Alta de dengue e Covid deve sobrecarregar serviço de saúde após Carnaval

Gestores estaduais e municipais de saúde preveem uma maior sobrecarga dos serviços nas próximas semanas e já planejam aumentar equipes

Com o aumento de casos de dengue e o avanço da Covid, gestores estaduais e municipais de saúde preveem uma maior sobrecarga dos serviços nas próximas semanas e já planejam mudanças de horário de funcionamento das unidades e aumento e capacitação de equipes. Nas seis primeiras semanas do ano, os casos de dengue quadruplicaram, segundo o Ministério da Saúde. São 512.353 casos suspeitos, contra 128.842 registrados no mesmo período de 2023 (128.842). O país soma 75 mortes.

Ao mesmo tempo, o número de novos casos semanais de Covid está acima de 36 mil, com aumento consistente nas últimas cinco semanas. Até o dia 8 de fevereiro, havia um total de 194 óbitos. Esse cenário não era observado desde abril de 2023, de acordo com o painel de monitoramento do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde).

Em duas semanas, a média móvel de casos de Covid na capital paulista subiu de 168 para 404 casos, um aumento de 140%. Segundo Jurandi Frutuoso, secretário-executivo do Conass, a pressão causada pela alta da dengue e da Covid representa um desafio adicional aos serviços de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) situação que deve piorar nas próximas semanas.

“Aglomerações de pessoas, como ocorre no Carnaval e o retorno as aulas, são fatores diretos para intensificar a transmissão da Covid-19. Ao mesmo tempo, é esperada uma alta de casos de dengue uma vez que a doença ainda não atingiu o pico”, explica.

Ele diz que as duas doenças apresentam sintomas que podem ser confundidos, dificultando o diagnóstico diferencial. “Casos de dengue podem ser manejados em leitos de observação e, se isso é feito adequadamente, poucos serão os casos que necessitarão de leitos de internação ou UTI [Unidade de Terapia Intensiva].”

De acordo com ele, os gestores das três esferas do SUS estão empenhados no enfrentamento do aumento de casos de dengue, com esforços voltados para a ampliação das equipes, do horário de funcionamento das unidades de saúde e para a capacitação dos profissionais.

Segundo o médico Geraldo Reple Sobrinho, presidente do Cosems-SP (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de São Paulo), a maioria dos municípios já criou comitês de crise e está alinhado com as ações do governo paulista. Porém, ele relata que cidades menores enfrentam falta de recursos materiais e de pessoal.

“Ainda não tivemos aumento importante de internações por dengue, mas já temos casos graves e óbitos. A impressão é que logo teremos uma epidemia generalizada. A quantidade de vacina é irrisória para este ano.” Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que a primeira medida do COE (Centro de Operações de Emergências), criado na semana passada, foi destinar R$ 200 milhões do IGM (Incentivo à Gestão Municipal, do SUS paulista) aos 645 municípios do estado para o enfrentamento ao mosquito da dengue.

Disse também que 600 equipamentos portáteis e pesados para ações de campo como a nebulização, o chamado fumacê, estão disponíveis para a utilização das cidades. O trabalho será coordenado pela Defesa Civil do Estado. Para Wallace Casaca, coordenador da Infotracker, plataforma criada por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e da Unifesp Universidade Federal de São Paulo) que monitora a Covid no estado de São Paulo, os esforços dos gestores estão mobilizados para atender os casos de dengue, mas falta uma maior atenção à Covid.

“Os casos têm aumentado consideravelmente e possivelmente serão necessárias mais estruturas nos serviços de saúde para suprir essas duas demandas”, afirma. A infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emilio Ribas, diz que o cenário de se ter duas viroses co-circulando ao mesmo tempo deve piorar no pós-Carnaval.

“Não será nenhuma novidade para nós começar observar aumento do número de casos de dengue em locais onde não haviam tantos registros.”
Embora não exista transmissão da dengue de pessoa para pessoa, alguém infectado em um local epidêmico pode retornar ao seu lugar de origem, ser picado pelo mosquito Aedes aegypti, que vai, então, picar outras pessoas e dar início a novos ciclos de transmissão.

Com relação à Covid, a situação é pior porque a cepa que está em circulação no país tem uma taxa de transmissão muito elevada.
“Minha preocupação não é quem foi para o Carnaval, porque são pessoas mais hígidas [saudáveis]. O problema é que, na volta para casa, elas vão encontrar suas avós, seus parentes. Aí podemos ter não só um aumento de casos, mas uma demanda importante em termos de saúde pública.”

Ritchmann lembra que essa população mais idosa está vulnerável porque recebeu a dose da vacina bivalente já há algum tempo, e o imunizante não é específico para a cepa que está circulando. “Estamos com uma junção de problemas. Falta de vacinas melhores [versões atualizadas para as novas cepas] e a co-circulação de duas doenças importantes em termos de demanda.”

Para a infectologista, é fundamental que a rede de saúde esteja bem preparada para o diagnóstico e conduta correta. “Ninguém deve morrer de dengue. São mortes evitáveis desde que se tenha uma estrutura adequada para reconhecer e classificar os pacientes o mais rápido possível e adotar as medidas adequadas.”

