Campanha alerta para os riscos do trabalho infantil no carnaval

Órgãos pedem que população denuncie casos

O feriado de carnaval remete a folia e alegria, mas também a trabalhadores informais que permanecem na labuta por dias, nas ruas de todo o país, para manter a festa de pé. Uma das preocupações é a de que muitos deles são crianças e adolescentes. 

Com a chegada das festas, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Ministério Público do Trabalho, a Justiça do Trabalho e o  Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) lançaram campanha para alertar a população sobre os riscos do trabalho infantil. A campanha tem como lema Trabalho Infantil não Desfila no Carnaval e orienta a como fazer denúncias de casos. Os canais usados para recebimento de denúncias são o Disque 100 ou e o site do MPT.

Em média, a cada ano, as notificações de casos de trabalho infantil aumentam 38% durante os meses de carnaval, em todo o país, de acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT). A legislação do Brasil proíbe o trabalho para pessoas com idade inferior a 16 anos. A exceção ocorre quando assegurada a condição de aprendiz, prevista para adolescentes a partir dos 14 anos de idade. A lei estabelece que jovens com idade entre 16 e 18 anos podem trabalhar somente se não ficarem expostos a trabalho noturno, perigoso, insalubre ou àquele que traga algum prejuízo à sua formação moral e psíquica.

Conforme observa a secretária executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), Katerina Volcov, ao estar pelas ruas, essas crianças, vítimas de exploração, ficam vulneráveis em diversos níveis. Vender refrigerantes e garrafas d’água em meio a foliões, por exemplo, pode, portanto, parecer algo inofensivo, quando, na realidade, não é. Quando não há a adequada supervisão de um responsável, como é o caso do carnaval, os menores de idade podem acabar sendo estimulados a usar drogas ilícitas e ser submetidos a outras situações perigosas, como ressalta a secretária..

 “As crianças estão sujeitas a riscos físicos, psicológicos e emocionais. A criança que está vendendo algo na rua tem o risco de ser atropelada, de sofrer com as intempéries. Sol intenso ou chuva intensa podem causar enfermidades. Existe um grande risco de desaparecimento, de tráfico de crianças. Infelizmente, a gente tem muitas crianças desaparecidas nessa época do ano”, argumenta a representante do FNPETI.

Entre 2011 e 2020, o Brasil registrou 24.909 casos de acidentes de trabalho e 466 mortes envolvendo menores de 18 anos de idade, com uma média de 2,5 mil acidentes e 47 mortes por ano. Os dados foram levantados por um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).  

FONTE AGÊNCIA BRASIL

Copo Stanley tem chumbo? Entenda os riscos do metal para a saúde

Nas redes sociais, usuários começaram a discutir sobre a gravidade do problema; fabricante se posicionou

Na última semana, os copos térmicos da marca Stanley estiveram no centro de uma polêmica nas redes sociais. O debate começou após usuários, principalmente nos Estados Unidos, realizarem testes rápidos que supostamente detectaram a presença de chumbo nos produtos, gerando uma onda de preocupação entre os consumidores.

A fabricante confirma: os copos Stanley têm, de fato, chumbo em sua composição. O metal é utilizado como material de vedação na base do copo, mas, segundo a empresa, um revestimento de aço inoxidável impede o contato direto com o consumidor.

“A Stanley esclarece que não há chumbo em parte alguma da superfície de seus produtos que entre em contato com o consumidor, ou com líquidos e alimentos que estejam sendo consumido”, diz a empresa por meio de nota.

Os copos térmicos da marca possuem paredes duplas e isolamento a vácuo -é o que garante a conservação da temperatura de bebidas em seu interior, de acordo com a fabricante. O material de vedação incluiria uma parcela de chumbo em sua composição, “no entanto, uma vez selada, esta área é coberta por uma camada não removível de aço inoxidável, tornando-a inacessível aos consumidores”.

A empresa acrescenta que “na rara ocorrência desta tampa de inox se soltar, devido a algum caso extremo, possivelmente expondo o selante, este continuará sem contato com o conteúdo ou com o usuário”.

Ainda segundo a Stanley, seus produtos cumprem todas as normas regulatórias dos Estados Unidos, e que realiza testes e validações por meio de laboratórios terceirizados credenciados pela FDA (agência de vigilância sanitária americana).

O chumbo é um metal tóxico que pode ser absorvido pelo corpo após a inalação de partículas finas ou vapores, ou após a ingestão de compostos solúveis. Segundo o Ministério da Saúde, não há nível de exposição que seja conhecido como isento de efeitos nocivos.

Segundo o toxicologista e patologista clínico Álvaro Pulchinelli, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SPBC/ML), se o chumbo estiver isolado do com o consumidor, não há risco. “Para que haja intoxicação, é preciso haver exposição efetiva da pessoa ao chumbo”, afirma.

O especialista acrescenta que o material é muito utilizado na indústria de tintas e vernizes, e na preparação de baterias. “O chumbo é usado em vários processos, e se houver sistema que isole o contato com o ambiente, não há perigo. A bateria de carro, por exemplo, tem chumbo, mas não fica em contato conosco”.

Pulchinelli recomenda cuidado caso o copo térmico tenha algum dano físico, como trincos e rachaduras, que possam expor o seu interior ao contato humano. “Se o copo está íntegro, não sofreu nenhuma queda, ele pode ser utilizado. Não havendo exposição, não há intoxicação”, afirma.

Segundo o médico, as formas mais comuns de intoxicação por chumbo são por ingestão oral ou de forma inalatória. O metal pesado leva décadas para ser eliminado do organismo, mesmo após a interrupção da exposição. Ele afeta vários sistemas do corpo, como neurológico, cardiovascular, gastrointestinal e hematológico, sendo especialmente prejudicial a crianças pequenas. 

“Como muitas tintas têm chumbo em sua base, existem muitos casos de intoxicação de crianças que pegaram alguma casquinha e levaram à boca”, diz o profissional.

A absorção pode ser até cinco vezes maior em crianças do que em adultos, de acordo com o CDC (centros de controle e prevenção de doenças do governo americano). Em gestantes, o chumbo pode atravessar a placenta e atingir o cérebro do feto.

