Garota pula em rio, se afoga e dois mergulham pra ajudar, mas desaparecem em MG

A mulher conseguiu se salvar, mas os jovens afogaram e não foram mais vistos

O Corpo de Bombeiros procura, pelo terceiro dia, por dois jovens de 22 e 26 anos que desapareceram em um rio na zona rural de Ferros, no Vale do Aço. Eles pularam no local para socorrer uma garota que estava se afogando no sábado (30 de março).

Segundo o Corpo de Bombeiros, a menina, que é prima de uma das vítimas desaparecidas, começou a se afogar. O primo, de 26 anos, para tentar salvar a vítima. Ele pulou no rio, mas também se afogou. O jovem de 22 anos, que estava com a família, tentou intervir, mas também se afogou no rio.

Outros familiares que estavam no local conhecido como Praia das Palmeiras conseguiram jogar uma vara de bambu e socorrer a garota, que não teve a idade divulgada. A jovem conseguiu se agarrar no bambu e foi puxada para a margem.

Os dois jovens estão desaparecidos desde a tarde de sábado. Os bombeiros iniciaram, nesta segunda-feira (1º), o terceiro dia de busca pelas vítimas. Ainda no sábado, a PM foi ao local e constatou o óbito pelo tempo de afogamento incompatível com a vida.

 

FONTE O TEMPO

Brumadinho 5 anos: bombeiros vasculham área de 3 milhões de metros cúbicos em busca de 3 desaparecidos

Das 270 vítimas do rompimento da barragem, três não foram encontradas; 17 bombeiros trabalham, diariamente, no processo de buscas

Militares do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais acreditam que as três últimas vítimas desaparecidas da tragédia da Vale, em Brumadinho, podem estar em uma área de quase 3 milhões metros cúbicos de rejeitos. Exceto por um período durante a pandemia, a operação de buscas da corporação na região já dura 1.818 dias. De acordo com a corporação, os bombeiros já vistoriaram 75% da área de rejeitos, o equivalente a cerca de 8 milhões metros cúbicos, e concentram-se, agora, nos outros 25% do território.

No dia 25 de janeiro de 2019, 11 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério vazaram da barragem da Vale na comunidade do Córrego do Feijão, em Brumadinho. Os corpos de 267 vítimas foram encontradas pelos Bombeiros e identificados, posteriormente, pela Polícia Civil.

Os militares precisaram de quase cinco anos para vistoriar 75% da área. Atualmente, os militares estão na 8ª estratégia de busca. Nessa fase, os rejeitos são separados em estações e o processo passou a ser mecanizado. No local, não existe mais lama e os rejeitos estão em estado sólido, bem diferente do cenário do dia 25 de janeiro de 2019, quando a barragem da Vale se rompeu, atingindo um refeitório onde dezenas de pessoas almoçavam, além de uma pousada e outras estruturas que estavam na parte de baixo da barragem.

“Em um primeiro momento, o terreno era uma lama, o que dificultava. Os bombeiros estavam, literalmente, mergulhados. A partir do momento em que o terreno possibilitou condições melhores, nós introduzimos cães, máquinas, aeronaves, percorremos essas buscas por uma estratégia em uma área mais superficial, depois em uma área mais profunda… Atualmente, estamos em uma fase de mecanização das buscas, onde o rejeito é passado em um volume maior e a gente consegue fazer essa procura de uma forma mais assertiva”, relata o coronel Moisés Magalhães. Ele diz ter esperança de encontrar as últimas três vítimas do desastre na área restante.

“Temos um trabalho muito forte de inteligência para que a gente consiga encontrar as três joias nesse local restante”, confirma.

O militar detalhou o trabalho de busca mecanizado. Uma das ferramentas primordiais neste processo é uma esteira, que tem ajudado a peneirar os rejeitos de minério. Em caso de qualquer indício de fragmentos do corpo de uma vítima, o equipamento é paralisado imediatamente e os segmentos são encaminhados para Polícia Civil.

“São estações de busca, onde esse rejeito é passado por um processo de peneiramento e ficam bombeiros diuturnamente observando. Então, todo segmento, todo material de interesse, automaticamente, é separado e encaminhado para a perícia”, afirmou. Atualmente, 17 bombeiros estão dedicados, diariamente, neste processo.

