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Tragédia completa 7 dias e deixa 5 mortos e 8 desaparecidos na região

Uma dor que retrata bem como foi a primeira semana na cidade castigada por aquela que já é a pior tragédia humana da história da mineração no país, que chegou ontem a 110 mortes confirmadas, e tende a ultrapassar as três centenas. Ontem foram atualizados os números: 110 mortos, deste 71 foram identificados. Os desaparecidos caíram para 238.

Mas a tragédia atingiu a região. Até agora são 5 mortos e 8 desaparecidos. A agonia e falta de informação martirizam as famílias.

São os desaparecidos da região: Pedro Sena, Felipe José de Oliveira Almeida e Edson Rodrigues dos Santos são oriundos de Lafaiete. Em Congonhas: Josiane Santos, Miramar Antônio, Rodney Oliveira, Luiz Carlos da Silva Reis.

O engenheiro de Minas, o ouro-branquense, Vinicius Henrique Leite Ferreira, 40 anos, está a lista dos funcionários da Vale ainda não encontrados.

Veja a história dos falecidos na tragédia

Anderson Luiz da Silva

Anderson Luiz da Silva/Reprodução

O lafaietense, Anderson Luiz da Silva, 43 anos, conhecido como Anderson Sthica, morador do Museu, trabalhava na MRS. Seu corpo chegará a sua terra natal por volta das 10:30 e o sepultamento ocorrerá 11:00 no Cemitério nossa Senhora da Conceição. Anderson fez aniversário no dia 22 janeiro, 4 dias antes da tragédia e preparava no sábado, uma dia 26, uma festa com amigos.

Anderson foi localizado fora da cabine da locomotiva e tentou correr e não conseguiu.

Gustavo Sousa Junior

Gustavo Sousa Junior/Reprodução

Natural de São João do Paraíso, cidade da Região Norte de Minas Gerais situada na divisa com a Bahia, Gustavo Sousa Junior trabalhava há 12 anos como mecânico para uma empresa de máquinas prestadora de serviços à Vale. Na segunda-feira (28), familiares ainda tinham esperanças de encontrá-lo vivo.

Ele era casado com Hellen e morava no bairro Santa Matilde, em Lafaiete. Sua família é natural do norte de Minas e seus pais moram em Queluzito, cidade em que será enterrado ainda hoje. Gustavo deixa um filho especial.

Jonatas Lima Nascimento

Jonatas Lima Nascimento/Reprodução

Natural de Congonhas, Jonatas Lima Nascimento, de 36 anos, era casado e tinha dois filhos: uma menina de 11 anos e um garoto de 6. Ele trabalhava no setor de carregamento da Vale. Seu corpo foi encontrado dentro de um caminhão atingido pela lama. Jonatas foi enterrado no domingo, dia 27, em Congonhas.

Daniel Muniz Veloso

Daniel Muniz Veloso/Reprodução

O corpo do norte-mineiro que morreu no rompimento da barragem de Brumadinho foi enterrado na manhã desta segunda-feira (28), em Coração de Jesus. Daniel Muniz Veloso tinha 29 anos e trabalhava em uma empresa terceirizada que presta serviço para a Vale.

A esposa de Daniel está grávida de oito meses e ele esperava o nascimento do filho para pedir transferência de Brumadinho.

Daniel era o caçula de três irmãos e morava com a esposa em Conselheiro Lafaiete. Desde o dia da tragédia, familiares saíram do Norte de Minas e foram para a região de Brumadinho em busca de notícias.

Wanderson de Oliveira Valeriano

Wanderson de Oliveira Valeriano/Reprodução

Wanderson de Oliveira Valeriano, de 35 anos, começou a trabalhar como operador de máquinas da Vale em 2017. Ele havia sido transferido há pouco tempo para a mina do Feijão, em Brumadinho. Seu corpo foi encontrado próximo ao refeitório da empresa, onde aproximadamente 300 funcionários almoçavam quando a barragem se rompeu. Filho de um sargento reformado da Polícia Militar, Wanderson deixa a esposa e três filhos pequenos. O sepultamento da vítima ocorreu na quarta-feira (30), no município de Barbacena.

Desaparecidos da região

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