PF indicia 40 agentes da PRF e policiais militares por 26 mortes em cidade mineira

Em outubro de 2021, 26 pessoas foram mortas em dois sítios; policiais foram indiciados por homicídio qualificado, tortura e fraude processual.

A Polícia Federal (PF) indiciou 40 policiais por participação numa operação que deixou 26 mortos em uma chacina em Varginha (MG) em 31 de outubro de 2021.

Do total de indiciados, 24 são do grupo de elite da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e 16 atuam no Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar de Minas Gerais.

Os 40 policiais foram indiciados por homicídio qualificado, tortura e fraude processual.

A CNN teve acesso ao relatório da PF. Nele, o delegado do caso narra o dia do crime: “por volta das 5h:00, ao alvorecer, aguardando o primeiro sinal de luz solar, o dispositivo policial já colocado – atiradores de precisão posicionados em locais privilegiados, militares alinhados no lado direito do imóvel, PRF próximo ao muro defronte a rua – e já decidido pelo assalto ao imóvel iniciam-se as manobras de entrada. Primeiramente, uma caminhonete da PRF derruba o portão principal do Sítio”.

O investigador continua: “logo após equipe tática inicia entrada no perímetro alvejando as janelas frontais da edificação. Fração da tropa caminha até a entrada principal e arromba a porta da sala. Um grupo adentra ao imóvel e inicia a visualização dos que ali estavam e que, a essas alturas, corriam recém-despertos, desorientados e em desespero sem entender o que ocorria. Todos eram alvejados”.

“Quem passa pela mira dos policiais é alvejado. Final da ação: 26 mortos. Nenhum policial ferido. Aproximadamente 500 disparos efetivados pelos agentes do Estado. Aproximadamente 300 cartuchos deflagrados encontrados pela perícia. Somente 20 disparos atribuídos às armas dos roubadores. Neste computo, há de se ressalvar aquelas para as quais as evidências apontam para tiro simulado perpetrado pelos próprios policiais”, detalhou a PF, no documento enviado à Justiça Federal.

A Polícia Federal também destaca possível fraude processual e diz que em 14 de maio de 2023, dois anos após a ocorrência dos fatos investigados, a defesa técnica dos policiais rodoviários federais requereu, sem justificar o porquê, a juntada aos autos de vídeos supostamente produzidos às vésperas da ação. O conteúdo dos vídeos são imagens aéreas produzidas por drone – supostamente controlado por um dos policiais que atuou na investida policial e revelam os chamados sítio 1 e Sítio 2 antes da morte dos suspeitos.

“Em verdade, a oferta extemporânea das referidas imagens revelou, ressalvado melhor juízo, sério descompromisso da Polícia Rodoviária Federal com a presente investigação. Qual a razão de dito material não ter sido prontamente entregue à autoridade policial já no dia dos fatos? Qual a razão de todos os policiais rodoviários federais terem sido perquiridos em sede administrativa e em sede policial e terem olvidado tão relevante informação? Onde estava esse material nos últimos dois anos? Quem dele tinha conhecimento?”, indagou o delegado do caso.

Relembre o caso

Em 31 de outubro de 2021, 26 pessoas foram mortas em dois sítios de Varginha em uma operação da PRF e da PMMG. A operação teve o objetivo de combater a investida de um grupo de assaltantes de banco. Segundo a apuração na época, o grupo roubaria um banco no dia seguinte.

Os criminosos eram de seis unidades da federação (Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Pará, Rondônia e São Paulo).

À época, a PRF – responsável por rodovias – considerou a operação um sucesso contra o crime organizado, mas a reconstituição pericial mostra que algumas das pessoas mortas estavam desarmadas ou deitadas e escondidas embaixo de mesas.

Outro lado

A CNN procurou a PRF e a PMMG para comentar o caso. A Polícia Rodoviária Federal respondeu em nota que “combateu um grupo criminoso dedicado à tomada de cidades para cometimento de ilícitos, prática de banditismo comumente conhecida como ‘Novo Cangaço’”. E que, “na ocorrência, um farto armamento foi apreendido: metralhadora .50, fuzis de grosso calibre, pistolas, dezenas de quilos de explosivos e grande quantidade de carregadores e de munições”.

“A PRF destaca o compromisso com os limites constitucionais e a defesa do estado democrático de direito, incluídos o princípio da presunção de inocência dos agentes, a garantia ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa. A Polícia Rodoviária Federal colabora com os órgãos competentes para esclarecimento de todos os aspectos da ocorrência. No âmbito administrativo, a Corregedoria-Geral da PRF reabriu procedimento apuratório ainda em 2023 frente ao surgimento de novas evidências”, finaliza a nota.

