Anvisa proíbe produtos para tratar problemas de visão; Veja quais são

Resolução da Anvisa foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (7); Fabricantes dos produtos são desconhecidos

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a fabricação, a comercialização, a distribuição, a propaganda e o uso dos produtos das marcas Visipro, Sulinex e Ocularis, utilizados de forma irregular para tratamento de problemas de visão.

De acordo com a agência, os itens eram divulgados irregularmente em sites, com indicação para tratamento de problemas de visão como catarata, glaucoma e degeneração macular. A resolução, publicada nesta segunda-feira (7) no Diário Oficial da União, determina ainda a apreensão dos produtos.

“As medidas foram adotadas após o recebimento de denúncias e questionamentos relacionados ao assunto. A agência identificou que os suplementos alimentares eram de fabricantes desconhecidos, ou seja, não se sabe a origem dos produtos”, informou a Anvisa.

Em nota, a agência reforçou que, para alimentos em geral, incluindo suplementos alimentares, não é permitida a realização de propagandas que aleguem tratamento, prevenção ou cura de qualquer tipo de doença ou problema de saúde, inclusive relacionados à visão.

Propaganda enganosa

No comunicado, a Anvisa alerta quanto às propagandas de produtos “com promessas milagrosas”, veiculadas na internet e em outros meios de comunicação, que prometem prevenir, tratar e curar doenças e agravos à saúde, além de melhorar problemas estéticos.

“Muitas vezes, esses produtos são vendidos como suplementos alimentares, ou seja, alimentos fontes de nutrientes e outras substâncias bioativas, para os quais não há nenhuma comprovação junto à agência de ação terapêutica ou estética.”

– Publicidade –

“A Anvisa não aprovou nenhuma alegação desse tipo para suplementos alimentares e a legislação sanitária proíbe expressamente que alimentos façam alegações de tratamento, cura, prevenção de doenças e agravos à saúde. Dessa forma, qualquer propaganda de suplementos alimentares que contenha esse tipo de alegação é irregular.”

Orientações ao consumidor

A agência recomenda que o consumidor não compre nem utilize suplementos alimentares que prometam agir nas situações listadas a seguir: 

  • Emagrecimento;
  • Aumento da musculatura;
  • Diminuição de rugas, celulite, estrias, flacidez;
  • Melhora das funções sexuais;
  • Aumento da fertilidade, melhora ou alívio de sintomas relacionados à tensão pré-menstrual, menopausa;
  • Aumento da atenção e foco;
  • Doenças degenerativas, como mal de Alzheimer, demência, doença de Parkinson;
  • Câncer;
  • Problemas de aumento da próstata e disfunção urinária;
  • Problemas de visão;
  • Doenças do coração, pressão alta, colesterol e triglicerídeos sanguíneos elevados;
  • Melhora da glicose sanguínea, diabetes e níveis de insulina;
  • Problemas gastrointestinais, como gastrite, má digestão;
  • Gripe, resfriado, covid-19, pneumonia;
  • Labirintite, zumbido no ouvido (tinitus);
  • Distúrbios do sono, insônia.

“Produtos que tenham indicação terapêutica precisam ser regularizados na Anvisa como medicamentos”, destacou a agência. A lista de medicamentos regularizados pode ser acessada aqui.

FONTE A CIDADE RIBEIRÃO PRETO

Problemas se multiplicam na cidade com menor arrecadação por pessoa em MG

Esmeraldas registra a menor arrecadação per capita no estado. O saneamento é problema em destaque: só 25% da população tem esgoto sanitário

Esgoto corre em rua do município, o mais extenso da RMBH

Cento e quarenta quilômetros separam a cidade mais rica do Brasil e de Minas do município de Esmeraldas, o mais pobre do estado em termos de arrecadação per capita. Uma das maiores em extensão territorial da Região Metropolitana de Belo Horizonte, a cidade arrecada apenas R$ 9.608 por habitante, uma diferença exorbitante frente aos R$ 209 mil que entram no cofre de São Gonçalo do Rio Abaixo para investir em cada um de seus moradores. As escolas e o modesto hospital de Esmeralda, que está sendo reformado pelo governo do estado, em nada lembram a vastidão e a infraestrutura dos equipamentos públicos de São Gonçalo do Rio Abaixo, mas o maior problema mesmo da cidade é saneamento.