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo informou que todas as unidades de saúde, como as UBSs (Unidades Básicas de Saúde), UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e PSs (Prontos-socorros) estão devidamente preparadas para prestar atendimento a casos de ambas as doenças.

“Caso necessário, leitos específicos podem ser ativados. Os fluxos de atendimento para pacientes com Covid-19 e outras doenças respiratórias ocorrem separadamente.” Segundo a secretaria, os pacientes passam por um processo de acolhimento nas UBSs, ou triagem na rede de urgência e emergência, e são encaminhados conforme suas necessidades. Reforça também que as unidades de saúde possuem testes disponíveis para as duas doenças.

No último dia 6, foi aberta uma tenda dedicada ao atendimento de pacientes com sintomas de dengue que funciona 24h em Itaquera, na zona leste da capital. Outras tendas poderão ser instaladas dependendo da demanda, segundo a pasta.

A Secretaria de Estado da Saúde informou ainda que mantém o monitoramento constante do cenário epidemiológico das duas doenças em todo o território estadual e reforça a importância da vacinação contra a Covid, em especial as doses de reforço.

Desde o fim do ano passado, o Ministério da Saúde estabeleceu um reforço da vacina bivalente para pessoas com mais de 60 anos e para imunocomprometidos com mais de 12 anos que tenham recebido a última dose há mais de seis meses.

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Covid-19: R$ 17 bi em recursos paralisados serão investidos na saúde

Valores devem ser usados até 31 de dezembro de 2024

O Ministério da Saúde informou, nesta segunda-feira (12), que cerca de R$ 17 bilhões em recursos não utilizados durante a pandemia de covid-19 serão destinados para ações de custeio e de investimentos na saúde em todo o país. Os valores deverão ser utilizados até 31 de dezembro deste ano.

A pasta regulamentou a Emenda Constitucional 132/2023, que autoriza o uso do saldo financeiro dos fundos de saúde estaduais, municipais e do Distrito Federal para ações e serviços públicos de saúde, seja para despesas correntes ou de investimento. A portaria foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, no último dia 9.

Os saldos são referentes a recursos transferidos pelo Fundo Nacional de Saúde para enfrentamento da pandemia no período de 2020 a 2022.

FONTE AGÊNCIA BRASIL

Medicamentos falsos para dengue preocupam autoridades de saúde

Tratamento sem acompanhamento médico resulta em ineficácia e risco de contaminação e agravamento do quadro para pacientes

O uso de substâncias e remédios não autorizados – ou sem comprovação científica – para o tratamento de doenças pode provocar danos à saúde, piorar o estado de pessoas doentes, além de gerar a possibilidade de interações medicamentosas, quando os efeitos de uma substância ou fármaco são alterados por outra substância.

Os dados de incidência das arboviroses (dengue, zika e chikungunya) no estado estão disponíveis no Painel Arboviroses – Vigilância Epidemiológica.

Nos 35 municípios da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano, até essa terça-feira (6/2), havia 6.210 casos prováveis de dengue registrados, com 2.197 casos confirmados, nenhum óbito confirmado e oito em investigação para a doença.

Minas Gerais está enfrentando o segundo ano epidêmico consecutivo para dengue e chikungunya e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) já constatou o uso de uma “cápsula milagrosa” para alívio dos sintomas por parte da população na região do Vale do Aço.

Diante da alta incidência dessa arboviroses, muitos pacientes acabam recorrendo a atalhos para o tratamento, alheios aos riscos de que remédios sem qualquer registro oficial junto aos órgãos reguladores podem provocar danos à saúde.

“Eu não tomo medicamentos que o amigo do Whatsapp recomenda, ele não é médico”, diz a auxiliar administrativa Valéria Martins, de 37 anos, que tem plena consciência dos perigos de se tomar medicamentos sem o devido acompanhamento. “Eu vou ao médico, converso e ele me receita tudo que eu preciso”, afirma.

Além de ineficientes, medicamentos e substâncias ingeridos sem supervisão médica podem ter sido produzidos sem as condições de higiene adequadas, sem qualquer fiscalização farmacológica e ter contaminantes capazes de piorar o quadro de quem fez uso.

Riscos

Diante de quadros preocupantes de falsos remédios, a coordenadora de Vigilância e Saúde da SRS de Coronel Fabriciano, Micheline Araújo, reforça o alerta contra a automedicação.

“O médico sabe exatamente qual remédio recomendar, e sabe se o paciente tem eventualmente alguma alergia a alguma substância, se ele toma algum medicamento para outro fim que possa ter interação com outros medicamentos, por exemplo”, explica Micheline.

Confira abaixo as principais recomendações de Micheline Araújo a respeito de dúvidas recorrentes sobre arboviroses, tratamento e o perigo de se automedicar, além dos danos que os supostos remédios milagrosos podem trazer à saúde.

Quais medicamentos devem ser utilizados para tratamento da dengue, zika e chikungunya?

Dengue e chikungunya são viroses que não têm tratamento específico. O tratamento é repouso, boa alimentação e hidratação. Os medicamentos são apenas para os sintomas da doença, como febre e dor no corpo, que são os analgésicos comuns, como dipirona e paracetamol. E no caso da chikungunya, não se deve tomar nenhum outro medicamento além desses nos primeiros 15 dias de sintoma, pois remédios como anti-inflamatórios e corticóides podem agravar a situação.

