Teste do pezinho: diagnósticos precoces salvam vida de recém-nascidos

Mais de 50 doenças raras podem ser detectadas pelo exame no SUS

O teste do pezinho é considerado a forma mais eficaz de diagnosticar precocemente doenças genéticas, metabólicas e infecciosas que podem afetar o desenvolvimento de crianças. Em maio de 2021, a Lei nº 14.154 ampliou para mais de 50 o número de doenças raras detectadas pelo exame via Sistema Único de Saúde (SUS).

Pouco mais de dois anos depois, no Dia Nacional do Teste do Pezinho, lembrado nesta terça-feira (6), a Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal e Erros Inatos do Metabolismo avalia que o exame está em expansão no Brasil. A fase classificada como ideal para a realização do teste é entre o terceiro e o quinto dia de vida.

“É a partir dessa gota de sangue que o futuro de uma pessoa é desenhado, dando a oportunidade de agir precocemente no tratamento de doenças graves”, destacou a entidade nas redes sociais.

A vice-presidente da sociedade, Carolina Fischinger, reforçou a importância da coleta do sangue no tempo certo. “A detecção dessas doenças previne consequências clínicas importantes pois são condições tratáveis. Também lembro que temos uma lei que prevê a ampliação para mais doenças, possibilitando o diagnóstico precoce de doenças genéticas graves que têm tratamento disponível.”

Rol de doenças

Antes da Lei nº 14.154, o SUS realizava um formato de teste do pezinho capaz de detectar apenas seis doenças. Com a nova legislação, o exame passou a englobar 14 grupos de doenças, que podem identificar até 53 tipos diferentes de enfermidades e condições especiais de saúde.

As mudanças propostas pelo texto, entretanto, começaram a vigorar somente em maio do ano passado e o processo de ampliação do teste deve acontecer de forma escalonada.

Na primeira etapa de implementação, o teste do pezinho continua detectando as seis doenças iniciais, ampliando para a testagem de outras relacionadas ao excesso de fenilalanina e de patologias relacionadas à hemoglobina (hemoglobinopatias), além de incluir os diagnósticos para toxoplasmose congênita.

Em uma segunda etapa, seriam acrescentadas as testagens para galactosemias; aminoacidopatias; distúrbios do ciclo da ureia; e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos (deficiência para transformar certos tipos de gorduras em energia). 

Para a terceira etapa, ficam as doenças lisossômicas (que afetam o funcionamento celular) e, na quarta etapa, as imunodeficiências primárias (problemas genéticos no sistema imunológico). Já na quinta etapa, começará a ser testada a atrofia muscular espinhal (degeneração e perda de neurônios da medula da espinha e do tronco cerebral, resultando em fraqueza muscular progressiva e atrofia).

Público x privado 

A lei também prevê que, durante os atendimentos de pré-natal e de trabalho de parto, os profissionais de saúde devem informar à gestante e aos acompanhantes sobre a importância do teste do pezinho e sobre eventuais diferenças existentes entre as modalidades oferecidas no SUS e na rede privada de saúde. 

Arte teste do pezinho
Arte/Agência Brasil

Edição: Juliana Andrade

FONTE AGÊNCIA BRASIL EBC

Bombeiros militares salvam recém-nascidos engasgados em Lafaiete

No domingo (11), o Corpo de Bombeiros Militar foi acionado para atendimento de duas ocorrências de desobstrução das vias aéreas de bebês, sendo um com três meses de idade, e outro com três dias, nos bairros Rochedo e Paulo VI, respectivamente.

Os bombeiros receberam as chamadas pelo número 193, e, ainda por telefone, orientaram os solicitantes acerca dos procedimentos de desobstrução. Duas equipes também deslocaram aos endereços solicitados. Quando chegaram, os recém nascidos já haviam voltado a respirar e os bombeiros os conduziram para o Hospital São Vicente, onde eles receberam atendimento médico.

