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Audiência vai debater duplicação da BR-040 com riscos de desocupações e desapropriações na região da Barreira, Gagé e outros bairros

Preocupado com os impactos sociais e urbanos da duplicação da BR-040 em Conselheiro Lafaiete, o vereador Erivelton Jayme (PRD) propôs a realização de uma audiência pública para discutir as desocupações e desapropriações previstas ao longo do trecho da rodovia que corta o município. As regiões da Barreira e do Gagé são apontadas como áreas mais sensíveis e diretamente afetadas pelo projeto, que prevê intervenções como viadutos, pistas marginais e ampliação de acessos. Outras comunidades situadas ao longo dos cerca de 32 quilômetros de obras também podem ser atingidas. A data da audiência ainda será definida.

A duplicação está prevista para começar em 2026, com conclusão estimada para 2028, abrangendo o trecho entre o bairro Pires e o trevo da Paulo VI, em Lafaiete. Apesar de considerada fundamental para a melhoria da mobilidade e segurança na rodovia, a obra tem gerado insegurança entre moradores, que temem remoções, desapropriações e garantias quanto às indenizações.

Segundo o vereador Erivelton Jayme, é urgente abrir espaço para o diálogo com a população antes do início das intervenções. “Precisamos entender como se dará esse processo, garantir transparência e lutar para que os direitos das famílias atingidas sejam respeitados. Essa audiência será uma oportunidade para ouvir quem vive nessas regiões e cobrar dos responsáveis as devidas explicações”, afirmou.

A data e os detalhes da audiência pública serão definidos e divulgados pela Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete nos próximos dias. A expectativa é que participem representantes do DNIT, do governo federal, da concessionária responsável pela BR-040, além de lideranças comunitárias e moradores das áreas afetadas. A proposta evidencia a necessidade de participação social nas decisões sobre grandes obras de infraestrutura, especialmente quando envolvem desapropriações, mudanças no território urbano e possíveis impactos sobre comunidades historicamente estabelecidas.

Congonhas

Em Congonhas, no Bairro Pires, onde inicia trecho inicial de duplicação até Jardim Profetas, perto da extinta Churrascaria Zé Dias, já gera uma ampla polêmica e moradores cobram mais transparência e mais diálogo já que a obra vai atingir dezenas de imóveis no trecho. A Câmara deve realizar audiência para discutir as desapropriações e ocupações. A margem de domínio, apesar das variações ao longo dos trechos, é em torno de 40 metros de cada lado a partir do eixo central, e eventuais desocupações ocorrerão apenas em casos de ocupação irregular.

Um dos maiores gargalos apontados pela população são os quatro viadutos existentes em Congonhas, responsáveis por engarrafamentos diários. A duplicação dessas estruturas, no entanto, só deve acontecer após a conclusão do trecho principal, ou seja, a partir de 2028, por falta de licenciamento ambiental, segundo a EPR.

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