Onde comprar os medicamentos?

Medicamentos só devem ser comprados nos estabelecimentos autorizados para isso, como as drogarias e farmácias. São locais fiscalizados, que têm responsável técnico, além da garantia da origem dos medicamentos. Remédios comprados fora desses locais não têm uma garantia da origem, nem de como foram produzidos.

O que verificar para saber se o medicamento é adequado?

Muitas vezes, os falsos medicamentos não têm a informação da origem, do fabricante, do responsável pela fabricação. Todo medicamento deve vir lacrado, com data de validade, lote, impressão na caixa, nome do fabricante, endereços, dados da empresa e do responsável técnico. Produtos e medicamentos que não têm essas informações não devem ser adquiridos. 

Por que não devo tomar remédios indicados por amigos ou conhecidos?

Medicamentos indicados por amigos e conhecidos são muito perigosos porque eles não sabem a sua real situação sem uma avaliação médica. O médico é um profissional habilitado para prescrever medicamentos para tratamento de todas as doenças.

Ele pode avaliar sua condição de saúde, qual medicamento você tem condições de usar ou que pode te fazer mais mal, e também avaliar se você já toma algum remédio para outro tratamento, alguma doença de base que você tenha e que possa comprometer ou interagir com o que ele está prescrevendo.

Quais são os sintomas da dengue?

Os principais sintomas da dengue são febre alta, geralmente acima de 38 graus, mas pode acontecer também de não ter febre, se você está tomando algum remédio que corte essa febre. Dor no corpo, mal-estar, dor atrás dos olhos, exantema, que são as manchas pelo corpo. A chikungunya, além desses sintomas, também provoca uma dor muito forte em várias articulações do corpo.

Quando a pessoa deve ir para o hospital?

As pessoas normalmente passam o período crítico e melhoram. Mas devem procurar um médico se começarem a sentir a piora do mal-estar no corpo, dor no abdômen, principalmente se for intensa e constante, vômito persistente, ou algum tipo de sangramento.

O que fazer para evitar a dengue?

A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, um mosquito que se adaptou muito bem à nossa sociedade, ao nosso meio de vida hoje, que precisa de água limpa e parada para se reproduzir, e o ambiente quente que nós temos em nosso país é muito propício para a procriação deles.

A maneira mais eficiente para evitar sua proliferação é eliminar os focos de procriação, evitando assim que ele se prolifere, aumente sua população e continue transmitindo. Além disso, diante da nossa situação epidêmica, as pessoas devem usar repelentes e roupas que protejam o máximo do corpo quando possível, como forma de  autoproteção.

FONTE AGÊNCIA MINAS

Doença do beijo e ISTs: como prevenir e se cuidar no Carnaval  

O Carnaval está chegando e, junto com a alegria e descontração, é crucial lembrar da importância de cuidar da saúde, especialmente quando se trata de prevenir doenças cuja transmissão costuma ser mais comum nesta época do ano. Uma das mais conhecidas é a chamada Doença do Beijo (mononucleose infecciosa), mas as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) também merecem atenção, tendo em vista o alto risco que algumas representam à saúde humana. Em ambos os casos, é importante estar bem-informado sobre as formas de prevenção, para aproveitar a festa sem preocupações.

Causada pelo vírus Epstein-Barr, a mononucleose é transmitida pela saliva (daí o nome Doença do Beijo) ou por utensílios contaminados. A Organização Mundial da Saúde estima que o vírus Epstein-Barr está presente em 90% dos adultos de todo o mundo.

Em seu Guia de Doenças Infecciosas e Parasitárias, o Ministério da Saúde afirma que a condição é cosmopolita (típica de centros urbanos) e que a população em geral está suscetível à infecção. “Os sintomas da Doença do Beijo podem variar, mas geralmente incluem febre, dor de garganta, inchaço dos gânglios linfáticos e fadiga intensa. Em alguns casos, pode ocorrer um aumento no baço, o que torna mais importante procurar atendimento médico”, afirma o infectologista e consultor médico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Marcelo Cordeiro.

Segundo ele, é preciso levar a sério a prevenção à mononucleose, pois uma pessoa assintomática com o vírus pode transmitir a doença até um ano após a infecção. “As principais orientações são evitar compartilhar itens pessoais, como copos e talheres, ter uma boa higiene, o que inclui lavar as mãos corretamente, e, por último, ser transparente com a parceira ou parceiro. É importante conversar sobre histórico de saúde, garantindo a consciência de ambos”, orienta o médico.

Diagnóstico e tratamento 

O diagnóstico para mononucleose é geralmente realizado por meio de exames de sangue, que detectam alterações sugestivas para a doença ou a presença de anticorpos específicos para o vírus Epstein-Barr. “No hemograma, a presença de grande quantidade de linfócitos atípicos, principalmente após a segunda semana da infecção, é sugestiva de mononucleose infecciosa”, afirma Marcelo Cordeiro. Já a confirmação da doença pode ser feita com testes sorológicos, que podem detectar a presença de anticorpos contra o EBV (IgM e IgG). Em casos específicos, pode-se confirmar a existência do EBV por meio de exames que utilizam técnica de biologia molecular. “Não existe um tratamento específico para a doença, mas podem ser indicados analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios para aliviar os sintomas. A principal orientação é que o paciente sempre procure auxílio profissional, com um médico. Também é importante evitar exercícios físicos, descansar, hidratar-se bem e ingerir alimentos leves”, aconselha o especialista.

