Crise na saúde: falta de pediatras nas UBS e possível fechamento da única UTI Neonatal de Barbacena e região

Muitas crianças têm ficado doentes em Barbacena (MG), especialmente pela época do ano que é propícia ao desenvolvimento de doenças respiratórias, além da covid-19. Diversas reclamações chegaram à redação do BOL e Rádio Sucesso sobre a falta de pediatras nas Unidades Básicas de Saúde. A situação faz com que pais e responsáveis procurem atendimento na Santa Casa de Misericórdia de Barbacena, referência no atendimento em pediatria.

Uma mãe reclamou que, em contato com a Santa Casa foi informada que, por volta das 11h o setor de pediatria estava lotado e, até aquele horário não haviam sido atendidas as crianças que haviam chegado por volta das 8h.

Sobre a situação do atendimento de pediatria na atenção primária a Secretaria Municipal de Saúde informou que “os médicos generalistas das Unidades Básicas de Saúde estão aptos para atenderem as pequenas urgências apresentadas por qualquer pessoa independente da idade, o que consequentemente inclui as crianças, quando classificados em casos leves ou moderados. Algumas Unidades Básicas oferecem atendimento eletivo com médico pediatra, além de atendimento eletivo no Centro de Especialidades Multidisciplinar (CEM). A Secretaria mantem a orientação para que em casos graves, de urgência e emergência procure a unidade hospitalar diretamente”.

Com relação à Santa Casa, as redações do BOL e da Rádio Sucesso receberam várias reclamações sobre demora no atendimento, além do possível fechamento da UTI Neonatal, única de Barbacena e atende cerca de 750 mil na região. A assessoria da unidade não se manifestou até o fechamento desta matéria.

O que nossos jornalistas apuraram, extraoficialmente, é que somente o pronto atendimento de pediatria da Santa Casa está atendendo cerca de 4.500 crianças por mês. Além disso, a falta de pediatras é uma realidade que vem afetando também outras cidades da região, como São João del-Rei. Os poucos profissionais que estão trabalhando, que não estão afastados por alguma enfermidade, têm trabalhado exaustivamente.

Ainda de acordo com a fonte ouvida pelo BOL e Rádio Sucesso, as autoridades competentes já foram cientificadas da situação caótica na saúde pediátrica do município. Uma reunião entre a direção do hospital e a Prefeitura estava agendada para quinta-feira (09), mas foi desmarcada. (Barbacena On LIne)

Falta de médicos e profissionais de saúde atingem cidade da região

Não é somente Lafaiete e Congonhas que não possuem médicos nos PSF!s e também atinge outras cidades da região. Na última semana, a Prefeitura de São João del-Rei, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, inaugurou dois novos postos de Unidade Básica de Saúde, nos bairros Fábricas e Tijuco, e que, conforme divulgado pelo Mais Vertentes, permanecem fechados por falta de funcionários. 

Contudo, a Prefeitura Municipal de São João del-Rei emitiu o Decreto nº 9720, que homologou o Concurso Público Municipal, em 03 de janeiro de 2022. Com essa ação, o Executivo está autorizado a realização da convocatória que deveria preencher as 328 vagas disponibilizadas, incluindo especialistas da área da saúde, para os cargos aprovados em outubro de 2021.

Passaram cinco meses desde a homologação do concurso público e as demandas da população seguem as mesmas, pois ainda persiste a falta de médicos e outros profissionais da saúde na UPA, para o Plantão Pediátrico, e nos postos, que foram inaugurados de forma simbólica, nem enfermeiros e nem auxiliares administrativos. Além disso, muitas pessoas que passaram no concurso público ainda aguardam, ansiosamente, pela convocação.

Em março deste ano, o secretário Renê Marcos, em entrevista ao Mais Vertentes, anunciou o projeto de criação de um plantão de atendimento pediátrico 24hs na UPA, e afirmou que abriria, ainda naquele mês, o edital para a busca do profissional que atuaria na Unidade. Ainda segundo o Secretário, o plantão pediátrico 24hs já começaria a funcionar em abril.

Já se passaram dois meses e a população de São João del-Rei continua reclamando, com razão, da falta de profissionais em unidades de saúde (UPA e UBS), e que muitos concursados ainda não foram chamados. 

Durante a inauguração simbólica dos postos de saúde, que contou com a presença do deputado federal, Aécio Neves (PSDB), prefeito e diversos vereadores, foi anunciado pelo executivo, Nivaldo de Andrade (PSL), que “quando a UBS   funcionar atenderá cerca de 5 mil pessoas”, e ainda prometeu que os postos estarão ativos em um mês. 

