Conheça os destinos brasileiros sustentáveis que ganharam certificação verde internacional

O estado de Santa Catarina é o que tem mais destinos reconhecidos pelas ações de sustentabilidade, à frente do Rio Grande do Norte

O que você leva em conta na hora de escolher o destino da sua próxima viagem? Para muitos, é importante que o local tenha paisagens naturais, uma gastronomia rica e muitos equipamentos culturais. Para viajantes ainda mais seletivos –e conscientes–, é preciso adicionar na equação as ações de sustentabilidade praticadas pela gestão daquela cidade ou distrito.

Pensando nisso, em 2014 foi fundada, na Holanda, a Green Destinations, uma organização global que busca apoiar destinos sustentáveis. Periodicamente, a instituição fornece certificações e prêmios para os destinos que atingem metas de sustentabilidade.

“A Green Destinations desenvolveu um programa de apoio que inclui mais de 40 ferramentas de avaliação e relatórios, incluindo cursos de formação”, descreve a página da organização.

Assim, os destinos sustentáveis ostentam selos que podem ser adicionados às páginas oficiais do local, assim como a sites parceiros de viagens.

Este ano, a organização premiou 17 destinos com certificados de platina, ouro e prata de sustentabilidade. Destes, quatro eram brasileiros. Confira:

    • Rota do Enxaimel, na cidade de Pomerode (SC), com a certificação prata;
A Casa Radünz, uma das atrações de visitação na Rota do Enxaimel, na pequena cidade de Pomerode, em SC, com menos de 35 mil habitantes
A Casa Radünz, uma das atrações de visitação na Rota do Enxaimel, na pequena cidade de Pomerode, em SC, com menos de 35 mil habitantes Foto: Divulgação/Rota do Enxaimel
  • Tibau do Sul, município no Rio Grande do Norte, também com a certificação prata;
Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte
Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte Foto: Enjoylife2/GettyImages
  • São Miguel do Gostoso, município no Rio Grande do Norte, com a certificação bronze;
Praia em São Miguel do Gostoso (RN)
Praia em São Miguel do Gostoso (RN) Foto: Fabricio Rezende/GettyImages
  • Fernando de Noronha, em Pernambuco, com a certificação bronze.
Fernando de Noronha, em Pernambuco
Fernando de Noronha, em Pernambuco Foto: Dedé Vargas/GettyImages

Além desses destinos, que se destacaram na cerimônia ocorrida em Berlim, na Alemanha, há outros destinos brasileiros que já receberam algum tipo de reconhecimento por parte da Green Destinations. Mais uma vez, Santa Catarina e Rio Grande do Norte são os estados que aparecem. A lista fica completa com:

  • Apodi (RN);
  • Orleans (SC);
  • Bombinhas (SC);
  • Navegantes (SC);
  • Urubici (SC);
  • Bom Jardim da Serra (SC);
  • Treze Tílias (SC);
  • Itá (SC).

FONTE TERRA

Plano ecológico prevê cidades mais resilientes e sustentáveis

Brasil terá políticas para cidades mais sustentáveis

Além dos esforços na contribuição para não ultrapassar o aumento da temperatura global em 1,5ºC, o Brasil também tem como desafio enfrentar os impactos causados pelo que já mudou e é irreversível. O Plano de Transformação Ecológica, estratégia do governo federal lançada em 2023 para a transição de baixo carbono, reúne políticas públicas preventivas, que prometem cidades mais sustentáveis e resilientes.

Entre os seis eixos em que o plano foi estruturado, a infraestrutura e adaptação prevê o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com investimentos de mais de R$ 557 bilhões até 2026. “Mais de 80% da nossa população vivem em cidades. Precisamos de políticas públicas para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, criando cidades resilientes.”, reforçou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima Marina Silva, em fala ao G20, no fim de fevereiro.

Na estrutura, estão previstas políticas públicas como o programa Periferia Viva, para urbanização de favelas, medidas de drenagem urbana e contenção de encostas e obras de esgotamento sanitário. Nesse último caso, estão previstos investimentos de R$ 24 bilhões até 2026, no entanto, uma pesquisa divulgada pelo Instituto Trata Brasil, em 2022, aponta que para atingir a universalização desse serviço público, são necessários investimentos de R$ 667 bilhões, para que a meta seja alcançada até 2040, prazo limite previsto pelo Marco Legal do Saneamento.

A estratégia do governo para ampliar essa capacidade de investimento é atrair capital estrangeiro por meio da oferta de crédito viabilizada pelo Fundo Clima. “Antes a gente queria dinheiro catalisador, agora teremos dinheiro alavancador, que pode entrar para fazer a diferença. A agenda de infraestrutura, a agenda de transição energética, o processo de reindustrialização de base sustentável são agendas pesadas. Vão precisar de muitos recursos” destacou Marina Silva, ao reforçar a importância do aporte de R$10 bilhões destinados à iniciativa.

