Enquanto Lafaiete, São Brás, Entre Rios e Carandaí não registraram acidentes, Congonhas e Barbacena sofreram aumento de ocorrências
Durante o 1º semestre de 2018 foram registrados 54 atropelamentos ou abalroamentos na linha férrea sob concessão da MRS, número que representa uma queda de 3,5% se comparado ao mesmo período do ano anterior (56 ocorrências). A imprudência continua sendo a principal causa e o maior obstáculo para a formação de uma cultura de segurança perante à linha férrea. Clique aqui e conheça, neste infográfico, os números referentes à sua região.
Através de uma análise das causas dos acidentes, foi possível confirmar a tese, solidificada ao longo dos últimos anos, de que não há uma concentração geográfica das ocorrências, tendo em vista que os atropelamentos ou abalroamentos são provocados pelo comportamento imprudente nas proximidades da ferrovia, um componente imprevisível. Municípios sem histórico recente de acidentes ferroviários retornaram ao mapa, como Ewbank da Câmara, Pindamonhangaba e Lavrinhas. Neste último, não havia registro de acidentes ferroviários, de qualquer tipo, desde 2010 e, apenas no 1º semestre deste ano, foram registradas duas ocorrências na cidade.
“Além dessa constatação, os números apresentam pontos positivos como a redução no registro de abalroamentos, que são os choques entre o trem e os demais veículos. Ao todo, foram seis casos a menos, se compararmos ao 1º semestre de 2017. Registramos uma pequena redução no número total de acidentes, o que é bom. No entanto, poderíamos melhorar muito mais. Afinal de contas, precisamos de uma simples mudança de atitude por parte das pessoas”, ressalta Filipe Berzoini, especialista em Segurança de Riscos Operacionais da MRS.
Um dado alarmante da análise está diretamente relacionado aos atropelamentos causados pelo uso de álcool ou drogas nas proximidades da linha férrea. Os casos do tipo praticamente dobraram neste período, passando de sete no 1º semestre de 2017 para 13 em 2018. Dois atropelamentos foram causados por jovens que utilizavam o celular no momento do acidente e, por isso, não observaram a aproximação do trem.
“Trinta dos 36 atropelamentos no 1º semestre foram registrados em locais proibidos ao trânsito de pedestres, ou seja, fora das passagens em nível oficiais. Isto representa 83% dos casos desse tipo e mostra, de forma decisiva, a importância de se atravessar a ferrovia apenas em locais permitidos”, finaliza Berzoini.