O rompimento da barragem do Córrego do Feijão matou 270 pessoas, sendo que duas mulheres estavam grávidas.

Os rejeitos de minério destruíram o restaurante da Vale e parte da comunidade do Córrego do Feijão. A lama causou impactos socioambientais ao longo da bacia do Rio Paraopeba.

O colapso vai completar cinco anos no dia 25 deste mês. Até hoje, ninguém foi preso por responsabilidade na tragédia.

FONTE ITATIAIA

Após mais de mais de 10 meses, famílias alimentam a esperança de encontrar jovens desaparecidos misteriosamente

A vida de duas famílias foi marcada pela dor e agonia pelos desaparecimentos de 2 jovens. Os casos são cercados de mistério pelas circunstâncias dos fatos e prosseguem as investigações da Polícia Civil.

Juliano foi visto pela última vez em outubro de 2018/REPRODUÇÃO

Já se completaram 9 meses, completados agora em julho, quando o jovem Juliano Calixto Gomes Morais desapareceu sem deixar quaisquer pistas de seu paradeiro. A última vez que ele foi visto (2/10/18), ele tomou uma carona em uma moto na rua bem próximo do Restaurante Sobrado na descida da Alameda Juca Maia. Pelas câmeras ele estava de boné alaranjado chinelo kenner amarelo bermuda jeans,

blusa preta com verde e uma bolsinha vermelha de lado. Segundo a família, Juliano iria ao Bairro Real de Queluz. Ele morava com os pais no Bairro São Dimas e tinha uma filha de 1 ano e 5 meses.

Um fato que chama a atenção é que Juliano estaria namorado uma das adolescentes envolvidas no assassinato Jaislaine Sarmento Rosa, de 14 anos, ocorrido na região da Barreira. O crime aconteceu bem próximo do desaparecimento de Juliano. Segundo apurações da Polícia Civil, o crime teria sido motivado por ciúmes das duas adolescentes com Jaislaine.

Nossa reportagem entrou em contato com mãe de Juliano, Maria Aparecida Gomes. Ela relatou que sofre com o sumiço do filho amado e ainda nutre esperança de reencontrá-lo. “Toda semana eu vou a delegacia buscar por informações, mas nada. Está tudo no escuro ainda. Rezo a Deus, pois é o único que nos pode ajudar nesta causa”, desabafou. Maria Aparecida fechou sua loja no São Sebastião após do desaparecimento de Juliano. “Minha vida mudou por completo e hoje tomo remédio para dormir e me controlar”, contou. Contato:  (31) 987097351 ou 98512-6342 ou ligue para 190 polícia militar.

Outro caso

Madson Roger está sumido desde novembro do ano passado/REPRODUÇÃO

Desde a tarde do dia 10 de novembro de 2018, familiares procuram por Madson Roger. Conhecido como “Pezão”, de 22 anos, ele foi visto pela última vez entrando em carro preto. Desde então, não houve mais nenhuma informação ou pistas de seu paradeiro. Pezão morava com seus pais na rua Santa Terezinha, no Bairro Carijós.

Familiares informaram que ele teria ido a um bar perto do Supermercado Mineirão e em seguida a Fazendinha, na BR 040, com colegas em um caminhonete. Pezão saiu de casa sem documentos e não possuía celular.

Nossa reportagem conversou com Max Roger, irmão mais velho. Ele relatou que mantém as buscas em clínicas, hospitais de diversas cidades da região. “Vira e mexe alguém nos manda uma foto achando que seria o Pezão, mas até hoje nada de concreto. Mas estamos correndo atrás e mantemos viva a esperança de encontrá-lo”, assinalou.

Quem tiver alguma informação poderá entrar em contato com a família pelos telefones: (31) 98732-7745 ou 99543-3473 ou ligue para o 190 da Polícia Militar.

Nossa reportagem com a Polícia Civil para saber os rumos das investigações dos desaparecidos. Mas foi informada de que o delegado responsável está de férias.

Em breve traremos mais informações.

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Mar de Lama da vale completa 30 dias e famílias da região ainda mantêm esperança de encontrara corpos

O número de mortos identificados em decorrência do rompimento da barragem da Vale na cidade de Brumadinho (MG) subiu para 179, segundo informações divulgadas neste domingo (24) pelo Corpo de Bombeiros.

