Cientistas dizem que campos magnéticos mais poderosos do universo podem estar na Terra

Pesquisadores do Laboratório Nacional Brookhaven, operando o Colisor Relativístico de Íons Pesados (RHIC) nos Estados Unidos, identificaram campos magnéticos gerados em laboratório que ultrapassam a intensidade observada em magnetares, estrelas de nêutrons conhecidas por seus campos magnéticos extremamente fortes. Os resultados, publicados na revista Physical Review X, indicam a criação de campos magnéticos com força […]

Pesquisadores do Laboratório Nacional Brookhaven, operando o Colisor Relativístico de Íons Pesados (RHIC) nos Estados Unidos, identificaram campos magnéticos gerados em laboratório que ultrapassam a intensidade observada em magnetaresestrelas de nêutrons conhecidas por seus campos magnéticos extremamente fortes.

Os resultados, publicados na revista Physical Review X, indicam a criação de campos magnéticos com força próxima a 10^18 gauss durante colisões de íons pesados, superando os campos magnéticos de até 10^14 gauss associados aos magnetares.

O estudo explora as partículas liberadas nessas colisões para entender melhor as forças que operam nos núcleos atômicos e introduzir uma nova perspectiva sobre a condutividade elétrica no estado conhecido como plasma de quark-glúon (QGP). Este plasma é considerado um dos componentes fundamentais dos núcleos atômicos.

Os cientistas observaram a deflexão de partículas carregadas em uma maneira que sugere a presença de um forte campo eletromagnético nas partículas de QGP, um fenômeno conhecido como indução de Faraday.

A descoberta oferece novas vias para o estudo da estrutura fundamental da matéria e da condutividade elétrica em condições extremas.

Acesse o estudo completo clicando aqui

FONTE O CAFEZINHO

Tempestade de radiação lançada por explosão no Sol atinge a Terra

Tempestades de radiação podem fazer o trajeto entre o Sol e a Terra em apenas 30 minutos e durar vários dias; saiba as consequências

Tem sido muito frequente – especialmente com a aproximação do pico de atividade solar antecipado para meados deste ano – noticiarmos explosões no Sol e as consequentes tempestades geomagnéticas na Terra. 

No entanto, esse não é o único efeito que a “fúria indomável” da nossa estrela hospedeira pode causar nos planetas que a orbitam. Existem ainda as tempestades de radiação, que também são ocasionadas pelo disparo de material das erupções solares.

De acordo com o serviço de climatologia e meteorologia espacial Spaceweather.com, uma tempestade de radiação solar – também conhecida como Evento de Proton Solar (SPE) – ocorre quando os prótons contidos no Sol são lançados em velocidades incrivelmente altas. Essas tempestades de radiação podem fazer o trajeto Sol-Terra em apenas 30 minutos e durar vários dias. 

Ainda segundo a plataforma, na madrugada desta segunda-feira (29), à 1h38 (pelo horário de Brasília), uma forte erupção solar de classe M6.8 foi registrada pelo Observatório de Dinâmicas Solares da NASA e pelo Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), da Agência Espacial Europeia (ESA).

O Sol está no centro da imagem acima, que mostra primeiro um brilho repentino na borda noroeste causado por uma erupção solar M6.8. Em seguida, vemos a cena “salpicada” de prótons de alta energia. Créditos: SDO, SOHO e jhelioviewer.

Como foi a explosão solar que lançou a tempestade de radiação

Conforme descreve o site EarthSky.org, grandes laços coronais se ergueram do Sol com um brilho intenso. Então, veio um estalo, enquanto prótons de alta energia explodiram para longe do Sol perto da velocidade da luz (que é de quase 300 milhões de km/s).

Era como se você tivesse um balão revestido com gotículas de água que se expandiram tão repentinamente que estourou, espalhando um spray de água (ou, neste caso, prótons de alta energia).EarthSky.org

A maior parte do material solar lançado ao espaço por esse evento, localizado na borda noroeste do Sol pela perspectiva da Terra, não deve atingir o planeta, porque a mancha AR3559, onde se deu a explosão, não está na nossa direção.

No entanto, o mesmo não se pode dizer sobre os prótons, que são chamados de partículas energéticas solares. Assim como um dispersor de água girando em um jardim, o campo magnético do Sol sai em espiral (a Espiral de Parker). E – por causa de sua carga elétrica – os prótons seguem os campos magnéticos em espiral para longe da estrela. 