Com baixa industrialização e funcionando quase como uma cidade-dormitório, o município carece de emprego e esgotamento sanitário, que alcança hoje apenas 25% da população. A média do estado é de 77,9% da população atendida por esse serviço, segundo dados da plataforma Municípios e Saneamento, que reúne informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS) do governo federal.

Os moradores da cidade estão até mesmo fazendo um abaixo-assinado para pressionar o poder público a resolver o problema. Eles querem que a Câmara Municipal aprove leis determinando a implantação do esgotamento em toda a cidade e também o asfaltamento das ruas, mas essa decisão não depende dos vereadores e sim de investimentos aportados pelo Executivo estadual ou municipal.

O prefeito de Esmeraldas, Marcelo Nonato (Solidariedade), foi procurado, mas não atendeu ao pedido de entrevista feito pela reportagem. O presidente da Câmara dos Vereadores, Klibas Andrade (Avante), também foi procurado, mas não retornou o pedido de entrevistas conforme prometido. O vereador Alan Delon Borges da Silva, conhecido como Alan do Açougue (PRB), afirmou ter ficado triste com a informação de que a cidade tem uma das mais baixas arrecadações do estado por habitante, mas disse que só poderia falar sobre o assunto pessoalmente.

Geraldo Alves cobra saneamento, mas sua maior preocupação é com a falta de emprego para os seis filhos. Ele próprio vive de bicos

A despachante imobiliária Sandra Nunes, de 52 anos, que trabalha em Belo Horizonte e mora em Esmeraldas, diz que só os bairros do “miolo” da cidade têm esgoto canalizado. “O resto é fossa”, afirma Sandra, que mora na região conhecida como Dumaville, loteada há cerca de 30 anos e até hoje sem esgoto tratado, que corre a céu aberto nas ruas sem calçamento.

Também morador de Dumaville, Geraldo Assis Alves, de 56, viúvo, cobra saneamento e ruas calçadas, mas sua maior preocupação mesmo é com emprego para os filhos, ao todo seis, quatro deles já adultos. “Aqui todo mundo sai para trabalhar fora, pois não tem emprego. Todos os meus filhos trabalham em Betim ou Contagem. Eu faço bicos”.

Proveniente do Norte de Minas, José Nunes gosta da cidade, mas diz que a gestão de recursos dos sucessivos governos %u201Cdá piedade%u201D
Proveniente do Norte de Minas, José Nunes gosta da cidade, mas diz que a gestão de recursos dos sucessivos governos %u201Cdá piedade%u201D

Nascido em Januária, no Norte de Minas, mas morando em Esmeraldas desde 1980, o radialista José Jorge Nunes Ribeiro, de 59, afirma que, apesar da carência econômica, “viver em Esmeraldas é muito bom”. “Mas nossa arrecadação de impostos é baixíssima, a gestão dos recursos dá piedade e os sucessivos governos não veem as prioridades para a cidade. Falta investimento em educação, saúde e empregos, quase não temos indústria, mas já tivemos uma grande extração da areia e fomos uma das maiores bacias leiteiras da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Hoje amargamos o fato de viver em uma cidade-problema, com crescimento desordenado, desemprego e loteamentos feitos à revelia”, critica.

