Após a sessão, 6 vereadores visitaram a policlínica com meio de uma denúncia que chegou a um dos parlamentares sobre a falta de médicos. Eles foram ao local e constataram que a escala de plantão estava completa.
A sessão
Nas 3 primeiras sessões de 2019 a saúde a policlínica foram os 2 alvos preferenciais de críticas e insatisfação dos vereadores. Ontem a noite, os discursos demonstram um inconformismos dos vereadores na área, citada no ano passado como a principal carência do lafaietense.
Ao que parece os vereadores estão ecoando no plenário, as reclamações das ruas. “O que vem percebendo que houve cortes de funcionários a policlínica e quando um vereador vai ao local tem de ser acompanhado por um funcionário. Quem muito teme é porque esconde algo”, observou o Vereador Sandro José (PSDB).
Ele reclamou que os lençóis da policlínica são menores que as camas e funcionários são obrigados a usar espaladrapos para afixá-los no colchão. “Ao que parece está havendo uma caça às bruxas contra médicos e funcionários. O problema está nos PSF’s. No Santo Antônio faz um ano que não tem médico no PSF. No São Dimas são meses. O que a gente ouve percebe que os funcionários estão trabalhando com medo. O problema está o modo como estão conduzindo as mudanças sem respeitar o funcionário”, denunciou. Na semana passada, o vereador também criticou o clima de pressão por que os funcionários estão passando na policlínica.
O Vereador Pedro Américo (PT) também criticou o comando do pronto socorro. “Mexem e mexem, mas as coisas só pioram. Vamos pedir para se criar uma comissão para apurar o que está errado pois o povo que paga”, assinalou, citando que esteve a tarde na policlínica e constatou a demora no atendimento pois somente um médico estava no plantão. “Falam que trocam de plantão, mas demora até duas horas para troca de médicos?”, questionou.
Refém dos médicos
O Vereador e líder do Governo,João Paulo Pé Quente (DEM)culpou a classe médica pela situação da policlínica. “Lá sempre foi assim. O sistema é refém dos médicos. Vejam nos PSF’s eles não cumprem horário. Se atrasou o plantão na policlínica eles não cortam os salários deles”, disparou.
Inadmissível
Na ladainha de críticas, o vereador Carlos em (SD) lamentou a reforma do piso da sede do PSF do Museu e classificou a situação como inadmissível. “já fazem mais de 2 anos que solicitei a reforma dos tacos do piso do PSF do Museu e até agora nenhuma ação. Coisa de se fazer em poucos dias. Infelizmente, esta situação é inadmissível”. “Nada contra o executivo, mas há muitas cobranças na área da saúde”, apontou Lúcio Barbosa (PSDB).
Exames e CAPS
Foram aprovados dois requerimentos que renderam mais de 20 minutos de uma longa discussão. O vereador Fernando Bandeira (PTB) cobrou informações sobre a redução de médicos para atender aos usuários do CAPS. Ele pediu o número de usuários atendidos e o número de servidores que trabalham no local com seus respectivos cargos. “Estou preocupado com a condução da política do setor. O nosso CAPS era excelência, mas as coisas não andam bem”, lamentou o vereador Lúcio.
Em outro requerimento, Bandeira solicitou ao Secretário Municipal de Saúde, informações sobre a demanda reprimida de cirurgias eletivas e algumas sequer possuem previsão de agendamento. Os vereadores citaram diversos casos em que lafaietenses aguardam na fila há vários a espera uma consulta ou exames. “Precisamos exigir respeito aos nossos pacientes”, afirmou Sandro. “Em alguns casos há mais de 1 mil pessoas a frente do paciente esperado por um exame”, lamentou Pedro Américo.