Câmara aprova PEC que viabiliza pagamento do piso salarial da enfermagem

A proposta foi aprovada em dois turnos pelos deputados. A PEC agora será analisada no Senado Federal

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (15/12) a PEC que viabiliza o pagamento do piso salarial da enfermagem no setor público. A proposta estipula que a União ajudará financeiramente os estados, o Distrito Federal, os municípios e as entidades filantrópicas a efetuar o pagamento dos pisos salariais de enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras.

Agora, a PEC vai ao Senado Federal, onde também precisará ser aprovada em dois turnos para ser promulgada.

A matéria aprovada é um substitutivo apresentado pela relatora, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA). O conteúdo autoriza a ampliação de limite de despesas com pessoal ativo nas áreas da Saúde e da Educação. Além disso, há o projeto do deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE) que permite que o superávit financeiro de fundos públicos do Poder Executivo seja usado, entre 2023 e 2025, como complementação federal para o pagamento do piso salarial da enfermagem.

O piso da enfermagem foi aprovado pelo Congresso Nacional e está suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O argumento do ministro Roberto Barroso, autor da decisão, foi que a criação do piso sem uma fonte de recursos garantida levaria a demissões no setor e colocaria em risco a prestação de serviços de saúde.

O texto aponta que o superávit financeiro dos fundos públicos do Poder Executivo será usado como fonte de recursos para o cumprimento dos pisos. Assim, com esse valor adicional, os salários com o piso da categoria pode ser pago. A proposta é de autoria do deputado Mauro Benevides Filho (PDT/CE), que explicou que a PEC busca criar um fundo para a enfermagem, o Fundenf, que acessa o superávit primário.

O texto aprovado também autoriza a ampliação de limite de despesas com pessoal ativo nas áreas da Saúde e da Educação. Já a PEC apresentada por Benevides Filho permite que o superávit financeiro de fundos públicos do Poder Executivo seja usado, entre 2023 e 2025, como complementação federal para o pagamento do piso salarial da enfermagem.

A relatora, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), explicou que poderão ser destinados recursos dos fundos públicos do Poder Executivo, apurados ao final de cada ano, nos exercícios financeiros de 2023 a 2027.

“Em 2022, a Secretaria do Tesouro Nacional divulgou o seu balanço patrimonial de 2021, em que foi estimado que o superávit financeiro dos fundos da União para aquele exercício financeiro foi de R$ 20,9 bilhões, sendo que R$ 3,9 bilhões se referem a parcela do Fundo Social (FS) destinada a saúde pública e a educação”, disse a relatora.

Entenda

A lei que institui o piso para enfermeiros e demais profissionais da área é fruto de um projeto proposto e aprovado pelo Congresso – o PL 2.564/2020, do senador Fabiano Contarato (PT-ES). Em setembro, porém, o Supremo suspendeu a aplicação da norma por 60 dias. O prazo deve ser usado para que entes públicos e privados da área da Saúde esclareçam o impacto financeiro da medida.

A lei aprovada pelo Congresso Nacional cria o piso remuneratório de R$ 4.750 aos enfermeiros; 70% desse valor aos técnicos de enfermagem; e 50% aos auxiliares de enfermagem e parteiras. A constitucionalidade da lei, no entanto, foi questionada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde).

O ministro do STF Luís Roberto Barroso concedeu uma liminar suspendendo a lei e determinou prazo de 60 dias para que a categoria esclareça o impacto financeiro da medida avalizada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

FONTE METROPOLES

Confira as 9 profissões com os maiores pisos salariais do Brasil

Se você sempre sonhou em ganhar bem, conheça as profissões com os maiores pisos salariais do Brasil.

Para quem está buscando uma carreira profissional no disputado mercado de trabalho, os ganhos mensais costumam ser o fator mais preponderante para a maioria das pessoas. Por isso, essa matéria selecionou nove profissões com os maiores pisos salariais do Brasil.

É conveniente salientar que nem todas as profissões citadas abaixo têm pisos salariais. O valor mínimo, geralmente, é acordado entre as entidades representantes de cada categoria e podem variar de acordo com cada estado brasileiro. Fique conosco até o final da leitura para conferir.