Avó de bebê que teria morrido por falta de UTI Neonatal comemora conquista de 15 leitos de semi intensivos em Lafaiete

Eram por volta das 9:00 horas, do dia 21 de agosto de 2021, os familiares Amirie Agatha receberam a notícia da morte da recém-nascida. O parto aconteceu no Hospital Queluz, em Lafaiete. A perda prematura foi atribuída a ausência de UTI Neonatal para atender casos mais graves. São inúmeros relatos de dramas vividos pelos país sobre falta de estrutura para atendimentos a casos mais graves de recém nascidos e falta de leitos de UTI em Lafaiete.

Na mesma época de Amirie (foto), nossa reportagem recebeu o depoimento do pai de um bebezinho de nome Bernardo Davi São José Matosinhos. O lafaietense Ramon Matosinhos da Silva contou que seu filho nasceu de 8 meses (34 semanas) no Hospital Queluz, no dia 23 de janeiro de 2021.

Pelo fato de ser prematuro e ganhar peso, ele foi transferido para CTI Neonatal da Santa Casa em Barbacena onde ficou internado por 74 dias e completou com 7 meses de vida no dia 23 de agosto. O bebê teve uma perda auditiva, paralisa cerebral com atraso de desenvolvimento, autismo, epilepsia e faz uso anticonvulsivo.

Outro caso

A falta de CTI Neonatal também tornou a vida de uma família um drama, quando na madrugada de 8 de agosto de 2021, Josielly Emílio sentiu fortes dores provenientes de contrações, quando foi encaminhada do Hospital de Senhora de Oliveira ao Queluz em Lafaiete

Por volta das 10:45 horas, ela deu à luz ao bebê Heitor Emílio Vicente Goulart por cesárea. Segundo a mãe, ele nasceu prematuro com 37 semanas.Por volta das 16:00 horas, a equipe médica informou que ele estava ofegante e com falta de ar quando foi transferido para a incubadora.

Já no dia 9, a saúde do recém-nascido foi complicando quando o hospital iniciou a busca de CTI Neotal para a sua transferência. No dia seguinte, após procura por vaga para o pequeno Heitor, por volta das 19:00 horas, o SAMU chegou ao Queluz para encaminhá-lo para Santa Casa de Barbacena. Porém quando foram levá-lo para da incubadora do Hospital para a ambulância, Heitor não resistiu e faleceu prematuramente com poucas horas de vida.

Vitória

A partir da tragédia, a avô da bebê Amirie, conhecida como “Gena Costureira, iniciou uma luta e uma mobilização para que a cidade fosse contemplada com a UTI Neonatal. O Movimento Mães de Queluz” ganhou protagonismo e arregimentou diversos setores na busca desta conquista que iria salvar vida.

Mais de um ano depois, o Governo do Estado anunciou a instalação no Hospital Queluz de 15 leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCINco), também conhecidas como conhecidas como Unidades Semi-Intensiva (CI). Elas são em unidades hospitalares destinados ao atendimento de recém-nascidos considerados de médio risco e que demandem assistência contínua, porém de menor complexidade do que na UTIN.

Muitos pacientes admitidos na UTI podem ser direcionados para uma UCI, que dispõe dos recursos necessários para o atendimento do paciente crítico com a mesma qualidade de uma UTI, associados à otimização dos recursos humanos e tecnológicos. A implantação da UCI depende agora das adaptações da estrutura do Queluz para receber os 15 leitos e compra de equipamentos, via licitação, e a contratação da equipe médica para iniciar a operação que deve ocorrer ao longo de 2023.

Reação

“Eu estou muito feliz! Eu lutei muito por isso foram dias de muita oração e jejum. Ainda iremos mais longe. Eu vejo isso como um avanço na missão da Amarïe Aghata aqui nessa terra. Ela era uma luz que veio pra brilhar nesse mundo. E nunca irar ser apagada”, disse Gena Costureira à nossa reportagem ao receber a notícias da implantação da UCI no Queluz.

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