das tendências de declínio das curvas epidemiológicas, o mês de novembro de 2021 pode marcar a inflexão para o fim da pandemia no Brasil

Há exatamente um ano, também houve uma queda nas médias de casos e mortes em outubro. Porém, ao invés da doença ficar sob controle, novembro de 2020 foi marcado pelo início da 2ª onda pandêmica no país. A diferença atual é que o Brasil já tem quase 80% da população vacinada com a primeira dose e se aproxima de 60% da população com a vacinação completa. Portanto, se os números de casos e mortes continuarem caindo em novembro, o Brasil pode estar perto do fim da pandemia.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 06 de novembro de 2021, o Brasil apresentou os menores números do ano. Na média semanal, foram 10.033 casos diários e 242 óbitos diários, valores só comparáveis aos dos primeiros dois meses da pandemia. No sábado (06/11), em volume acumulado, foram registradas 21.874.324 pessoas infectadas (mais de 10% da população nacional) e 609.388 mortes pela covid-19, com uma taxa de letalidade de 2,8%. O Brasil continua sendo um dos 7 países com maior número de óbitos por milhão de habitantes. Mas parece que as altas taxas de morbidade e mortalidade da covid-19 ficaram para trás e, embora a covid zero ainda seja um sonho distante, já se vislumbra a minimização da doença em um horizonte próximo.

O gráfico abaixo mostra o número diário e a média móvel de 7 dias de casos da covid-19 no Brasil, do final de fevereiro de 2020 a 06 de novembro de 2021. Os registros cresceram no primeiro semestre de 2020 até o pico da 1ª onda que aconteceu em julho de 2020 com 40,7 mil pessoas infectadas diariamente. O pico da 2ª onda ocorreu em março de 2021 com 70,9 mil casos diários. Entre abril e junho os números permaneceram elevados e ficaram acima de 60 mil casos diários. Mas desde então, os números de infectados caíram para algo em torno de 10 mil casos diários, o menor valor desde meados de abril de 2020.

O gráfico abaixo mostra as variações absolutas diárias do número de óbitos no território nacional e a média móvel de 7 dias entre 14/03/2020 e 06/11/2021. Nota-se que o número de vidas perdidas cresceu rapidamente desde o primeiro óbito em meados de março até o final de maio quando ficou acima de 1 mil vítimas fatais diárias e se manteve neste patamar elevado até o pico de 1.061 óbitos no final de julho. Entre agosto e outubro a média caiu para um patamar abaixo de 400 óbitos diários, mas subiu no mês de novembro e chegou no pico de cerca de 3 mil mortes diárias em abril. A média móvel de 7 dias caiu abaixo de 1,8 mil óbitos no final de maio, mas voltou subir para a casa de 2 mil óbitos diários em junho. Desde então, felizmente, a média de óbitos caiu continuamente até ficar abaixo de 250 vidas perdidas diariamente nesse momento, em novembro de 2021.

O Brasil no panorama global

Segundo o site Our World in Data, com dados da Universidade Johns Hopkins, o mundo chegou a 250 milhões de pessoas infectadas e ultrapassou 5 milhões de vidas perdidas por covid-19, com uma taxa de letalidade de 2%. No dia 05/11, a média móvel estava em 444 mil casos e 7 mil óbitos. Já são 205 países e territórios com mais de 1 mil casos acumulados da covid-19, sendo 112 países com mais de 100 mil casos e 36 países com mais de 1 milhão de casos.

O gráfico abaixo mostra o coeficiente de incidência (casos por milhão de habitantes) do Brasil, da Europa e do mundo de 01/06 a 05/11/2021. Nota-se que, no dia 24 de junho, o coeficiente brasileiro estava em 361 casos por milhão, bem acima dos coeficientes da Europa com 59 casos por milhão e no mundo com 47 casos por milhão. Mas no dia 02 de agosto o Brasil e a Europa tinham coeficientes de 164 casos por milhão e o mundo, 76 casos. Contudo, nos últimos 3 meses, os números brasileiros caíram e ficaram abaixo da média mundial, enquanto a Europa voltou a ser o epicentro da pandemia global. No dia 05 de novembro o Brasil registrou 46 casos por milhão; o mundo, 56 casos, e a Europa, 319 casos por milhão de habitantes.