FONTE CNN BRASIL

Homens que tramaram atentado contra vida de policiais militares em Ouro Branco são condenados por associação criminosa

Dois homens foram condenados a quatro anos e quatro meses de reclusão por terem tramado um atentado contra guarnição militar no município de Ouro Branco. 

Procedimento Investigatório Criminal (PIC) instaurado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Justiça de Ouro Branco, demonstrou que a guarnição alvo do crime teria sido responsável por prisões e apreensões que enfraqueceram os traficantes de drogas do bairro Belvedere, no município. 

Apurou-se também que o grupo criminoso se reuniu para planejar a vingança e almejava realizar o ataque nas férias de um dos militares, inclusive postando fotos de armamentos em redes sociais e discutindo a forma de concretizar o atentado. 

No PIC, foram expedidos mandados de prisão e de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos, com a apreensão, nos endereços dos alvos, de drogas e arma de fogo, fatos que deram ensejo à instauração de outros processos. 

O processo distribuído pela Promotoria de Justiça de Ouro Branco teve andamento na 3ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Comarca de Belo Horizonte. Os acusados foram condenados pelo crime de associação criminosa majorado pelo emprego de arma de fogo, sem o direito de recorrer em liberdade. 

FONTE MPMG

Homens que tramaram atentado contra vida de policiais militares em Ouro Branco são condenados por associação criminosa

Dois homens foram condenados a quatro anos e quatro meses de reclusão por terem tramado um atentado contra guarnição militar no município de Ouro Branco. 

Procedimento Investigatório Criminal (PIC) instaurado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Justiça de Ouro Branco, demonstrou que a guarnição alvo do crime teria sido responsável por prisões e apreensões que enfraqueceram os traficantes de drogas do bairro Belvedere, no município. 

Apurou-se também que o grupo criminoso se reuniu para planejar a vingança e almejava realizar o ataque nas férias de um dos militares, inclusive postando fotos de armamentos em redes sociais e discutindo a forma de concretizar o atentado. 

No PIC, foram expedidos mandados de prisão e de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos, com a apreensão, nos endereços dos alvos, de drogas e arma de fogo, fatos que deram ensejo à instauração de outros processos. 

O processo distribuído pela Promotoria de Justiça de Ouro Branco teve andamento na 3ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Comarca de Belo Horizonte. Os acusados foram condenados pelo crime de associação criminosa majorado pelo emprego de arma de fogo, sem o direito de recorrer em liberdade. 

FONTE MPMG

Operação do MP prende policiais militares no interior de Minas

Operação cumpriu 13 mandados de prisão. Suspeita é de que dinheiro do tráfico estaria sendo usado por financeiras para empréstimos com juros abusivos

Um grupo de policiais militares foi preso em Juiz de Fora, na Zona da Mata, suspeito de conluio com o tráfico de drogas. As prisões foram em decorrência de uma operação organizada pelo Ministério Público. 

De acordo com o MP, os policiais tinham relação de proximidade com traficantes de drogas da cidade. O dinheiro conseguido ilegalmente era repassado para financeiras, que realizavam empréstimos com juros de 20% ao mês.

Segundo o MP, caso alguma pessoa atrasasse o pagamento do empréstimo, era ameaçada e agredida. Além disso, os agiotas deixavam claro que o dinheiro pertencia ao tráfico de drogas. 

Ainda de acordo com o Ministério Público, dois homicídios ocorreram na cidade durante a investigação. A suspeita é de que as mortes estejam ligadas à essa prática de agiotagem. 

A operação bloqueou mais de R$ 16 milhões em bens dos envolvidos. Também foram cumpridos mandados em Anchieta, no sul do Espírito Santo. 

FONTE ESTADO DE MINAS

Operação do MP prende policiais militares no interior de Minas

Operação cumpriu 13 mandados de prisão. Suspeita é de que dinheiro do tráfico estaria sendo usado por financeiras para empréstimos com juros abusivos

Um grupo de policiais militares foi preso em Juiz de Fora, na Zona da Mata, suspeito de conluio com o tráfico de drogas. As prisões foram em decorrência de uma operação organizada pelo Ministério Público. 

De acordo com o MP, os policiais tinham relação de proximidade com traficantes de drogas da cidade. O dinheiro conseguido ilegalmente era repassado para financeiras, que realizavam empréstimos com juros de 20% ao mês.