Profissões com os maiores pisos salariais do Brasil

1) Médico

Quando se fala em profissões com os maiores pisos salariais do Brasil, essa jamais poderia ficar de fora. Para uma pessoa se tornar um Médico é preciso encarar seis anos de faculdade, dois de residência e mais um de especialização.

Por exemplo, o piso salarial (2022) de um Médico do SUS no estado de São Paulo é de R$ 9.802,04. Se você tem afinidade com essa área, que tal se arriscar nessa promissora profissão?

2) Engenheiro de Software

Mais uma das profissões com os maiores pisos salariais do Brasil. Quem deseja se tornar um Engenheiro de Software precisa ter diploma universitário do curso de Engenharia da Computação e muita familiaridade com essa área.

O piso salarial (2022) de um Engenheiro de Software no estado de Minas Gerais, por exemplo, é de R$ 10.107,36. A área da Tecnologia sempre foi rentável. Mas não se engane: é preciso dominar algumas habilidades técnicas para se dar bem nesse ramo.

3) Profissões com os maiores pisos salariais do Brasil: Advogado

A área do Direito também sempre foi muito disputada, principalmente por causa dos altos salários pagos. Para atuar como Advogado, esse profissional precisa ter diploma universitário e carteira válida da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Por exemplo, o piso salarial (2022) de um Advogado do Distrito Federal é de R$ 4.672,96. Se você sempre sonhou em trabalhar nessa área e se tornar um profissional liberal de respeito, o mercado de trabalho te espera com os seus desafios.

4) Juiz Federal

Mais uma das profissões com os maiores pisos salariais do Brasil. Quem sonha em alcançar esse prestigiado posto, vai precisar se formar em Direito na faculdade e ainda ser aprovado em um disputadíssimo concurso público.

O valor do piso salarial (2022) de um Juiz Federal do estado da Bahia, por exemplo, é de R$ 32.637,00. Mesmo que os ganhos sejam tentadores, é preciso observar se você tem perfil para trabalhar nessa área.

5) Delegado

Quando o assunto é profissões com os maiores pisos salariais do Brasil, a de Delegado sempre marca presença constante. Para se tornar um, é preciso ter diploma universitário do curso de Direito, experiência mínima de três anos trabalhando como Advogado e ser aprovado no certame da Polícia Civil ou Federal.

O piso salarial (2022) de um Delegado da Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro, por exemplo, é de R$ 18.157,73. Se você estiver disposto a cumprir todos os requisitos e estudar bastante, essa pode ser uma excelente oportunidade de ser dar bem financeiramente.

6) Profissões com os maiores pisos salariais do Brasil: Veterinário Clínico

Esse nicho também costuma ser bem promissor e apresentar uma alta demanda em todo o Brasil. Se você sempre quis se tornar um renomado Veterinário, precisa ter diploma de curso superior e se especializar em alguma área dentro da Medicina Veterinária.

O valor do piso salarial (2022) de um Veterinário Clínico no estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, é de R$ 6.024,35. Quem tem afinidade com esse ramo e muita paixão pelos animais, pode se dar bem trabalhando nessa linda profissão.

7) Gerente de Recursos Humanos

A promissora área de Recursos Humanos nunca esteve em defasagem, pelo contrário, grandes empresas sempre estão em busca de profissionais capacitados e experientes.

Para se tornar um Gerente de Recursos Humanos, é preciso ter diploma universitário no curso de Administração de Empresas ou áreas correlatas. O valor do piso salarial (2022) para um Gerente de RH no estado de Goiás é de R$ 4.622,35.

8) Analista de Sistemas

Essa também é outra das profissões com os maiores pisos salariais do Brasil. A área de Tecnologia sempre criou cargos que têm altos ganhos mensais. Esse profissional precisa ter curso superior de Ciências da Computação e muita familiaridade com esse ramo.

O piso salarial (2022) de um Analista de Sistemas no estado do Espírito Santo é de R$ 5.362,26. Se você gosta desse ramo ou sempre quis atuar nele, pode ser uma chance de ouro de ter um bom salário.

