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Fim do auxílio emergencial vai alterar taxa de desemprego no Brasil

Estudo feito pelo Ibre-FGV aponta que a taxa de desemprego no Brasil pode mudar após o fim do auxílio emergencial de R$ 600. O motivo é que a perda de ocupação de trabalhadores informais durante a pandemia foi maior que a de formais.

A pandemia do novo coronavírus ajudou a ser batido o recorde de pessoas fora do trabalho, impulsionamento pelo isolamento social e pela garantia da renda de R$ 600 do auxílio. Com o fim da garantia do auxílio emergencial, mais brasileiros devem voltar a buscar uma ocupação no mercado de trabalho e, dessa forma, pressionar a taxa de desemprego.

No trimestre encerrado em maio, a taxa de desemprego estava em 12,9%. Os dados são do IBGE. Até fevereiro, o índice era de 11,6%. Também até fevereiro, as medidas de distanciamento social ainda não haviam sido iniciadas em território nacional.

Ainda assim, a pesquisa não consegue retratar a realidade tão fielmente porque muitos desses brasileiros perderam suas ocupações mas ainda não estão procurando trabalho. Eles não estão procurando um novo emprego e, por isso, ainda não são considerados desempregados.

De acordo com o estudo, a população brasileira ocupada era de 83,4 milhões em maio de 2020. No mesmo mês em 2019, era de 93,5 milhões. De lá para cá, houve queda de 10,7%. O número representa recorde desde a série história que se iniciou em 2012. A redução de ocupação entre os informais foi de 15,1% em maio e dos formais, 6,7%.

E o número de informais diminuiu em um ano. Em maio de 2019, eram 44,9 milhões. Em maio deste ano, 38,1 milhões. Os formais diminuíram de 48,7 milhões para 45,4 milhões de maio do ano passado para maio deste ano.

Foram considerados informais pela pesquisa os trabalhadores sem carteira assinada, autônomos, trabalhadores que auxiliam familiares sem remuneração, domésticos sem carteira e empregadores sem CNPJ.

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