ISTs 

Além da Doença do Beijo, outras infecções que merecem atenção durante o Carnaval são aquelas transmitidas sexualmente. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), todos os dias há pelo menos um milhão de casos de ISTs curáveis. Dentre elas, estão: clamídia, gonorreia, tricomoníase e sífilis.

Algumas infecções ainda não têm cura, mas possuem tratamento que pode amenizar possíveis efeitos e permitir ao paciente viver uma vida normal. A mais conhecida é a transmitida pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV – em inglês), que causa a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, ou Aids, também na sigla em inglês. Além dela, também podem ser citadas o Herpes e o Papiloma Vírus Humano (HPV). “Para as quais ainda não há vacinas, a principal dica de prevenção é a utilização de preservativo, seja interno ou externo, durante as relações sexuais. Da mesma forma, é importante fazer exames de ISTs antes de cair na folia, porque pode possibilitar não só um tratamento em tempo, mas também evitar a disseminação da infecção”, orienta o médico.

Secretaria de Saúde sensibiliza população sobre a prevenção da gravidez na adolescência

Educação sexual, acolhimento e acompanhamento são as melhores medidas para evitar complicações e óbitos materno-infantis

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realiza ações de conscientização até esta quinta-feira (8/2), na Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, campanha de caráter educativo e preventivo em que são abordados desde a sensibilização da temática, entre o público adolescente e seus cuidadores, aos métodos contraceptivos disponíveis atualmente.

A campanha é direcionada a profissionais de saúde e interessados no tema, já que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gestação na adolescência é uma condição que eleva a prevalência de complicações maternas, fetais e neonatais, além de agravar problemas socioeconômicos existentes. As complicações e gravidade da gestação correlacionam-se, principalmente, à idade. Tornar-se mãe durante a adolescência pode apresentar certas dificuldades e perigos porque a gestação neste período tem mais chances de complicações, tanto para o bebê quanto para a mãe. 

De acordo com Lírica Mattos, diretora de Gestão da Integralidade do Cuidado da SES-MG, é importante entender que todo adolescente tem direito ao atendimento e acolhimento correto no Sistema Único de Saúde (SUS). Ela explica que pais, educadores, profissionais de saúde e toda a sociedade têm um papel fundamental na educação desses jovens.

“O primeiro passo para a prevenção da gravidez na adolescência é a informação qualificada. O SUS oferece métodos contraceptivos como pílula combinada, anticoncepcional injetável, dispositivo intrauterino (DIU), assim como preservativos, tanto femininos quanto masculinos, porque a responsabilidade da prevenção é compartilhada”, afirma Lírica Mattos, que acrescenta que as gestantes devem procurar os centros de saúde mais próximos de suas casas. “Lá, será ofertado acolhimento, planejamento reprodutivo e sexual, captação precoce de gestantes para a realização de pré-natal adequado, cuidado no parto, puerpério e cuidado com o bebê”, complementa.

Riscos

Em 2020, 14% dos nascidos vivos no Brasil foram de mães adolescentes e em Minas Gerais, entre 2019 e 2022, cerca de 10% dos nascidos vivos são filhos de mães na faixa etária de 10 a 19 anos.

De acordo com o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), a Macrorregião de Saúde Centro registrou o maior número de gestações em adolescentes de todo o estado, com mais de 28 mil bebês nascidos entre 2019 e 2022, aproximadamente 25% dos casos em Minas Gerais. A Macrorregião de Saúde Norte está em segundo lugar nesse ranking, com 11.613 bebês.

A gestação na adolescência aumenta as chances de prematuridade e complicações durante o parto, como pré-eclâmpsia, desproporção pélvica-fetal, entre outras. A realização do pré-natal de maneira adequada impacta diretamente nesse desfecho. Segundo dados disponíveis no Sinasc, no ano de 2023, foram 20.961 nascidos vivos de mães adolescentes, sendo 758 de mães com idade entre 10 e 14 anos e 20.203 bebês de mães com idade entre 15 e 19 anos. Destas, 322 declararam não ter feito nenhuma consulta pré-natal.

Lírica Mattos ressalta que esse acompanhamento é uma das principais formas de prevenir a mortalidade materno-infantil e de garantir o acompanhamento adequado do desenvolvimento do bebê. “O pré-natal é um dos principais pontos de assistência para a saúde durante a gestação, deve ser iniciado no primeiro trimestre e garantido o número mínimo de seis consultas. Assim, aumenta-se a chance de desfechos favoráveis tanto para a adolescente quanto para o bebê”, explica.

A diretora de Gestão da Integralidade do Cuidado da SES-MG reforça que o planejamento reprodutivo também deve ser abordado durante a gestação, para que as mães recebam orientações e tirem dúvidas sobre os métodos contraceptivos disponíveis, de modo a prevenir futuras gestações ainda durante a adolescência.