Outras 133 pessoas seguem desaparecidas após o desastre que completa hoje 30 dias. O Corpo de Bombeiros afirma que as buscas pelos desaparecidos seguem por tempo indeterminado.

No sábado, as atividades de busca contavam com 68 militares e quatro cães farejadores. Há também mais de 50 máquinas pesadas na busca por novos corpos na região.

Na região

Entre os corpos já resgatados, nove foram identificados de famílias na região. Entre os corpos ainda não encontrados estão 4 da região. Pedro Sena e Edson Rodrigues dos Santos, oriundos de Lafaiete. Em Congonhas: Luiz Carlos da Silva Reis. O engenheiro de Minas, o ouro-branquense, Vinicius Henrique Leite Ferreira, 40 anos, está a lista dos funcionários da Vale ainda não encontrados.

Os desaparecidos

Nossa reportagem conversou com familiares dos 3 desaparecidos. As buscas trazem agonia, tristeza e expectativa pelo encontro dos corpos. “A gente sabe que será difícil encontrar com vida nosso irmão, mas ao menos sepultá-los com dignidade pela família” assinalou o empresário Bruno Vieira, irmão do engenheiro de minas ouro-branquense. A família já coletou sangue para testes de DNA.

Ele contou que a mineradora está prestando assistência aos 3 filhos Vinicius, inclusive apoio psicológico. O engenheiro tem 3 filhos, de 2 anos,12 e 20 anos. “Eles estão muito abatidos”, relatou.

Outro lafaietense desaparecido é Pedro Bernardino de Sena. Ele é casado, 47 anos, pai de 3 filhos e mora no Bairro Siderúrgico. Ele é supervisor da terceirizada Reframax. Muito abatida, a esposa de Pedro viajou a Brumadinho em busca de informações mais esclarecedoras que possam tranquilizar a família.

O mecânico congonhense Luiz Carlos da Silva Reis está na lista de desaparecidos. Ele mora no Bairro Bom Jesus e tem uma filha de 5 anos. Os irmãos também fizeram coleta de sangue para testes de DNA. “Estamos com esperanças, mas sabemos que difícil encontrar o corpo nestas condições em que todos estão. Mas ao menos sepultá-lo”, afirmou Anne Roberta, esposa de Luiz.

 

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Solidariedade: prefeito Mário Marcus visita as família das vítimas lafaietenses da lama da vale

Em solidariedade aos familiares das vítimas da tragédia ocorrida em decorrência do rompimento da barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho, o prefeito de Conselheiro Lafaiete, Mário Marcus esteve na cidade na segunda-feira, 04/02. Ele se encontrou com o prefeito de Brumadinho, Avimar de Melo para prestar suas condolências.

Mário Marcus acompanhou os trabalhos de resgate

Em seguida o prefeito visitou o Espaço Conhecimento onde se concentram as informações a fim de buscar notícias de lafaietenses atingidos pela tragédia. Mário Marcus acompanhou a coletiva das autoridades representantes da Defesa Civil, Polícias Civil e Militar e Corpo de Bombeiros, onde pôde se atualizar sobre a situação dos trabalhos de resgate que estão sendo realizados e as providências tomadas para enfrentamento das mais diversas situações pelas quais passam as equipes que atuam no local.

Até o momento, 134 mortes foram confirmadas pelas autoridades e outras 199 pessoas continuam desaparecidas. Os moradores de Conselheiro Lafaiete, Anderson Luiz da Silva, Gustavo Souza Júnior, Daniel Muniz Veloso e Felipe José de Oliveira Almeida tiveram as mortes confirmadas.

Ainda se encontram desaparecidos, Pedro Sena e Edson Rodrigues dos Santos.

Lama da Vale mata mais um lafaietense

Felipe José de Oliveira Almeida, morador de Lafaiete/Reprodução

Depois de 11 dias, mais uma vítima entre os 134 identificadas, mas ainda há 199 desaparecidos. A dor e tristeza aos poucos vão consumindo centenas de famílias, entre as quais dezenas na região.

