Corpo de Bombeiros de Minas Gerais alerta para o risco de cabeça d’água no verão

Chuvas intensas na nascente podem causar o fenômeno e pegar banhistas de surpresa; Checar a previsão do tempo é sempre uma boa forma de prevenir acidentes

Todos os anos, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) atende mais de mil ocorrências envolvendo casos de afogamento em todo o estado e uma média de 200 casos de óbitos por ano. Boa parte desses eventos acontecem em regiões de cachoeiras, rios e lagos.

No último domingo (7), bombeiros foram acionados para resgatar um grupo de 16 pessoas que ficaram ilhadas na cachoeira de Braúnas, na região da Serra do Cipó. Os banhistas ficaram presos em um ponto próximo a cachoeira e foram retirados do local com o apoio dos militares e da aeronave Arcanjo do CBMMG. Em 2021, uma cabeça d’água arrastou dezenas de pessoas em Capitólio, ferindo várias vítimas e deixando pelo menos três sem vida.

Minas tem cachoeiras que atraem turistas de todas as partes do país, mas as belas quedas d’água podem esconder riscos para banhistas. O famoso fenômeno típico de verão, mais conhecido como cabeças d’água, é o aumento rápido do nível de um curso de água devido à chuva de grande intensidade que, normalmente, ocorre nas cabeceiras dos rios ou em trechos mais altos de seu percurso, onde acontece o escoamento superficial da água.

O grande volume de água pode surpreender os banhistas, mas dá sinais claros de que está prestes a ocorrer, por isso, o ideal é observar os seguintes indícios:

Se a correnteza começa a ficar mais rápida e a trazer muitas folhas e galhos, indica que está descendo um grande volume de água. Vale também observar a movimentação dos animais. As aves fogem da chuva da cabeceira e voam no sentido contrário.

A cor da água também pode ser um indicativo de que o fenômeno está acontecendo. Se a água começar a ficar mais turva, é hora de deixar o rio em direção a um local seguro. Vale destacar que os lugares mais recorrentes são os trechos do rio com encostas íngremes e afastadas das nascentes, onde o nível da água tende a aumentar com maior vazão. Se o local já possui sinalização de alertas para possíveis cabeças d’água, redobre a atenção e a qualquer indicativo de chuva jamais se arrisque.

Uma forma de evitar o problema é ficar mais próximo à nascente do rio, onde a possibilidade de acontecer a cabeça-d’água é menos provável e optar por frequentar locais que contam com salva-vidas. Se ainda assim for surpreendido, procure proteção para só depois continuar o percurso. Não tente atravessar a correnteza. O ideal é buscar um lugar mais alto, longe do rio, e esperar a enxurrada passar.

Outra forma de planejar o passeio e evitar aborrecimentos é se certificar das condições do tempo, sempre avisar outras pessoas e não ir sozinho. Checar a previsão não apenas para os arredores do curso d’água, mas também para toda a região, evitará surpresas desagradáveis e garantirá mais proveito na diversão.  

FONTE AGÊNCIA MINAS

Com risco a saúde pública, prefeitura interdita hospital policlínica

A Prefeitura Municipal de Barbacena (PMB) publicou na tarde de ontem (08/01) o decreto para a requisição administrativa do Hospital Policlínica IMAIP de Barbacena. A medida foi tomada devido a uma série de problemas que impossibilitava o hospital a prestar a devida assistência a população, como o não cumprimento das metas relacionadas aos serviços que o hospital era contratado para prestar, mesmo os repasses sendo feitos de forma regular.  
A medida segue o preceito da Constituição Federal que diz que a saúde é um direito inalienável e é incumbência do Estado em garantir seu acesso e assistência à população. Tal desassistência acarreta sérios riscos ao bem-estar coletivo, potencializando o agravamento de diversas enfermidades.

A Requisição Administrativa configura-se como uma medida emergencial do governo quando há risco iminente à coletividade, justificando intervenções em instituições privadas ou sociais.

Esta ação é amparada por lei e não implica na alteração da propriedade do Hospital, ou seja, o IMAIP continua com a sua vocação privada filantrópica.  Diante dos problemas constantes de procedimentos não realizados, desmarcação de consultas, desassistência além de inadimplência salarial dos funcionários do hospital, além de outros elencados no decreto municipal, a medida tem como principal objetivo alterar a gestão para resolver os desafios enfrentados, garantindo a continuidade e aprimoramento dos serviços de saúde essenciais à população.

A medida visa é tomada em consonância com a Secretaria de Saúde Estadual e municípios da microrregião, que também são atendidos pelo hospital.

FONTE PREFEITURA DE BARBACENA

Minas no topo do mapa nacional de áreas de risco

Estado supera Santa Catarina em locais com ameaças geológicas e tem também cidade com maior concentração de pontos de atenção em todo o país: Ouro Preto

Minas Gerais assumiu a condição de estado brasileiro com maior número de locais classificados como área de risco geológico, passando à posição anteriormente ocupada por Santa Catarina. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), são 582.750 pessoas vivendo em 2.988 locais nessa situação. Quase 80% dos pontos mapeados pelo órgão, vinculado ao Ministério de Minas e Energia, estão sob ameaça de deslizamentos em território mineiro, que tem também a cidade com maior concentração de pontos ameaçados: Ouro Preto, na Região Central.

Os dados são de 27 de novembro e mostram uma mudança em relação ao início do ano. Em fevereiro, segundo o SGB, eram 581.703 pessoas vivendo em 2.849 áreas de risco geológico no estado. Santa Catarina liderava na época o ranking nacional, com 2.939 locais sob ameaça. Já no levantamento mais recente, o estado da Região Sul ocupa o segundo lugar, com 2.951 locais apontados como perigosos, seguido pelo Espírito Santo, com 1.076; Pará com 1.026; e São Paulo com 858.

Em Minas, há 701 áreas apontadas como de risco muito alto e 2.287 de risco alto. Em fevereiro eram 671 áreas na maior classificação de risco e 2.178 com alto risco. No levantamento atual, 74,8% dos pontos mapeados estão sob ameaça de deslizamento, 15,46% de inundação, 3,21% de erosão, 2% de queda e 4% listados como outros fatores.

Com 313 áreas de risco, Ouro Preto permanece na liderança da lista de cidades com mais locais sob perigo no estado e também no país. Nas dez primeiras posições em Minas, vêm na sequência Ipatinga (Vale do Aço), Juiz de Fora (Zona da Mata), Santa Luzia (Grande BH), Resplendor (Vale do Rio Doce), Sabinópolis (Vale do Rio Doce), Muriaé (Zona da Mata), Antônio Dias (Vale do Rio Doce), Ervália (Zona da Mata) e Além Paraíba (Zona da Mata). Em fevereiro a situação era bem parecida, com mudanças de posição entre os municípios. O ranking era composto, pela ordem, por Ouro Preto, Juiz de Fora, Santa Luzia, Sabinópolis, Muriaé, Antônio Dias, Ervália, Além Paraíba e Ibirité, que no monitoramento mais recente passou à 11ª colocação.

Mapeamento ocorre a pedido de prefeituras

A supervisora de Hidrogeologia e Gestão Territorial da Subsecretaria de Regulação Urbana da Prefeitura de Belo Horizonte (Sureg/PBH), Michele Silva Santana, que também atua no Serviço Geológico do Brasil, explica que o mapeamento das áreas de risco é feito por uma equipe própria do SGB, formada por geólogos e geógrafos. “O mapeamento é feito de acordo com uma lista que recebemos de prefeituras para trabalhar em um ano. Mas nosso trabalho está incluído na Lei Orgânica de Assistência Social (Loas). Recebemos uma verba da lei orçamentária anual e planejamos os municípios que vão ser visitados no ano”, detalha.

