Um requerimento elaborado a 4 mãos pelos Vereadores Erivelton Jaime (Patriotas) e Damires Rinarlly (PV) repercutiu entre seus colegas de legislatura.
A dupla solicitou o relatório de vistoria da Vigilância Sanitária do São Camilo atualmente coabitado com o Queluz, em função da instalação do Hospital de Campanha.
As reclamações apontam para a total falta de condições físicas de acolhimento de pacientes e estrutura adequada para a atuação dos profissionais médicos.
Repercussão
“Percebemos que as instalações são adequadas em diversos aspectos, seja humano ou sanitário, para os profissionais e pacientes. Apesar do São Camilo não ser administrado pela prefeitura, mas ele é um patrimônio da população e como tal nós precisamos zelar por ele”, ressaltou Damires.
“É lastimável a situação. Há relatos de dificuldades de saída e entrada das macas nos quartos. Fiquei horrorizado”, disparou Erivelton, citando outras situações degradantes presenciadas em visita ao hospital.
O Vereador Vado Silva (DC) também se juntou ao coro dos descontentes com a situação do São Camilo. “Há que ponto nós chegamos. Falta de verba não é. Um desrespeito a vida. O paciente entra com uma doença e pode sair com duas”.
O Vereador Pastor Angelino (PP) questionou precariedade e pediu uma solução. “Fico indignado com uma situação. Esperamos uma solução o mais breve pois se trata de saúde e vida”, finalizou.
Pandemia
Lafaiete vive duas pandemias na saúde e no transporte. Desde 6 de abril do ano passado, o Hospital São Camilo foi obrigado a deixar sua sede e coabitar com o Queluz.
Desde então, a instituição vem convivendo com o drama financeiro, sanitário e humano tanto para os profissionais de saúde quando para os pacientes. Há quase 50 dias, a diretoria do São Camilo entregou ao Prefeito Mário Marcus (DEM) um relatório da situação caótica imposta a instituição e pedindo uma solução.
O documento foi encaminhado também ao Conselho Municipal de Saúde, promotoria, Secretaria de Estado Saúde e a Secretaria Municipal pedindo um diálogo sobre a situação vivenciada pelo hospital. Somente em 2021, foram acumulados mais de R$300 mil de prejuízos com a queda no faturamento.
“O que lamentamos é a total falta de sensibilidade do poder público e falta de gratidão com o São Camilo. Estamos servindo a população diante da pandemia, mas sequer estamos tendo um diálogo em busca de uma alternativa ao grave problema que vivemos. Imagina se esta instituição fechar suas portas? A já combalida situação de saúde em Lafaiete e região vai piorar ainda mais”, lamentou a diretoria.
Opiniões
“Nós, do Legislativo, estamos usando todas as prerrogativas possíveis para resolver a situação, mas nosso poder é limitado. O hospital levou ao conhecimento do Executivo a atual situação financeira e estrutural em que que se encontra, mas até momento não houve resposta. Estou acompanhando o processo, já ocorreram reuniões no Legislativo e no Conselho Municipal de Saúde. Junto à Assessoria Jurídica da Câmara, estamos estudando a legalidade e possibilidade de ajudar”, analisou o Líder do Governo na Câmara, o Vereador Oswaldo Barbosa (PV).
O Conselho Municipal de Saúde informou que vai propor uma reunião conjunta entre as partes para buscar uma solução.
A prefeitura não respondeu aos nossos questionamentos.
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