Um relatório de 2020 do Unicef, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) voltado para a infância, aponta que 800 milhões de crianças -ou uma a cada três- em todo o mundo têm níveis de chumbo no sangue iguais ou superiores a 5 microgramas por decilitro. Tal índice de contaminação demonstra a necessidade de intervenções globais e regionais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O metal é uma potente neurotoxina e a exposição na infância causa danos irreparáveis. Os maiores riscos são para bebês e crianças menores de 5 anos, podendo provocar deficiências neurológicas, cognitivas e físicas, além de danos à saúde mental, de acordo com o Unicef.

No caso das crianças mais velhas, as consequências da contaminação incluem um risco aumentado de danos renais e doenças cardiovasculares, diz o relatório. Um estudo publicado em setembro passado na revista científica The Lancet Planetary Health estimou que 5,5 milhões de adultos morreram de doenças cardiovasculares em 2019 devido à exposição ao chumbo. (Folhapress) 

FONTE O TEMPO

Estudo da UFRJ revela os riscos do Instagram para a saúde mental das mulheres 

Pesquisa do curso de Publicidade e Propaganda da UFRJ levantou dados sobre o papel das influenciadoras na lógica de consumo das usuárias

O impacto das redes sociais na saúde mental é um assunto que preocupa muitos especialistas. Até onde vão os efeitos que uma performance virtual causa na vida real? Ainda é possível distinguir o que se vive na Internet do que se passa fora dela? Quais os limites da publicidade nessas redes? São algumas das questões que estudos tentam responder. 

Em uma pesquisa realizada por alunas do curso de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ, que teve como objetivo expor o impacto da lógica de consumo construída pelo Instagram nas usuárias da rede social, 90% das 519 mulheres entrevistadas revelaram se sentirem desconfortáveis com a “vida perfeita” performada por influenciadoras no Instagram.

As estudantes da disciplina “Pesquisa de mercado e opinião pública” traçaram um levantamento sobre “Como a Lógica da Influência Transformou o Consumo e a Consumidora no Instagram”. A rede social é uma das mais usadas no país, sendo a preferência de um em cada quatro brasileiros, além de ser o aplicativo que mais cresceu em uso diário no Brasil, conforme dados do site Opinion Box.

A pesquisa foi desenvolvida em 2019 pelas alunas Beatriz Amaro Gomes Vianna, Eliza Raquel da Silva Franco, Manuela Teixeira de Castro, Mylena Fernandes Paes e Suziane da Silva Novaes, sob orientação do professor Cristiano Henrique, com mulheres da faixa de 16 a 24 anos, residentes no Rio de Janeiro e usuárias do Instagram. Os resultados revelaram, principalmente, um fato curioso: quase 30% das respondentes não gostam de ver conteúdo promocional, mas os nichos mais atrativos para elas são moda e beleza, justamente os que mais rendem publiposts

Isso demonstra que o problema não é o conteúdo em si, mas a forma como ele é tomado pela publicidade. Segundo as pesquisadoras, os influenciadores são, em grande parte, o que mantém o Instagram tão popular perante o público. De acordo com uma pesquisa do Jornal Correio, em 2019, 80% das pessoas seguem pelo menos um influenciador. O poder desse grupo é traduzido nos dados obtidos pela pesquisa: 48,6% das respondentes afirmaram já terem feito compras baseadas na indicação de uma influenciadora. Destas, 65,3% compraram mais de uma vez. 

Pessoas de carne e osso

Grazielli Fraga, estudante de Jornalismo da UFRJ, conta que segue influenciadoras digitais e costuma comprar produtos divulgados por elas, apesar de ter consciência da propaganda. “Às vezes não compro o produto igual, da mesma marca, mas acabo me deixando levar pela aparência. Por exemplo, já vi um vídeo de uma influenciadora postando uma panela antiaderente azul e na hora eu pensei o quanto ela ficaria linda na minha cozinha. E tinha que ser a azul. Mas será que eu realmente achava aquela panela bonita ou eu passei a achar porque uma influenciadora postou?”, indaga a estudante. “Eu cheguei a procurar e comprar a mesma panela”, completa.

Ela também afirma que sabe que as influenciadoras performam uma vida perfeita e que fazem seus seguidores acreditarem que o motivo é aquele determinado produto que ela está divulgando. “As fotos [divulgadas] são muito bonitas, porque elas são moldadas para serem bonitas e despertar o sentimento de ‘poxa, queria ser assim, queria ter isso, queria viver essa vida’, e aí a gente pensa que aquele produto é a causa da pessoa ter aquela vida”, diz.

Esse fato também é exposto pela pesquisa, já que 45,5% das respostas eram concordantes em algum grau com a frase: “gostaria de parecer mais com as influencers que sigo”. Esse sentimento é explorado pelas marcas, que criam a falsa sensação de que uma determinada roupa ou acessório são capazes de transformar a vida de uma pessoa.

Fotografia mostra espaço instagramável da Inovateca. Em um salão quadrado, espelhos estão distribuídos pelas paredes em toda a extensão do teto. No chão, há blocos quadrados em diversas alturas e cores. Um homem branco, de barba e cabelo rosa, tira uma selfie sobre um dos blocos. Sua imagem está refletida em diversos espelhos.
Instagram colabora para abaixar autoestima de usuários. | Foto: Artur Moês

A professora, psicóloga e doutora em saúde mental pelo Instituto de Psiquiatria da UFRJ Anna Lucia Spear King explica o anseio das usuárias do Instagram por terem determinados produtos “da moda”, altamente divulgados pelas influenciadoras. “As redes sociais podem manipular o cérebro no sentido de que, quando as pessoas recebem curtidas, elas sentem muito prazer e bem-estar nisso, porque o cérebro delas recebe uma enxurrada de dopamina, serotonina, endorfina, substâncias químicas que fazem com que a pessoa sinta prazer. Então, ela, mesmo sem saber, quer voltar para as redes sociais e obter cada vez mais curtidas, para que possa ficar o tempo todo se sentindo bem”, diz a pesquisadora.

De acordo com a pesquisa, tanto as marcas quanto os influenciadores têm um mercado com grande potencial e um público que vem demonstrando hábitos de consumo moldados pela influência. Isso pode ser positivo mercadologicamente falando, porém, ao fazer uma análise mais crítica, é possível identificar um forte incentivo ao consumismo e uma crescente postura de comparação, o que pode ser maléfico aos usuários da plataforma. Para 49% das respondentes que afirmam se sentirem desconfortáveis ao usar o Instagram, as influenciadoras não se importam com a autoestima dos seus seguidores. 