O gráfico abaixo mostra o coeficiente de mortalidade (óbitos por milhão de habitantes) do Brasil, da Europa e do mundo de 01/06 a 05/11/2021. No dia 19 de junho, o Brasil tinha um coeficiente de 9,7 óbitos por milhão, bem acima dos coeficientes da Europa e do mundo com 1,19 óbitos por milhão. Mas no dia 30 de setembro o Brasil e a Europa apresentaram coeficientes de 2,5 óbitos por milhão e o mundo teve 1 óbito por milhão de habitantes. Todavia, nos últimos 2 meses, o coeficiente brasileiro caiu para 1,1 óbito por milhão, pouco acima do coeficiente mundial de 0,9 óbito por milhão, enquanto a Europa chegou a 4,5 óbitos por milhão de habitantes, o maior valor entre os continentes.

Uma das explicações para o bom desempenho do Brasil na redução dos casos e óbitos da covid-19 é o avanço do processo de vacinação. O gráfico abaixo mostra que, no dia 05/11/2021, o Brasil tinha 76% da população vacinada, sendo 57% da população com a imunização completa e 18% somente com uma dose. O continente europeu tem números bem menores do que o Brasil com 60% da população imunizada, sendo 55% com vacinação completa e 5% com vacinação parcial. Os números médios do mundo são ainda menores, sendo os valores 50%, 39% e 11%, respectivamente.

A transição para a endemicidade

O mês de novembro está trazendo um fio de esperança para o fim da pandemia no Brasil. Todavia, é provável que tanto o país, quanto o mundo tenham que conviver com o vírus SARS-CoV-2 por muito tempo, embora em menor frequência e com baixa intensidade. Provavelmente, a pandemia deverá ser rebaixada para uma nova categoria. A palavra técnica para uma doença que hospedamos indefinidamente é endêmica. Isso significa que o agente causador da doença – o novo coronavírus – estará sempre circulando na população, causando alguns surtos periódicos mais ou menos previsíveis.

Nenhum país ainda entrou nas águas mais calmas da endemicidade. Na endemia, o número de casos e de óbitos permanecerá sendo um problema de saúde pública, mas em níveis mais baixos e mais próximos de outras doenças Infectocontagiosas como dengue, zika, chikungunya etc. Mais cedo ou mais tarde a pandemia vai acabar, mas a covid não vai desaparecer no curto e médio prazo.

Evidentemente, a transição para a endemicidade acontecerá em momentos diferentes nos diferentes países e regiões. A covid zero pode ser viável em pequenas áreas. Por um lado, o futuro da covid-19 pode ser tão ameno quanto um resfriado comum, envolvendo apenas uma campanha anual de vacinação. Todavia, por outro lado, o tratamento na endemia do coronavírus pode ser mais oneroso do que a resposta à gripe, mantendo uma pressão avassaladora sobre os sistemas de saúde em alguns países.

A transição da pandemia para a endemia é um problema de saúde coletiva e deve ser enfrentada com testes, com máscaras, outras medidas de distanciamento social onde e quando necessário, além da universalização das vacinas. A farmacêutica Pfizer deu uma boa notícia neste início de novembro ao informar que sua pílula experimental para combater o coronavírus reduziu o risco de hospitalização e morte para pacientes de alto risco que participam de um teste do medicamento. A ciência está buscando alternativas para vencer a letalidade da covid-19 e deixá-la sob controle.

Assim, a combinação de medidas preventivas com avanços nas vacinas e medicamentos adequados poderá reduzir os riscos de transmissão do SARS-CoV-2, diminuir as fatalidades e apontar para o fim da pandemia. Provavelmente, a doença não desaparecerá total e definitivamente, mas os danos poderão ser minimizados e a imunização, maximizada. Para voltar ao cenário que existia antes do surgimento da covid-19, o fundamental é retomar a trajetória histórica do aumento da esperança de vida, em especial, a esperança de vida saudável.

