Com aval do Conselho Federal de Biomedicina, profissionais da área podem assumir a responsabilidade técnica dos serviços de vacinação
Médicos e enfermeiros ganharam destaque durante a pandemia por sua atuação nos hospitais e em contato direto com os pacientes vítimas da Covid-19. Mas um segmento de profissionais pouco falado tem exercido papel fundamental no combate à doença: o Biomédico. Além de trabalhar nos laboratórios, com exames diagnósticos, testes e vacinas, o biomédico passou a atuar nas salas de vacinação. Com aval do Conselho Federal de Biomedicina, alunos da Una Lafaiete – integrante do ecossistema Ânima Educação – estão se voluntariando em postos de saúde da cidade.
“O profissional Biomédico, devidamente registrado e habilitado em lmunologia, agora pode assumir a responsabilidade técnica do serviço de vacinação. E isso é uma ótima oportunidade de aprendizagem para alunos da graduação. Eles podem ser voluntários nos centros de saúde, fazendo a triagem e cadastro da população”, ressalta a professora da Una Lafaiete, Sabrynna Brito Oliveira. A etapa pré-vacinação deve ser realizada por pessoas com conhecimento teórico e práticos sobre o tema.
“É no momento anterior à aplicação da vacina que são coletadas informações da população, esclarecidas dúvidas sobre efeitos adversos, combatidas fake news, feitas leituras de exames laboratoriais e classificação das pessoas que tem comorbidades. Essa é uma oportunidade singular e enriquecedora para o aluno, que vai poder transpor os conhecimentos teóricos para a comunidade e pegar as observações práticas adquiridas nestes locais para discussões na sala de aula”, ressalta Sabrynna.
Vacinação nas faculdades
Em Belo Horizonte, mais de 50 alunos do curso de Biomedicina trabalharam de forma voluntária, entre março e agosto de 2021, em postos de saúde vinculados à prefeitura municipal e montados em faculdades. Agora, essa prática está sendo estendida às cidades do interior do estado. “Entender que a nossa atuação é cada vez mais abrangente e conhecer as nossas possibilidades de trabalho, nos abre um mundo de oportunidades. O que não podemos esquecer é que a nossa profissão é uma ferramenta poderosa quando voltada à promoção da saúde e do bem-estar das comunidades”, conclui a professora.
