Belo Vale está em feriado municipal hoje, instituído pelo Artigo 3º. da Lei 603, para veneração de seus habitantes à Mãe de Maria: Sant’Ana. A tradicional Festa de Santana, organizada pela Paróquia de São Gonçalo, é comemorada, anualmente, nos dias 25 e 26 de julho, no povoado de Santana do Paraopeba. O ponto alto acontece na tarde dessa quinta feira, às 15 horas com missa e procissão das imagens ao redor do adro da capela, com acompanhamento da Banda de Música Santa Cecília de Belo Vale. Espetáculos pirotécnicos, barraquinhas para venda de alimentos e jogos completam as festividades, que recebem milhares de romeiros de diversas partes do país, devotos de Sant’Ana e São Joaquim.
Restauração da Capela de Sant’Ana
Em estilo eclético e de traços representativos do barroco mineiro, a capela é administrada pela “Associação dos Zeladores da Igreja de Santana”. Está localizada no alto de uma colina, com adro gramado e cercado por muro de pedras secas. Embora bastante danificada, conserva, ainda peças significativas de sua originalidade. O município de Belo Vale, em parceria com o Instituto Cultural Newton de Paiva Ferreira e Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) está desenvolvendo um projeto arquitetônico de restauro, para revitalizar o patrimônio religioso de grande valor histórico e artístico, tombado a nível municipal. Não há previsão para o início das obras.
História
“Construída de taipa em 1692 pela Bandeira de Fernão Dias, com o nome primitivo de São Pedro do Paraipeva, foi destruída pelas chuvas em 1730 e, reconstruída pelo Sr. Sobreira, ficou pronta em 1735. Marco da civilização em Minas Gerais, foi o segundo pouso da Bandeira que desbravava os sertões em busca das esmeraldas. Em 1763, era Santana do Paraopeba uma das mais importantes freguesias de Minas”, Jornal O Belo Vale, 1938.
Tragédia causou morte de 59 romeiros
Na noite de domingo, do dia 26 de julho de 1987, um ônibus da Viação Transnazaré, retornava da Festa de Santana pela BR-040. No quilômetro 561, próximo ao “Topo do Mundo”, fez uma ultrapassagem irregular e atingiu de frente, outro ônibus da empresa Transmoniz, de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, o qual voltava de uma festa em Diamantina, MG. O acidente causou a morte de 59 romeiros, em sua maioria belovalenses, que residiam na região industrial, a oeste de Belo Horizonte.
Tarcísio Martins – Fotos e texto