Ela diz que o SGB recebe diretamente pedidos de prefeituras, Defesa Civil dos estados e do governo federal. “Não escolhemos os municípios, acatamos todos os pedidos e planejamos ao longo dos anos.” A supervisora diz que a lista de 2024 já está completa. A equipe do SGB se desloca até o município e faz o trabalho junto da Defesa Civil da localidade. “É um trabalho conjunto. O órgão municipal é que indica as áreas e fazemos o trabalho técnico especializado dentro dessas áreas.”

Equipe age em busca de sinais de perigo

O primeiro passo é fazer uma entrevista com integrantes da Defesa Civil municipal, para levantar as áreas mais críticas de cada localidade. “Eles conhecem as áreas e sabem onde tem risco de deslizamento, as famílias que já sofreram com isso. Sabem os pontos que inundam primeiro quando tem uma cheia do rio. Vamos conhecer esses locais”, afirma Michele Santana.

Quando chega ao local, a equipe faz uma vistoria. “Levantamos alguns fatores de risco, avaliamos a estabilidade do talude, perguntamos às pessoas sobre deslizamentos anteriores, quanto tempo elas moram no local.” As equipes também avaliam o solo, procurando por cicatrizes de deslizamento ou degrau de abatimento. “Qualquer indício de que há um risco naquela área de deslizamento, inundação ou queda de blocos, por exemplo.”

Ela explica que o SGB trabalha na identificação e caracterização das áreas, mas não faz monitoramento. “Instruímos a Defesa Civil para facilitar o trabalho ao longo do ano e como agir em momentos de desastre. Temos um trabalho adicional de capacitação de agentes das defesas civis municipais para identificar áreas de risco, mapeá-las, além de fazer a mitigação e o monitoramento dessas áreas.” 

Relevo do estado influi no ranking

Em relação ao fato de Minas Gerais estar no topo do ranking das áreas de risco no Brasil, a supervisora de Hidrogeologia e Gestão Territorial da Subsecretaria de Regulação Urbana da Prefeitura de BH, Michele Silva Santana, integrante do Serviço Geológico do Brasil, lista possíveis motivos. “É o estado com maior número de municípios do Brasil. Tem também um relevo composto por muitos morros, serras, estruturas geológicas que condicionam o aparecimento de áreas de risco se forem mal ocupadas. É muito fácil criar áreas de risco com a ocupação desordenada, sem planejamento. Fora a questão social, já que os terrenos mais difíceis de serem ocupados acabam sendo os mais baratos e os preferidos pela população mais carente e de baixa renda. Eles acabam vendo nesses terrenos a única possibilidade de construir uma casa”, conclui.

De acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, 289 municípios decretaram situação de anormalidade por desastres relacionados às chuvas durante a estação das águas anterior, de outubro de 2022 a março de 2023. Entre as causas estão chuvas intensas, queda de granizo, vendaval, inundação e deslizamentos.
Em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, são 6.486 pessoas vivendo nas 313 áreas de risco do município, sendo que 97% delas estão no patamar de risco geológico alto e 2,8%, muito alto. Em janeiro do ano passado, a reportagem do Estado de Minas esteve na cidade histórica e conversou com moradores que vivem em áreas de risco.

No Bairro Taquaral, era possível ver que parte do asfalto de algumas ruas cedeu e deslizamentos de terra interditaram casas. Já em outras, havia rachaduras enormes e algumas foram simplesmente abandonadas. A parte mais alta do bairro já tinha ares de cidade-fantasma, com postes de energia inclinados.

Danos em Juiz de Fora e Santa Luzia

Outra cidade que sofreu no período chuvoso anterior foi Juiz de Fora, na Zona da Mata. Temporais alagaram ruas de bairros e do Centro da cidade, carros foram arrastados e estabelecimentos comerciais invadidos pela água. A Defesa Civil municipal também recebeu chamados relacionados a deslizamentos e desabamentos.

Em 27 de dezembro do ano passado, Ipatinga foi atigida por um temporal que alagou ruas e deixou pessoas ilhadas em carros. O Corpo de Bombeiros também foi acionado para vistoriar três pontos com risco de deslizamento.

Em Santa Luzia, na Grande BH, duas pessoas morreram, durante o período chuvoso anterior, em decorrência de deslizamentos de encosta. Mas foi a cidade de Antônio Dias, no Vale do Rio Doce, que registrou o maior número de mortes por causa de deslizamentos de terra. Na madrugada do Natal de 2022, um talude desabou em cima de quatro casas no povoado de Vila do Carvalho, na zona rural do município. Chovia muito no momento e cinco pessoas morreram. Um estudo feito pelo SGB mostrou que casas afetadas pelo deslizamento estavam em área de alta declividade e a combinação com as chuvas intensas foi responsável pela tragédia. 

Capacitação e material para reforçar resposta de cidades

A Defesa Civil Estadual (Cedec) informa que está empenhada em fortalecer as estruturas municipais de proteção e defesa civil, por meio de investimentos e capacitações. Em 2023, a Cedec destacou que distribuiu 15 kits adicionais, com viaturas 4×4, notebooks, trenas digitais e coletes reflexivos. O material foi entregue aos municípios de Raposos, São Joaquim de Bicas, Jaboticatubas, Perdões, Conceição do Pará, Capelinha, Pocrane, Poço Fundo, Pará de Minas, Coroaci, Nova Lima, Patrocínio, Conceição das Alagoas, Ipatinga e Malacacheta. Em 2022, foram doados 497 kits.

Em relação à capacitação, a Cedec informou que estabeleceu parceria com a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) para a criação do Curso de Formação para Coordenadores Municipais em Proteção e Defesa Civil. Mais de 70 servidores concluíram o curso. Além disso, está em andamento o curso de Sistema de Comando em Operações nas Regiões de Proteção e Defesa Civil (Redec).

Paralelamente, o curso do 1º Interventor em Proteção e Defesa Civil ocorre em diversas Regiões da Polícia Militar, para capacitar policiais militares a atuarem em situações relacionadas à proteção civil. Além disso, em 21 de outubro, a Cedec promoveu Seminário de Preparação para o período chuvoso, uma iniciativa voltada para preparar e orientar os municípios para que enfrentem esse período de forma mais eficaz.

Vistorias em Santa Luzia

Em Santa Luzia, na Grande BH, a coordenadoria da Defesa Civil informou que são feitas “em caráter permanente e de forma constante, vistorias preventivas nas áreas de risco – sempre que detectado algum risco de colapso estrutural em qualquer imóvel”. Constatado o problema, o órgão solicita a desocupação do imóvel e a família é encaminhada para a assistência social, onde será cadastrada em auxílios e benefícios fornecidos pelo município.

Além disso, o órgão informou que foram feitas campanhas educativas para enfrentamento do período chuvoso, além da atualização do Plano de Contingência e da realização de um seminário de preparação, com todos os agentes de segurança do município.

Ressaltou ainda que as secretarias de Desenvolvimento Urbano, de Desenvolvimento Social e de Habitação de Regularização Fundiária fizeram a remoção e relocação nos programas habitacionais do município das famílias residentes em áreas de risco.

Risco monitorado em Juiz de Fora

A Prefeitura de Juiz de Fora informou que atualiza anualmente o Plano de Contingência para Desastres Geológicos e Hidrológicos, que envolve diversas instituições para alinhar estratégias de ação diante de eventos adversos relacionados às chuvas. O município acrescentou que, apesar das tempestades intensas no último período chuvoso, a cidade não registrou nenhuma morte e ressaltou que as ações preventivas acontecem durante todo o ano.

“O mapeamento de área de risco é atualizado e as áreas são monitoradas pelas equipes da Defesa Civil. São 157 áreas de risco (130 de risco geológico e 27 de risco hidrológico). Mais de 61% (1.001) das vistorias realizadas pela Defesa Civil em 2023 foram de caráter preventivo, a fim de orientar a população e encaminhar ações necessárias para redução do risco, como a implantação de leiras para desvio das águas pluviais, calafetação de trincas e a instalação de lonas. Além disso, a Defesa Civil realizou capacitações em escolas e ampliou o quadro de voluntários”, disse, em nota.