Portal do Delta do Paraíba, Araioses, no MA, tem a menor arrecadação por pessoa do país: produção é %u201Cexportada%u201D sem pagar nenhum tipo de imposto, diz representantes do comércio
Portal do Delta do Paraíba, Araioses, no MA, tem a menor arrecadação por pessoa do país: produção é %u201Cexportada%u201D sem pagar nenhum tipo de imposto, diz representantes do comércio(foto: David Souza/Divulgação)

Cofres vazios em delta turístico

Portal do Delta do Parnaíba, uma das maiores atrações turísticas da divisa com o Piauí, a cidade de Araioses, no interior do Maranhão, foi palco de uma das mais importantes revoltas populares do século 19 contra as péssimas condições de vida da população e que ficou conhecida como Balaiada. Hoje, apesar de ser uma das maiores produtoras da região de caranguejo e pó de carnaúba, usado para fabricação de ceras e plásticos para a indústria automobilística, amarga a mais baixa arrecadação per capita do Brasil e sofre com desemprego e um comércio fraco.

O vereador de Araioses José Arnaldo Souza, o Professor Arnaldo (Republicanos), atribui a baixa arrecadação ao sistema tributário do município, à guerra fiscal e à falta de preocupação de sucessivos governos em melhorar a captação de receitas. Segundo ele, os governos locais se contentam em viver do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), uma transferência constitucional de impostos feita com base na população de cada cidade. O código tributário municipal, de acordo com ele, também tem uma alíquota elevada de Imposto Sobre Serviços ISS) e uma fiscalização pouco efetiva, o que contribui para a baixa arrecadação. A prefeita Luciana Marão Felix (sem partido) não retornou o pedido de entrevista enviado por e-mail e também por meio da secretária dela.

Para o vice-presidente da Associação Comercial de Araioses, Francisco Fonseca dos Santos, falta planejamento, fiscalização e diálogo. Segundo ele, a cidade é o portal da maior atração turística da região, o Delta do Parnaíba, mas não arrecada nada com isso. As lanchas que fazem o passeio ao delta têm que passar pelo município, mas não é cobrado nenhum imposto. Mesmo caso na extração do pó da carnaúba e do caranguejo que, segundo ele, são coletados sem nenhum controle e vendidos para todo o Nordeste sem que a cidade receba sequer um centavo. “Já tivemos, anteriormente, um posto de fiscalização para evitar a saída dos caranguejos sem nenhum imposto, mas ele foi desativado”, afirma.

Ele também cobra uma maior fiscalização para combater a sonegação fiscal e apoio para o incremento ao comércio. “As pessoas saem da cidade onde elas moram para comprar nos municípios vizinhos, que têm maior variedade, grandes redes e preço muitas vezes melhor”. A cidade, avalia ele, tem um enorme potencial turístico, com locais lindos e uma das grandes atrações da região: a revoada dos guarás, aves de plumagem vermelha que se alimentam de caranguejos e têm na cidade de Araioses seu berço natural. (AM)

Tropeço no sistema tributário

Para Sérgio Gobetti, economista e pesquisador do Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Ipea), responsável pelos dados sobre arrecadação per capicata dos municípios, a discrepância econômica entre os municípios é um dos problemas do sistema tributário brasileiro. “A opção por repartir as receitas tributárias com base no princípio da origem, dando os recursos ao local da sede das empresas e não ao local em que vivem as pessoas, gera essa gritante distorção”, afirma.

Para ele, essa extrema desigualdade, seja na sociedade, seja na Federação, “é algo muito ruim, não só do ponto de vista filosófico, mas pelo lado prático, porque afeta o ambiente social e econômico negativamente”. “E, no caso dessas enormes diferenças de receita entre municípios, é algo inadmissível se pensarmos que isso decorre simplesmente de decisões políticas sobre as regras de tributação e repartição de recursos”, afirma o economista, que já foi secretário adjunto de Política Fiscal e Tributária da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, durante o governo Dilma Roussef.

Segundo ele, a definição de mais pobre e mais rico feito pela Ipea tem como base a receita per capta por habitante, “seja considerando o ICMS + o ISS, seja considerando todas as receitas”.