A comparação como gatilho para doenças mentais

Anna Lúcia, que também é fundadora e coordenadora do Instituto Delete: Uso Consciente de Tecnologias, da UFRJ, esclarece o perigo da comparação promovida pelas redes sociais. Ela explica que, se uma pessoa já tem um transtorno primário, como depressão ou ansiedade, ela pode ser influenciada pelas postagens das redes sociais. “A pessoa vai usar as redes sociais na tentativa de se sentir inserida, mas, quando ela começar a ver que a vida de todo mundo é ‘perfeita’, que todo mundo é convidado para festas, que só posta coisas boas, ela vai se deprimir ainda mais”, alerta.

Nesse sentido, o próprio Instituto Delete pode ajudar. Ele recebe usuários excessivos ou dependentes de tecnologias e oferece tratamento psicológico e psiquiátrico totalmente gratuito. “A gente trabalha o uso consciente das tecnologias, buscando orientar as pessoas para colher os benefícios que elas podem oferecer e evitar os prejuízos devido ao uso excessivo”, conta Anna Lúcia. 

Para marcar um atendimento, é necessário enviar um email para contato@institutodelete.com

*Esta reportagem é resultado das atividades do projeto de extensão Laboratório Conexão UFRJ: Jornalismo, Ciências e Cidadania e contou com a supervisão da jornalista Tassia Menezes.

FONTE CONEXÃO UFRJ

Estudo da UFRJ revela os riscos do Instagram para a saúde mental das mulheres 

Pesquisa do curso de Publicidade e Propaganda da UFRJ levantou dados sobre o papel das influenciadoras na lógica de consumo das usuárias

O impacto das redes sociais na saúde mental é um assunto que preocupa muitos especialistas. Até onde vão os efeitos que uma performance virtual causa na vida real? Ainda é possível distinguir o que se vive na Internet do que se passa fora dela? Quais os limites da publicidade nessas redes? São algumas das questões que estudos tentam responder. 

Em uma pesquisa realizada por alunas do curso de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ, que teve como objetivo expor o impacto da lógica de consumo construída pelo Instagram nas usuárias da rede social, 90% das 519 mulheres entrevistadas revelaram se sentirem desconfortáveis com a “vida perfeita” performada por influenciadoras no Instagram.

As estudantes da disciplina “Pesquisa de mercado e opinião pública” traçaram um levantamento sobre “Como a Lógica da Influência Transformou o Consumo e a Consumidora no Instagram”. A rede social é uma das mais usadas no país, sendo a preferência de um em cada quatro brasileiros, além de ser o aplicativo que mais cresceu em uso diário no Brasil, conforme dados do site Opinion Box.

A pesquisa foi desenvolvida em 2019 pelas alunas Beatriz Amaro Gomes Vianna, Eliza Raquel da Silva Franco, Manuela Teixeira de Castro, Mylena Fernandes Paes e Suziane da Silva Novaes, sob orientação do professor Cristiano Henrique, com mulheres da faixa de 16 a 24 anos, residentes no Rio de Janeiro e usuárias do Instagram. Os resultados revelaram, principalmente, um fato curioso: quase 30% das respondentes não gostam de ver conteúdo promocional, mas os nichos mais atrativos para elas são moda e beleza, justamente os que mais rendem publiposts

Isso demonstra que o problema não é o conteúdo em si, mas a forma como ele é tomado pela publicidade. Segundo as pesquisadoras, os influenciadores são, em grande parte, o que mantém o Instagram tão popular perante o público. De acordo com uma pesquisa do Jornal Correio, em 2019, 80% das pessoas seguem pelo menos um influenciador. O poder desse grupo é traduzido nos dados obtidos pela pesquisa: 48,6% das respondentes afirmaram já terem feito compras baseadas na indicação de uma influenciadora. Destas, 65,3% compraram mais de uma vez. 

Pessoas de carne e osso

Grazielli Fraga, estudante de Jornalismo da UFRJ, conta que segue influenciadoras digitais e costuma comprar produtos divulgados por elas, apesar de ter consciência da propaganda. “Às vezes não compro o produto igual, da mesma marca, mas acabo me deixando levar pela aparência. Por exemplo, já vi um vídeo de uma influenciadora postando uma panela antiaderente azul e na hora eu pensei o quanto ela ficaria linda na minha cozinha. E tinha que ser a azul. Mas será que eu realmente achava aquela panela bonita ou eu passei a achar porque uma influenciadora postou?”, indaga a estudante. “Eu cheguei a procurar e comprar a mesma panela”, completa.

Ela também afirma que sabe que as influenciadoras performam uma vida perfeita e que fazem seus seguidores acreditarem que o motivo é aquele determinado produto que ela está divulgando. “As fotos [divulgadas] são muito bonitas, porque elas são moldadas para serem bonitas e despertar o sentimento de ‘poxa, queria ser assim, queria ter isso, queria viver essa vida’, e aí a gente pensa que aquele produto é a causa da pessoa ter aquela vida”, diz.

Esse fato também é exposto pela pesquisa, já que 45,5% das respostas eram concordantes em algum grau com a frase: “gostaria de parecer mais com as influencers que sigo”. Esse sentimento é explorado pelas marcas, que criam a falsa sensação de que uma determinada roupa ou acessório são capazes de transformar a vida de uma pessoa.

Fotografia mostra espaço instagramável da Inovateca. Em um salão quadrado, espelhos estão distribuídos pelas paredes em toda a extensão do teto. No chão, há blocos quadrados em diversas alturas e cores. Um homem branco, de barba e cabelo rosa, tira uma selfie sobre um dos blocos. Sua imagem está refletida em diversos espelhos.
Instagram colabora para abaixar autoestima de usuários. | Foto: Artur Moês

A professora, psicóloga e doutora em saúde mental pelo Instituto de Psiquiatria da UFRJ Anna Lucia Spear King explica o anseio das usuárias do Instagram por terem determinados produtos “da moda”, altamente divulgados pelas influenciadoras. “As redes sociais podem manipular o cérebro no sentido de que, quando as pessoas recebem curtidas, elas sentem muito prazer e bem-estar nisso, porque o cérebro delas recebe uma enxurrada de dopamina, serotonina, endorfina, substâncias químicas que fazem com que a pessoa sinta prazer. Então, ela, mesmo sem saber, quer voltar para as redes sociais e obter cada vez mais curtidas, para que possa ficar o tempo todo se sentindo bem”, diz a pesquisadora.