A análise técnica da Defesa Civil é usada para determinar a ordem de prioridade para limpeza de bocas de lobo e córregos. Em 2023, foram feitas 430 limpezas de córregos, atendendo cerca de 53 locais diferentes em mais de 42 bairros. A prefeitura também está fazendo o desassoreamento do Rio Paraibuna para aumentar a capacidade de vazão dos cursos d’água e retirar materiais sólidos indesejáveis, prevenindo enchentes e inundações.

O Executivo Municipal destaca também as obras de drenagem nos bairros Industrial, Santa Luzia (Acesso sul), Dom Bosco, Benfica e na Rua Cesário Alvim. Além disso, está fazendo obras de contenção de encostas em ruas que cederam devido às fortes chuvas de anos anteriores. 

Líder do ranking tenta se preparar

Em Ouro Preto, cidade que concentra maior número de áreas de risco em Minas e no país, o secretário municipal de Segurança e Trânsito, Juscelino Gonçalves, explicou que foi feito um trabalho junto ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), à Defesa Civil Estadual e aos institutos de meteorologia para estimar qual seria o volume de chuva para o atual período chuvoso. “A previsão é de, aproximadamente, de 900 a 1.000mm na região de Ouro Preto. A prefeitura atacou algumas obras de extrema necessidade, como a Avenida Lima Júnior, um importante acesso para a cidade. Também a encosta da Rua Padre Rolim, que dá acesso ao Centro Histórico de Ouro Preto”, afirmou. Gonçalves destaca ainda que foi feita uma obra de contenção e restauração em talude de encosta, com canalização e drenagem da água.

“Também na Rua Santa Marta, no Morro Santana, na Rua das Violetas e Margaridas, no Morro do Santa Cruz e na Rua São Cristóvão foram feitas algumas ações. Na estrada que dá acesso ao distrito de Rodrigo Silva, houve uma grande obra de pavimentação, drenagem e recomposição da encosta. O distrito de Santo Antônio do Salto passou por recomposição e restabelecimento de várias pontes, que foram afetadas nas últimas chuvas”, listou.

Força-tarefa para mapear ameaças

A Defesa Civil de Ouro Preto, em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto, Universidade Federal de Viçosa e Ministério das Cidades, elaborou o Plano Municipal de Redução de Riscos, classificando as ameaças em níveis alto, muito alto e altíssimo. O documento também dá diretrizes à administração da cidade para intervenções de engenharia e segurança.

“Além disso, houve várias ações de esclarecimento e desenvolvimento do sistema de segurança e defesa civil na cidade. A Defesa Civil ativou e atualizou o seu plano de contingência. Contratou equipes especializadas, com psicólogos e assistentes sociais, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social, para que esses profissionais fiquem à disposição, no período chuvoso, para prestar assistência às comunidades que possam ser atingidas pelo alto volume de chuvas esperado neste período”, informou o secretário.

Juscelino Gonçalves ressaltou que também foram feitas várias ações de reurbanização e reassentamento, além de concessão de aluguel social e da contratação de estação meteorológica para a disponibilidade de leitura que oriente as ações do município.

Preparação durante o período de estiagem

A Defesa Civil de Muriaé, na Zona da Mata, informou que, no período de seca, iniciou o trabalho de prevenção com vistorias em áreas de risco já setorizadas. O objetivo é instruir a população mais suscetível a desastres sobre os riscos de deslizamentos de encostas ou de inundação. Além disso, ainda no período de estiagem, o órgão atualizou o Plano de Contingências e o Núcleo Comunitário de Proteção e Defesa Civil, para que na estação chuvosa possa atender com maior efetividade e celeridade.

Ainda de acordo com a Defesa Civil do município, no período chuvoso as vistorias são intensificadas principalmente nas áreas de risco já mapeadas. “Outras ações são feitas concomitantemente, como reuniões com empresas de barramento, de conselhos municipais relacionados a intervenções de urbanismo e meio ambiente, monitoramento e medições dos rios que cortam o perímetro urbano e produção de boletins meteorológicos diários, entre outros.”

Procurada, a Defesa Civil de Antônio Dias não se manifestou sobre a situação das áreas de risco na cidade até o fechamento desta edição. 

Ao vistoriar as áreas de risco em municípios, a pedido das prefeiuras, as equipes do Serviço Geológico do Brasil também dão sugestões de intervenções para as áreas de risco. “São sugestões para acompanhamento, ou no sentido de chamar uma equipe especializada de engenharia. Às vezes, os municípios conseguem, com nossos relatórios, verbas para obras de mitigação”, explica Michele Silva Santana, integrante do SGB e supervisora de Hidrogeologia e Gestão Territorial da Subsecretaria de Regulação Urbana da Prefeitura de BH. Quando essas intervenções estão prontas, é possível acionar o SGB para avaliação do risco remanescente ou se a intervenção foi suficiente, explica. “A própria Defesa Civil Estadual consegue fazer essa avaliação, mas atendemos também, se formos solicitados.” A atualização dos dados é feita após cada avaliação de algum ponto solicitado pelas prefeituras ou defesas civis municipais.

FONTE TESTADO DE MINAS

Bolsa Família em risco! Governo vai bloquear quem estiver com problemas no CPF

Medida pode levar ao cancelamento definitivo

Sem choro nem vela! Quem tiver inconsistências no CPF (Cadastro de Pessoa Física) terá o pagamento do Bolsa Família bloqueado a partir deste mês. Ainda mais, caso a situação não seja resolvida em até seis meses, os benefícios serão cancelados.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a medida é para garantir que o benefício chegue às pessoas que realmente precisam.

Como resolver a pendência no CPF e retomar o Bolsa Família?

Para resolver qualquer pendência do CPF registrado no Cadastro Único, as famílias devem verificar a situação na Receita Federal. Então, se necessário, devem regularizar o documento junto ao próprio órgão.

Em seguida, depois da regularização, é necessária a atualização no CadÚnico. Assim, a retirada da pendência ocorrerá de forma automática no Sibec (Sistema de Benefícios ao Cidadão).

Notificação

A saber, o MDS afirmou que as famílias foram comunicadas sobre a situação do CPF e como regularizar o documento. A comunicação foi feita por mensagens enviadas por meio do extrato de pagamento dos benefícios, do aplicativo do Programa Bolsa Família e do Aplicativo Caixa Tem.

Segundo a Instrução Normativa, a coordenação estadual deverá apoiar os municípios a obter informações sobre os procedimentos e a orientar as famílias com CPF em situação irregular.

Além disso, para o esclarecimento de dúvidas, o governo disponibiliza diversos canais de atendimento. Eles incluem o Disque Social 121, chat, formulário eletrônico e informações permanentes no site do MDS.

Calendário do Bolsa Família de 2024

O pagamento do Bolsa Família neste ano começa no dia 18 de janeiro e segue até o dia 31, de acordo com o número final do Número de Identificação Social (NIS).

  • NIS de final 1 – 18 de janeiro;
  • NIS de final 2 – 19 de janeiro;
  • NIS de final 3 – 22 de janeiro;
  • NIS de final 4 – 23 de janeiro;
  • NIS de final 5 – 24 de janeiro;
  • NIS de final 6 – 25 de janeiro;
  • NIS de final 7 – 26 de janeiro;
  • NIS de final 8 – 29 de janeiro;
  • NIS de final 9 – 30 de janeiro;
  • NIS de final 0 – 31 de janeiro.