“Caso o parceiro da adolescente esteja presente, é importante que ele seja implicado no processo de planejamento reprodutivo”, aponta Lírica, que também salienta que a gravidez em adolescentes de 10 a 14 anos é considerada estupro de vulnerável, dentro da legislação vigente, portanto toda oferta de cuidado é pautada no que preconizam as leis brasileiras. “A gravidez pode trazer complicações tanto para o bebê quanto para a mãe, então é muito importante trabalhar na perspectiva de prevenção. Outro ponto que temos trabalhado na SES-MG são as ações de enfrentamento, inclusive no Plano de Enfrentamento à Mortalidade Materna e Infantil, porque essa faixa etária é a que apresenta mais risco de mortalidade materna e prematuridade do bebê”, destaca Lírica Mattos.

Informação é a melhor forma de prevenção

Os desafios enfrentados pelas mães adolescentes, suas famílias e companheiros são múltiplos e, por isso, a necessidade de acolhimento, acompanhamento pré-natal e medidas de promoção e prevenção de saúde destas jovens. É necessário que o diagnóstico, manejo clínico precoce da gravidez, condução da gestação, acompanhamento no puerpério e o estímulo à amamentação, além do controle nutricional sejam realizados por equipe multidisciplinar para garantir o bem-estar físico, psicológico e social dessas mães adolescentes, dos parceiros, filhos e familiares.

A gerente financeira Camila Lares Pereira tinha 15 anos e cursava o segundo ano do ensino médio quando descobriu a gravidez. O pai da criança também era adolescente e tinha 17 anos. Ela relata que a gravidez foi um período complicado, que mudou sua vida por completo,  e considera a orientação correta e a educação sexual essenciais.

“Eu era uma criança, precisei cuidar de outra criança e, para viver a maternidade, não pude vivenciar aquilo que é próprio dos jovens. Faltou orientação, tanto da parte da escola como das pessoas que me acompanhavam com relação ao uso de preservativo ou de medicamentos”, lembra.

Ela conta ainda que precisou superar inúmeras adversidades na época, desde a relação estremecida com o pai, retomada quando a barriga cresceu e o bebê já se mexia, até problemas fisiológicos que a gravidez acarretou. “O parto foi uma experiência única e me assustei muito. Depois, vieram as dificuldades da amamentação e de entender que tinha uma criança que dependia de mim. Pensei em largar os estudos, mas meus pais e minha família me incentivaram a continuar e esse apoio foi essencial. Além da família, recebi muito apoio da família do pai da minha filha, que fizeram tudo que estava ao alcance deles”, ressalta Camila Pereira.

Camila Pereira destaca que mantém um diálogo aberto com sua filha, Sabrina Lares Tonani, atualmente com 16 anos, para alertá-la da importância da prevenção de uma gravidez precoce. “Conversamos abertamente e claramente sobre métodos de prevenção e cuidados. A Sabrina é muito consciente, até porque eu conto a minha história para ela e falo sempre que, para ter relação, ela precisa se cuidar para que evite passar pelo que eu passei”.

FONTE AGÊNCIA MINAS

Minas aposta em programas de saúde mental para conter violências em escolas

Em 2024, governo de Minas prevê investimentos em programas socioemocionais para conter o avanço do bullying e da violência nas 3.425 escolas da rede estadual de ensino

O governo de Minas prevê investimentos em programas socioemocionais para conter o avanço do bullying e da violência nas 3.425 escolas da rede estadual de ensino. O projeto socioemocional terá início na próxima semana e tem como objetivo melhorar o clima escolar e as relações nas unidades de ensino. A previsão, conforme o secretário de Estado de educação, Igor Alvarenga, é que especialistas de educação sejam contratados para auxiliar nos trabalhos. O investimento para a iniciativa é de aproximadamente R$ 50 milhões. O número de contratações, no entanto, só será definido após o mapeamento das necessidades da rede. 

“A gente inicia com a aplicação de um questionário com os professores em fevereiro. A intenção é entender qual é o clima no ambiente escolar. Em seguida, após o Carnaval, esse questionário será respondido pelos estudantes. Após esse diagnóstico, vamos analisar qual a realidade de cada escola e quais possuem uma situação mais crítica para poderem receber esses profissionais, de imediato”, informou o secretário, durante um café com profissionais de imprensa nesta terça-feira (30 de janeiro). O segundo questionário tratará de perguntas mais relacionadas ao que atinge o aluno e como ele se sente naquele meio.

O programa tem como foco as competências socioemocionais previstas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM-MG). Entre elas, a autoconsciência, a autogestão, a consciência social, habilidades de relacionamento e tomada de decisão responsável. Diante disso, será ofertada uma capacitação para os professores da rede estadual.

“A quantidade de profissionais contratados vai depender dos resultados desses questionamentos que iremos aplicar em fevereiro. Eu posso ter, por exemplo, respostas de que as escolas possuem uma baixa complexidade. Dentro disso, vou definir quais são as mais complexas e a partir disso organizar as ações, tanto dos planos a serem executados como para a contratação destes servidores”, acrescentou o secretário.