FONTE ESTADO DE MINAS

Problemas se multiplicam na cidade com menor arrecadação por pessoa em MG

Esmeraldas registra a menor arrecadação per capita no estado. O saneamento é problema em destaque: só 25% da população tem esgoto sanitário

Esgoto corre em rua do município, o mais extenso da RMBH

Cento e quarenta quilômetros separam a cidade mais rica do Brasil e de Minas do município de Esmeraldas, o mais pobre do estado em termos de arrecadação per capita. Uma das maiores em extensão territorial da Região Metropolitana de Belo Horizonte, a cidade arrecada apenas R$ 9.608 por habitante, uma diferença exorbitante frente aos R$ 209 mil que entram no cofre de São Gonçalo do Rio Abaixo para investir em cada um de seus moradores. As escolas e o modesto hospital de Esmeralda, que está sendo reformado pelo governo do estado, em nada lembram a vastidão e a infraestrutura dos equipamentos públicos de São Gonçalo do Rio Abaixo, mas o maior problema mesmo da cidade é saneamento.

Com baixa industrialização e funcionando quase como uma cidade-dormitório, o município carece de emprego e esgotamento sanitário, que alcança hoje apenas 25% da população. A média do estado é de 77,9% da população atendida por esse serviço, segundo dados da plataforma Municípios e Saneamento, que reúne informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS) do governo federal.

Os moradores da cidade estão até mesmo fazendo um abaixo-assinado para pressionar o poder público a resolver o problema. Eles querem que a Câmara Municipal aprove leis determinando a implantação do esgotamento em toda a cidade e também o asfaltamento das ruas, mas essa decisão não depende dos vereadores e sim de investimentos aportados pelo Executivo estadual ou municipal.

O prefeito de Esmeraldas, Marcelo Nonato (Solidariedade), foi procurado, mas não atendeu ao pedido de entrevista feito pela reportagem. O presidente da Câmara dos Vereadores, Klibas Andrade (Avante), também foi procurado, mas não retornou o pedido de entrevistas conforme prometido. O vereador Alan Delon Borges da Silva, conhecido como Alan do Açougue (PRB), afirmou ter ficado triste com a informação de que a cidade tem uma das mais baixas arrecadações do estado por habitante, mas disse que só poderia falar sobre o assunto pessoalmente.

Geraldo Alves cobra saneamento, mas sua maior preocupação é com a falta de emprego para os seis filhos. Ele próprio vive de bicos

A despachante imobiliária Sandra Nunes, de 52 anos, que trabalha em Belo Horizonte e mora em Esmeraldas, diz que só os bairros do “miolo” da cidade têm esgoto canalizado. “O resto é fossa”, afirma Sandra, que mora na região conhecida como Dumaville, loteada há cerca de 30 anos e até hoje sem esgoto tratado, que corre a céu aberto nas ruas sem calçamento.

Também morador de Dumaville, Geraldo Assis Alves, de 56, viúvo, cobra saneamento e ruas calçadas, mas sua maior preocupação mesmo é com emprego para os filhos, ao todo seis, quatro deles já adultos. “Aqui todo mundo sai para trabalhar fora, pois não tem emprego. Todos os meus filhos trabalham em Betim ou Contagem. Eu faço bicos”.

Proveniente do Norte de Minas, José Nunes gosta da cidade, mas diz que a gestão de recursos dos sucessivos governos %u201Cdá piedade%u201D
Proveniente do Norte de Minas, José Nunes gosta da cidade, mas diz que a gestão de recursos dos sucessivos governos %u201Cdá piedade%u201D

Nascido em Januária, no Norte de Minas, mas morando em Esmeraldas desde 1980, o radialista José Jorge Nunes Ribeiro, de 59, afirma que, apesar da carência econômica, “viver em Esmeraldas é muito bom”. “Mas nossa arrecadação de impostos é baixíssima, a gestão dos recursos dá piedade e os sucessivos governos não veem as prioridades para a cidade. Falta investimento em educação, saúde e empregos, quase não temos indústria, mas já tivemos uma grande extração da areia e fomos uma das maiores bacias leiteiras da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Hoje amargamos o fato de viver em uma cidade-problema, com crescimento desordenado, desemprego e loteamentos feitos à revelia”, critica.