De acordo com a pesquisa, tanto as marcas quanto os influenciadores têm um mercado com grande potencial e um público que vem demonstrando hábitos de consumo moldados pela influência. Isso pode ser positivo mercadologicamente falando, porém, ao fazer uma análise mais crítica, é possível identificar um forte incentivo ao consumismo e uma crescente postura de comparação, o que pode ser maléfico aos usuários da plataforma. Para 49% das respondentes que afirmam se sentirem desconfortáveis ao usar o Instagram, as influenciadoras não se importam com a autoestima dos seus seguidores. 

A comparação como gatilho para doenças mentais

Anna Lúcia, que também é fundadora e coordenadora do Instituto Delete: Uso Consciente de Tecnologias, da UFRJ, esclarece o perigo da comparação promovida pelas redes sociais. Ela explica que, se uma pessoa já tem um transtorno primário, como depressão ou ansiedade, ela pode ser influenciada pelas postagens das redes sociais. “A pessoa vai usar as redes sociais na tentativa de se sentir inserida, mas, quando ela começar a ver que a vida de todo mundo é ‘perfeita’, que todo mundo é convidado para festas, que só posta coisas boas, ela vai se deprimir ainda mais”, alerta.

Nesse sentido, o próprio Instituto Delete pode ajudar. Ele recebe usuários excessivos ou dependentes de tecnologias e oferece tratamento psicológico e psiquiátrico totalmente gratuito. “A gente trabalha o uso consciente das tecnologias, buscando orientar as pessoas para colher os benefícios que elas podem oferecer e evitar os prejuízos devido ao uso excessivo”, conta Anna Lúcia. 

Para marcar um atendimento, é necessário enviar um email para contato@institutodelete.com

*Esta reportagem é resultado das atividades do projeto de extensão Laboratório Conexão UFRJ: Jornalismo, Ciências e Cidadania e contou com a supervisão da jornalista Tassia Menezes.

FONTE CONEXÃO UFRJ

Você sabe dos riscos de armazenar água em garrafinhas, squeezes e copos?

Má higienização ou armazenamento incorreto de água podem provocar diarreia, vômitos, náuseas, dor de garganta, intoxicação alimentar e até infecção pulmonar

A má higienização ou o armazenamento incorreto de água em garrafinhas, squeezes e copos podem servir de fonte de contaminação microbiológica, uma vez que os microrganismos (fungos, bactérias e outros) necessitam apenas da água e de seus nutrientes para se proliferarem. É o que alerta o Sistema CFQ/CRQs, que reúne o Conselho Federal de Química (CFQ) e os 21 Conselhos Regionais de Química (CRQs), a respeito de cuidados no consumo de água nesses recipientes para prevenir doenças.

Para que os processos de higienização sejam executados, são necessários água potável e saneantes (produtos de limpeza) adequados. Nos dois casos, o profissional da química exerce papel determinante, pois ele é responsável pelo desenvolvimento, produção e controle de qualidade dos produtos usados na limpeza, desinfecção, esterilização e desinfestação. E também atua nas diversas etapas do tratamento da água para que ela se torne própria para consumo, como controle operacional, meio ambiente, laboratório de controle de qualidade e seleção de produtos químicos a serem usados no tratamento, entre outras. Quem estabelece que o tratamento de águas para fins potáveis é privativo do Profissional da Química é o art. 2º, inciso III do Decreto 85.877/1981, que trata sobre o exercício da profissão de químico.

Contaminação

A principal forma de contaminação das garrafinhas, squeezes e copos é pelo contato com os lábios e a boca, em razão de a cavidade bucal, naturalmente, já conter microrganismos, mesmo que seja em baixa quantidade. Ao serem transportados para o interior de recipientes mal higienizados, esses microrganismos podem se multiplicar, o que representa risco para a saúde. O contato com mãos mal higienizadas também é uma fonte de contaminação.

Pesquisadores da Faculdade de Biomedicina da UniMetrocamp, de Campinas (SP), encontraram, em estudos recentes, uma grande quantidade de microrganismos patogênicos (que causam doenças) em garrafinhas, squeezes e copos mal higienizados, como bactérias (Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Acinetobacter, Enterobacter, Pseudomonas e Klebsiella) e fungos (Candida e Rhodotorula). Essas bactérias e fungos podem provocar diarreia, vômitos, náuseas, dor de garganta, intoxicação alimentar e até infecção pulmonar.

Prevenção

As opções mais seguras para evitar contaminação microbiológica são garrafinhas, squeezes e copos de material metálico ou de vidro, pois o plástico é mais propenso à aderência de microrganismos, por ser mais poroso.

O uso desses recipientes deve ser individual. Outra recomendação é consumir a água em até três horas e não a deixar para ser consumida nesses utensílios de um dia para o outro. E, ainda, higienizar as mãos antes de manusear os recipientes e evitar colocar a mão no gargalo ou no bocal.

Também é importante observar as fissuras e a tampa, em que a sujeira e o limo (manchas escuras formadas por sujeira e microrganismos) se acumulam com mais frequência. O ideal é dar preferência para recipientes apropriados para consumo constante, com bico que impeça o contato com a saliva.

Confira os tipos de materiais e como higienizá-los e desinfetá-los

1 – Plásticos termorresistentes

Plásticos termorresistentes são aqueles que podem ser aquecidos, como o Prolipropileno – PP ou n° 5 dentro de um triângulo – e o policarbonato.

Garrafinha, squeeze ou copo feitos com esses materiais de plásticos podem ser higienizados com água potável e detergente neutro e desinfetado com uma solução de hipoclorito de sódio (água sanitária), álcool etílico 70%, calor úmido (fervura) ou irradiação úmida (micro-ondas).

É importante sempre verificar antes se o plástico do recipiente em questão pode ser submetido ao aquecimento, como do micro-ondas, e se contém na embalagem avisos ou instruções sobre higienização, desinfecção e/ou esterilização.

A higienização também é feita com água potável e detergente neutro. Entretanto, o recomendado é que esses recipientes não sejam reutilizados para armazenamento de água.

2- Metálicos

São aquelas garrafinhas, squeezes e copos feitos de alumínio ou aço inoxidável. Essas peças não podem ir ao micro-ondas, pois podem ocasionar explosões ou chamas dentro da câmara. Também não podem soltar tinta e nem verniz. Nessas situações ou se apresentarem sinais de oxidação (ferrugem) ou qualquer avaria, o recomendado é descartá-los.

A higienização pode ser feita com água potável e detergente neutro. Para desinfetar, pode ser usado o álcool etílico 70% ou fervê-los em água potável por, pelo menos, 20 minutos.

