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NO ARQUIVO “JAIR NORONHA”

                                                        Avelina Maria Noronha de Almeida                                        [email protected]

Rua Coronel João Gomes correioGostei tanto do trecho transcrito do Luiz Antônio Perdigão que pensei: “Gente, eu estou dormindo… Por que não vou olhar no livro “DE VILLA REAL DE QUELUZ A CONSELHEIRO LAFAIETE (pelas ruas da cidade)”, de Antônio Luiz Perdigão, Edição LESMA – Liga Eco-Cultural Santa Matilde, com a Coordenação Geral de Osmir Camilo e Wagner Vieira. Ainda mais que muita gente não leu os artigos do Perdigão no Jornal Panorama ou já teve a felicidade de ler o livro acima citado. Então vou dar a muitos a oportunidade de conhecer mais um pouco as – digo até fantásticas – pesquisas do nosso grande historiador, pelo trabalho hercúleo que ele desenvolveu em sua abençoada vida, protegendo do esquecimento tanta coisa importante de nossa cidade. Comprovem o valor do amigo da História de Conselheiro Lafaiete.

 

Esta foto e a que vai no final do texto pertencem ao acervo de Mauro Dutra de Faria, que muito colabora com meus artigos.

No citado livro achei mais alguns detalhes. Primeiro sobre a primeira agência dos correios em nossa cidade, cujo Decreto de criação está ali transcrito:

            “O Presidente da Província, em virtude do decreto nº 2794 de 20 de outubro de 1877 e sobre proposta do Administrador Geral, confere ao cidadão João José Lobo o presente título de Agente do Correio de Queluz.”

Só que ele só foi empossado no dia 17 de setembro de 1885, como informa o Perdigão que prossegue: “Serviu como agência a casa residencial do Sr. João José Lobo, ocupando um cômodo que dava porta para rua.” Essa casa foi moradia da família Silveira Lobo, da qual já falamos quando focalizamos Pe. Lobo e seus irmãos.  Na foto acima, à esquerda da casa, podemos ver a residência de Áurea Cabanella, da qual já falamos.

Sobre a festa da inauguração da água, também achei alguns acréscimos no livro do Perdigão:

“A caixa d’água ficava num prédio grande, cheio de venezianas de madeira, estilo chalé. Havia finas correntes que, em sua volta, beiravam todo o telhado. Naquele dia, todo o povo da cidade esteve presente e a rua estava toda embandeirada. Banda de música, foguetes e muitos ‘vivas’ animavam a festa. Um grande repuxo jorrava água a mais de dez metros de altura. No palanque ficaram as autoridades da época: Dr. Lustosa, engenheiro; o presidente da Câmara Municipal e também Chefe Executivo Dr. Campolina; o Juiz de Direito, Dr. Hamilton Theodoro de Paula; Dr. Artur Albino de Almeida Cyrino, Dr Vicente de Andrade Raccioppi, Advogado Major Almeida Pires, (Barão do Bananal). O Pe. Américo Taitson, vigário da Paróquia, benzeu o prédio e o Hino Nacional foi tocado pela banda de música. Discursos não faltaram, pois naquele tempo o povo fazia questão de ouvir seus oradores preferidos, sendo que a cidade era rica em oradores.

            Na foto abaixo, feita em 1928, podemos ver, à direita, um pedaço da caixa d’água e as janelas com venezianas. À esquerda, a casa que aparece em destaque é do Sr. José Ignácio Faria Dias, onde funcionou a primeira escola noturna da cidade.

Rua Coronel João Gomes - 1928

 

 

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