Portal do Delta do Paraíba, Araioses, no MA, tem a menor arrecadação por pessoa do país: produção é %u201Cexportada%u201D sem pagar nenhum tipo de imposto, diz representantes do comércio
Portal do Delta do Paraíba, Araioses, no MA, tem a menor arrecadação por pessoa do país: produção é %u201Cexportada%u201D sem pagar nenhum tipo de imposto, diz representantes do comércio(foto: David Souza/Divulgação)

Cofres vazios em delta turístico

Portal do Delta do Parnaíba, uma das maiores atrações turísticas da divisa com o Piauí, a cidade de Araioses, no interior do Maranhão, foi palco de uma das mais importantes revoltas populares do século 19 contra as péssimas condições de vida da população e que ficou conhecida como Balaiada. Hoje, apesar de ser uma das maiores produtoras da região de caranguejo e pó de carnaúba, usado para fabricação de ceras e plásticos para a indústria automobilística, amarga a mais baixa arrecadação per capita do Brasil e sofre com desemprego e um comércio fraco.

O vereador de Araioses José Arnaldo Souza, o Professor Arnaldo (Republicanos), atribui a baixa arrecadação ao sistema tributário do município, à guerra fiscal e à falta de preocupação de sucessivos governos em melhorar a captação de receitas. Segundo ele, os governos locais se contentam em viver do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), uma transferência constitucional de impostos feita com base na população de cada cidade. O código tributário municipal, de acordo com ele, também tem uma alíquota elevada de Imposto Sobre Serviços ISS) e uma fiscalização pouco efetiva, o que contribui para a baixa arrecadação. A prefeita Luciana Marão Felix (sem partido) não retornou o pedido de entrevista enviado por e-mail e também por meio da secretária dela.

Para o vice-presidente da Associação Comercial de Araioses, Francisco Fonseca dos Santos, falta planejamento, fiscalização e diálogo. Segundo ele, a cidade é o portal da maior atração turística da região, o Delta do Parnaíba, mas não arrecada nada com isso. As lanchas que fazem o passeio ao delta têm que passar pelo município, mas não é cobrado nenhum imposto. Mesmo caso na extração do pó da carnaúba e do caranguejo que, segundo ele, são coletados sem nenhum controle e vendidos para todo o Nordeste sem que a cidade receba sequer um centavo. “Já tivemos, anteriormente, um posto de fiscalização para evitar a saída dos caranguejos sem nenhum imposto, mas ele foi desativado”, afirma.

Ele também cobra uma maior fiscalização para combater a sonegação fiscal e apoio para o incremento ao comércio. “As pessoas saem da cidade onde elas moram para comprar nos municípios vizinhos, que têm maior variedade, grandes redes e preço muitas vezes melhor”. A cidade, avalia ele, tem um enorme potencial turístico, com locais lindos e uma das grandes atrações da região: a revoada dos guarás, aves de plumagem vermelha que se alimentam de caranguejos e têm na cidade de Araioses seu berço natural. (AM)

Tropeço no sistema tributário

Para Sérgio Gobetti, economista e pesquisador do Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Ipea), responsável pelos dados sobre arrecadação per capicata dos municípios, a discrepância econômica entre os municípios é um dos problemas do sistema tributário brasileiro. “A opção por repartir as receitas tributárias com base no princípio da origem, dando os recursos ao local da sede das empresas e não ao local em que vivem as pessoas, gera essa gritante distorção”, afirma.