“Já licitamos e estamos fazendo uma complementação do concurso que foi feito, para fazermos um chamamento público dos funcionários que vão trabalhar aqui. Mas vou colocar data para inaugurarmos com médicos. Será dentro de 30 dias. Não pode demorar mais”, garantiu o prefeito.

O secretário de Saúde, Renê Marcos, também prometeu acelerar os processos para a contratação dos funcionários das Unidades Básicas de Saúde, para que os atendimentos comecem em menos de um mês. “Estamos em processo de elaboração do processo seletivo público. Porém, existem algumas questões jurídicas. Precisamos de 45 a 60 agentes. Não somente para essas duas unidades. Mas para outras que também estão com falta de profissionais”, esclareceu o secretário.

Lembrando que este concurso tem validade de dois anos, a contar da data da publicação de sua homologação. O mesmo pode ser prorrogado por igual período, a critério da cidade. Enquanto isso, profissionais que passaram no concurso aguardam pela convocação, cargos essenciais na área de saúde continuam sem profissionais e a população desassistida.

Prefeito de Congonhas decreta de estado de emergência pública e vai contratar sem processo seletivo na saúde; vereadora aciona MP

Medida amplamente criticada é uma alternativa contra a evasão de funcionários na área

Na última quinta-feira (7), o Prefeito de Congonhas, Cláudio Dinho (MDB) decretou Estado de Emergência Pública em saúde no Município de Congonhas/MG, em razão da ausência temporária de alguns profissionais de saúde que podem causar desassistência da população.

O decreto reconhece que a falta de profissionais nas unidades acarreta “prejuízo a assistência da população em razão do quadro deficiente de profissionais, causado por problemas transitórios”.

O texto do prefeito considera “os inegáveis reflexos negativos de ordem social, econômica e de saúde pública, com comprometimento da assistência, em razão do aumento expressivo da procura por atendimento médico ambulatorial e internações e aborda a necessidade de atuação célere e eficaz do Poder Público Municipal para a proteção dos cidadãos, o que demandará medidas administrativas extraordinárias, diante da situação de anormalidade, as exigem resposta imediata para não comprometer a segurança e a saúde”.

Pelo decreto, fica o Município dispensado a realização de processo simplificado de seleção para a contratação de excepcional interesse público exclusivamente para atendimento da situação emergencial e com foco na assistência à saúde do cidadão congonhense.

Também ficam proibidos suspensos a concessão de férias ou afastamentos voluntários, conforme decisão da chefia imediata, aos profissionais lotados na Secretaria de Saúde envolvidos na assistência, enquanto perdurar a emergência de que trata esse Decreto.

O outro lado

A decisão gerou polêmica nas redes sociais. A Vereador Patrícia Monteiro (foto), considerou que ao declarar “Estado de Calamidade na Saúde de Congonhas” é lastimável. Ela acionou o Ministério contra a decisão do Prefeito Cláudio Dinho. Segundo ela, o orçamento da pasta é no valor de R$ 150 milhões, maior que arrecadação de Ouro Branco e mais da metade de Lafaiete.

“Existe um concurso válido que tem algumas funções que podem ser chamados para ocupar as vagas. No caso de substituição temporária o processo seletivo da saúde é a alternativa viável e certa. Entendemos que essa prática gera o sucateamento da máquina pública e não promove de maneira efetiva um serviço de qualidade e contínuo.
O sindicato defende não só a realização do Processo Seletivo como também a realização de Concurso público. Enviaremos durante o dia ofício a executivo cobrando explicações e providências concretas para a sanar a demanda”, informou o Sindicato do Servidores Públicos.

Itaverava (MG): moradora cobra atenção a saúde e atendimento médico aos finais de semanas

Nossa reportagem recebeu uma grave denúncia de descaso com a saúde pública na cidade de Itaverava (MG).
Dona Maria Geralda, de 87 anos, moradora do Bairro Barra, sentiu-se mal mais neste sábado (5) e familiares foram até a garagem municipal em busca de um carro que encaminhasse a idosa para uma unidade de saúde, já que o posto não mais funciona aos finais de semana deixando a enferma desemparada.
Sem um atendimento médico, os familiares apelaram ao SAMU que prontamente encaminhou a idosa ao pronto socorro de Lafaiete.
Dona Geralda já recebeu alta médica e está em casa. Mas os familiares estão revoltados já que a cidade está totalmente desabastecida de atendimento aos finais de semana.

https://youtu.be/rko4s7kjgcw
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