Condicionalidades do Bolsa Família

Em conclusão, além da renda per capita (por pessoa) de, no máximo, R$ 218 por mês, para receber o benefício existem condições específicas que devem ser cumpridas, como a exigência de acompanhamento pré-natal para gestantes e de frequência escolar mínima para crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos, que é de 60% para os menores de 6 anos e de 75% para quem tem entre 6 e 17 anos.

Por fim, outras obrigações são o acompanhamento do estado nutricional de menores de 7 anos, que têm de passar por avaliação nutricional periódica, com a medição do peso e da altura, e o cumprimento do calendário nacional de vacinação. A condição de beneficiário deve ser informada quando a criança for matriculada na escola e a cada vez que for ao posto de saúde para ser vacinada.

FONTE BRASIL 123

Interdições em estradas de MG ampliam risco de acidentes, diz especialista

Minas Gerais tem 50 trechos de estradas com problemas entre interdições, estreitamentos, buracos e obras

Minas Gerais tem 50 trechos de estradas com problemas entre interdições, estreitamentos, buracos e obras. Os bloqueios, na maioria, são reflexo das chuvas que atingiram o Estado nos últimos meses. Na AMG 150, entre Raposos e Nova Lima, na região metropolitana, uma queda de barreira interditou parcialmente a estrada há mais de um ano, conforme mapa interativo que monitora a situação. Para especialistas, a situação expõe o “sucateamento das vias” e aumenta os riscos de acidentes durante o período chuvoso.  

Dados compilados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv), divulgados em mapa interativo, mostram que há 49 bloqueios parciais e um trecho com interdição total nas rodovias estaduais e federais que cortam Minas. No km 1 da AMG- 150, uma queda de barreira interdita parcialmente a via desde dezembro de 2022. 

Segundo a prefeitura de Raposos, no início de setembro de 2023, o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas (Der-MG) deu início a recuperação da AMG-150, que dá acesso ao município. As obras foram concluídas em dezembro, após intensa cobrança do executivo e legislativo, segundo informou a administração municipal.

“A recuperação trouxe mais segurança e comodidade para os raposenses e demais motoristas que utilizam a via para acessar a cidade”, disse. O Executivo ressalta, no entanto, as dificuldades enfrentadas pela população na época das chuvas. “Quanto à queda de barreira, em períodos de intensas chuvas, quando ocorre, causa grandes transtornos, fazendo com que os raposenses tenham grandes dificuldades para sair ou entrar no município, por se tratar de uma cidade dormitório e ter somente essa via de acesso”, afirma.

Interdições amplia riscos, diz especialista 

Para o médico de tráfego e diretor da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra, os problemas como o da AMG-150 expõem uma falta de planejamento de intervenções programadas nas estradas de Minas e do país, para evitar condições de riscos nas rodovias. “É um problema nacional, temos uma política equivocada voltada para a estrutura viária, com falta de intervenções programadas e corretivas, sendo que muitas vezes o que a gente vê é uma tentativa de minimamente permitir uma circulação de veículos o que também já não acontece, que são aquelas operações tapa buraco”, avalia. 

O especialista reforça que obras para melhorias das vias deveriam ser realizadas antes do período chuvoso, e alerta para os riscos que as más condições podem trazer. “Uma vez que já é sabidamente conhecido o período chuvoso, todas as obras teriam que anteceder a esse momento, o que mais uma vez não aconteceu. É um desafio adicional, numa malha viária tão sucateada, as intempéries causadas pelas chuvas muitas vezes crateras, buracos e desmoronamentos não ficam tão visíveis no período chuvoso, ou seja é um Desafio circular nas rodovias nesta época”, alerta.

Coimbra pede ainda que os motoristas observem o histórico das rodovias quando há deslizamentos de terra. Em caso de risco, é ideal que evite trafegar pela faixa mais próxima da encosta, pois, além do risco de novas quedas, a visão do todo fica comprometida. “Observe sinais de queda de vegetação ou pedras nos pontos adiante. Caso perceba alguma movimentação, busque um local seguro, pelo menos a 100 metros desse ponto, estacione seu veículo, acione as luzes de alerta e ligue para serviços de urgência e/ou segurança da região”, disse.

O que diz o DNIT?

Sobre os pontos de bloqueios listados nas rodovias de Minas, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) disse, em nota, que monitora mensalmente a condição da malha rodoviária sob sua jurisdição e trabalha para garantir o melhor nível de serviço dentro da disponibilidade orçamentária. O órgão ressalta que Minas possui a segunda maior malha rodoviária do país sob a responsabilidade do DNIT e que, por isso, foi o estado que exigiu mais atenção. 

“Planejamento e organização foram as palavras que direcionaram as ações de trabalho visando devolver à malha, que atualmente tem cerca de 5,5 mil quilômetros de rodovias sob administração federal, às condições adequadas de trafegabilidade. No comparativo do ICM entre os anos de 2022 e de 2023 a faixa “Bom” manteve-se em 43%; “Regular” ficou em 28%; e “Péssimo” reduziu de 21% ante 14%. Em dezembro de 2023, o DNIT superou a marca de 90% da malha rodoviária de Minas Gerais coberta por contratos de manutenção/conservação”, informou. (Veja a íntegra da nota abaixo). 

O que diz o DER-MG?

Em nota sobre a obra no trecho da AMG-150, o DER-MG informou ter sido deslocado “para o local para verificar a situação da rodovia” e que “e os serviços necessários serão realizados com a maior brevidade possível”. A Prefeitura de Nova Lima foi procurada. O conteúdo será atualizado em caso de retorno. 

Com relação às ações realizadas nas rodovias estaduais, o DER-MG afirmou ter concluído 28 obras de recuperação funcional do pavimento de rodovias; outras 28 estão em andamento, totalizando 1.690 km. O departamento também afirma ter investido R$ 330 milhões para conservação rodoviária. 

“A recuperação funcional e a pavimentação e construção de pontes estão incluídas no Provias, considerado o maior programa de recuperação e pavimentação rodoviária da última década”, afirmou o DER-MG sobre o programa, que já conta com quase R$ 2,5 bilhões em investimentos.

Veja dicas para dirigir em segurança em momentos de chuva:

  • Só saia se for realmente necessário
  • Use GPS mesmo que conheça o caminho; eles avisam sobre interdições e desvios seguros
  • Tenha sempre uma outra opção de percurso para fugir de interdições e alagamentos.
  • Em caso de chuva intensa, procure lugar seguro para parar o carro
  • Não avance se o volume de água cobrir metade da altura da roda
  • Não saia do carro em caso de enxurrada
  • Mantenha distância de 4 segundos do veículo à frente
  • Use farol baixo mesmo na cidade
  • Não freie bruscamente
  • Em caso de água na pista, mantenha o volante reto, segurando forte, pare de acelerar e não freie
  • Em caso de interdição de pista: se não existir local seguro para estacionar, acione as luzes de alerta e abandone o veículo, buscando abrigo em local seguro
  • Use o pisca alerta quando houver uma redução drástica de velocidade, para que os demais motoristas possam reduzir a velocidade de forma segura evitando colisões.

Leia a nota do Dnit na íntegra:

“O DNIT informa que monitora mensalmente a condição da malha rodoviária sob sua jurisdição e trabalha para garantir o melhor nível de serviço dentro da disponibilidade orçamentária. Esse monitoramento é realizado por uma metodologia própria de avaliação das condições da manutenção do pavimento e da conservação das rodovias federais em todo o país. O Índice de Condição da Manutenção (ICM) tem o objetivo de manter uma radiografia atualizada das condições da malha federal sob jurisdição da autarquia, que considera a situação da pista, sinalização, funcionamento dos dispositivos de drenagem, entre outros itens. O ICM é dividido em quatro faixas classificadas como: Bom, Regular, Ruim e Péssimo. O monitoramento do ICM busca ainda utilizar as informações apuradas na tomada de decisões sobre investimentos. 