Para ele, essa extrema desigualdade, seja na sociedade, seja na Federação, “é algo muito ruim, não só do ponto de vista filosófico, mas pelo lado prático, porque afeta o ambiente social e econômico negativamente”. “E, no caso dessas enormes diferenças de receita entre municípios, é algo inadmissível se pensarmos que isso decorre simplesmente de decisões políticas sobre as regras de tributação e repartição de recursos”, afirma o economista, que já foi secretário adjunto de Política Fiscal e Tributária da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, durante o governo Dilma Roussef.

Segundo ele, a definição de mais pobre e mais rico feito pela Ipea tem como base a receita per capta por habitante, “seja considerando o ICMS + o ISS, seja considerando todas as receitas”.

FONTE ESTADO DE MINAS

Muro de arrimo cai sobre casa no São José

Neste sábado (31) no Bairro São José, em Lafaiete, um muro de arrimo caiu sobre uma casa. Segundo moradores eles já haviam avisado a prefeitura e a Copasa sobre um vazamento de um bueiro que atingiria a residência. “Eles não tomaram as providências”, disseram os moradores. Não houve feridos, mas a família passou um grande susto.

Prefeitura busca solucionar antigo problema de moradores da rua Francisco Lobo

A prefeitura de Conselheiro Lafaiete em parceria com a COPASA vem realizando uma obra já há muito esperada pelos moradores da Rua Francisco Lobo, no bairro Progresso.
Agora, com a construção de um gabião para contenção de possíveis deslizamentos de terra onde há construções, o problema vai sendo solucionado.
De acordo com o prefeito Mário Marcus, a obra vai minimizar o antigo problema de estouro da rede naquela rua como já aconteceu em outros períodos chuvosos.

Moradores do Siderúrgico vivem drama de queda de barranco e cobram solução

Moradores da Rua Canadá, no Bairro Siderúrgico, em Lafaiete, vivem um drama que se arrasta há mais duas décadas. Nossa reportagem esteve no local para presenciar os problemas por que passam aqueles que residem na via sem saída que está aos fundos da Granhas Ligas. “Já recorremos ao Ministério Público, fizemos abaixo assinados e fomos a prefeitura mas até hoje não temos uma solução”, reclamou a moradora Felícia Costa que residente na via há mais de 20 anos. “Convivo com estes problemas desde que mudei para cá”, emendou.
A rua tem um grande buraco e os moradores temem que ele arraste as suas casas. Diversas residências estão com trinca possivelmente da movimentação do solo. “Quando chove um não durmo”, comentou Felícia.
Outro problema é uma trinca na rua que foi tampada pela moradora com cimento. Também a via não tem rede pluvial. “Quando chove aqui fica perigoso com risco de arrastar uma pessoa devido ao volume da água que escorre para o barranco. Isso aumenta ainda mais nosso temor que barranco desmorone”, relatou o pedreiro Paulo Roberto que vive no local há mais de 40 anos.
Outra situação de abandono que vive os moradores é um acesso usado por eles para chegar ao trabalho e ao centro de Lafaiete. Ele não tem qualquer estrutura e há relatos de pessoas que caíram no local. “Estamos aqui implorando por uma solução. Que ao menos faça uma intervenção neste acesso para melhorar nossa segurança”, pediu Paulo.
Os moradores estão se organizando para cobrar o poder público uma solução para o drama vivenciado.

Geraldo Plaza: em menos de 60 dias, obra já apresenta problema e Vereador Erivelton Jayme cobra solução