Essa “rodovia” de partículas magnéticas se curva de volta em direção à Terra a partir do lado ocidental do Sol (de onde é mais comum a ocorrência de tempestades de partículas solares). Observe o diagrama explicativo abaixo:

O evento desta madrugada ejetou uma tempestade de partículas solares S1 – considerada de grau fraco em uma escala que vai de S1 a S5. Essa explosão já causou um apagão de rádio de ondas curtas sobre a Austrália. Também é possível que operadores de rádio amador e navegadores em alto mar tenham notado perda de sinal em frequências abaixo de 30 MHz por até uma hora após o surto. Nenhuma consequência além dessas é esperada de uma tempestade de radiação de grau S1.

Tempestades de radiação solar às vezes duram dias e podem continuar aumentando a intensidade. De qualquer forma, não há risco para quem está na superfície da Terra, devido à atmosfera espessa e ao campo magnético do planeta, que repele as partículas. 

No entanto, essas partículas carregadas podem criar um ambiente de radiação perigoso para os astronautas em órbita, principalmente aqueles que estiverem em atividade extraveicular (EVA), também chamadas de caminhadas espaciais. Em casos mais extremos, os níveis de radiação podem ser perigosos até para aviões que voam em rotas polares. 

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Conheça o mapa plano mais preciso da Terra

O mapa de dois lados retrata os Hemisférios Oriental e Ocidental em um dos lados e os Hemisférios Norte e Sul no outro

A representação do nosso planeta através de mapas é repleta de distorções. Isso acontece porque é impossível mostrar perfeitamente um mundo 3D em um plano 2D. Mas agora, pesquisadores desenvolveram um método mais preciso para medir distâncias e classificaram o resultado como o mapa plano mais preciso da Terra.

Falhas nas representações existentes

  • A projeção de Mercator, introduzida em 1569, é a representação do planeta mais conhecida.
  • Ela é uma projeção de mapa cilíndrica e representa os meridianos como linhas verticais igualmente espaçadas, e os círculos de latitude como linhas horizontais igualmente espaçadas.
  • A projeção de Mercator é particularmente positiva para navegação, uma vez que simplifica o processo ao representar cursos de rumo constante, reduzindo a necessidade de correções frequentes de curso devido à curvatura da Terra.
  • No entanto, ela não é isenta de falhas, pois distorce o tamanho e a forma das massas de terra, especialmente à medida que se afasta do equador.
  • A Groenlândia, por exemplo, parece quase do mesmo tamanho da África nesses mapas, apesar de ser significativamente menor na realidade.
  • As informações são da IFLScience.

O mapa mais preciso

Embora existam outras projeções de mapa que oferecem uma representação mais precisa dos tamanhos verdadeiros dos países, estas normalmente não são utilizadas para fins de navegação. Na busca por uma representação mais precisa, Richard Gott, professor emérito de astrofísica em Princeton, criou, em 2007, um sistema para avaliar mapas com base no nível de distorção presente.

Ele descobriu que a projeção Winkel-Tripel, que visa equilibrar distorções de área, direção e distância, tinha as menores distorções gerais. No entanto, ela também não é isenta de imperfeições, apresentando distâncias, como a entre o Havaí e a Ásia, maiores do que são efetivamente.

Anos depois, Gott buscou criar um novo mapa plano, inspirando-se em um design de Buckminster Fuller. Este mapa preservava o tamanho dos países ao apresentar o mundo em uma forma única, embora desconexa. Essa abordagem resultou em lacunas significativas entre países geograficamente próximos e dividiu alguns países em partes separadas.

Foi então que a equipe do professor imaginou um mapa de dois lados, um retratando os Hemisférios Oriental e Ocidental e o outro os Hemisférios Norte e Sul. Ambas as versões evitam os cortes de limite vistos em outras projeções.

Este novo design oferece um método mais preciso para medir distâncias entre dois pontos em comparação com outros mapas planos, apresentando menos erros de distância. De acordo com o sistema de pontuação desenvolvido por Gott, ele se classifica como o mapa plano mais preciso da Terra.

Seu trabalho e descobertas são detalhados em um artigo disponível no servidor de pré-publicação arXiv.

