29 de março de 2024 05:58

Vallourec investe até R$ 200 milhões na usina de Jeceaba

Grupo Vallourec está investindo de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões no “enobrecimento” de tubos fabricados na plataforma de Jeceba e exportar para a Europa/Thiago Fernandes
Grupo Vallourec está investindo de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões no
“enobrecimento” de tubos fabricados na plataforma de Jeceba e exportar para a Europa/Thiago Fernandes

O grupo Vallourec está investindo de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões no “enobrecimento” de tubos fabricados na plataforma de Jeceaba(Campos das Vertentes), para começar a exportar para a Europa, a partir da metade do próximo ano. Os aportes foram iniciados há dois anos e a conclusão está prevista para meados de 2017. As informações foram dadas ontem pelo vice-presidente sênior do conglomerado na América do Sul, Alexandre de Campos Lyra, durante o 57º Congresso Latino Americano do Aço (Alacero-57), no Rio de Janeiro.
“Estamos concluindo alguns investimentos feitos ao longo dos últimos dois anos para permitir que o portfólio de produtos seja enobrecido. Concluiremos os aportes até meados de 2017 e, paralelamente, também estamos nos preparamos para abastecer as plantas da própria Vallourec na Europa ou para vender diretamente para o cliente final”, explicou Lyra.
Entre os clientes diretos, Lyra citou a petroleira italiana Ente Nazionale Idrocarburi (ENI), cotada nas bolsas de Milão e de Nova York, e a francesa Total, também do setor petroquímico. “Tem produtos que exportaremos semiacabados para finalizar em subsidiárias do grupo na Europa e outros já acabados que podemos vender direto para o cliente final”, acrescentou.
Segundo ele, o enobrecimento dos produtos faz parte da estratégia de fabricar tubos com maior sofisticação técnica, com grande resistência a altas pressões e temperaturas. “Temos que qualificar o produto nas subsidiárias da própria Vallourec na Europa e o cliente também tem que qualificar a nova rota comercial”, afirmou.
O complexo siderúrgico da Vallourec em Jeceaba foi inaugurado em setembro de 2011 mediante aporte de R$ 5 bilhões. A produção é voltada para as exportações, que até agora eram direcionadas praticamente em sua totalidade apenas para o Oriente Médio. O grupo tem uma subsidiária na Arábia Saudita, mas não fabrica aço, muito menos lamina tubos, concentrando as atividades no acabamento do produto (tratamento térmico e rosqueamento).
Europa

Os embarques para a Europa se tornaram viáveis a partir da planta mineira porque o grupo está reestruturando unidades industriais no continente. Em fevereiro, a Vallourec anunciou ao mercado um pacote de ações estratégicas com o objetivo de melhorar a competitividade.
Entre as mudanças anunciadas estava a racionalização das operações na Europa a fim de concentrar as atividades de laminação na Alemanha e de acabamento na França. O projeto inclui o fechamento de unidades ao redor do continente, o que resultará em uma redução de 50% na capacidade produtiva de tubos em 2017, comparado ao nível de 2014.
As ações anunciadas em fevereiro também incluíam uma série de mudanças nas unidades do grupo em Minas Gerais. Uma delas foi o desligamento do alto-forno 2 da Usina Barreiro, em Belo Horizonte. Também está previsto o abafamento do alto-forno 1 e da aciaria no segundo semestre de 2018. Os laminadores e as plantas de acabamento de tubos na Capital continuarão operando normalmente.

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