9) Dentista

Outra profissão de prestígio e que é possível encontrar trabalho em praticamente qualquer cidade. Para se tornar um Dentista é preciso concluir o curso superior de Odontologia e se especializar em alguma área.

O piso salarial (2022) de um Dentista no estado do Maranhão, por exemplo, é de R$ 4.777,59. Quem se identifica com esse ramo e acredita ter as habilidades necessárias para desempenhar com maestria essa função, pode se dar muito bem na vida profissional.

FONTE CONCURSOS NO BRASIL

Projeto prevê que recursos da saúde banquem pagamento do piso da enfermagem

A primeira proposta a ser analisada pelo Senado para garantir o custeio do piso salarial dos enfermeiros deverá ser o projeto de lei complementar (PLP 44/2022), que permite a estados, Distrito Federal e municípios realocar para outros programas na área de saúde, até o fim de 2022, os recursos originalmente destinados ao combate da covid-19. O relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), declarou que o projeto do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) deverá ser votado antes das eleições.

A proposta altera a Lei Complementar 172, de 2020, que liberou para ações de enfrentamento à pandemia de covid cerca de R$ 23,8 bilhões que restaram no fim de 2020 nas contas dos fundos de saúde de estados, Distrito Federal e municípios. Heinze entende que, apesar da redução dos casos de covid, o custeio do tratamento dos pacientes com sequelas exigirá a alocação de mais recursos pelos entes federados.

“Para tanto, é preciso que, em 2022, os entes subnacionais [estados, DF e municípios] tenham liberdade de gestão para determinar que os recursos recebidos em 2021 possam ser transpostos, isto é, realocados de um programa de trabalho para outro dentro do mesmo órgão, ou transferidos, ou seja, realocados de uma categoria econômica para outra dentro do mesmo programa de trabalho e do mesmo órgão”, explica o parlamentar na justificação de seu projeto.

O texto do PLP não menciona o piso salarial de profissionais de enfermagem, estabelecido pela Lei 14.434, de 2022, sancionada em agosto e com aplicação suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por 60 dias — o prazo deve ser usado para que entes públicos e privados da área da saúde esclareçam o impacto financeiro, os riscos para a empregabilidade no setor e eventual redução na qualidade dos serviços.

Castro — que se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, no Palácio do Planalto — disse que a proposição “já dá um sustento, um reforço ao orçamento dos estados e municípios” como primeiro passo para garantir o cumprimento do piso. Pacheco, que ocupa interinamente a presidência da República, defendeu na segunda-feira (19) a aprovação do PLP 44/2022 e de outros três projetos como forma de viabilizar pagamento de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras.

Fonte: Agência Senado

STF suspende piso salarial e enfermeiros preparam protesto em Lafaiete

O Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou o julgamento que manteve a decisão do ministro Luís Roberto Barroso sobre o piso salarial dos profissionais de enfermagem. O placar final foi 7 votos a 4 contra o pagamento imediato do piso.
Na quinta-feira (15)o Supremo formou maioria de 7 votos a 3 para manter a decisão, mas faltava o último voto, que foi proferido hoje (16) pela presidente, ministra Rosa Weber, que é oriunda da Justiça do Trabalho.
Para Rosa Weber, as argumentações dos impactos financeiros informados pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) já foram avaliadas pelos parlamentares, durante a tramitação da matéria no Congresso Nacional.
No dia 4 de setembro, Barroso atendeu ao pedido de liminar feito pela CNSaúde, suspendeu o piso e concedeu prazo de 60 dias para que os envolvidos na questão possam encontrar soluções para garantir o pagamento.
Sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, a Lei 14.434/2022 instituiu o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Para enfermeiros, o piso previsto é de R$ 4.750. Para técnicos, o valor corresponde a 70% do piso, enquanto auxiliares e parteiras terão direito a 50%.

Ato e protestos

Na próxima quarta-feira (21), a categoria dos enfermeiros promove um ato em defesa da adoção do piso nacional a partir das 15:00 hora, na Rodoviária de Lafaiete. A iniciativa é do Sindicato da Saúde (SeeeS) com apoio do Sindicato Metabase Inconfidentes.