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“Chicotadas” de vento solar devem perturbar campo magnético da Terra até o fim da semana

Até o fim desta semana, a Terra pode ser acometida por pequenas tempestades geomagnéticas provocadas por explosões no Sol

Nos últimos dias, o Sol tem apresentado atividade acentuada, com episódios eruptivos numerosos e intensos. Especialistas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) apontam que, até o fim desta semana, a Terra pode ser acometida por pequenas tempestades geomagnéticas de classe G1 – considerada moderada em uma escala que vai de G1 a G5. 

Esses eventos, cujos efeitos esperados não representam qualquer ameaça, serão resultantes da perturbação do campo magnético do planeta por “chicotadas” de vento solar atingindo a atmosfera, carregados de plasma.

Vamos entender:

  • O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar;
  • Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
  • Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas;
  • No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
  • À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento;
  • De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela em jatos de plasma (também chamados de “ejeção de massa coronal” – CME);
  • Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior;
  • Erupções solares consecutivas ocorridas desde sábado (20) têm atingido a Terra esta semana, com destaque para dois filamentos magnéticos que explodiram na segunda (22).

As tempestades geomagnéticas de classe G1 esperadas em decorrência disso podem provocar oscilações fracas em sistemas elétricos e impactos leves em operações de satélites, além de afetar o comportamento de animais migratórios. Também é possível a ocorrência de auroras no extremo norte do globo e adjacências.

Mancha solar hiperativa tem surto de erupções

De acordo com a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, uma mancha solar hiperativa designada AR3561 teve um surto de erupções entre segunda e quarta-feira (24). Houve mais de uma dúzia de explosões da classe M nesse período.

Um detalhe importante é que essa mancha nem existia até domingo (21) – e conforme vai acumulando energia e explodindo, ela está também aumentando consideravelmente de tamanho e se fundindo com outras manchas.

Agora, AR3561 se tornou um extenso grupo de manchas solares de 100 mil km de largura com mais de 20 núcleos escuros. Devido a um campo magnético de polaridade mista, esse agrupamento é naturalmente propenso a erupções frequentes.

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O que são tempestades solares e por que elas causam instabilidade no GPS e na cor do céu?

Efeito mais visível são as auroras boreais, mas podem ocorrer também interferências nas comunicações via satélite na Terra, apagões e prejuízos à saúde de viajantes espaciais e transpolares

A Terra pode sentir os efeitos de uma tempestade solar nesta semana. De acordo com o Centro de Previsão de Tempo Espacial, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, múltiplas erupções no Sol foram identificadas entre o último domingo, 21, e a terça-feira, 23. Embora o nome seja catastrófico e remeta a tramas cinematográficas, essas perturbações são mais comuns do que as pessoas imaginam, e, ao longo do tempo, dificilmente causaram problemas tão assustadores.

Estadão conversou com especialistas brasileiros que explicam que, de fato, o Sol passa por um pico de atividade neste ano, algo que ocorre, regularmente, a cada 11 anos. Isso não significa, porém que as tempestades sejam mais intensas, e sim que podem ocorrer com maior frequência. “2024 é um ano de máximo. O máximo anterior foi em 2013. Então é de se esperar diversas tempestades solares ao longo deste ano”, afirma Roberto Dell’Aglio Dias da Costa, professor do departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.

Na Terra, o efeito mais visível são as auroras boreais (fenômeno que provoca a mudança da cor do céu), e o que mais preocupa são as interferências em tecnologias que estamos acostumados a usar, como GPS e internet, que dependem de satélites, que são os principais afetados. É possível que atinjam linhas de transmissão de energia elétrica, com blackouts, mesmo que historicamente isso tenha ocorrido poucas vezes, além de causar efeitos na saúde de astronautas e viajantes transpolares.

O alerta para esta semana, afirmam, não é tão grave. “Me parece um alerta bem moderado pelo seguinte: eles preveem aurora boreal em latitudes altas do Canadá e do Alasca, não muito longe do normal”, fala o doutor em Física e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Alexandre Zabot. “Quando a tempestade solar é muito grande, as auroras boreais começam a se aproximar e a serem visíveis do Equador. Há registro no Havaí, por exemplo.”

Centro de Previsão de Tempo Espacial dos Estados Unidos identificou erupções solares que podem afetar a Terra nos próximos dias  Foto: Nasa

Como é o Sol?