Hoje Felipe José de Oliveira Almeida, morador de Lafaiete, tinha 28 anos, mas natural de Rio Espera, foi identificado como uma das vítimas da tragédia. Até agora são 7 mortos e ainda 6 desaparecidos de vítimas da região. Felipe será enterrado ainda hoje em Rio Espera. Ele deixa uma esposa e dois filhos, de 7 e 11 anos.

Estão ainda desaparecidos, Pedro Sena e Edson Rodrigues dos Santos, oriundos de Lafaiete. Em Congonhas: Miramar Antônio, Rodney Oliveira, Luiz Carlos da Silva Reis.

O engenheiro de Minas, o ouro-branquense, Vinicius Henrique Leite Ferreira, 40 anos, está a lista dos funcionários da Vale ainda não encontrados.

Tragédia completa 7 dias e deixa 5 mortos e 8 desaparecidos na região

Uma dor que retrata bem como foi a primeira semana na cidade castigada por aquela que já é a pior tragédia humana da história da mineração no país, que chegou ontem a 110 mortes confirmadas, e tende a ultrapassar as três centenas. Ontem foram atualizados os números: 110 mortos, deste 71 foram identificados. Os desaparecidos caíram para 238.

Mas a tragédia atingiu a região. Até agora são 5 mortos e 8 desaparecidos. A agonia e falta de informação martirizam as famílias.

São os desaparecidos da região: Pedro Sena, Felipe José de Oliveira Almeida e Edson Rodrigues dos Santos são oriundos de Lafaiete. Em Congonhas: Josiane Santos, Miramar Antônio, Rodney Oliveira, Luiz Carlos da Silva Reis.

O engenheiro de Minas, o ouro-branquense, Vinicius Henrique Leite Ferreira, 40 anos, está a lista dos funcionários da Vale ainda não encontrados.

Veja a história dos falecidos na tragédia

Anderson Luiz da Silva

Anderson Luiz da Silva/Reprodução

O lafaietense, Anderson Luiz da Silva, 43 anos, conhecido como Anderson Sthica, morador do Museu, trabalhava na MRS. Seu corpo chegará a sua terra natal por volta das 10:30 e o sepultamento ocorrerá 11:00 no Cemitério nossa Senhora da Conceição. Anderson fez aniversário no dia 22 janeiro, 4 dias antes da tragédia e preparava no sábado, uma dia 26, uma festa com amigos.

Anderson foi localizado fora da cabine da locomotiva e tentou correr e não conseguiu.

Gustavo Sousa Junior

Gustavo Sousa Junior/Reprodução

Natural de São João do Paraíso, cidade da Região Norte de Minas Gerais situada na divisa com a Bahia, Gustavo Sousa Junior trabalhava há 12 anos como mecânico para uma empresa de máquinas prestadora de serviços à Vale. Na segunda-feira (28), familiares ainda tinham esperanças de encontrá-lo vivo.

Ele era casado com Hellen e morava no bairro Santa Matilde, em Lafaiete. Sua família é natural do norte de Minas e seus pais moram em Queluzito, cidade em que será enterrado ainda hoje. Gustavo deixa um filho especial.

Jonatas Lima Nascimento

Jonatas Lima Nascimento/Reprodução

Natural de Congonhas, Jonatas Lima Nascimento, de 36 anos, era casado e tinha dois filhos: uma menina de 11 anos e um garoto de 6. Ele trabalhava no setor de carregamento da Vale. Seu corpo foi encontrado dentro de um caminhão atingido pela lama. Jonatas foi enterrado no domingo, dia 27, em Congonhas.

Daniel Muniz Veloso

Daniel Muniz Veloso/Reprodução

O corpo do norte-mineiro que morreu no rompimento da barragem de Brumadinho foi enterrado na manhã desta segunda-feira (28), em Coração de Jesus. Daniel Muniz Veloso tinha 29 anos e trabalhava em uma empresa terceirizada que presta serviço para a Vale.

A esposa de Daniel está grávida de oito meses e ele esperava o nascimento do filho para pedir transferência de Brumadinho.

Daniel era o caçula de três irmãos e morava com a esposa em Conselheiro Lafaiete. Desde o dia da tragédia, familiares saíram do Norte de Minas e foram para a região de Brumadinho em busca de notícias.