Menos de 60 dias de inaugurada, a obra da Avenida Geraldo Plaza, em Lafaiete (MG), principal via de acesso a região do Bairro Paulo VI, já apresenta problemas, o que coloca em dúvida a qualidade do serviço.
O Vereador Erivelton Jaime (Patriotas), um dos defensores da construção obra, criticou a sua execução. “Os bueiros cederam e apareceram buracos. O risco de acidente é grande. A gente coloca em xeque o serviço prestado e a empreiteira tem de garantir a obra. São menos de 60 dias que a Geraldo Plaza foi concluída e voltou a ser um problema para a nossa região. Isso é desperdício de dinheiro público”, assinalou.
E finalizou: “se antes das chuvas está assim imagina quando elas vierem. Será que esta obra vai garantir que não teremos, conforme prometido, os alagamentos que traziam tantos transtornos para os moradores? “questionou, afirmando que a prefeitura tem de cobrar a garantia do serviço prestado a empresa executora da obra. Erivelton também cobrou a construção de uma creche na região do Amaro Ribeiro e reforma do Posto de Saúde no Paulo VI.
Nossa reportagem entrou em contato com a prefeitura e aguarda um posicionamento.

O maior problema de Piranga (MG): a ocupação de áreas de risco na Vila do Carmo

No âmbito socioambiental, nenhum problema é mais grave e urgente em Piranga que a questão da moradia no bairro Vila do Carmo, especificamente o caso das residências situadas em áreas de risco: encostas e margens de curso d’água. Mais importante que os recorrentes problemas no abastecimento de água em nossa cidade, que o trânsito intenso e pesado de carretas em nossas ruas, que a poluição dos cursos d’água que cortam a área urbana etc! Por quê? Porque a vida sempre será mais importante que qualquer outra coisa!

Na Vila do Carmo há dezenas, talvez, centenas de residências com padrão construtivo precário, onde moram famílias em situação de vulnerabilidade social, expostas a riscos, ao lado de encostas ou em áreas sujeitas a inundações, processo decorrente do crescimento urbano desordenado da cidade, da especulação imobiliária, da falta de planejamento, do descompromisso de “incorporadores” imobiliários, da precarização da renda da população, da histórica ausência do poder público ali etc, problemas comuns a muitas cidades brasileiras. No âmbito das áreas de risco, ainda se incluem residências não precárias, onde residem famílias sem vulnerabilidade.

Há, portanto, problemas diversos, cuja resolução não passa, exatamente, por uma ação exclusiva. Há situações, por exemplo, que necessitam de intervenção urgente para garantir a proteção da vida (é o caso da encosta entre as ruas Hortência e Mangueira, com risco de desmoronar sobre residências e de levar abaixo casas). Há outros casos onde a solução passa somente pela retirada da população local e seu posterior assentamento.

Por falar em habitação popular, em Senhora de Oliveira encontramos o conjunto habitacional “José Pascoalino Milagres”, 40 residências do “Programa Minha Casa Minha Vida”, pioneiro na região, entregue em 2016, que contou com recursos do Governo Federal, Estadual e infraestrutura e aquisição do terreno pelo município, obra gerenciada pela COHAB, que recebe prestações mensais subsidiadas. A Cohab Minas firma parceria com prefeituras conveniadas. O município oferece o terreno urbanizado, e a companhia promove a construção e fiscalização das obras, além de subsidiar o custo do investimento. O processo é uma forma de viabilizar o acesso à habitação pela população de baixa renda. Se Senhora de Oliveira tem “Minha Casa Minha Vida”, por quê Piranga não pôde ou pode ter? Será que em Piranga já houve iniciativa de algum PROJETO formal neste sentido? Pois, promessas de construção de moradias populares eu já ouvi! Inclusive em áreas de domínio do poder público que julgo inadequadas, o que é inaceitável.

Estamos vivenciando, a cada dia, eventos extremos, consequências negativas de interferências globais e locais sobre a natureza, com precipitações irregulares e concentradas, elevação repentina do nível de cursos d’água etc, que impactam, sobremaneira, as populações mais vulneráveis. Eventos extremos como o observado na última quarta-feira, dia 29, na Vila do Carmo, se tornarão cada vez mais frequentes. Felizmente, naquele caso não houve vítimas. Iremos esperar até quando? Das administrações passadas, nenhuma concedeu o devido valor ao problema socioambiental da Vila do Carmo, seja para resolvê-lo (e isto exige uma política de longo prazo) ou, pelo menos, para minorá-lo! Ocorreram até intervenções, a meu ver, algumas equivocadas, sem critério técnico adequado à realidade ambiental local, como a canalização de trechos do córrego do morro do Vicente.