3 – Vidros

Para higienizar utensílios feitos de vidro, utilize água potável e detergente neutro e desinfete com álcool etílico 70% (v/v) ou com uma solução de água sanitária.

4 – Higienização

Desmonte a peça diariamente retirando a tampa e, com a ajuda de uma esponja de lavar louças, limpe a superfície externa com água potável e detergente neutro. Com auxílio de uma escova, limpe toda a área interna, inclusive o fundo. Esfregue bem todos os cantos e certifique-se de que toda área foi alcançada pela limpeza. Em seguida, enxágue com água potável eliminando os resíduos.

5 – Desinfecção

Água sanitária: toda semana, após a lavagem com água e detergente neutro, mergulhe totalmente as peças de plástico em uma solução de água sanitária a 0,05% por 30 minutos. Depois, enxágue com água potável.

Para preparar a solução, pegue uma garrafa com capacidade para 1 litro, adicione um pouco de água potável e acrescente 25 ml (2 colheres de sopa rasas) de água sanitária. Na sequência, complete o volume da garrafa com mais água potável e agite para a mistura ficar homogênea. Essa solução pode ocasionar o branqueamento das peças.

  • Álcool etílico 70%: semanalmente, depois de bem lavadas com água e detergente neutro, basta borrifar o álcool etílico líquido 70% (v/v) na superfície interna e externa e deixar evaporar naturalmente sobre uma superfície limpa. Um tecido limpo e embebido com álcool etílico 70% também pode ser utilizado.
  • Fervura: uma vez por semana, depois de bem lavadas com água e detergente neutro, mergulhe as peças em uma panela preenchida com água potável e leve-as à fervura por, pelo menos, 20 minutos. Para retirar os itens da água quente e não se queimar, utilize um pegador. Depois, deixe-os esfriar e secar naturalmente sobre um pano de prato limpo estendido em uma bancada higienizada e seca.
  • Micro-ondas: semanalmente, depois de bem lavadas com água e detergente neutro, mergulhe as peças em uma tigela contendo água potável. Em seguida leve-as ao micro-ondas por 6 minutos em potência média-alta (650W). A irradiação irá desinfetar as peças.

Em relação ao armazenamento das peças higienizadas e desinfetadas, atenção para não guardá-las sem secar. Garanta que não reste nenhum resquício de água no fundo para que os microrganismos, principalmente os fungos, não encontrem ali um ambiente aconchegante para se alojarem e se reproduzirem. Se o recipiente tiver tampa, o ideal é tampá-lo para evitar o acesso de insetos. Caso contrário, recomenda-se que seja virado para baixo, de forma que fique completamente fechado.

FONTE ESTADO DE MINAS

Você sabe dos riscos de armazenar água em garrafinhas, squeezes e copos?

Má higienização ou armazenamento incorreto de água podem provocar diarreia, vômitos, náuseas, dor de garganta, intoxicação alimentar e até infecção pulmonar

A má higienização ou o armazenamento incorreto de água em garrafinhas, squeezes e copos podem servir de fonte de contaminação microbiológica, uma vez que os microrganismos (fungos, bactérias e outros) necessitam apenas da água e de seus nutrientes para se proliferarem. É o que alerta o Sistema CFQ/CRQs, que reúne o Conselho Federal de Química (CFQ) e os 21 Conselhos Regionais de Química (CRQs), a respeito de cuidados no consumo de água nesses recipientes para prevenir doenças.

Para que os processos de higienização sejam executados, são necessários água potável e saneantes (produtos de limpeza) adequados. Nos dois casos, o profissional da química exerce papel determinante, pois ele é responsável pelo desenvolvimento, produção e controle de qualidade dos produtos usados na limpeza, desinfecção, esterilização e desinfestação. E também atua nas diversas etapas do tratamento da água para que ela se torne própria para consumo, como controle operacional, meio ambiente, laboratório de controle de qualidade e seleção de produtos químicos a serem usados no tratamento, entre outras. Quem estabelece que o tratamento de águas para fins potáveis é privativo do Profissional da Química é o art. 2º, inciso III do Decreto 85.877/1981, que trata sobre o exercício da profissão de químico.

Contaminação

A principal forma de contaminação das garrafinhas, squeezes e copos é pelo contato com os lábios e a boca, em razão de a cavidade bucal, naturalmente, já conter microrganismos, mesmo que seja em baixa quantidade. Ao serem transportados para o interior de recipientes mal higienizados, esses microrganismos podem se multiplicar, o que representa risco para a saúde. O contato com mãos mal higienizadas também é uma fonte de contaminação.

Pesquisadores da Faculdade de Biomedicina da UniMetrocamp, de Campinas (SP), encontraram, em estudos recentes, uma grande quantidade de microrganismos patogênicos (que causam doenças) em garrafinhas, squeezes e copos mal higienizados, como bactérias (Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Acinetobacter, Enterobacter, Pseudomonas e Klebsiella) e fungos (Candida e Rhodotorula). Essas bactérias e fungos podem provocar diarreia, vômitos, náuseas, dor de garganta, intoxicação alimentar e até infecção pulmonar.

Prevenção

As opções mais seguras para evitar contaminação microbiológica são garrafinhas, squeezes e copos de material metálico ou de vidro, pois o plástico é mais propenso à aderência de microrganismos, por ser mais poroso.

O uso desses recipientes deve ser individual. Outra recomendação é consumir a água em até três horas e não a deixar para ser consumida nesses utensílios de um dia para o outro. E, ainda, higienizar as mãos antes de manusear os recipientes e evitar colocar a mão no gargalo ou no bocal.

Também é importante observar as fissuras e a tampa, em que a sujeira e o limo (manchas escuras formadas por sujeira e microrganismos) se acumulam com mais frequência. O ideal é dar preferência para recipientes apropriados para consumo constante, com bico que impeça o contato com a saliva.

Confira os tipos de materiais e como higienizá-los e desinfetá-los

1 – Plásticos termorresistentes

Plásticos termorresistentes são aqueles que podem ser aquecidos, como o Prolipropileno – PP ou n° 5 dentro de um triângulo – e o policarbonato.

Garrafinha, squeeze ou copo feitos com esses materiais de plásticos podem ser higienizados com água potável e detergente neutro e desinfetado com uma solução de hipoclorito de sódio (água sanitária), álcool etílico 70%, calor úmido (fervura) ou irradiação úmida (micro-ondas).