Matriz de risco

Para além do plano, o especialista em educação assumirá um papel de articulador e poderá, em conjunto com o corpo docente e a Polícia Militar, participar da elaboração de uma Matriz de Risco — documento que especificará as fragilidades de cada escola e definirá o que precisa ser fortalecido em cada unidade, como o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência).

Números da violência

Conforme publicado por O TEMPOentre janeiro e agosto de 2023, foram 1.474 registros de ocorrências policiais nas instituições públicas e privadas em Minas Gerais. O balanço, feito pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG) , considera somente casos de lesão corporal e agressões, ignorando outros tipos de violência como furto e roubo. A média é de 184 ocorrências por mês no período analisado. São dez casos a mais que a média de agressões ocorrida em 2022, com 174 casos mensais.

“O que nós temos hoje em nossas escolas é uma sensação de insegurança, muito em função destes casos que ocorreram pelo país. A nossa intenção é trabalhar de forma preventiva, de modo que esse tipo de violência não aconteça”, afirmou a secretária adjunta de Estado de educação, Geniana Faria.

Conforme a integrante da pasta, esses projetos são necessários para atuar na origem desses problemas. “É um desafio muito grande, mas sempre tenho como exemplo a escola de ensino fundamental. O professor passa 4h30 com o aluno. Então, se ele percebe que um estudante apresenta um comportamento diferente, ele sabe o que ocorreu. É esse tipo de conhecimento, de diagnóstico, que pretendemos ter com esse projeto”, acrescentou.

Ações contra a violência da SEE-MG

Além do programa socioemocional, que será lançado a partir de fevereiro, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) garante que desenvolve uma série de ações para conter violências nas escolas. Entre elas, a instalação de câmeras de segurança, atividades desenvolvidas pela Polícia Militar, como a Patrulha Escolar, o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) e o Programa de Educação Ambiental (Progea). Outra iniciativa é o funcionamento dos Núcleos de Acolhimento Educacional (NAEs), que disponibilizam psicólogos e assistentes sociais para o atendimento à comunidade escolar.

Lançado em 2022, os NAEs contam com 460 psicólogos e assistentes sociais. Esses profissionais atuam de maneira itinerante, realizando palestras e oficinas junto à comunidade escolar. Eles são distribuídos para atender cerca de 230 núcleos, em regiões distintas do Estado, que contemplam as 3.425 unidades da rede estadual de ensino. Conforme o chefe da pasta, Igor Alvarenga, o programa não deverá ter a contratação de mais profissionais até o fim deste ano.

Em abril de 2023, especialistas ouvidos por O TEMPO avaliaram que esse número é insuficiente para suprir as demandas da comunidade escolar. Eles apontaram que cada unidade deveria contar com uma equipe multidisciplinar, formada por psicólogos e assistentes sociais.

“Esses profissionais fazem um planejamento coletivo, os casos individuais são de responsabilidade da secretaria de saúde, que é um atendimento mais específico. Até, por isso, estamos apostando no projeto socioemocional. É algo que vem para somar a esse projeto, tudo isso na perspectiva da educação. É um programa que será reavaliado para que no final do ano possamos fazer alguma melhoria”, pontuou o secretário. Casos específicos são encaminhados para o atendimento clínico no SUS ou, até mesmo, para o Conselho Tutelar Municipal. 

Para a secretária Adjunta de Estado de Educação, Geniana Faria, embora não aumente o quadro de profissionais dos NAEs, a integração destes novos projetos poderá oferecer resultados eficientes, garantindo uma maior segurança nas unidades de ensino.

“Eu evito uma violência quando aquele estudante ou alguém do convívio dele não tenha alguma ação infracionária. Por isso, a importância de somar todos esses projetos, como aqueles que têm o apoio da polícia. A nossa obrigação enquanto escola é ensinar, e essas competências, que fazem parte do desenvolvimento deste aluno, também são responsabilidades nossas”, finaliza.

FONTE O TEMPO

Abertas inscrições para o curso Qualificação em Vacinação para Trabalhadores da Atenção Primária à Saúde

Treinamento é oferecido pela Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) em formato EaD

Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) abrem inscrições para o curso Qualificação em Vacinação para Trabalhadores da Atenção Primária à Saúde.

O curso será oferecido por meio da plataforma virtual da ESP-MG, Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), na modalidade de Educação a Distância (EaD), no formato autoinstrucional (sem tutor), com certificação após conclusão do curso, sem ônus para o aluno.

Os candidatos poderão se inscrever no período desta terça-feira (30/1) 16/2/2024, por meio do preenchimento do Formulário Eletrônico disponível neste link.

Serão disponibilizadas 2 mil vagas a serem preenchidas pela ordem de chegada das inscrições válidas. O curso é destinado aos trabalhadores que atuam nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS): recepcionistas, vigias, profissionais de serviços gerais, agentes comunitários de saúde, agentes de combate a endemias e profissionais de saúde bucal.

É importante destacar que esse curso não se destina a enfermeiros e/ou profissionais que atuam em salas de vacina.  Em breve serão abertas as inscrições para o curso “Qualificação profissional para trabalhadores de salas de vacina”, específico a esse público.