Professores promovem ato em Congonhas pelo piso salarial

Professores da rede municipal de Congonhas promoveram nesta manhã (2), em diversas escolas, um ato de protesto contra a administração do prefeito Cláudio Dinho (MDB). Na manifestação, os servidores da educação vestiram de preto em sinal de luto pela demanda ainda não contemplada a categoria.
O valor do piso salarial de professores para 2022 da rede pública de educação básica passou de R$ 2.886,00 para R$ 3.845,00, um reajuste recorde de 33,24%, mas ainda não é uma realidade na “Cidade dos Profetas”, uma das mais ricas de Minas.
Ainda esta semana, os professores buscaram junto aos vereadores apoio a causa e preparam uma paralisação caso o direito não seja efetivado
Uma reunião será agenda entre o Sindicato dos Servidores Públicos (Sindicon) com a administração municipal para discutir a pauta como também a implementação do plano de carreiras dos servidores e melhorias no estatuto.
A informação colhida por nossa reportagem é que, caso o prefeito não atenda a reivindicação, os servidores podem deflagrar uma paralisação. Uma assembleia será convocada para discutir e deliberar sobre assunto a possibilidade de greve.
Para mostrar a mobilização, os professores farão um protesto durante o 28º Grito do Excluídos que acontecerá no próximo dia 7 de setembro, data em que inicia a 241ª edição do Jubileu do Bom Jesus do Matosinhos em Congonhas.

Funcionários de Congonhas ameaçam greve se prefeito não aplicar o piso nacional dos professores

A exemplo de Lafaiete, a possibilidade de paralisação dos servidores públicos de Congonhas não está descartada na “Cidade dos Profetas”, principalmente pela demanda compromissada pelo Prefeito Cláudio Dinho (MDB) de implementação imediata do piso nacional dos professores que está em vigor deste janeiro, quando o salário inicial passaria de R$ 2.886,00 para R$ 3.845,63.
Em Congonhas, o piso ainda não é uma realidade, segundo os servidores, tanto que ontem (30), a categoria se reuniu na Câmara Municipal com as presenças dos vereadores Patrícia Monteiro, Ygor Souza, Mércio, Lucas Bob, Eduardo e Vanderlei quando expuseram a situação e pediram o empenho deles no cumprimento do piso, que um direito garantido pelo Governo Federal. No encontro participou também os representantes do Sindicatos dos Servidores Públicos (Sindicon).
Após receber o apoio à causa dos professores, ficou acertado que o sindicato levará a pauta ao governo municipal com agendamento de reunião para discutir a implementação do piso e o cumprimento de uma lei municipal de diferenciação salarial entre os professores com formação superior e ensino médio.
A informação colhida por nossa reportagem é que, caso o prefeito não atenda a reivindicação, os servidores podem deflagrar uma paralisação. Uma assembleia será convocada para discutir e deliberar sobre assunto. Outra pauta do Sindicon é a implementação do plano de carreiras dos servidores e melhorias no estatuto.
Para mostrar a mobilização, os professores farão um protesto durante o 28º Grito do Excluídos que acontecerá no próximo dia 7 de setembro, data em que inicia o 241ª edição do Jubileu do Bom Jesus do Matosinhos em Congonhas.

Novo piso salarial de enfermeiro vai impactar em mais de R$2,5 milhões e hospitais cobram mais repasses

A remuneração mínima de enfermeiros fixada em R$ 4.750,00 sancionada por lei entrou em vigor neste mês de agosto. Os pisos salariais deverão ser aplicados imediatamente por todos os setores, sendo que técnicos de enfermagem devem receber R$ 3.325,00 e auxiliares de enfermagem e parteiras o valor de R$ 2.375,00. No entanto, a Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF), questionando a nova lei.
A decisão do Congresso Nacional trouxe uma dor de cabeça para as direções dos hospitais do Brasil e para as prefeituras diante dos impactos financeiros nos orçamentos.