É importante sempre verificar antes se o plástico do recipiente em questão pode ser submetido ao aquecimento, como do micro-ondas, e se contém na embalagem avisos ou instruções sobre higienização, desinfecção e/ou esterilização.

A higienização também é feita com água potável e detergente neutro. Entretanto, o recomendado é que esses recipientes não sejam reutilizados para armazenamento de água.

2- Metálicos

São aquelas garrafinhas, squeezes e copos feitos de alumínio ou aço inoxidável. Essas peças não podem ir ao micro-ondas, pois podem ocasionar explosões ou chamas dentro da câmara. Também não podem soltar tinta e nem verniz. Nessas situações ou se apresentarem sinais de oxidação (ferrugem) ou qualquer avaria, o recomendado é descartá-los.

A higienização pode ser feita com água potável e detergente neutro. Para desinfetar, pode ser usado o álcool etílico 70% ou fervê-los em água potável por, pelo menos, 20 minutos.

3 – Vidros

Para higienizar utensílios feitos de vidro, utilize água potável e detergente neutro e desinfete com álcool etílico 70% (v/v) ou com uma solução de água sanitária.

4 – Higienização

Desmonte a peça diariamente retirando a tampa e, com a ajuda de uma esponja de lavar louças, limpe a superfície externa com água potável e detergente neutro. Com auxílio de uma escova, limpe toda a área interna, inclusive o fundo. Esfregue bem todos os cantos e certifique-se de que toda área foi alcançada pela limpeza. Em seguida, enxágue com água potável eliminando os resíduos.

5 – Desinfecção

Água sanitária: toda semana, após a lavagem com água e detergente neutro, mergulhe totalmente as peças de plástico em uma solução de água sanitária a 0,05% por 30 minutos. Depois, enxágue com água potável.

Para preparar a solução, pegue uma garrafa com capacidade para 1 litro, adicione um pouco de água potável e acrescente 25 ml (2 colheres de sopa rasas) de água sanitária. Na sequência, complete o volume da garrafa com mais água potável e agite para a mistura ficar homogênea. Essa solução pode ocasionar o branqueamento das peças.

  • Álcool etílico 70%: semanalmente, depois de bem lavadas com água e detergente neutro, basta borrifar o álcool etílico líquido 70% (v/v) na superfície interna e externa e deixar evaporar naturalmente sobre uma superfície limpa. Um tecido limpo e embebido com álcool etílico 70% também pode ser utilizado.
  • Fervura: uma vez por semana, depois de bem lavadas com água e detergente neutro, mergulhe as peças em uma panela preenchida com água potável e leve-as à fervura por, pelo menos, 20 minutos. Para retirar os itens da água quente e não se queimar, utilize um pegador. Depois, deixe-os esfriar e secar naturalmente sobre um pano de prato limpo estendido em uma bancada higienizada e seca.
  • Micro-ondas: semanalmente, depois de bem lavadas com água e detergente neutro, mergulhe as peças em uma tigela contendo água potável. Em seguida leve-as ao micro-ondas por 6 minutos em potência média-alta (650W). A irradiação irá desinfetar as peças.

Em relação ao armazenamento das peças higienizadas e desinfetadas, atenção para não guardá-las sem secar. Garanta que não reste nenhum resquício de água no fundo para que os microrganismos, principalmente os fungos, não encontrem ali um ambiente aconchegante para se alojarem e se reproduzirem. Se o recipiente tiver tampa, o ideal é tampá-lo para evitar o acesso de insetos. Caso contrário, recomenda-se que seja virado para baixo, de forma que fique completamente fechado.

FONTE ESTADO DE MINAS

Fim da concessão da BR-040 traz medo de abandono e risco de aumento de fretes

Usuários temem uma possível falta de manutenção da via nos próximos anos, com impacto nas condições de trafegabilidade e custos de manutenção

Com o último dia de concessão da BR-040 na próxima quinta-feira (17 de agosto), o futuro de uma das principais rodovias de Minas Gerais gera incertezas e medo a quem transita diariamente pela rodovia, que liga Minas ao Rio de Janeiro e a Brasília (DF). Presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg), Antônio Luís da Silva Júnior teme uma possível falta de manutenção da via nos próximos anos, com impacto nas condições de trafegabilidade e custos de manutenção. Uma conta que, segundo ele, será dividida até mesmo por quem não passa por lá, mas consome produtos escoados pela rodovia.   

“A Via 040 não fez muito, ficou devendo muito e errou ao dar o preço dos pedágios, tendo em vista um relevo elevado e montanhoso como o de Minas. No entanto, o DNIT, que deve assumir a manutenção, tem regras mais burocráticas e lentas em termos de fiscalização e podemos viver um momento crítico, a rodovia já está péssima, não estão fazendo manutenção mesmo com pedágio e agora podemos piorar a condição da via”, afirma.  

Ele estima ainda que a realidade pode acarretar um aumento dos preços dos fretes a longo prazo. “Além da tendência de aumento do número de acidentes e aumento do tempo de viagem. Isso impacta no preço do frete e na jornada dos motoristas, cansaço hoje o tempo que o motorista perde em trânsito e em bloqueios de estrada eleva o grau de insegurança porque depois ele quer compensar o tempo perdido. A médio e longo prazos podemos estimar um aumento das tarifas”, afirma. 

Entretanto, apesar das incertezas, o sonho de poder transitar por uma estrada segura ainda segue vivo no coração de quem vive às margens da BR-040. “Não sabemos porque isso acontece, mas sabemos que com o fim da concessão vai ser muito complicado para nós e tememos o aumento de acidentes. Eu espero que quem pegar a próxima licitação tome uma atitude. Eu espero que quando meu filho (Samuel, de 2) tiver 20 anos, que tenhamos uma BR-040 segura, sobretudo pelo o que pagamos de pedágio. Eu tenho essa esperança”, diz Steferson Gonçalves, 30, que é ex-presidente da associação dos moradores do bairro Pires, em Congonhas, na região Central de Minas, que é cortado pela BR-040.   

Sentimento parecido tem o mecânico Rafael, pai de dois filhos de 20 e 22 anos. “Temos a expectativa e a esperança que isso melhore, até para que nossos filhos trafeguem com segurança”, pontua. Proprietário de uma agência de automóveis usados, Vagnaldo Souza Cruz, 54, endossa o coro. “Todos nós temos essa esperança, de vim uma empresa competente e de alto nível que assuma e faça”, pede.  