Para entender melhor sobre esse fenômeno, o professor Zabot tenta desmistificar um pouco a maneira como se pensa sobre o Sol. “Em geral, as pessoas pensam nele como uma bola de gás quente estável. Na realidade, o Sol é bastante ativo e a melhor maneira de você pensar nele é como um líquido em ebulição.”

“Assim como você bota para ferver água e fica saindo aquelas bolhas na superfície da água, o Sol é um plasma e a a superfície dele é inteira nessa forma de bolhas. A superfície dele está sempre em ‘ebulição’”, completa. “Esse borbulhamento é chamado de atividade solar.”

Quem rege essa orquestra – que está mais para uma música de rock – da atividade solar é o campo magnético dessa estrela. Esse campo não é algo que visualizamos, mas, de certa maneira, entendemos ou conhecemos os seus efeitos, isto é, a força magnética. É só pensar num ímã e os movimentos de atração e repulsão que ocorrem.

As fontes dos campos magnéticos não são só imãs, mas também correntes elétricas, que é o caso do Sol. Como essa estrela é extremamente quente – a temperatura chega a atingir 5.800ºC aproximadamente na superfície – e o núcleo, de onde vem a energia dessa estrela, é muito turbulento, o campo magnético dele é muito variável, com uma inversão de polos a cada 11 anos, conforme explica Dias da Costa.

Ao contrário da Terra, que tem um campo magnético dipolar (norte e sul), que só faz essa inversão a cada milhares de anos. E isso tem a ver com o fato de que a Terra é sólida, enquanto o Sol tem no estado físico de plasma – semelhante ao gasoso, mas um gás ionizado, com elétrons a menos arrancados devido a um aumento em sua energia.

“(A inversão) gera uma tremenda confusão internamente no Sol, porque mexe com os fluxos do plasma”, fala Zabot.

O que são as tempestades solares?

“As tempestades solares são a consequência aqui na Terra das explosões solares”, resume o professor da USP Dias da Costa. Mas como isso chega até aqui com uma distância de cerca de 150 milhões de quilômetros para percorrer?

Luís Vieira, pesquisador da Heliofísica, Ciências Planetárias e Aeronomia do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o principal investigador da Missão Telescópio Espacial Solar Galileo (GSST), lembra que a energia do Sol saí do núcleo e é transportada até a superfície – onde ocorre aquele “borbulhamento” citado anteriormente. “E o movimento desse gás acaba gerando um fenômeno que se chama reconexão magnética.” Que, de maneira muito simples, é uma explosão, que pode ter diferentes manifestações.

Uma delas é a ejeção de massa coronal, uma bolha de plasma que pode vir em direção à Terra, assim causando a tempestade. Ela pode demorar de um até três dias para chegar até aqui. “Essas bolhas carregam uma parcela da atmosfera do Sol. É uma parcela muito bem organizada, porque o campo magnético organiza”, diz Vieira.

“Essa bolha se propaga muito rápido em relação ao ambiente, e acaba formando ondas de choque. E essas ondas de choque, muito parecido com um avião que rompe a barreira do som, empurra a massa de plasma que está na frente dela.”

Esse material que vem do Sol conduz muita eletricidade, lembra Zabot, da UFSC. Então ele pode interferir no campo magnético local e fazer oscilações do campo magnético da Terra. Aqui está o problema.”

Aurora boreal

O efeito visível das tempestades por aqui são as auroras boreais, um show de colorido exuberante. “Quando essas partículas carregadas (da massa ejetada do Sol) interagem com as moléculas de oxigênio e nitrogênio da alta atmosfera (da Terra), excitam os átomos. Partículas carregadas, prótons e elétrons, colidem com os elétrons dos átomos, e fazem os elétrons pularem de nível, e (isso) emite um fóton, que é a luz que a gente vê”, explica Dias da Costa, da USP.

São mais comuns nos polos, a depender da intensidade da tempestade, se aproxima da Linha do Equador. Em 2003, por exemplo, em um caso que ficou conhecido como as tempestades solares do Halloween, foram registradas ao sul de Texas, nos EUA, e em países mediterrâneos da Europa.

Por que isso acontece perto dos polos e não no Equador? “Não se esqueça que há o campo magnético da Terra, que protege a superfície dessa chuva de partículas carregadas. É uma espécie de guarda-chuvas eletromagnético”, fala o professor da USP.