Transformação tecnológica

A resiliência das cidades também está na capacidade de elas funcionarem menos dependentes de fontes limitadas, como o petróleo, por exemplo. Por isso, as políticas públicas que exigem novas tecnologias, como soluções energéticas para mobilidade urbana, integram mais um eixo do plano de transformação ecológica.

Nesse grupo, além das medidas como a renovação de frota de ônibus e caminhões e o estímulo à indústria de veículos elétricos no país, figuram políticas públicas como a Nova Indústria Brasil, com previsão de investimentos de R$ 300 bilhões. Esses recursos financiarão, até 2026, iniciativas como a oferta de crédito para projetos de descarbonização da indústria, a mecanização da agricultura familiar e outras ações para tornar as cadeias agroindustriais mais sustentáveis e digitais.

“Precisamos aumentar a produção por ganho de produtividade e não mais por expansão predatória da fronteira agrícola, ou de qualquer que seja o meio que impacta os recursos naturais” enfatiza Marina Silva.

Outros investimento para adensar tecnologicamente iniciativas sustentáveis são o fortalecimento da Política de Desenvolvimento de Biotecnologia, por meio do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), criado para desenvolver produtos e negócios que fortaleçam as cadeias produtivas de ativos ambientais e também do direcionamento de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico para pesquisa e inovação em sustentabilidade.

 

FONTE AGÊNCIA BRASIL

BDMG abre inscrição para nova etapa de capacitação de municípios com foco em projetos sustentáveis

Treinamento gratuito será realizado em parceria com a Agência Francesa de Desenvolvimento nos dias 5, 12 e 19/3

Estão abertas as inscrições para treinamento de gestores municipais que queiram implementar projetos sustentáveis, como nas áreas de energia e de saneamento. Gratuito, o curso se inicia na próximo terça-feira (5/3), incluindo a apresentação de tecnologias e de práticas apropriadas para cidades de pequeno porte e distritos.

A iniciativa faz parte do Programa de Mobilização dos Municípios para a Sustentabilidade e é uma parceria entre o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), com apoio da GFA e Way Carbon. Esta será a segunda versão do treinamento, iniciado no ano passado, e que contou com a participação de gestores de mais de 200 municípios mineiros.

As inscrições podem ser realizadas até segunda-feira (4/3) pelo link forms.office.com/r/ZD1NH8DSCm. Durante os três módulos do treinamento, que acontecerá de forma remota, os gestores irão aprender sobre técnicas e práticas sustentáveis para economia de energia e tecnologias para tratamento de resíduos e esgoto, além de conhecer casos que ilustram e comprovam a viabilidade das ações.  

“Esta é mais uma iniciativa do BDMG que tem o compromisso de auxiliar o desenvolvimento sustentável dos municípios. Muitas vezes, as pessoas imaginam que os projetos são complexos e inalcançáveis, mas é possível, com capacitação, conhecer novas tecnologias e criar soluções com impactos positivos para a população e as prefeituras em termos de economia, de desenvolvimento social, e que sejam ambientalmente responsáveis”, afirma o presidente do banco, Gabriel Viégas Neto.

Em 2023, segundo Neto, 40% dos desembolsos do BDMG foram alinhados a pelo menos um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Crescimento

Desde 2019, o BDMG já liberou mais de R$ 175 milhões em financiamentos para projetos de saneamento básico, resíduos sólidos e eficiência energética/energia renovável nos municípios. Somente no ano passado foram R$ 86,6 milhões para esses projetos, o dobro de 2022.

Para este ano, o banco vai disponibilizar, até abril, R$ 300 milhões em crédito direcionado às prefeituras, incluindo a possibilidade de financiar projetos sustentáveis nos municípios.

Sustentabilidade em pauta

No dia 5/3, o tema central da capacitação será “Gestão Municipal: como economizar na conta de energia?”. Em 12/3, o assunto será “Água e Esgoto: Desafios Atuais e Tecnologias Apropriadas”. No terceiro e último painel, em 19/3, entram em pauta as “Metas regulatórias e soluções para o manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana”.

As palestras serão ministradas por profissionais com ampla formação nas temáticas. Roberto Velásquez, doutor em Engenharia Elétrica e 25 anos de experiência no setor energético, José Zloccowick, consultor de projetos na área de energia e mudanças climáticas; e o professor Pedro Heller, engenheiro civil, mestre e doutor em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, chefe de destinação final de resíduos na Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) em Belo Horizonte.

FONTE AGÊNCIA MINAS

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