A partir de um planejamento integrado, de valorização da gestão técnica e ampliação dos investimentos do Governo Federal ao longo de 2023 foi possível assegurar a manutenção da malha rodoviária e dar celeridade ao andamento de obras estruturantes em todo o país. Desta forma, no geral – dos cerca de  

Minas Gerais – que possui a segunda maior malha rodoviária do país sob a responsabilidade do DNIT – foi o estado que exigiu mais atenção. Planejamento e organização foram as palavras que direcionaram as ações de trabalho visando devolver à malha, que atualmente tem cerca de 5,5 mil quilômetros de rodovias sob administração federal, às condições adequadas de trafegabilidade. No comparativo do ICM entre os anos de 2022 e de 2023 a faixa “Bom” manteve-se em 43%; “Regular” ficou em 28%; e “Péssimo” reduziu de 21% ante 14%. 

Em dezembro de 2023, o DNIT superou a marca de 90% da malha rodoviária de Minas Gerais coberta por contratos de manutenção/conservação. E para 2024 o DNIT planeja dar continuidade às ações consideradas estruturantes para o desenvolvimento da infraestrutura de transportes do estado. Entre elas, ampliar a cobertura contratual e, desta forma, garantir a execução dos serviços de manutenção/conservação necessários para elevar o percentual do ICM na faixa Bom.

Leia a nota do DER-MG na íntegra:

As ações realizadas nas rodovias estaduais (pavimentação, conservação, recuperação funcional e de pontos críticos, dentre outras) fazem parte do trabalho contínuo do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) que contribui para a manutenção das condições de trafegabilidade e segurança e minimizam os danos causados pelo período chuvoso. 

Em 2023, por exemplo, em recuperação funcional do pavimento de rodovias que necessitavam de revitalização da camada asfáltica, e não somente tapa-buracos, 28 obras foram concluídas e outras 28 encontram-se em andamento, totalizando 1.690 km.  

Em serviços de conservação rodoviária (que incluem roçada, tapa-buracos, limpeza de dispositivos de drenagem e outros), que também impactam na prevenção, foram investidos R$ 330 milhões. Para a recuperação de pontos críticos, foram destinados, aproximadamente, R$ 37 milhões. 

A pavimentação é outra ação que diminui os impactos das chuvas nas rodovias. No ano passado, o DER-MG pavimentou 9 trechos, somando 256 km. Atualmente, 27 trechos estão com obras em andamento. 

Tanto a recuperação funcional, que promove melhorias no pavimento das rodovias, quanto a pavimentação e construção de pontes, que viabiliza novas ligações entre importantes regiões do estado, estão incluídas no Provias, considerado o maior programa de recuperação e pavimentação rodoviária da última década. 

O programa, que tem como objetivo reverter a situação precária em que se encontram muitas rodovias mineiras devido ao baixo investimento realizado por gestões anteriores na área, já conta com quase R$ 2,5 bilhões em investimentos, que estão sendo aplicados em 124 intervenções em rodovias em todo o estado.

FONTE O TEMPO

Estradas de MG têm 50 interdições e chuvas: PRF alerta para risco de acidentes

Minas Gerais tem 50 trechos de estradas com registro de interdições

Motoristas mineiros que vão pegar estrada nesta quarta-feira (3 de janeiro) vão precisar de atenção redobrada. Além das chuvas que atingem o Estado e deixam as pistas escorregadias, Minas Gerais tem 50 trechos de estradas com problemas entre interdições, estreitamentos, buracos e obras. 

Dados compilados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv), divulgados em mapa interativo que monitora a situação, mostram que há 49 bloqueios parciais nas rodovias estaduais e federais que cortam Minas. 

Ainda conforme a polícia, há um ponto de interdição total no Estado. Trata-se do km 10 da MG-430, em Igaratinga, na região Central, entre o entroncamento da MG-252 e a BR-262. O bloqueio após colapso da estrutura da ponte sobre o rio São João, em outubro do ano passado.

Os motoristas que trafegam pelo local precisam fazer um desvio para acessar a cidade de Igaratinga, pela MG-050. Para isso, é preciso entrar na MG-431, seguir por 23 km até o entroncamento da BR-262, pegar sentido Triângulo Mineiro até o entroncamento para Igaratinga. 

Para quem vai sentido Divinópolis, a alternativa é seguir pela da MG-050, ir até o entroncamento da MG-252, entrar no sentido a São Gonçalo do Pará, em seguida ir para a BR-262 e, ao chegar na rodovia federal, seguir sentido Belo Horizonte e, para finalizar o trajeto, entrar no entroncamento para Igaratinga. 

Clique aqui e veja os pontos com interdição total ou parcial e saiba o que fazer para evitá-los.

Chuva 

Minas Gerais está sob alerta para chuvas intensas nos próximos dias, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Na Grande BH, a manhã desta quarta-feira (3) foi marcada por chuvas. Por isso, a PRF também pede que os motoristas redobrem a atenção, diminuam a velocidade e aumentem a distância de segurança. 

Em caso de emergência, a PRF reforça que o condutor deve ligar 191.

FONTE O TEMPO

10 profissões com risco de desemprego em massa a partir de 2024

Existem algumas profissões que podem começar a sofrer com a escassez de emprego já em 2024 devido a ascensão da IA

A revolução tecnológica começou, cada vez mais estamos lidando com processos automatizados e com a ascensão da Inteligência Artificial (IA). Como consequência, a automatização de inúmeros processos e a velocidade com qual a IA processo e identifica dados, impactará fortemente no mercado de trabalho nos próximos anos.

Logo, muitos empregos começarão a ser perdidos para sempre, como uma maneira de reduzir custos e aumentar a produção e processos internos, várias empresas, estão, aos poucos reduzindo o quadro de funcionários e investindo em novas tecnologias que substituem humanos e ainda são mais eficientes.

Contudo, não é hora de ter medo e sim, é o momento de se investir no desenvolvimento pessoal, afinal, da mesma forma que muitos empregos vão se perder pelo caminho, outras oportunidades de emprego também começarão a ser demandas no mercado.

Se você é uma pessoa que gosta de estar a frente do tempo, para que consiga se planejar, é o momento ideal de conhecer quais são as profissões que estão mais perto de ser substituídas. Pensando nisso, aqui nós iremos apresentar 10 profissões que poderão ser substituídas pela Inteligência Artificial já em 2024, e poderá fazer com que muita gente sofra com o desemprego em pouco tempo.

1. Redatores de qualidade baixa a média

Atualmente, o ChatGPT ainda não atinge o nível de habilidade necessário para substituir um redator humano de alta qualidade. Embora seja capaz de lidar com redações de baixo esforço, como postagens no Instagram e mensagens curtas de marketing, sua falta de criatividade e repetitividade limita sua aplicação. No entanto, é possível prever que, à medida que o ChatGPT evolui e aprimora suas habilidades de redação, uma parte da indústria de redatores poderá enfrentar desafios de emprego em 2024.

2. Caixas

Os caixas tradicionais estão à beira da extinção, uma transição comparável à gradual perda do rinoceronte negro. A ascensão dos caixas automáticos em supermercados sinaliza um futuro onde apenas um supervisor pode ser necessário para cada dez máquinas, reduzindo drasticamente a demanda por caixas humanos.

3. Preparadores de impostos

Com a ascensão da inteligência artificial, a função de preparadores de impostos para pessoas comuns pode ser ameaçada. Enquanto grandes empresas ainda necessitam de equipes fiscais, a automação e eficiência da IA tornam-na uma concorrente formidável quando se trata de lidar com números e regras fiscais. A previsão é que, para atividades mais padronizadas, os humanos serão gradualmente substituídos por IA mais eficiente.

4. Negociadores de ações

O advento dos traders de IA transformou o cenário do mercado financeiro. A capacidade desses programas de processar enormes volumes de informações simultaneamente coloca os negociadores humanos em desvantagem. Embora a IA ainda não consiga analisar completamente o fator humano nas empresas, é apenas uma questão de tempo até que equipes híbridas de humanos e IA se tornem a norma, antes de a inteligência artificial assumir o controle total.