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foi procurado e disse que a situação da BR-040 deve ser tratada com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Em nota, o órgão disse que “a definição do poder público sobre a administração da BR-040, entre Juiz de Fora/MG e Brasília/DF, ainda está em tratativa. Atualmente, está em vigor o Termo Aditivo ao Contrato de Concessão da Via 040, com vencimento em agosto. Legalmente, a Agência pode estender o prazo de operação da concessionária para prestação de serviços essenciais por mais seis meses. No entanto, a solução para o assunto segue em discussão entre a diretoria da Agência, o Ministério dos Transportes e o Tribunal de Contas da União (TCU). A Agência também informa que os trâmites da nova licitação da BR-040 estão em andamento”.

O que diz a Via 040?

Em nota, a Via 040 afirmou que desde o início da operação, a Via 040 vem enfrentando um quadro setorial desafiador, diferente do momento anterior ao leilão realizado em 2013. Segundo a concessionária, as condições de financiamento bancário para investimentos foram modificadas, houve atrasos e fragmentação na emissão das licenças ambientais para execução de obras e, além disso, a redução significativa da atividade econômica brasileira afetou diretamente o tráfego de veículos e passageiros. A empresa afirma que está solicitando a rescisão amigável do contrato de concessão, para que ocorra um novo leilão do trecho e outra empresa assuma a gestão (veja a íntegra do posicionamento). 

FONTE O TEMPO

Fim da concessão da BR-040 traz medo de abandono e risco de aumento de fretes

Usuários temem uma possível falta de manutenção da via nos próximos anos, com impacto nas condições de trafegabilidade e custos de manutenção

Com o último dia de concessão da BR-040 na próxima quinta-feira (17 de agosto), o futuro de uma das principais rodovias de Minas Gerais gera incertezas e medo a quem transita diariamente pela rodovia, que liga Minas ao Rio de Janeiro e a Brasília (DF). Presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg), Antônio Luís da Silva Júnior teme uma possível falta de manutenção da via nos próximos anos, com impacto nas condições de trafegabilidade e custos de manutenção. Uma conta que, segundo ele, será dividida até mesmo por quem não passa por lá, mas consome produtos escoados pela rodovia.   

“A Via 040 não fez muito, ficou devendo muito e errou ao dar o preço dos pedágios, tendo em vista um relevo elevado e montanhoso como o de Minas. No entanto, o DNIT, que deve assumir a manutenção, tem regras mais burocráticas e lentas em termos de fiscalização e podemos viver um momento crítico, a rodovia já está péssima, não estão fazendo manutenção mesmo com pedágio e agora podemos piorar a condição da via”, afirma.  

Ele estima ainda que a realidade pode acarretar um aumento dos preços dos fretes a longo prazo. “Além da tendência de aumento do número de acidentes e aumento do tempo de viagem. Isso impacta no preço do frete e na jornada dos motoristas, cansaço hoje o tempo que o motorista perde em trânsito e em bloqueios de estrada eleva o grau de insegurança porque depois ele quer compensar o tempo perdido. A médio e longo prazos podemos estimar um aumento das tarifas”, afirma. 

Entretanto, apesar das incertezas, o sonho de poder transitar por uma estrada segura ainda segue vivo no coração de quem vive às margens da BR-040. “Não sabemos porque isso acontece, mas sabemos que com o fim da concessão vai ser muito complicado para nós e tememos o aumento de acidentes. Eu espero que quem pegar a próxima licitação tome uma atitude. Eu espero que quando meu filho (Samuel, de 2) tiver 20 anos, que tenhamos uma BR-040 segura, sobretudo pelo o que pagamos de pedágio. Eu tenho essa esperança”, diz Steferson Gonçalves, 30, que é ex-presidente da associação dos moradores do bairro Pires, em Congonhas, na região Central de Minas, que é cortado pela BR-040.   

Sentimento parecido tem o mecânico Rafael, pai de dois filhos de 20 e 22 anos. “Temos a expectativa e a esperança que isso melhore, até para que nossos filhos trafeguem com segurança”, pontua. Proprietário de uma agência de automóveis usados, Vagnaldo Souza Cruz, 54, endossa o coro. “Todos nós temos essa esperança, de vim uma empresa competente e de alto nível que assuma e faça”, pede.  

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foi procurado e disse que a situação da BR-040 deve ser tratada com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Em nota, o órgão disse que “a definição do poder público sobre a administração da BR-040, entre Juiz de Fora/MG e Brasília/DF, ainda está em tratativa. Atualmente, está em vigor o Termo Aditivo ao Contrato de Concessão da Via 040, com vencimento em agosto. Legalmente, a Agência pode estender o prazo de operação da concessionária para prestação de serviços essenciais por mais seis meses. No entanto, a solução para o assunto segue em discussão entre a diretoria da Agência, o Ministério dos Transportes e o Tribunal de Contas da União (TCU). A Agência também informa que os trâmites da nova licitação da BR-040 estão em andamento”.

O que diz a Via 040?

Em nota, a Via 040 afirmou que desde o início da operação, a Via 040 vem enfrentando um quadro setorial desafiador, diferente do momento anterior ao leilão realizado em 2013. Segundo a concessionária, as condições de financiamento bancário para investimentos foram modificadas, houve atrasos e fragmentação na emissão das licenças ambientais para execução de obras e, além disso, a redução significativa da atividade econômica brasileira afetou diretamente o tráfego de veículos e passageiros. A empresa afirma que está solicitando a rescisão amigável do contrato de concessão, para que ocorra um novo leilão do trecho e outra empresa assuma a gestão (veja a íntegra do posicionamento). 

FONTE O TEMPO

Sport bets na era da Internet: oportunidades e perigos

Com o desenvolvimento da Internet, as apostas esportivas se tornaram disponíveis para milhões de pessoas em todo o mundo. As apostas on-line oferecem aos jogadores mais oportunidades e conveniências em comparação com as casas de apostas tradicionais terrestres, mas também trazem certos riscos. Neste artigo, analisaremos as vantagens e desvantagens das sport bets.

Vantagens das apostas online

As apostas on-line oferecem aos jogadores uma série de vantagens, como por exemplo:

➔     Conveniência. Os jogadores podem apostar a qualquer hora e em qualquer lugar que tenham acesso à internet.

➔     Maior escolha. Existem muitas lojas de apostas online que oferecem diferentes tipos de apostas e eventos esportivos.

➔     As melhores probabilidades. As casas de apostas online geralmente oferecem melhores probabilidades do que as casas de apostas terrestres.