Wanderson de Oliveira Valeriano

Wanderson de Oliveira Valeriano/Reprodução

Wanderson de Oliveira Valeriano, de 35 anos, começou a trabalhar como operador de máquinas da Vale em 2017. Ele havia sido transferido há pouco tempo para a mina do Feijão, em Brumadinho. Seu corpo foi encontrado próximo ao refeitório da empresa, onde aproximadamente 300 funcionários almoçavam quando a barragem se rompeu. Filho de um sargento reformado da Polícia Militar, Wanderson deixa a esposa e três filhos pequenos. O sepultamento da vítima ocorreu na quarta-feira (30), no município de Barbacena.

Desaparecidos da região

Agonia: lafaietenses e congonhenses continuam na lista de desaparecidos

Na noite deste domingo (27), a Defesa Civil  divulgou uma lista de pessoas ainda desaparecidas devido ao rompimento de barragem de rejeitos da Mina do Feijão, em Brumadinho, e também a relação das pessoas localizadas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o número de mortes registradas subiu para 58, enquanto que o número de desaparecidos é de 305. 192 pessoas foram resgatadas. Além disso, 19 dos 58 mortos foram identificados.

Jonatan, de Congohas, foi sepultado ontem

Pela lista divulgada pela Vale os 10 trabalhadores da região permanecem desaparecidos e agonia das famílias entra hoje pelo 3º dia.  Pedro Sena, o maquinista Anderson Luiz da Silva, Felipe José de Oliveira Almeida e Edson Rodrigues dos Santos são oriundo de Lafaiete. Em Congonhas: Josiane Santos, Edymayra  Coelho, Miramar Antônio, Rodney Oliveira, Luiz Carlos da Silva Reis e Wanderson  Oliveira Valeriano. Desde a tragédia, amigos e familiares usam as redes socais para buscar informações.

Hoje pela manhã foi sepultado Jonatas Limas Nascimento no cemitério em Congonhas. Ele tinha 36 anos e deixou dois filhos.

Lafaiete e Congonhas: familiares de trabalhadores relatam o drama, a dor e a expectativa de reencontrar desaparecidos

Hoje se completam dois dias da tragédia do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho. No momento, já foram confirmadas 34 mortes,resgatadas 366 pessoas (221 são funcionárias da Vale e 145 terceirizados), das quais 23 estão hospitalizadas. Ainda há 287 desaparecidos, de acordo com a Vale. Após a suspensão, as buscas pelos bombeiros iniciaram agora às 15:00 horas.

O maquinista lafaietense Anderson Silva que completou 43 anos 3 dias antes da tragédia

A região

Diferente de Mariana, os rejeitos encobriram em mais de 8 metros as casas. As buscas por desaparecidos e corpos estão mais difíceis em Brumadinho  colocando inúmeros desafios aos bombeiros.

O número de desaparecidos de trabalhadores de Lafaiete e Congonhas chega a 10. Ontem foi confirmada a morte de Jonatas Limas Nascimento. Seu sepultamento aconteceu hoje às 11:00 horas no cemitério em Congonhas. Nossa reportagem ouviu familiares de trabalhadores em que relatam o drama, o desespero e a expectativa de encontrar os desaparecidos.

Pedro Sena é supervisora da terceirizada Reframax

A falta de informação angustia os familiares das vítimas neste momento de dor e incerteza. Quando ocorreu o rompimento, o maquinista lafaietense, Anderson Luiz da Silva, 43 anos, morador do Museu, estava cobrindo folga.  Segundo familiares, os bombeiros conseguiram chegar o maquinário que estava sendo carregado durante o rompimento. Ele e mais 3 funcionários da MRS se esconderam dentro de uma cabine blindada da locomotiva para fugir da lama. Eles preparavam para carregamento o pátio e iriam transportar o minério ao porto via Ferrovia do Aço.

A família aguarda ansiosa pelo retorno de Anderson ao convívio familiar. “Temos muita fé que ele volte”, relatou uma sobrinha a nossa reportagem. Anderson fez aniversário no dia 22 janeiro e preparava para este fim de semana uma festa com amigos.

