Após a divulgação de nota oficial, informando sobre a suspensão da Campanha Ame João Miguel e o início do procedimento para bloqueio judicial das contas da campanha junto à Vara da Infância e Juventude, a reportagem do Correio de Minas foi às ruas e ouviu diversas pessoas. Elas demonstraram apoio à manutenção da campanha para resguardar a vida do pequeno guerreiro.
Na segunda feira, os organizadores da campanha e a sociedade lafaietense ficaram chocados com a prisão de Mateus Leroy, pai de João Miguel. Ele foi preso em Salvador, após sacar cerca de R$600 mil das contas de arrrecadação e torrar em farras e luxo.
E ficou a pergunta? Como ficará a campanha de João Miguel? Nas ruas, a população permanece fiel a causa do pequeno e separam o caso do pai com o tratamento do filho. A mãe de João Miguel, Karine Rodrigues, informou que a iniciativa continuará suspensa em razão, uma vez que existe uma liminar judicial determinando que o Estado de Minas Gerais e a União forneçam o tratamento do João Miguel até a decisão final. Decisão essa que resultou na aquisição das três primeiras doses do Spinraza. Apesar da decisão, populares ouvidos pela reportagem destacaram a importância de manter os esforços em prol de João Miguel. Uma das entusiastas é Adriana Moraes, gerente da Adjan Modas. Ela informou que a loja apoiou iniciativas da campanha e, certamente, estaria à disposição da mãe e da criança.
Outro que reafirma apoio à causa de João Miguel é o eletricista Antônio Cosme. “Estamos ajudando a criança e ela não pode ser prejudicadas pela atitude lamentável do pai”, afirma. O mesmo pensa Margarete Silva ao afirmar que a criança precisa muito da união de toda a população para vencer a doença. “O pai não pensou no filho, mas a mãe é uma batalhadora e vem lutando com unhas e garras para garantir tratamento ao pequeno João Miguel”, observa.
Para o taxista Fernando Aleixo, a população vai entender que o filho não deve pagar pelo erro do pai. “Ele agiu de forma desumana e colocou a vida da criança em risco. Agora, as pessoas devem levar em conta que a saúde do João Miguel é que precisa ser preservada e acredito que não vai faltar solidariedade por parte da população”, comenta.
A soldadora Fernanda Cardoso disse que a campanha deve ter continuidade e que, certamente, a população vai apoiar. “Foi um caso isolado. Isso não pode afetar a nossa solidariedade em relação ao João Miguel e a nenhuma outra criança que também precisar da ajuda da população”, pondera.
Por hora, o que Karine mais pede é a oração de todos, já que João Miguel passou por uma bateria de exames médicos para dar início ao tão sonhado tratamento.