➔     Bônus e promoções. Muitas casas de apostas online oferecem bônus e promoções atraentes para jogadores novos e existentes.

➔     Ferramentas e estatísticas avançadas. Os jogadores podem usar uma variedade de ferramentas e dados para analisar os eventos e prever os resultados.

As apostas on-line oferecem muitas vantagens aos jogadores, incluindo conveniência, uma ampla gama de apostas e mercados, a capacidade de rastrear resultados em tempo real e acesso a bônus e promoções exclusivas.

Desvantagens e riscos sport bets

Entretanto, as apostas on-line também têm suas próprias desvantagens e riscos:

●       Falta de contato pessoal. As apostas online carecem da interação social que está presente nas lojas de apostas em terra.

●       Questões de segurança. Os jogadores podem encontrar fraudes, hacking de contas e roubo de identidade.

●       Atrasos e problemas técnicos. As apostas on-line podem estar sujeitas a atrasos devido a problemas de conexão à Internet ou falhas técnicas nos sites das casas de apostas.

●       Aumento do risco de vício no jogo. O acesso mais fácil às apostas e a capacidade de fazer apostas mais rapidamente pode aumentar o problema do vício do jogo para alguns jogadores.

Os jogadores também devem estar atentos a potenciais desvantagens e riscos, tais como questões legais e de segurança, a possibilidade de vício no jogo e fraude.

Os perigos da fraude nas apostas on-line

medida que a popularidade das apostas on-line aumenta, aumenta também o risco de fraude. Alguns dos tipos mais comuns de fraude incluem:

●       Sites de apostas falsas. Os fraudadores podem criar sites falsos que se parecem com sites de apostas reais para enganar os jogadores a obter seu dinheiro ou detalhes pessoais.

●       Ofertas de bônus injustas. Os golpistas podem oferecer bônus irrealistamente altos ou condições de apostas impossíveis para atrair jogadores.

●       Vender previsões falsas. Alguns “especialistas” inescrupulosos podem vender previsões falsas e prometer um alto lucro, mas eles lhe dão informações ruins.

Para evitar os riscos associados às apostas on-line, os jogadores devem tomar as seguintes precauções:

  1. Escolher lojas de apostas confiáveis e licenciadas.
  2. Estudar revisões e recomendações de outros jogadores antes de se registrar em um novo site.
  3. Use senhas fortes e autenticação de dois fatores para proteger sua conta.
  4. Limite a quantidade de tempo que você passa nos sites das casas de apostas e acompanhe os padrões de suas apostas.
  5. Seja cauteloso com as ofertas de bônus e promoções e verifique os termos e condições de seu recebimento e apostas.

Em conclusão, as apostas on-line oferecem muitas vantagens aos jogadores, mas também trazem certos riscos e perigos. Os jogadores devem estar cientes desses riscos e tomar medidas para garantir a segurança de sua experiência em apostas.

Risco de adolescentes serem vítimas de golpe aumenta, apesar de maior experiência virtual

Tradicionalmente, no imaginário popular, as vítimas de golpes online são adultos com pelo menos 40 anos e pouca experiência no mundo digital. No entanto, uma pesquisa recente coloca em xeque essa percepção, apontando que, na realidade, os adolescentes têm sido os mais impactados por esse tipo de crime nos últimos anos.

Segundo o estudo, que analisou as tendências de 2017 a 2021, o aumento das perdas financeiras em esquemas online foi da ordem de 1126% para vítimas de até 20 anos e 390% para as mais velhas. Esses dados indicam que, ao contrário do que se esperava, os jovens se apresentam mais frágeis aos riscos virtuais – apesar de seu maior conhecimento tecnológico.

Por que os adolescentes são alvos prioritários

Existem várias razões pelas quais os adolescentes são particularmente vulneráveis a golpes online. Para começar, eles tendem a confiar mais nas pessoas que conhecem na internet do que os mais adultos, e são igualmente mais suscetíveis a ceder à pressão dos colegas.

Além disso, eles se preocupam menos com a segurança cibernética e se envolvem com mais frequência em comportamentos digitais arriscados, como fornecer informações pessoais ou baixar software de fontes não confiáveis. Tudo isso colabora para que eles sejam alvos preferenciais dos criminosos.

Golpes mais comuns

Um dos golpes mais comuns direcionados a adolescentes ocorre através de ofertas de emprego fajutas. Nesses esquemas, a vítima recebe uma “proposta de trabalho”, geralmente na modalidade remota, e, para ser contratada, é solicitada a fornecer informações pessoais, como número do seguro social e informações bancárias, ou a efetuar pagamentos por treinamento ou materiais necessários à função. Os dados, então, são usados para roubo de identidade e o dinheiro é recebido sem nenhuma contraparte.

Outra prática comum são as fraudes românticas. O criminoso cria um perfil online falso e se passa por alguém interessado num relacionamento afetivo, construindo confiança com a vítima para, eventualmente, lhe pedir dinheiro ou informações pessoais. Esse tipo de golpe é particularmente perigoso para os adolescentes, que podem ser mais inclinados a cair em falsas promessas de amor do tipo.

O comércio online e as redes sociais também são frequentemente usadas por golpistas para vender produtos ou serviços ilegítimos. No cenário mais comum, o consumidor paga pelo produto (cujo preço, em geral, está abaixo da média do mercado), mas nunca o recebe. Isso é bastante recorrente em plataformas como o Instagram, onde é fácil para os agentes mal-intencionados criarem perfis falsos e solicitarem pagamentos.

Como evitar cair nesses golpes

Embora os golpistas possam ser altamente qualificados e capazes de criar perfis, sites e mensagens falsas bastante convincentes, um elemento central no sucesso desses esquemas é a sensação das vítimas de “isso nunca vai acontecer comigo” – o que costuma ser mais usual em adolescentes.

É por isso que é tão importante aos jovens entenderem que golpes online podem acontecer com qualquer pessoa e tomarem medidas para se proteger. Isso inclui estratégias básicas de segurança cibernética, como cautela ao fornecer dados pessoais ou fazer pagamentos online, uso de senhas fortes e emprego de ferramentas de cibersegurança, como antivírus, VPNs e autenticação de dois fatores.

Além disso, os pais e responsáveis podem desempenhar um papel fundamental na educação dos adolescentes sobre a segurança online e os riscos da internet. Afinal, em termos de prevenção de fraudes, conhecimento é poder.

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.