FONTE PROJETO COLABORA

Covid: por que Europa voltou a ser epicentro das infecções por coronavírus no mundo

OMS alerta para mais de 500 mil mortes no continente até fevereiro, à medida que casos aumentam; autoridades culpam ceticismo contra vacinas

A Europa está mais uma vez “no epicentro” da pandemia da covid-19, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS), à medida que os casos disparam em todo o continente.

Em uma entrevista coletiva a jornalistas, o diretor-regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, disse que o continente pode ter mais meio milhão de mortes até fevereiro.

Ele culpou o ceticismo contra as vacinas pelo aumento.

“Devemos mudar nossas táticas, de reagir aos surtos de covid-19 para evitar que eles aconteçam”, disse ele.

A taxa de vacinação diminuiu em todo o continente nos últimos meses. Enquanto cerca de 80% das pessoas na Espanha estão totalmente imunizadas com pelo menos duas doses, na Alemanha, essa taxa é de apenas 66% — e, em alguns países do leste europeu, ela é ainda menor. Apenas 32% dos russos estavam totalmente vacinados em outubro de 2021.

O cenário contrasta com o do Brasil, onde, com mais da metade da população totalmente vacinada, infecções e mortes vêm caindo gradativamente.

Kluge também culpou o relaxamento das medidas de saúde pública pelo aumento das infecções na região europeia da OMS, que abrange 53 países, incluindo partes da Ásia Central. Até agora, a OMS registrou 1,4 milhão de mortes em toda a região.

A líder técnica da OMS para a covid-19, Maria Van Kerkhove, disse que nas últimas quatro semanas os casos na Europa aumentaram mais de 55%, apesar de um “amplo suprimento de vacinas e ferramentas”, enquanto o diretor-executivo do programa de emergências da entidade, Mike Ryan, disse que a experiência na Europa foi “um tiro de aviso para o mundo”.

Na sexta-feira passada, a Alemanha registrou mais de 37 mil casos de covid-19, um recorde pelo segundo dia consecutivo. A taxa de incidência da doença por 100 mil pessoas é agora mais alta do que em abril, de 169,9, mas bem abaixo do nível do Reino Unido.

Autoridades de saúde pública alemãs estão preocupadas de que uma quarta onda de infecção possa levar a um grande número de mortes e pressão sobre o sistema de saúde. Nas últimas 24 horas, foram registradas 154 mortes, contra 121 há uma semana.

Lothar Wieler, do instituto RKI da Alemanha, falou na quinta-feira sobre números assustadores.

“Se não tomarmos contramedidas agora, esta quarta onda trará ainda mais sofrimento”, disse ele.

Entre os muitos alemães que não foram vacinados, há mais de 3 milhões de pessoas com mais de 60 anos, em situação de risco particular.

Mas, como Hans Kluge apontou, o aumento de casos não se limita à Alemanha.

Os aumentos mais dramáticos nas mortes ocorreram na semana passada na Rússia, onde mais de 8,1 mil mortes foram registradas, e na Ucrânia, com 3,8 mil mortes. Ambos os países têm taxas de vacinação muito baixas e a Ucrânia anunciou um recorde de 27.377 novos casos nas últimas 24 horas.

A situação não é diferente em outros países do leste europeu.

Na Romênia, foi registrado o maior número de mortes em 24 horas nesta semana, 591, enquanto que na Hungria as infecções diárias de covid mais do que dobraram na semana passada, para 6.268. O uso da máscara só é necessário em transporte público e em hospitais.

“No momento, parece que estamos determinados a dizer que a pandemia acabou, que só precisamos vacinar mais algumas pessoas. Não é o caso”, disse Mike Ryan, da OMS, que pediu a todos os países que “tapassem os buracos” em sua resposta à doença.

Nesta semana, o governo holandês disse que iria reimpor o uso de máscaras e o distanciamento social em muitos ambientes públicos, após a divulgação de que as internações hospitalares aumentaram 31% em uma semana.

A Croácia teve 6.310 novos casos na quinta-feira (4/11), o maior número até agora. Já a Eslováquia registrou o segundo maior número de casos e as infecções no país voltaram aos níveis vistos pela última vez na primavera.

O vice-médico-chefe da Inglaterra, Jonathan Van-Tam, disse na quarta-feira que muitas pessoas acreditavam que a pandemia havia acabado.