5. Tradutores

A evolução do software de tradução, como o DeepL, representa uma ameaça para tradutores humanos. A capacidade da IA de compreender e traduzir não apenas literalmente, mas também considerando o contexto cultural, coloca em risco a relevância dos tradutores humanos. Até 2024, a automação nesse campo pode tornar obsoleta a necessidade de tradutores humanos em muitas situações.

6. Artistas e ilustradores

A ascensão da inteligência artificial na geração de imagens de alta qualidade impacta diretamente a demanda por artistas e ilustradores tradicionais. Ferramentas como o Midjourney, que venceu concursos de arte digital, indicam uma mudança de paradigma. A IA está se tornando mais hábil na interpretação de prompts e na criação de conteúdo visual, questionando a necessidade de artistas humanos em algumas áreas.

7. Diretor de operações

A nomeação de uma IA como CEO de uma empresa de jogos indica uma mudança na dinâmica de cargos executivos. Funções como Diretor de Operações (COO) podem enfrentar desafios significativos em termos de eficiência e tomada de decisões à medida que mais empresas consideram integrar IA em cargos de liderança. A automação de tarefas como análise estatística, tomada de decisões e avaliação de riscos pode alterar a paisagem do papel do COO nos próximos anos.

8. Assistente administrativo

A automação de tarefas administrativas, como organização de agenda, triagem de emails e gerenciamento de documentos, pode impactar a demanda por assistentes administrativos. A inteligência artificial, com sua capacidade de processar grandes volumes de dados de forma eficiente, pode assumir muitas dessas funções, deixando os assistentes administrativos com tarefas mais estratégicas.

9. Analista de dados de nível básico

A análise de dados está se tornando cada vez mais automatizada, com algoritmos e IA capazes de processar e interpretar conjuntos de dados complexos. Funções de análise de dados de nível básico, que envolvem tarefas mais rotineiras e menos complexas, podem ser automatizadas, reduzindo a demanda por analistas de dados que lidam apenas com tarefas mais simples.

10. Atendente de telemarketing

Com o avanço da inteligência artificial em sistemas de atendimento ao cliente, a demanda por atendentes de telemarketing pode diminuir. Chatbots e assistentes virtuais estão se tornando cada vez mais eficientes em lidar com consultas básicas e direcionar chamadas, o que pode impactar negativamente as oportunidades nessa profissão.

FONTE MEU VALOR DIGITAL

Com umidade de deserto, 101 cidades de MG estão em alerta de risco à saúde

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu na manhã desta sexta-feira (15 de dezembro) um alerta de perigo para 101 cidades mineiras por conta da baixa umidade. O índice deve ficar entre 12% e 20%, considerado semelhante à umidade de deserto.

O alerta é válido das 10h até as 18h desta sexta-feira, segundo o Inmet. Há risco de incêndios florestais e também risco à saúde, como ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz.

Entre as recomendações do Inmet estão a ingestão de bastante líquido, não realizar atividade física, evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia, além do uso de hidratante para a pele e umidificador de ar para ambientes. 

Em caso de necessidade, a população pode entrar em contato com a Defesa Civil (telefone 199) e com o Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Veja a lista das cidades em alerta:

  1. Águas Vermelhas
  2. Almenara
  3. Arinos
  4. Berizal
  5. Bonfinópolis de Minas
  6. Bonito de Minas
  7. Botumirim
  8. Brasilândia de Minas
  9. Brasília de Minas
  10. Buritis
  11. Buritizeiro
  12. Cabeceira Grande
  13. Cachoeira de Pajeú
  14. Campo Azul
  15. Capitão Enéas
  16. Catuti
  17. Chapada Gaúcha
  18. Claro dos Poções
  19. Comercinho
  20. Cônego Marinho
  21. Coração de Jesus
  22. Coronel Murta
  23. Cristália
  24. Curral de Dentro
  25. Divisa Alegre
  26. Divisópolis
  27. Dom Bosco
  28. Espinosa
  29. Formoso
  30. Francisco Sá
  31. Fruta de Leite
  32. Gameleiras
  33. Grão Mogol
  34. Ibiaí
  35. Ibiracatu
  36. Icaraí de Minas
  37. Indaiabira
  38. Itacambira
  39. Itacarambi
  40. Itinga
  41. Jaíba
  42. Janaúba
  43. Januária
  44. Japonvar
  45. Jequitinhonha
  46. João Pinheiro
  47. Josenópolis
  48. Juramento
  49. Juvenília
  50. Lagoa dos Patos
  51. Lontra
  52. Luislândia
  53. Mamonas
  54. Manga
  55. Matias Cardoso
  56. Mato Verde
  57. Medina
  58. Mirabela
  59. Miravânia
  60. Montalvânia
  61. Monte Azul
  62. Montes Claros
  63. Montezuma
  64. Natalândia
  65. Ninheira
  66. Nova Porteirinha
  67. Novorizonte
  68. Padre Carvalho
  69. Pai Pedro
  70. Paracatu
  71. Patis
  72. Pedra Azul
  73. Pedras de Maria da Cruz
  74. Pintópolis
  75. Ponto Chique
  76. Porteirinha
  77. Riachinho
  78. Riacho dos Machados
  79. Rio Pardo de Minas
  80. Rubelita
  81. Salinas
  82. Santa Cruz de Salinas
  83. Santa Fé de Minas
  84. Santo Antônio do Retiro
  85. São Francisco
  86. São João da Lagoa
  87. São João da Ponte
  88. São João das Missões
  89. São João do Pacuí
  90. São João do Paraíso
  91. São Romão
  92. Serranópolis de Minas
  93. Taiobeiras
  94. Ubaí
  95. Unaí
  96. Uruana de Minas
  97. Urucuia
  98. Vargem Grande do Rio Pardo
  99. Varzelândia
  100. Verdelândia
  101. Virgem da Lapa

FONTE O TEMPO

Ouro Preto é a cidade com maior número de barragens de rejeitos em risco do país

Destino de turistas de todo o Brasil e do mundo, a cidade mineira lidera ranking com maior número de estruturas com algum risco de rompimento

Atraindo uma média de 500 mil turistas por ano para suas ladeiras e distritos bucólicos, segundo dados do Ministério do Turismo, Ouro Preto é considerada a principal cidade histórica do Brasil. Entretanto, o que muitos destes visitantes não sabem é que cachoeiras que refrescam seus passeios e até alguns bens tombados que os transportam ao passado são ameaçados todos os dias pelo grande número de barragens de minério existentes na região, impactando a vida de quem vive ali e precisa conviver com o medo, a poeira e a destruição de seus bens naturais. A cidade é a com maior número de estruturas de rejeitos com algum nível de alerta, o pior cenário do país. 

O medo e apreensão devem continuar fazendo parte da vida de quem vive abaixo destas barragens por ao menos mais uma década. Isso porque, segundo as empresas, a previsão é que a eliminação das estruturas dure pelo menos até 2035. Em 2019, uma lei obrigou a descaracterização de todas essas barragens, porém, ao fim do prazo (em 2022), apenas 10 delas tinha sido desmontadas, de acordo com a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). Até dezembro de 2023, existiam 15 barragens desmanchadas e 39 que ainda passavam pelo processo.

Um levantamento feito por O TEMPO no Sistema de Gestão de Segurança de Barragem de Mineração (SIGBM), da Agência Nacional de Mineração (ANM), indicou que, em dezembro de 2023, existiam 51 barragens com algum nível de alerta em Minas Gerais, sendo que 26 delas sequer têm a estabilidade comprovada pelas empresas. Em todo o Brasil são 88 barragens sob algum alerta, ou seja, Minas tem quase 60% de todas as barragens que demandam alguma atenção do país.