“Como essas partículas são eletricamente carregadas, vão sendo desviadas para os polos, jogadas para os polos pelo próprio campo magnético da Terra.”

Efeito nas comunicações

É válido ressaltar que nessa história toda, somos completamente passivos. Ou seja, só conseguimos nos preparar para evitar danos. Daí vem o principal problema das tempestades solares, que podem colocar nossos meios de comunicação, principalmente os dependentes de satélite, em cheque.

“Os satélites são os mais atingidos, na verdade, porque estão muito expostos”, fala Zabot. E disso podemos pensar em danos secundários, instabilidade em sistemas de navegação, o GPS, e até na internet – a maioria de nossa conexão ainda vem de cabos, mas uma parte de satélites.

O que acontece é que a aproximação da bolha de plasma traz consigo o campo magnético, que vai interagir com o campo no qual o satélite já está. “É um problema elétrico”, fala Zabot. “O circuito elétrico de um satélite aguenta correntes elétricas de acordo com o previsto no projeto. De repente, você tem um campo magnético variável perto dele, e começa a ter correntes elétricas que a gente chama de espúrias. Vai queimar o circuito.”

Mas não pense que países gastariam tanta grana com um satélite para deixá-los vulneráveis. Caso a tempestade seja muito forte, é possível colocá-lo em stand-by, ou seja, diminuir a atividade dele ao mínimo, explica Zabot. Isso só é possível porque órgãos como o NOAAA fazem um papel de defesa civil do espaço, o que permite emitir um alerta.

Para enfrentar tempestades menos intensas, por vezes, as partes mais sensíveis do satélite, os circuitos, ficam blindados por placas, e são, até mesmo duplicadas, no caso de uma falhar.

É possível, embora historicamente haja poucos registros, de causar problemas em linhas de transmissão de energia elétrica. No final da década de 1980, a província de Quebec, no Canadá, sofreu um blackout causado por uma tempestade solar massiva.

Prejuízos à saúde humana

Estamos falando de radiação, logo, efeitos na saúde humana não desprezíveis. No entanto, esse é um problema para grupos específicos de pessoas. Podem afetar astronautas em viagem espacial e viajantes frequentes transpolares, que se aproximam de onde as auroras são frequentemente registradas, explica Vieira, do Inpe. Segundo ele, equipes que fazem esses destinos com frequência são submetidas a escalas de trabalho diferentes devido ao acúmulo de radiação.

FONTE ESTADÃO

O buraco mais fundo da Terra não tem fundo?

Uma história da década de 90 alegava existir um buraco tão fundo que todo o lixo de uma cidade poderia ser jogado nele e ele nunca encheria

Em 1997, uma história muito estranha surgiu nos Estados Unidos, apontando que em Ellensburg, Washington, existia um buraco sem fundo com propriedades mágicas. Apesar de ser geologicamente impossível, a história se espalhou, mas o tal buraco nunca foi encontrado.

Para quem tem pressa:

  • De acordo com as alegações, o buraco tem cerca de 24 mil metros de profundidade e possui propriedades mágicas e misteriosas;
  • No entanto, se ele fosse tão profundo assim, ele entraria em colapso;
  • Os pesquisadores acham que a história é uma lenda urbana baseada em um mina de ouro local.

Era noite de 21 de fevereiro, quando um homem chamado Mel Waters ligou para o Talk Show de rádio “Coast to Coast with Art Bell”, alegando que em sua propriedade, a cerca de 14 quilômetros a oeste de Ellensburg, Washington, existia um buraco tão fundo que os moradores da cidade jogariam todo lixo nele, e ele nunca encheria.

Walter ainda apontou que para medir o tamanho do buraco, ele pendurou grandes quantidades de linha de pesca nele e que ela desceu mais de 24 mil metros sem chegar ao fundo. O homem ainda prosseguiu dizendo que o buraco causava medo até mesmo em animais.

Como sempre, eu trouxe os cachorros comigo… eles não chegariam nem perto daquela maldita coisa e se eu tentar trazê-los para lá na coleira, eles simplesmente cavarão os pés e não chegarão perto do buraco.Mel Walter, em chamada no Talk Show

De acordo com Walter, o buraco tinha propriedades misteriosas, como trazer cães de volta dos mortos. Durante o programa ele contou que um morador jogou um animal morto no buraco e mais tarde ele apareceu vivo, junto de outro caçador.

