Em uma década, Conselheiro Lafaiete reduziu a mais da metade sua taxa de mortalidade infantil. Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde em resposta a ofício do Conselho Municipal de Saúde. De acordo com os números, em 2009, de cada mil lafaietenses nascidos vivos, 20.62% morriam antes de completar um ano de idade. Em 2018, esta taxa caiu para 9,02%.
Mesmo que tenha ocorrido uma redução das mortes, os dados repassados pela Saúde mostram que aconteceram diversas oscilações nos últimos anos. Em 2010, foi verificada uma queda, chegando a 13,23%. Desde então, o índice vive uma verdadeira montanha-russa. Em 2011, subiu para 14,82. No ano seguinte voltou a cair para 13,28% e cresceu, novamente em 2013, alcançando a taxa de 14,84%.
A partir de 2014, o índice de mortalidade infantil iniciou uma trajetória continua de queda. Naquele ano, a taxa foi 9,23%, passando a 9,04% e chegando ao menor patamar da série, em 2016, quando registrou 8,36%. Para surpresa, o índice quase dobrou em 2017, saltando para 15,69%, mas fechou 2018 em forte baixa, registrando 9,02%.
Essa variação torna incerta a eficácia das políticas públicas adotadas no período. Entre os fatores que contribuíram para a redução das mortes em bebês está a assistência ao pré-natal. A imunização também é um dos fatores que contribui para a redução da mortalidade infantil. Além disso, o Ministério da Saúde instituiu uma estratégia de Saúde da Família dando prioridade para a Atenção Básica e melhorando a assistência das crianças em todo o Brasil. Por outro lado, um estudo da Fiocruz aponta que o limite de gastos, imposto pelo ajuste fiscal do governo Michel Temer afetaram o Bolsa Família e Estratégia de Saúde da Família, tendo impacto direto na mortalidade de milhares crianças, o que poderia.
Os pesquisadores também se basearam em outra nota, do Banco Mundial, que recomendou um aumento no orçamento do Bolsa Família em 2017 para fazer frente aos brasileiros que entraram na faixa da pobreza pela severa crise econômica.