Para se inscrever no curso, os candidatos devem observar os seguintes pré-requisitos:

1 – Ser trabalhador atuante na Atenção Primária à Saúde (APS), nas funções de recepcionista, vigia, profissional de serviços gerais, agente comunitário de saúde, agente de combate a endemia e profissional de saúde bucal

2 -Trabalhar no estado / território de Minas Gerais

Resultado das inscrições

A previsão é de que o resultado do processo de inscrição e a lista dos nomes dos candidatos contemplados sejam divulgados em 21/2/2024, sendo a primeira turma com início na mesma data.

O candidato deve ficar atento ao e-mail informado no ato da inscrição. É necessário que o e-mail seja pessoal e esteja digitado corretamente, já que os comunicados formais sobre o curso, como o envio de login e senha de acesso, ocorrerão por meio deste e-mail.

Sobre o curso

O curso Qualificação em Vacinação para trabalhadores da APS tem carga horária de 20 horas, composto por três unidades:

Para mais informações: (31) 3275-1440 (Whatsapp) ou [email protected].

FONTE AGÊNCIA MINAS

Prefeitura implanta Unidades Sentinela para atendimento a Dengue nos Postos de Saúde

A Prefeitura de Conselheiro Lafaiete, por meio da Secretaria de Saúde / Atenção Básica, está implantando cinco Unidades Sentinelas para atendimento aos pacientes com suspeita de Dengue ou Chikungunya, que necessitam de soroterapia /hidratação venosa, bem como observação.

As unidades estão sendo instaladas na UBS Cachoeira, UBS Albinópolis, UBS Belavinha, Centro Regional de Saúde do São João, Centro Regional de Saúde da Barreira, e funcionarão no horário de 7:00 às 19:00.

A Diretora de Atenção Básica, Rita Camargos, informa que é importante enfatizar que o paciente que apresentar sintomas deve procurar primeiramente o PSF do bairro para passar pelo acolhimento e atendimento médico.

Os pacientes só serão atendidos nas Unidades Sentinelas, mediante o encaminhamento médico, após a triagem e atendimento nos PSFs dos bairros e conforme a indicação de soroterapia e observação.

O prefeito Mário Marcus ressaltou a importância das unidades como mais uma ação de reforço para atendimento aos pacientes com Dengue ou Chikungunya. Ele destacou que este fluxo de atendimento irá agilizar muito mais a assistência e desafogar a Policlínica Municipal. Na oportunidade o prefeito reforça a importância de seguir as orientações do setor de saúde sobre os cuidados para a prevenção, a seriedade do momento e solicitou à população que contribua na luta contra o mosquito transmissor das doenças.

Copo Stanley tem chumbo? Entenda os riscos do metal para a saúde

Nas redes sociais, usuários começaram a discutir sobre a gravidade do problema; fabricante se posicionou

Na última semana, os copos térmicos da marca Stanley estiveram no centro de uma polêmica nas redes sociais. O debate começou após usuários, principalmente nos Estados Unidos, realizarem testes rápidos que supostamente detectaram a presença de chumbo nos produtos, gerando uma onda de preocupação entre os consumidores.

A fabricante confirma: os copos Stanley têm, de fato, chumbo em sua composição. O metal é utilizado como material de vedação na base do copo, mas, segundo a empresa, um revestimento de aço inoxidável impede o contato direto com o consumidor.

“A Stanley esclarece que não há chumbo em parte alguma da superfície de seus produtos que entre em contato com o consumidor, ou com líquidos e alimentos que estejam sendo consumido”, diz a empresa por meio de nota.

Os copos térmicos da marca possuem paredes duplas e isolamento a vácuo -é o que garante a conservação da temperatura de bebidas em seu interior, de acordo com a fabricante. O material de vedação incluiria uma parcela de chumbo em sua composição, “no entanto, uma vez selada, esta área é coberta por uma camada não removível de aço inoxidável, tornando-a inacessível aos consumidores”.

A empresa acrescenta que “na rara ocorrência desta tampa de inox se soltar, devido a algum caso extremo, possivelmente expondo o selante, este continuará sem contato com o conteúdo ou com o usuário”.

Ainda segundo a Stanley, seus produtos cumprem todas as normas regulatórias dos Estados Unidos, e que realiza testes e validações por meio de laboratórios terceirizados credenciados pela FDA (agência de vigilância sanitária americana).

O chumbo é um metal tóxico que pode ser absorvido pelo corpo após a inalação de partículas finas ou vapores, ou após a ingestão de compostos solúveis. Segundo o Ministério da Saúde, não há nível de exposição que seja conhecido como isento de efeitos nocivos.

Segundo o toxicologista e patologista clínico Álvaro Pulchinelli, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SPBC/ML), se o chumbo estiver isolado do com o consumidor, não há risco. “Para que haja intoxicação, é preciso haver exposição efetiva da pessoa ao chumbo”, afirma.

O especialista acrescenta que o material é muito utilizado na indústria de tintas e vernizes, e na preparação de baterias. “O chumbo é usado em vários processos, e se houver sistema que isole o contato com o ambiente, não há perigo. A bateria de carro, por exemplo, tem chumbo, mas não fica em contato conosco”.

