Justificativas para o aumento incluem o dissídio da categoria e a inflação. Escalada média por botijão gera preocupações no governo
Adquirir um botijão de gás ficou 7% mais caro a partir desta quarta-feira, 1º. Isso porque houve um ajuste feito pelas distribuidoras em cima do preço do produto, como explica o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg), Alexandre Borjaili.
As justificativas das distribuidoras para o aumento são duas: o dissídio da categoria e a inflação. A escalada média por botijão chega a R$ 5,80, além dos R$ 0,30 adicionados em alguns estados após o reajuste do ICMS no último mês.
Segundo Borjaili, previsões indicam que a Petrobras também vai aumentar os preços no início deste mês. O executivo, por outro lado, discorda dos aumentos no botijão de gás pelas distribuidoras, afirmando que o valor do produto já está elevado.
Preocupações de Bolsonaro
As altas nos preços do gás de cozinha vêm se tornando fonte de preocupação para o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Uma das medidas tomadas pelo mandatário foi demitir o ex-presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, em razão dos ajustes excessivos nos combustíveis, incluindo o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).
Enquanto isso, o atual presidente da estatal, o general Joaquim Silva e Luna, não realizou mais reajustes mensais, sendo o último aumento, de 3,5%, registrado no início de julho.
Segundo um levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 22 e 28 de agosto, o preço médio do botijão de GLP de 13 kg chegou a R$ 93,65, podendo custar R$ 130 em certas localidades.
FONTE CAPITALIST