Além disso, também foi apontado que rádios que eram colocados próximos tocavam músicas antigas, e metais se transformavam em outros materiais e substâncias. A história se espalhou e outras pessoas afirmaram ter visto o buraco, mas a localização exata dele nunca foi revelada.

O final da ligação é uma verdadeira teoria da conspiração, Walter disse que o governo americano forçou-o a ceder o terreno onde ficava o buraco, o que lhe rendeu dinheiro para que ele se mudasse para a Austrália.

A verdade sobre o buraco

A crosta terrestre possui cerca de 30 quilômetros de profundidade, podendo chegar até 100 em cadeias montanhosas. Assim, caso fosse verdade, o buraco relatado por Walters seria o mais profundo da crosta, com quase o dobro de profundidade do poço Kola Superdeep, na Península de Kola, no noroeste da Rússia, que atinge 12.263 metros e que detém o título de buraco mais fundo feito pelo homem. 

O buraco provavelmente é uma farsa ou apenas uma lenda urbana, visto que não poderia existir. De acordo com Jack Powell, geólogo do Departamento de Recursos Naturais do Estado de Washington, em resposta a cineastas, é geológica e fisicamente impossível que exista um buraco tão profundo assim, isso porque, ele entraria em colapso devido à pressão e o calor enormes dos estratos circundantes.

Além disso, investigações na região descobriram que não existia nenhum Walter na região, muito menos sua esposa, que na história, trabalhava em uma universidade onde conseguiu uma linha de pesca tão grande. Powell acredita que a lenda, na verdade, foi baseada em uma mina de ouro local, que possui cerca de 27 metros de profundidade.

FONTE OLHAR DIGITAL

Estudo prevê data em que Terra ficará inabitável por um motivo surpreendente

A “boa” notícia é que demorará alguns milhões de anos

Um novo estudo, liderado pela Universidade de Bristol e publicado na Nature Geoscience, revela um futuro potencialmente apocalíptico para o planeta. De acordo com modelos climáticos inovadores, a Terra poderá tornar-se praticamente inabitável para a maioria dos mamíferos dentro de cerca de 250 milhões de anos, marcando uma ameaça iminente de extinção em massa, comparável à dos dinossauros.

Os investigadores apontam para uma intensificação dramática das condições meteorológicas extremas quando os continentes do mundo se fundirem para formar um único supercontinente, criando um ambiente árido e difícil de habitar. Essa “nova Pangeia” aumentaria muito as atividades vulcânicas.

De acordo com simulações, estas altas temperaturas irão piorar à medida que o Sol se tornar mais brilhante, emitindo mais energia e aquecendo a Terra. Os processos tectônicos, que levam à formação do supercontinente, também causariam erupções vulcânicas mais frequentes, libertando enormes quantidades de dióxido de carbono na atmosfera e aumentando o aquecimento global.

Quase todo o novo continente teria temperaturas partindo de pelo menos 40º C (Imagem: Universidade de Bristol/Divulgação)

Estas condições extremas, com temperaturas que atingem entre 40 e 50 graus Celsius, e extremos diários ainda mais elevados, deixariam o planeta em grande parte desprovido de fontes de alimento e água para os mamíferos, incluindo os humanos.

Consequências sobre a vida extraterrestre e a atual emergência climática

O estudo é mais um alerta que lança luz sobre um futuro distante nada tranquilizador. Os investigadores sublinham que a atual emergência climática, resultante das emissões de gases com efeito de estufa causadas pelo homem, não deve ser negligenciada.

Embora as alterações climáticas induzidas pelo homem possam causar stress térmico e mortalidade em algumas regiões, espera-se que o planeta permaneça habitável até que esta mudança extrema nas massas de terra ocorra num futuro distante.

Os pesquisadores chamam a atenção para a importância crucial de alcançar a neutralidade carbônica o mais rapidamente possível para mitigar os efeitos das atuais alterações climáticas. No entanto, alertam que mesmo que a Terra permaneça na “zona habitável” do sistema solar daqui a 250 milhões de anos, a formação de um supercontinente com elevados níveis de dióxido de carbono tornaria a maior parte do mundo inabitável para os mamíferos.