Segundo o MP, caso alguma pessoa atrasasse o pagamento do empréstimo, era ameaçada e agredida. Além disso, os agiotas deixavam claro que o dinheiro pertencia ao tráfico de drogas. 

Ainda de acordo com o Ministério Público, dois homicídios ocorreram na cidade durante a investigação. A suspeita é de que as mortes estejam ligadas à essa prática de agiotagem. 

A operação bloqueou mais de R$ 16 milhões em bens dos envolvidos. Também foram cumpridos mandados em Anchieta, no sul do Espírito Santo. 

FONTE ESTADO DE MINAS

Policiais militares de Minas começam a utilizar câmeras nas fardas

Corporação distribuirá 1.040 equipamentos; Governo também anuncia concurso para 10.268 novos policiais para os próximos quatro anos

Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) vai começar a utilizar as Câmeras Operacionais Portáteis (COP) nas fardas dos agentes nos próximos dias. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (24/11), pelo secretário-geral do Estado, Professor Mateus, durante a segunda edição da Feira de Inovação Tecnológica, na Academia de Polícia Militar, em Belo Horizonte.

São 1.040 equipamentos adquiridos, que foram entregues à instituição em outubro e serão implementados até 8 de dezembro. Desta forma, mais de 4 mil policiais de todas as regiões do estado farão uso da tecnologia, em turnos alternados, com o planejamento de distribuição de acordo com as diretrizes definidas pelo Estado-Maior da PMMG.

“Nos próximos dias, serão mais de 4 mil policiais que estarão nas ruas portando as câmeras, que acompanharão em tempo integral as operações, facilitando a apuração dos crimes. Integrando isso ao Olho Vivo, que é um projeto que ajuda no monitoramento da situação de segurança nas ruas, continuaremos comemorando a redução dos índices de criminalidade em Minas Gerais”, afirmou Professor Mateus.

Cristiano Machado / Imprensa MG

Investimento

O investimento de R$ 2,4 milhões contempla, além da aquisição das 1.040 câmeras, 65 unidades de docas para fazer o download das imagens das câmeras e a recarga dos equipamentos, e ainda 1.040 pistolas de impulso elétrico, instrumentos de menor potencial ofensivo para auxiliar os militares em ações de defesa pessoal e de imobilização de suspeitos.

As 19 regiões da PMMG receberão as câmeras com acesso à internet, capazes de filmar, fotografar, transmitir em tempo real e oferecer a localização dos policiais por georreferenciamento.

“A Polícia Militar, ao longo dos 247 anos, se mostra uma instituição aberta à inovação e que se atualiza constantemente. Fizemos um aprofundamento do uso das câmeras e agora a entrega é uma realidade. A ideia é ter uma aquisição continuada e progressiva”, adiantou o comandante-geral da Polícia Militar de Minas, coronel Rodrigo Sousa Rodrigues. “O equipamento será uma ferramenta que vai complementar a atuação do policial, para que seja prestado um serviço de qualidade à população, além da transparência e da legitimidade que as imagens proporcionarão”, completou.

Concurso

Na ocasião, o Governo de Minas também anunciou concurso para a incorporação de 10.268 novos policiais militares para os próximos quatro anos, dos quais 3.250 se somarão ao efetivo já em 2023. “O nosso reconhecimento vai além do reforço tecnológico. O reforço humano da atividade policial é central. Conseguimos integrar mais de 4 mil agentes no último mandato e temos o compromisso de garantir a reposição do efetivo ao longo de cada ano. São concursos contínuos, como sempre deveriam ter acontecido”, reforçou o secretário-geral de Estado.

Cristiano Machado / Imprensa MG


Integração

A corporação ainda assinou um contrato com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com apoio da a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), para produção da primeira Encomenda Tecnológica de Segurança do país.

A ideia é desenvolver um sistema para integrar as etapas de planejamento, execução, monitoramento e avaliação das unidades da Polícia Militar, modernizando assim sua gestão operacional.

“Temos muita satisfação de ter o apoio da Fapemig, da UFMG e do Governo de Minas, que direcionou recursos da ordem de R$ 4,2 milhões para pesquisa. Estamos fazendo uma encomenda tecnológica, que será um sistema que fará a gestão dos processos, nosso efetivo e ordem de serviços, o que facilitará o nosso dia a dia. Essa encomenda é uma pesquisa, um teste para que possa sair um produto final que vai otimizar o nosso trabalho”, afirmou o comandante-geral.

FONTE AGÊNCIA MINAS

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