A região

A prefeitura de Lafaiete está promovendo um levantamento para definir de onde vai cortar na saúde para pagar aos profissionais o novo piso. Já os e hospitais filantrópicos se movimentam e buscam alternativas inclusive já enviaram a Prefeitura um pedido de reequilíbrio financeiro nos contratos para arcar com os custos do novo piso.
Em correspondência enviada a administração, a Sociedade Hospital Queluz, referência ginecológica e obstétrica na microrregião de Conselheiro Lafaiete alegou que o cumprimento imediato do pisto coloca em risco a qualidade e continuidade dos serviços prestados por esta instituição.
O Hospital conta, atualmente, com 79empregados, sendo que deste total 36 são profissionais de enfermagem, que estão abrangidos pela aplicação do novo piso salarial, imposto pela nova Lei.
Pelos cálculos o impacto anual chegará a de R$1.119.000,00 o que representa um impacto de 46% em relação aos valores repassados para a equipe de enfermagem.

A Associação Beneficente São Camilo, referência em geriatria, informou a prefeitura, através de ofício, que o impacto no orçamento anula será de R$670.800,00 e já o São Vicente o valor chega a R$746.108,28, totalizando os 3 hospitais em mais de R$2,5 milhões.
As instituições cobram da prefeitura, para manter os serviços, um reequilíbrio financeiro do contratos de prestação de serviços.

Deputados aprovam projeto que cria piso salarial da enfermagem

Texto define o valor de R$ 4.750 como salário mínimo inicial para os enfermeiros

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (4), por 449 votos a 12, a criação do piso salarial de enfermeiros, técnicos de enfermagem e parteiras (PL 2564/20). A proposta deve seguir para sanção presidencial, mas ainda depende de acordo sobre fontes de financiamento.

“Conforme assumido com a enfermagem brasileira, não será na semana que vem que este projeto seguirá para sanção presidencial, mas sim tão logo garantirmos o respectivo financiamento”, disse a relatora da proposta, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC).

A deputada informou que o piso salarial somente irá à sanção presidencial após a votação da PEC 122/15, do Senado, que proíbe a União de criar despesas aos demais entes federativos sem prever a transferência de recursos para o custeio.

Piso aprovado
O projeto aprovado pelos deputados define como salário mínimo inicial para os enfermeiros o valor de R$ 4.750, a ser pago nacionalmente pelos serviços de saúde públicos e privados. Nos demais casos, haverá proporcionalidade: 70% do piso dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem; e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.

O texto prevê ainda a atualização monetária anual do piso da categoria com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e assegura a manutenção de salários eventualmente superiores ao valor inicial sugerido, independentemente da jornada de trabalho para a qual o profissional tenha sido contratado.

A votação da proposta foi acompanhada de perto por representantes da categoria, que também participaram pela manhã de uma sessão solene no Plenário em homenagem à Semana Brasileira da Enfermagem.

Carmen Zanotto estimou que a proposta tem impacto de R$ 50 milhões ao ano na União, mas não calculou os gastos dos entes públicos e do setor privado. Ela afirmou que o Congresso vai viabilizar recursos para garantir o piso salarial.

“Já tramitam nas duas Casas diversas propostas que ampliam receitas ou desoneram encargos; além da ampliação de recursos a serem repassados pelo Fundo Nacional de Saúde para reforçar as transferências aos entes federados”, explicou. https://www.camara.leg.br/internet/agencia/infograficos-html5/galeria-enfermagem/index.html

Carmen Zanotto destacou que a pandemia de Covid-19 evidenciou ainda mais a importância de valorizar os profissionais de saúde. “A enfermagem, juntamente com outros profissionais de saúde, esteve na linha de frente no combate à transmissão da Covid-19, arriscando a própria a vida, e participa ainda de forma efetiva na vacinação dos brasileiros”, afirmou.

Mobilização
O deputado Bohn Gass (PT-RS) ressaltou que é necessário manter a mobilização dos enfermeiros para garantir que não haja veto do presidente da República. “Esta mobilização precisa continuar para que, votado no dia de hoje, o piso para a enfermagem não tenha por parte de [Jair] Bolsonaro o veto, já que Bolsonaro tem vetado questões importantes”, disse.

O líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), destacou que o governo está empenhado em buscar fontes de financiamento para o piso salarial e que uma opção pode ser a legalização dos jogos de azar no País.

“São R$ 16 bilhões que estão aguardando a fonte de recursos, e nós estamos trabalhando demoradamente e insistentemente na busca de recursos para garantir que as conquistas sejam efetivas”, declarou.

Voto contrário
O projeto teve o voto favorável da ampla maioria da Casa. Apenas o Novo declarou voto contrário. O líder do partido, deputado Tiago Mitraud (MG), criticou a proposta por ter alto impacto orçamentário.

“Este projeto vai acabar com a saúde brasileira porque vamos ver as santas casas fechando, leitos de saúde fechando e os profissionais que hoje estão aqui lutando pelo piso desempregados porque os municípios não conseguirão pagar esse piso”, afirmou.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Congresso promulga emenda constitucional que prevê piso salarial para agentes de saúde

Arthur Lira lembra que profissionais reivindicavam o novo piso há mais de três décadas

O Congresso Nacional promulgou nesta quinta-feira (5) a Emenda Constitucional 120, que garante um piso salarial nacional de dois salários mínimos (R$ 2.424,00 em 2022), a agentes comunitários de saúde e de combate às endemias.

Caberá à União arcar com a remuneração. Dessa forma, estados, Distrito Federal e municípios ficarão responsáveis por pagar auxílios, gratificações e indenizações. Hoje, essa responsabilidade é compartilhada entre os três entes federativos.

Ainda pelo novo texto, esses profissionais deverão receber adicional de insalubridade, bem como aposentadoria especial pelos riscos vinculados à função.

Durante a solenidade, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a iniciativa faz justiça a esses profissionais que reivindicam o piso salarial há mais de três décadas “Todos conhecemos a dedicação desses profissionais e os riscos aos quais estão expostos em trabalho fatigante, lidando com condições adversas que exigem coragem e determinação”, disse.Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

Discussão e votação de propostas

Valtenir Pereira: dignidade aos 400 mil agentes

O deputado Valtenir Pereira (MDB-MT), autor da proposta, também comemorou a promulgação da medida que, segundo ele, faz justiça e confere dignidade aos 400 mil agentes comunitários de saúde e de combate a endemias. “Os recursos chegarão diretamente ao bolso de cada um deles sem a possibilidade de desvio de finalidade ou confisco por estados e municípios”, frisou.

Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Novo salário mínimo terá aumento histórico e baterá recorde em 2022

Reajuste previsto para o piso nacional do próximo ano é o maior desde 2016. Saiba como funciona a correção

A inflação que complicou a vida dos brasileiros em 2021 vai impactar o reajuste do salário mínimo no próximo ano. De acordo com o Orçamento da União para 2022 aprovado pelo Congresso no início da semana, o piso nacional será corrigido em 10% a partir de janeiro.

Isso significa que o valor passará dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.210. Esse é o maior aumento registrado desde 2016, quando o reajuste foi de 11,6%.

O cálculo da correção é feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias que ganham de um a cinco salários mínimos. O indexador ainda pode terminar o ano em níveis acima do previsto, o que deixaria o salário mínimo abaixo da inflação pelo segundo ano consecutivo.

Últimos reajustes

Confira as correções feitas nos últimos anos:

  • 2022: R$ 1.210 (10%) – previsto;
  • 2021: R$ 1.100 (5,2%);
  • 2020: R$ 1.045 (4,7%);
  • 2019: R$ 998 (4,6%);
  • 2018: R$ 954 (1,8%);
  • 2017: R$ 937 (6,48%);
  • 2016: R$ 880 (11,6%).

Ganho real

A partir de 2019, primeiro ano de mandato do presidente Jair Bolsonaro, o reajuste do piso nacional deixou de oferecer ganho real aos brasileiros. Desde então, a correção anual tem como objetivo apenas evitar perda no poder de compra dos trabalhadores, mas não oferece um aumento de verdade.

Também é importante lembrar que alguns estados adotam o salário mínimo regional, que existe para suprir as diferenças econômicas existentes naquela região.

FONTE EDITAL CONCURSOS

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