Os próximos anos estão aí, para esta realidade mudar.
É preciso acreditar.
É preciso fazer.
2022 começa hoje!
Cidade de Piranga.

  • FONTE E FOTOS GUARA DRONE

Variantes do coronavírus, sobretudo Delta, reforçam incerteza global

Avaliação é que o crescimento fora dos EUA se concentrou nos países desenvolvidos e na China, mas emergentes ainda enfrentam problemas

Os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) afirmam que as variantes do coronavírus, em especial a delta, reforçam as incertezas sobre o cenário econômico global. A análise consta na ata da última reunião de política monetária, divulgada nesta quarta-feira.

Na visão dos dirigentes a economia internacional acelerou no segundo trimestre deste ano, após um início fraco.

A avaliação é que o crescimento econômico fora dos Estados Unidos se concentrou nos países desenvolvidos e na China, apoiado pelas campanhas de vacinação, a eliminação de restrições de saúde pública, adaptação econômica ao vírus e a reabertura do setor de serviços.

“A situação foi bem diferente em algumas economias emergentes, onde a baixa taxa de vacinação deixou as populações vulneráveis a novas ondas de infecções”, dizem os dirigentes na ata.

Retirada de classificação

O documento informou que a entidade tirou de sua comunicação a classificação de “fraco” para descrever a atividade dos setores mais afetados pela pandemia de coronavírus nos Estados Unidos. No lugar desta descrição, os dirigentes concordaram em afirmar que estes setores “não se recuperara plenamente”, de forma a refletir os avanços da economia americana, afirmou o documento.

Segundo o documento, divulgado nesta quarta, a atividade do setor industrial permaneceu contida por gargalos na cadeia produtiva, que afetam principalmente o setor automobilístico.

Já o setor de construção sofreu com a escassez de matérias-primas, enquanto a demanda por domicílios se fortaleceu.

FONTE INFO MONEY

Emenda do deputado Glaycon Franco ameniza problema de transporte na APAE de Lafaiete


Um dos grandes problemas enfrentados pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Conselheiro Lafaiete diz respeito ao transporte dos assistidos (e também de colaboradores) da entidade.

Apesar de a pandemia ter limitado alguns serviços ofertados não só pela APAE, mas também de outras instituições que atuam na área de assistência social, muitas ações continuaram sendo realizadas dentro do que os protocolos de segurança e o Programa Minas Consciente as permitem executar. O ir e vir das equipes da APAE se manteve constante, porém com a dificuldade do transporte (falta de veículos) para agilizar os trabalhos.

Diante deste contexto e ciente da relevância do trabalho da instituição no município, o deputado estadual Glaycon Franco destinou emenda no valor de R$ 50 mil para aquisição de um veículo novo para a APAE de Lafaiete. A notícia chegou em boa hora e foi comemorada pelos representantes da entidade.

A auxiliar administrativa Annie Morais / REPRODUÇÃO

Para a auxiliar administrativa Annie Morais a verba ajudará bastante a todos os envolvidos: assistidos e colaboradores. “Os R$ 50 mil destinados à APAE pelo deputado Glaycon Franco será utilizado para compra de um carro de passeio de 5 lugares, que atenderá todo o corpo da APAE. Tanto funcionários quanto alunos, agora, terão um veículo à disposição para atendê-los. Durante a pandemia muitas famílias ainda necessitam do amparo da instituição. O veículo chegará neste momento que é tão oportuno e será utilizado para que nossas assistentes sociais façam visitas às famílias assistidas, além outros serviços que sejam necessários, como, por exemplo, levar nossos alunos às consultas médicas,” ressaltou.

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