As barragens com algum nível de risco estão distribuídas em 16 municípios mineiros, porém Ouro Preto é a cidade que aparece no topo do ranking negativo, com dez barragens sob risco, sendo cinco delas nos dois níveis de emergência mais altos (2 e 3). Além disso, seis destas barragens não tiveram a estabilidade comprovada pelas empresas. 

De todas as estruturas em “alerta” em território mineiro, 28 pertencem à mineradora Vale, considerada uma das maiores do mundo. Para se ter ideia, a segunda mineradora com mais barragens sob algum nível de alerta é a Emicon, com quatro estruturas, todas nos níveis mais baixos. 

Para explicar como funcionam esses níveis de alerta das barragens, o engenheiro hidráulico e especialista nessas estruturas Carlos Barreira Martinez as compara ao corpo humano. “Quando você fala que a barragem está em Nível de Alerta, isso significa que ela inspira cuidados, segurança. Já no nível 1, indica que ela está com um problema que pode trazer uma dor de cabeça enorme, mas ainda não tem que retirar a população”, detalha. 

Quando esse “problema inicial” sofre uma piora, é acionado então o Nível 2, fase em que as empresas passam a ser obrigadas a fazer simulados, colocar um plano de evacuação em ação e a fazer o acionamento de sirenes. Já o nível 3, ainda segundo o especialista, “é um desastre” em andamento. 

“Se eu puder fazer uma comparação para que o pessoal possa entender, o Nível de Emergência é quando os exames apontam alguma alteração. O nível 1 já é quando você sente dor no peito, passando para o nível 2 quando ela se torna tão forte, tão incômoda, que você fala: ‘olha, eu vou ter que ir para o hospital’. Já o nível 3 seria quando você está indo para a mesa de cirurgia”, exemplifica o professor.

Richard Guerra, vice-presidente do Instituto Guaicuy, entidade que luta pela revitalização da bacia do rio das Velhas – que, por sinal, nasce em Ouro Preto -, explica que são várias as barragens preocupantes no município, mas, talvez, o caso mais grave seja do complexo da Mina de Fábrica, onde existem cinco barragens e um dique em diferentes níveis de emergência, sendo uma delas no mais alto de todos. 

O vice-presidente do Guaicuy também cita a barragem Doutor, da Vale, localizada no distrito de Antônio Pereira, que fica a 25 quilômetros de Ouro Preto. A estrutura já esteve em nível 2 de emergência e, após o início das obras de descomissionamento, passou para o nível 1. Em caso de rompimento, além de atingir imóveis no distrito, que já teve diversas famílias removidas de suas casas, a lama tomaria conta da Cachoeira do Pinguela, de um sítio arqueológico chamado “Fazenda Gualaxo”, e, até mesmo, da Ermida (capela) de Nossa Senhora Aparecida de Bento Rodrigues, distrito que seria engolido pelos rejeitos pela segunda vez.

Até mesmo o novo Bento Rodrigues, reconstruído pela fundação Renova após a destruição do distrito de Mariana, poderia ser afetado pelo rompimento, já que uma das estradas que dá acesso ao local poderia ser soterrada.

Três barragens no nível mais alto

Entre as 51 barragens em nível de alerta, as três que estão com maior risco (nível 3) são a Sul Superior, localizada em Barão de Cocais, e a Forquilha III, em Ouro Preto, ambas da Vale. A terceira estrutura em pior estado é a barragem da Mina de Serra Azul, da ArcelorMittal, localizada em Itatiaiuçu. Todas as cidades estão na região Central de Minas Gerais, no chamado “Quadrilátero Ferrífero”.

Para Martinez, o grande número de barragens sob alerta é consequência da velocidade que a atividade minerária tem avançado em Minas. “Toda obra de engenharia a gente sabe que vai haver um risco, o problema é que eles estão muito altos. E isso ocorre porque o processo de mineração está sendo muito rápido, nós estamos tirando muito minério. A quantidade de resíduo que é gerado da mineração é muito elevado, portanto, o risco cada vez mais alto. A questão é que a atividade minerária é necessária, ela cria empregos, e tudo que a gente olha em volta é feito a partir de processo de mineração, ou quase tudo. O problema é que a gente tem que fazer direito”, conclui o especialista.

Procurada pela reportagem, a ANM informou, por nota, que atualmente a sua Superintendência de Segurança de Barragens de Mineração conta com 76 fiscais “dedicados exclusivamente à segurança de barragens e distribuídos em cinco unidades”. “A ANM divulga em seu site os boletins mensais que tratam das vistorias realizadas e alterações no cadastro de barragens. De janeiro a novembro deste ano a equipe realizou 340 vistorias”, completou o órgão.

Por fim, o órgão federal destacou ainda que a importância do SIGBM – sistema que foi usado por O TEMPO para fazer este balanço da situação atual das barragens de Minas Gerais. “O compromisso com a transparência de informações pela agência, corroborado pelo SIGBM, é um incentivo para que os empreendedores se comprometam com a segurança das barragens”, concluiu a ANM.

Previsão de verão “muito chuvoso” é preocupante

Ainda conforme Martinez, a população que vive abaixo destas barragens deve ficar atenta durante o período chuvoso, especialmente após as fortes ondas de calor que atingiram a região Sudeste neste ano. “Temos a possibilidade de ter um verão muito chuvoso. Pode ser que não, mas há uma perspectiva e, se isso acontecer, essa é uma situação para as pessoas ficarem preocupadas, atentas”, alerta.

À medida que as chuvas se intesificam, a água penetra e enchaca o solo, chegando até as barragens de rejeito. Com isso, segundo Julio Cesar Nery Ferreira, engenheiro de minas e Diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), aumenta-se o volume e o consequente transbordamento, que pode danificar a “parede” das estruturas e levar a um rompimento.

O meteorologista Lizandro Gemiacki, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), explica que a teoria das mudanças climáticas, discutida desde os anos 90, alerta que, com a temperatura global aumentando, o mundo vai experimentar eventos extremos, o que já vem ocorrendo nos últimos anos, com ondas de frio e calor muito intensas.

“O que é mais provável de acontecer, quando a gente tiver temperaturas mais altas, é uma maior frequência de eventos extremos, portanto, chuvas mais intensas e em um menor período de tempo, alternando com secas mais intensas”, completou o especialista.

Risco ao abastecimento de BH e região

Não são apenas os moradores das regiões mais próximas destas barragens que podem ser afetados. Assim como o rompimento de Brumadinho afetou o abastecimento da região metropolitana de Belo Horizonte ao contaminar o rio Paraopeba, de onde era retirada boa parte da água que alimenta a região, essas 51 barragens colocam em risco inúmeros rios do Estado.

A barragem da Mina de Serra Azul, em Itatiaiuçu, por exemplo, que se encontra no nível mais alto de emergência, poderia atingir o reservatório Rio Manso, o maior da Grande BH e que abastece grande parte das cidades. Além disso, segundo o vice-presidente do Instituto Guaicuy, Ronald Guerra, a bacia do rio das Velhas também é fortemente ameaçada por estas estruturas.

“O rio Itabirito, da bacia do Rio das Velhas, está na região do complexo de Fábrica, onde a gente tem as Forquilhas, que são cinco barragens e um dique em níveis diferentes de segurança. Essas barragens estão com reparo por equipamentos remotos, em processo de descomissionamento”, detalha.

Segundo Guerra, o rompimento dessas e outras estruturas da região poderia causar um dano muito grande na chamada cabeceira do Rio das Velhas, que nasce em Ouro Preto. “Cerca de 60% do abastecimento da região metropolitana é correlacionado com a bacia do rio das Velhas. Então existe um risco muito grande para a segurança hídrica, o impacto pode ser muito grande”, pontua.