Pulchinelli recomenda cuidado caso o copo térmico tenha algum dano físico, como trincos e rachaduras, que possam expor o seu interior ao contato humano. “Se o copo está íntegro, não sofreu nenhuma queda, ele pode ser utilizado. Não havendo exposição, não há intoxicação”, afirma.

Segundo o médico, as formas mais comuns de intoxicação por chumbo são por ingestão oral ou de forma inalatória. O metal pesado leva décadas para ser eliminado do organismo, mesmo após a interrupção da exposição. Ele afeta vários sistemas do corpo, como neurológico, cardiovascular, gastrointestinal e hematológico, sendo especialmente prejudicial a crianças pequenas. 

“Como muitas tintas têm chumbo em sua base, existem muitos casos de intoxicação de crianças que pegaram alguma casquinha e levaram à boca”, diz o profissional.

A absorção pode ser até cinco vezes maior em crianças do que em adultos, de acordo com o CDC (centros de controle e prevenção de doenças do governo americano). Em gestantes, o chumbo pode atravessar a placenta e atingir o cérebro do feto.

Um relatório de 2020 do Unicef, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) voltado para a infância, aponta que 800 milhões de crianças -ou uma a cada três- em todo o mundo têm níveis de chumbo no sangue iguais ou superiores a 5 microgramas por decilitro. Tal índice de contaminação demonstra a necessidade de intervenções globais e regionais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O metal é uma potente neurotoxina e a exposição na infância causa danos irreparáveis. Os maiores riscos são para bebês e crianças menores de 5 anos, podendo provocar deficiências neurológicas, cognitivas e físicas, além de danos à saúde mental, de acordo com o Unicef.

No caso das crianças mais velhas, as consequências da contaminação incluem um risco aumentado de danos renais e doenças cardiovasculares, diz o relatório. Um estudo publicado em setembro passado na revista científica The Lancet Planetary Health estimou que 5,5 milhões de adultos morreram de doenças cardiovasculares em 2019 devido à exposição ao chumbo. (Folhapress) 

FONTE O TEMPO

Você Não Vai Acreditar Como Uma Lata de Energético por Mês Afeta Seu Sono

Essas bebidas prometem um impulso de energia, mas um estudo recente sugere que o preço a pagar pode ser um sono de qualidade ruim.

Nos últimos anos, as bebidas energéticas ganharam popularidade, especialmente entre jovens e estudantes universitários, que buscam uma forma rápida de aumentar a energia e o foco para enfrentar rotinas exaustivas de estudos e atividades sociais.

Essas bebidas, repletas de cafeína e outros estimulantes, prometem um impulso de energia, mas um estudo recente da Noruega sugere que o preço a pagar pode ser um sono de qualidade ruim.

Entenda a pesquisa e seus resultados

A pesquisa apontou que mesmo um consumo moderado de energéticos pode levar a problemas no sono entre estudantes universitários. Os resultados indicaram que aqueles que consomem de uma a três latas de energético por mês já estão em risco de desenvolver distúrbios do sono.

Com mais de 50 mil jovens entre 18 e 35 anos participando, o estudo revelou uma relação clara entre a frequência do consumo dessas bebidas e a redução nas horas de sono.

Energéticos, comuns nas prateleiras de supermercados e lojas de conveniência, contêm em média 150 mg de cafeína por litro, além de açúcar, vitaminas, minerais e aminoácidos. Eles são vendidos como potencializadores do desempenho mental e físico, o que atrai estudantes em busca de melhorar sua concentração e energia.

No Estudo de Saúde e Bem-Estar de Estudantes (SHOT22), os jovens responderam sobre a frequência com que consumiam bebidas energéticas. As opções variavam de consumo diário a raramente ou nunca. O estudo também se aprofundou em detalhes sobre os padrões de sono, como o tempo necessário para adormecer e as interrupções no sono.

insônia foi definida no estudo como dificuldades para adormecer, manter o sono ou acordar cedo demais, além de sonolência e cansaço diurno. Esses problemas deveriam ocorrer pelo menos três vezes por semana durante um período de três meses.

As respostas revelaram diferenças notáveis entre os sexos no que diz respeito ao consumo de energéticos. Enquanto metade das mulheres relatou que nunca ou raramente consumia essas bebidas, 40% dos homens disseram o mesmo. Por outro lado, uma parcela significativa relatou um consumo frequente de quatro a seis vezes por semana.

Aqueles que consumiam energéticos diariamente dormiam, em média, meia hora a menos do que os que consumiam ocasionalmente ou não consumiam. Mais de 50% das mulheres e 37% dos homens nessa categoria de consumo diário relataram insônia.

Os homens que consumiam diariamente tinham o dobro de chances de dormir menos de seis horas por noite, e as mulheres tinham 87% mais chances de enfrentar o mesmo problema.

Os pesquisadores, porém, ressaltam que esse é um estudo observacional e que não estabelece uma relação de causa e efeito definitiva. Embora as evidências sugiram que as bebidas energéticas podem perturbar o sono, não está claro até que ponto diferentes aspectos do sono são afetados.

Eles também consideram a possibilidade de que o consumo de energéticos possa ser uma consequência, e não a causa, de um sono de má qualidade.

FONTE CAPITALIST

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