No entanto, em países que mais vacinam, as taxas de infecção ainda são relativamente baixas.

A Itália tem uma das maiores taxas de vacinação para maiores de 12 anos, mas mesmo ali os novos casos aumentaram 16,6% na semana passada.

Em Portugal, o país com a maior taxa de vacinação completa do mundo (87,39% da população está totalmente imunizada), as novas infecções passaram de 1 mil pela primeira vez desde setembro.

A Espanha é um dos poucos países que não viu um aumento na transmissão, com 2.287 casos registrados na quarta-feira.

FONTE ESTADO DE MINAS

Consequências da pandemia vão ser sentidas até 2050 no Brasil

As consequências da pandemia, incluindo as sociais e emocionais, poderiam ser menores se mortes tivessem sido evitadas. O governo teve oportunidades disso e não aproveitou. Um exemplo seria a promoção do uso de máscaras, um lockdown de verdade, coisa que nunca aconteceu no país inteiro, e a compra mais cedo das vacinas. Mas como isso não aconteceu, os impactos do coronavírus serão sentidos na sociedade brasileira até 2050, é o que diz um estudo da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima).

O estudo integrou os dados epidemiológicos ao modelo econômico para identificar os impactos econômicos das mortes por covid-19. E o pior de tudo é que esse estudo foi baseado quando o Brasil tinha 400 mil mortos pela doença. Atualmente, o total ultrapassa 607 mil. O estudo também incluiu os dados sobre rendimento médio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). A análise envolveu parâmetros médios de expectativa de vida, por região e grupos etários.

De acordo com Edson Domingues, coordenador do grupo da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), “Uma pessoa que faleceu aos 50 anos teria pelo menos mais 25 anos, provavelmente, de idade econômica ativa, mais um período de aposentadoria. Toda essa renda futura foi perdida. No Brasil, há vários grupos familiares que dependem dessa renda”.

Impactos da pandemia de Covid-19 serão sentidos até 2050

Segundo as projeções do estudo, até 2050, os impactos da pandemia no PIB (Produto Interno Bruto) será sentido mais em alguns estados do que em outros, como no Amazonas (-1,38%), Acre (-1,35%), Rondônia (-1,2%) e Roraima (-1,1%). Por outro lado, alguns estados se sairão melhor na recuperação a longo prazo: Pará (0,34%), Tocantins (0,28%), Piauí (0,14%), Maranhão (0,12%), Minas Gerais (0,09%) e Espírito Santo (0,03%).

A pandemia teve impacto, obviamente, de curto prazo, com o fechamento do comércio, da indústria, de serviços, a perda dos deslocamentos, perdeu-se produção e emprego nos anos de 2020 e 2021. Isso é notório. Mas esse impacto de longo prazo, das fatalidades, é uma coisa pouco falada e muito pouco estudada”.

Domingues destaca que com o estudo é possível concluir que se mortes tivessem sido evitadas, os impactos econômicos a longo prazo seriam menores.

Diversos infectologista já mostraram que se você tivesse uma coordenação efetiva, ao nível federal, das políticas de restrição à atividade econômica de combate à pandemia, por exemplo, distribuição de máscaras, apoio aos estados na área hospitalar, um enfrentamento mais efetivo e coordenado nacionalmente das políticas de combate à pandemia teríamos menos mortes e menor impacto de longo prazo”.

Pesquisa deve ser atualizada

O estudo sobre as consequências da pandemia deve ser atualizado, já que hoje o número de mortos é de mais de 607 mil. “É quase 50% a mais do que a gente estimou de fatalidades. Esse impacto em longo prazo vai ser efetivamente bastante maior”, disse Domingues. A pesquisa também irá considerar a situação em cada estado: “Tivemos estados muito mais impactados do que outros, então a gente espera que esses números revelem uma figura mais adequada do longo prazo.”

As análises realizadas pela Rede Clima foram coordenados pela UFMG e pela Universidade de São Paulo (USP). A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) foram os responsáveis pela viabilidade financeira do estudo.

Segundo a Agência Brasil, o Ministério da Saúde não se posicionou sobre essa reportagem.

FONTE SEU CREDITO DIGITAL

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.