Esta investigação levanta questões sobre a vida extraterrestre, sugerindo que a configuração terrestre de um planeta pode ser um fator chave na determinação da sua viabilidade para os humanos. As implicações estendem-se até à investigação de exoplanetas, demonstrando a importância de considerar aspectos geológicos e continentais ao avaliar a habitabilidade de um planeta fora do nosso Sistema Solar.

Este estudo faz parte de um projeto financiado pelo Natural Environment Research Council do Reino Unido, que explora climas de supercontinentes e extinções em massa.

FONTE IGN

Terra atinge periélio em 2024: descubra quais são as consequências

Em 2024, a Terra alcançou o seu ponto mais próximo do Sol, conhecido como periélio. Saiba como essa proximidade influenciará a vida na Terra e o que podemos esperar desse evento astronômico.

Descobertas astronômicas sempre encantaram a humanidade, e uma delas aconteceu logo nos primeiros dias de 2024.

A cada ano, a Terra alcança o ponto mais próximo de sua órbita em torno do Sol, chamado de periélio. No dia 2 de janeiro desse ano, na última terça-feira (2/1/24), a Terra atingiu esse ponto.

O que são afélio e periélio?

afélio ocorre quando a Terra está no ponto mais distante do Sol em sua órbita, como se estivesse dando um passo para trás.

Já o periélio é quando a Terra está mais próxima do Sol em sua órbita, como se fosse o ponto mais próximo que ela alcança. É como se a Terra estivesse dando um passo à frente, aproximando-se mais do Sol.

Qual a relação disso com os eventos de 2/1/24?

Durante o periélio, o planeta fica cerca de 3% mais próximo do Sol do que a distância média entre eles. Esse fenômeno foi observado pelo site americano EarthSky.

Devido à órbita elíptica da Terra, em vez de ser circular, as distâncias entre a Terra e o Sol variam ao longo do ano.

Na data de 2 de janeiro, a Terra encontrava-se a cerca de 147 milhões de quilômetros do Sol, uma distância 5 milhões de quilômetros menor do que no afélio, o ponto de maior distância entre os dois corpos celestes.

A média da distância entre a Terra e o Sol é de aproximadamente 150 milhões de quilômetros.

Durante o periélio, o Sol aparenta ser ligeiramente maior visto da Terra, um evento que ocorre anualmente no início de janeiro, coincidindo com o verão no Hemisfério Sul. Já o afélio, por sua vez, ocorre no início de julho, durante o inverno no mesmo hemisfério.

As datas precisas do periélio e do afélio mudam a cada ano, não coincidindo exatamente com o calendário. Por exemplo, no Brasil, a maior proximidade em 2024 ocorreu às 21:38 do dia 2 de janeiro. Essas variações são resultado da dinâmica orbital da Terra.

Em escalas temporais mais amplas, as datas do periélio e do afélio sofrem mudanças graduais. A cada 58 anos, essas datas avançam aproximadamente um dia.

Além disso, flutuações de curto prazo podem ocasionar variações de até dois dias entre um ano e outro.

Os especialistas em Matemática e Astronomia preveem que, daqui a 6.430 anos, ou seja, mais de 4 mil anos no futuro, o periélio coincidirá com o equinócio de março.

equinócio é um fenômeno que ocorre quando o dia e a noite têm durações iguais, cada um com exatas 12 horas.

Esse fenômeno astronômico tem impactos significativos em missões espaciais. Por exemplo, satélites que orbitam o Sol, como a Sonda Solar Parker, desenvolvida pela NASA, são afetados pelos momentos de periélio.

Lançada em 2018, a Sonda Solar Parker se aventura próxima à superfície do Sol, a uma distância de alguns milhões de quilômetros, antes de retornar à órbita de Vênus para regulação térmica. Sua missão é estudar o Sol com detalhes sem precedentes.

Outra missão notável da NASA é o Observatório de Dinâmica Solar, que também se dedica ao estudo do Sol.

FONTE MULTIVERSO NOTÍCIAS

Buraco no Sol dispara material que deve provocar espetáculo de auroras na Terra

Vento solar ejetado por buraco coronal que vem evoluindo no Sol e se voltando para a Terra desde setembro deve gerar auroras no norte do globo

Observadores de auroras no norte do globo estão preparados para um verdadeiro espetáculo de luzes que está para acontecer nas próximas horas. Uma corrente de vento solar está a caminho da Terra proveniente de um buraco coronal gigante, e tempestades geomagnéticas moderadas podem ocorrer quando esse material atingir o planeta.