Respostas

Procurada pela reportagem de O TEMPO, a Vale informou, por nota, que vem aprimorando a gestão de suas barragens, “realizando uma profunda análise técnica do histórico e das condições atuais e de performance de cada uma das suas estruturas”.

“Como resultado desse avanço contínuo, 11 estruturas da empresa deixaram o nível de emergência desde o início de 2022, tendo a sua estabilidade atestada. É importante reforçar ainda que apenas duas barragens da empresa estão em nível 3 de emergência: as barragens Sul Superior, em Barão de Cocais, e Forquilhas III, em Itabirito. A Zona de Autossalvamento (ZAS) dessas duas estruturas já foram evacuadas preventivamente e as duas barragens contam com suas respectivas Estruturas de Contenção a Jusante (ECJs) com Declarações de Condição de Estabilidade (DCEs) vigentes e aptas a cumprirem seu propósito de proteger as pessoas e o meio ambiente em caso de rompimento”, completou a empresa.

A mineradora afirma ainda que monitora todas suas estruturas 24h, sete dias por semana. Questionada sobre o descomissionamento de suas barragens a montante, a Vale explicou que se comprometeu a eliminar as 30 estruturas existentes até 2035.

“Até o momento, 13 estruturas foram completamente descaracterizadas, o que equivale a mais de 40% do total. Desde 2019, foram investidos cerca de R$ 6,2 bilhões no Programa de Descaracterização. A previsão é não ter nenhuma estrutura em condição crítica de segurança (nível de emergência 3) até 2025”, detalha.

Já a mineradora ArcelorMittal, responsável pela barragem de Itatiaiuçu, detalhou que a estrutura está desativada e não recebe rejeitos desde 2012, sendo acompanhada 24h por dia desde 2019.

“Em relação à descaracterização, a empresa informa que as obras da Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ), que é uma grande barreira com capacidade para reter todo o rejeito na hipótese de rompimento da barragem, estão em curso e tem previsão de conclusão em setembro de 2025. Essa estrutura permitirá o início dos trabalhos de descaracterização da barragem, que será a retirada de todo o material contido em seu interior e seu desmonte”, explicou.

Já sobre a ameaça ao sistema Rio Manso, que abastece a Grande BH, a empresa argumentou que a construção da estrutura de contenção vista, justamente, garantir a segurança do reservatório, já que conteria 100% dos rejeitos.

A reportagem também tentou contato com a Emicon, mas, até a publicação, a empresa ainda não tinha se manifestado.

FONTE O TEMPO

Oito anos após desastre de Mariana, Vale tem duas barragens com risco iminente de rompimento

Na última sexta-feira, a Agência Nacional de Mineração interditou preventivamente as atividades da Vale na mina Fábrica Nova, no mesmo município, por não haver garantia de estabilidade de local

Oito anos depois do rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), que deixou 19 mortos e um mar de lama que devastou o Rio Doce, a Vale ainda tem duas barragens com risco iminente de rompimento.

Uma delas, a Forquilha III, fica em Ouro Preto (74 mil habitantes), e a outra, Sul Superior, em Barão de Cocais (32 mil habitantes). Ambas se localizam em Minas Gerais e estão no nível 3 de emergência, quando a ruptura pode acontecer a qualquer momento ou já está em andamento, segundo descrição no site da empresa.

No ano passado, a Vale retirou outra barragem no nível máximo de emergência, a B3/B4, em Nova Lima (MG), e prometeu em seu relatório integrado anual acabar com as barragens de rejeito a montante em condição crítica de segurança até 2025.

Esse tipo de barragem é o mesmo que rompeu em Brumadinho (MG) em janeiro de 2019, matando 272 pessoas. O método, chamado alteamento a montante, prevê que o dique inicial seja ampliado para cima usando o próprio rejeito de minério de ferro, e por ser uma opção menos segura já foi banida por países com o Chile.

O nível de emergência é uma categoria estabelecida pela legislação de 2022 para classificar os riscos potenciais que poderiam comprometer a segurança de barragens.

Em Forquilha III e Sul Superior, a Vale diz que os cuidados são estendidos, além da zona de autossalvamento (ZAS), para as pessoas que estão na zona de segurança secundária (ZSS), região que está a mais de 10 km ou 30 minutos de uma eventual inundação — quando existe tempo suficiente para que as pessoas consigam fugir por conta própria para abrigos.

Já as ZAS abarcam toda região em que não exista tempo suficiente para uma intervenção das autoridades competentes em situação de emergência, e onde as pessoas não consigam se salvar a tempo. Em caso de rompimentos de barragens de nível 2 ou 3, essas áreas são evacuadas, enquanto as ZSS são notificadas.

Andresa Rodrigues, presidente da associação de familiares das vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho (Avabrum), diz que as mineradoras enxergam como gasto o que deveria ser visto como investimento e que se o monitoramento de barragens fosse prioridade das empresas, seu filho, morto no desastre de janeiro de 2019, estaria vivo.

Ela chama as barragens de Forquilha III e Sul Superior de “bombas-relógio prestes a explodir”, mas diz que muitas outras barragens sequer monitoramento têm. Andresa também cobra pela condenação dos responsáveis pelo rompimento. Mesmo após as centenas de mortos, milhões de metros cúbico de rejeitos de mineração despejados no rio Paraopeba e três ainda desaparecidos, não houve nenhuma punição.

— A Avabrum luta pela memória, pela não repetição do crime e pelos direitos dos familiares. Não queremos que mais ninguém passe pela dor que passamos. Mas, para isso, as empresas e autoridades precisam de mais seriedade. Se não vamos voltar a discutir esse assunto quando a próxima barragem se romper e matar mais gente — diz a presidente da associação.

Enquanto a companhia mantém o processo de desmonte das estruturas precárias, outras vão colocando em perigo as regiões onde estão instaladas. Na última sexta-feira, a Agência Nacional de Mineração interditou preventivamente as atividades da Vale na mina Fábrica Nova, também em Mariana, por não haver garantia de estabilidade nas estruturas e risco iminente de acidente. A empresa diz acompanhar a vistoria da ANM e da Defesa Civil nesta segunda-feira.

“Nesta semana, equipe da ANM, em parceria com a Defesa Civil, está realizando vistoria no local para definir a linha de ação que deve ser adotada pela empresa. Assim que for apresentado laudo atestando a estabilidade das estruturas, a ANM decidirá sobre a manutenção ou não da intervenção”, diz a agência em nota.

Procurada, a Vale afirmou que se comprometeu a eliminar suas 30 barragens a montante até 2035, e que, até o momento, 13 estruturas foram completamente descaracterizadas, mais de 40% do total. A companhia disse ter investido cerca de R$ 6,2 bilhões no Programa de Descaracterização desde 2019. Além disso, informou em nota:

“A velocidade do processo de eliminação de barragens depende de uma série de fatores, incluindo o desenvolvimento de novas tecnologias e o uso de equipamentos operados de forma 100% remota. As obras são complexas e, por isso, as soluções são customizadas para cada estrutura e estão sendo realizadas de forma cautelosa, tendo como prioridade, sempre, a segurança das pessoas, a redução dos riscos e os cuidados com o meio ambiente.

“Sobre as barragens Sul Superior e Forquilhas III, ambas as estruturas seguem avançando no processo de descaraterização. A barragem Sul Superior está em obras, em fase de remoção dos rejeitos do reservatório. A conclusão da descaracterização da estrutura está prevista para 2029. A Barragem Forquilhas III está em fase de desenvolvimento da engenharia, com obras previstas para serem finalizadas em 2035. Ambas estão inativas e são monitoradas permanentemente. Além disso, as duas barragens contam com suas respectivas Estruturas de Contenção a Jusante (ECJs) com Declarações de Condição de Estabilidade (DCEs) vigentes e aptas a cumprirem seu propósito de proteger as pessoas e o meio ambiente em caso de emergência.”

FONTE O GLOBO

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