“Tirar dinheiro do pobre não é economia”. Assim, Lindolfo Castro, Auditor Fiscal da Secretária Estadual da Fazenda-SEF-MG e ex. Presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais de Minas Gerais-SINDFISCO contestou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº06, da Reforma da Previdência, proposta pelo Governo Bolsonaro.
A declaração aconteceu ontem a tarde, dia 24, durante a audiência pública, proposta pelos vereadores Chico Paulo Paulo e Pedro Américo, ambos do PT, ocorrida na Câmara Municipal de Lafiaete para discutir o tema.
Segundo Lindolfo, 80% dos segurados dos que pagam são pessoas que ganham até 2 salários mínimo, esmagadora maioria da sociedade brasileira que arcará com os impactos negativos da reforma. “Estes que custeiam a previdência e pagarão pela reforma que atende a elite brasileira. Quem ganha menos será penalizado na reforma”, observou.
Ele comentou que quem ganha até 2 salários paga até 54% de impostos. “No Brasil quem ganha menos paga mais impostos. A carga tributária brasileira não é excessiva mas injusta”, assinalou. A saída para Lindolfo seria tributar quem recebe mais para equacionar a previdência. “75% da carga tributária taxa o consumo e mão de obra e não a receita e riqueza”, argumentou.
O Presidente da Câmara, o Vereador Fernando Bandeira (PTB) criticou o aumento em 5 anos de contribuição para as mulheres do campo. O Deputado Federal, Padre João (PT) atacou a reforma principalmente a capitalização e desconstitucionalidade da reforma quando, através de artimanha, retirou da constituição a seguridade social diminuindo consideravelmente o numero de votos para a provação da reforma. Segundo ele, há mais de 1 mil emendas a PÈC de modo que não é possível afirmar em que situação está o texto da reforma. “Vão destruir o sistema de seguridade social no Brasil”, afirmou a Deputada Estadual Beatriz Cerqueira (PT), representando a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG. Segundo ela, a intenção da reforma e a privatização da previdência para beneficiar o sistema financeiro. Para ela, os servidores públicos serão também uma das parcelas mais prejudicadas pela reforma.
Maria Alves, Diretora de Políticas Sociais e da Previdência Social da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura – FETAEMG, comentou classificou como perversa o novo cálculo das aposentadorias para as trabalhadoras rurais. O público teve uma participação ativa nos questionamentos.