Outro lafaietense desaparecido é Pedro Silva. Ele é casado, 47 anos, pai de 3 filhos e mora no Bairro Siderúrgico. Ele é supervisor da terceirizada Reframax. Muito abatida, a esposa de Pedro viajou a Brumadinho em busca de informações mais esclarecedoras que possam tranquilizar a família.

Nas redes sociais, Érika Almeida, prima de Felipe José de Oliveira,  fez um desabafo da falta de informações. “Onde está o Felipe? O Felipe está no grito dos familiares pelo CRIME que sorrateiramente recebe o nome de desastre-acidente! Não foi acidente, foi CRIME!!! Onde está o Felipe? Está no ABANDONO das famílias que sofrem. Meus primos e tio estão sem nenhum respaldo da Vale, estão sozinhos, sem assistência aos familiares nesse momento de dor. A Vale só fala com a imprensa. Parece um pesadelo, e é! Onde está o Felipe? Ele está no grito que sangra porque a garganta sabe que não adianta gritar”, afirmou angustiada Érika..

Congonhas

Luiz Carlos é mecânico e iniciou seu trabalho no dia do rompimento

Anny Roberta é esposa do congonhense Luiz Carlos Silva Reis, de 42 anos. Há 16 anos, ele é mecânico da Sotreq, empresa terceirizada. Pai de um filho de 5 anos, segundo Anny, Luiz começou a trabalhar em Brumadinho no dia da tragédia. “Fiquei sabendo pela TV. Uma hora antes eu falei com ele pelo telefone. Depois do ocorrido seu celular parou de funcionar. Acreditamos em Deus que volta para sua casa com vida. Temos muito poucas informações, mas passamos por um sofrimento sem fim e uma ansiedade incontrolável”, comentou Anny.

Morador de Joaquim Murtinho, em Congonhas, família de Roadney está em Brumadinho

Roadney Oliveira, 27 anos, mora no Distrito de Joaquim Murtinho, em Congonhas. Casado, há um ano é mecânico da Sotreq e também amigo do desaparecido congonhense Luiz Carlos. Gilberto Júnior, irmão de Roadney, falou a nossa reportagem ontem a noite quando ele e sua família estavam em Brumadinho acompanhando as buscas.  “O que nos aflige aqui é esta lista que a Vale divulga, quase mata a gente de dor e ansiedade por informação de meu irmão. Nossa esperança nos enche de vida que os bombeiros vão encontrar Roadney. Temos muita fé”, relatou Gilberto.

Números

Já são 10, o número de desaparecidos da região no rompimento da barragem em Brumadinho. Pedro Sena, o maquinista Anderson Luiz da Silva, Felipe José de Oliveira Almeida e Edson Rodrigues dos Santos.

Em Congonhas: Josiane Santos, Edymayra  Coelho, Miramar Antônio, Rodney Oliveira, Luiz Carlos da Silva Reis e Wanderson  Oliveira Valeriano. Desde a tragédia, amigos e familiares usam as redes socais para buscar informações.

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Congonhense morre na tragédia de Brumadinho; ao menos 9 pessoas da região estão desaparecidas

O congonhense Jontas Limas Nascimento (foto) está está entre as 11 vítimas identificadas no rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ocorrido na sexta-feira (25). Ela tinha completado 36 anos. A família localizou o corpo do jovem no IML e ainda hoje será liberado. O sepultamento ocorre amanhã às 11: 00 horas, em Congonhas.

Jonatas era funcionário da Vale há vários anos e estava a Mina do Córrego do Feijão há 3 amos como encarregado de minério. Ele atuava em Barão de Cocais (MG) antes de se transferir para Brumadinho. Jonatas era casado e deixa uma filha, de 10 aos, e um filho, de 6 anos. 296 pessoas estão desaparecidas, sendo 166 da Vale e 130 de empresas terceirizadas. Vinte e três pessoas estão internadas.

Desaparecidos da região

Já são 9, o número de desaparecidos da região no rompimento da barragem em Brumadinho. Pedro Sena, o maquinista Anderson Luiz da Silva e  Felipe José de Oliveira Almeida são de Lafaiete. Josiane Santos, Edymayra  Coelho, Miramar Antônio, Rodney Oliveira, Luiz Carlos da Silva Reis e Wanderson  Oliveira Valeriano.

 

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