Mulher alega ter agido em legítima defesa, já que teria sido agredida e violentada
A Delegacia de Homicídios de Santa Luzia está investigando o assassinato de Bruno Siuves Ferreira, de 38 anos, que foi morto com golpes de marreta e facadas pela companheira, de 41 anos. A mulher alega ter agido em legítima defesa, já que teria sido agredida e violentada.
O crime aconteceu no último final de semana e nessa segunda-feira (30) a mulher procurou uma advogada para se apresentar à polícia. Udala Júnior, assistente do escritório de advocacia que irá defender a suspeita, conversou com a Itatiaia.
“Segundo ela, ela vem sendo agredida há meses e já estava sob medida protetiva. [Ela disse que] na noite do fato o homem chegou em sua residência alterado, possivelmente sob o uso de substância tóxica ou bebida, e começou a agredi-la e houve também um estupro consumado e que o mesmo afirmou várias vezes que naquela noite iria matá-la, que não daria nada para ele, que ele iria sair fora do flagrante e iria se apresentar posteriormente. Ela, se sentindo acuada, o esperou dormir, o mesmo veio a agredi-la novamente, eles entraram em uma possível luta corporal, ela desferiu as marretadas e as facadas nele. Ele a manteve em cárcere privado, inclusive ele amarrou a chave do apartamento junto ao short dele para que ela não saísse para chamar a polícia ou tomasse uma outra providência.”
A mulher contou ainda que entrou em desespero depois do crime. “Segundo ela, após ter cometido o crime ela entrou em desespero total porque nunca havia cometido isso antes. Ela trancou o apartamento e saiu sem destino, saiu correndo e tanto a marreta quanto a faca ela só lembra que jogou no matagal, não sabe aonde, não pode precisar.”
O assistente diz que a mulher está totalmente arrependida. “Foi no repente, após ter sido violentamente agredida, ela surtou e não lembra de mais nada.”
A Itatiaia acompanhou o trabalho da perícia da Polícia Civil no local onde o crime aconteceu, no bairro Palmital, em Santa Luzia. Familiares de Bruno também acompanharam os trabalhos, mas não quiseram gravar entrevista.
A mulher de 41 anos foi ouvida pela Polícia Civil, porém, até o momento, irá responder em liberdade.
FONTE ITATIAIA