Vamos entender:

  • Um enorme buraco se abriu na atmosfera do Sol, liberando uma corrente de vento solar em direção à Terra;
  • O Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), da NASA, fotografou a fenda, que se estende por quase 800 mil km ao longo de seu longo eixo;
  • Trata-se de um buraco coronal – uma região da atmosfera solar onde os campos magnéticos se abriram, permitindo que o vento solar escape;
  • O buraco parece escuro porque o gás quente brilhante normalmente contido na subsuperfície está faltando;
  • O vento solar deve chegar nesta segunda-feira (4);
  • Embora seja um material leve, ao se juntar com um jato de plasma originário de uma erupção ocorrida no domingo (3), poderia provocar tempestades geomagnéticas de classe G1 (fraca) a G2 (moderada) – em uma escala que vai de G1 a G5.
Buraco coronal fotografado por sonda da NASA no sábado (2). Crédito: SDO/AIA

Outras consequências além das auroras

De acordo com a plataforma de meteorologia e climatologia Spaceweather.com, o fluxo estava previsto para chegar a partir desta manhã. Ainda segundo o site, a onda de partículas solares deve continuar até terça-feira (5), com tempestades um pouco mais calmas, no nível G1.

Além da formação de auroras nas mais extremas latitudes da Terra (austrais, quando vistas no polo sul, e boreais, quando no polo norte), tempestades geomagnéticas de classes G1 e G2 podem provocar:

  • Sistema elétrico: tempestades de longa duração podem danificar transformadores;
  • Operação de satélites: podem ser requeridas ações corretivas da orientação pelos controles de solo, e possíveis mudanças no arrasto podem afetar a previsão das órbitas;
  • Outros sistemas: propagação em rádio HF pode enfraquecer em locais nas mais altas latitudes.

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Buraco no Sol dispara material que deve provocar espetáculo de auroras na Terra

Vento solar ejetado por buraco coronal que vem evoluindo no Sol e se voltando para a Terra desde setembro deve gerar auroras no norte do globo

Observadores de auroras no norte do globo estão preparados para um verdadeiro espetáculo de luzes que está para acontecer nas próximas horas. Uma corrente de vento solar está a caminho da Terra proveniente de um buraco coronal gigante, e tempestades geomagnéticas moderadas podem ocorrer quando esse material atingir o planeta.

Vamos entender:

  • Um enorme buraco se abriu na atmosfera do Sol, liberando uma corrente de vento solar em direção à Terra;
  • O Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), da NASA, fotografou a fenda, que se estende por quase 800 mil km ao longo de seu longo eixo;
  • Trata-se de um buraco coronal – uma região da atmosfera solar onde os campos magnéticos se abriram, permitindo que o vento solar escape;
  • O buraco parece escuro porque o gás quente brilhante normalmente contido na subsuperfície está faltando;
  • O vento solar deve chegar nesta segunda-feira (4);
  • Embora seja um material leve, ao se juntar com um jato de plasma originário de uma erupção ocorrida no domingo (3), poderia provocar tempestades geomagnéticas de classe G1 (fraca) a G2 (moderada) – em uma escala que vai de G1 a G5.
Buraco coronal fotografado por sonda da NASA no sábado (2). Crédito: SDO/AIA

Outras consequências além das auroras

De acordo com a plataforma de meteorologia e climatologia Spaceweather.com, o fluxo estava previsto para chegar a partir desta manhã. Ainda segundo o site, a onda de partículas solares deve continuar até terça-feira (5), com tempestades um pouco mais calmas, no nível G1.

Além da formação de auroras nas mais extremas latitudes da Terra (austrais, quando vistas no polo sul, e boreais, quando no polo norte), tempestades geomagnéticas de classes G1 e G2 podem provocar:

  • Sistema elétrico: tempestades de longa duração podem danificar transformadores;
  • Operação de satélites: podem ser requeridas ações corretivas da orientação pelos controles de solo, e possíveis mudanças no arrasto podem afetar a previsão das órbitas;
  • Outros sistemas: propagação em rádio HF pode enfraquecer em locais nas mais altas latitudes.

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