O corpo da advogada Fernanda Porto, 27, foi enterrado na tarde de terça-feira (19) no cemitério Belo Vale, em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. O principal suspeito de matá-la é o próprio marido e pai de seus dois filhos.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) conseguiu a prisão do homem. Integrante da organizada Máfia Azul, o homem foi encontrado na casa da própria mãe e não resistiu à prisão. Ele nega ter matado a mulher, e teria alegado a amigos que Fernanda morreu após sofrer um infarto por ingestão excessiva de energético.
De acordo com a polícia, Fernanda e o suspeito teriam discutido na noite de domingo (17), e logo depois ela ligou para uma amiga reclamando de dores no corpo. As duas foram, então, para um pronto-atendimento da rede particular e Fernanda foi medicada – para a equipe de saúde, ela teria alegado uma briga com a irmã para justificar o mal-estar.
Ela morreu no hospital, como esclareceu a delegada Adriana Rosa em entrevista à Itatiaia. “Ela foi medicada duas vezes. Finalizada a segunda medicação, ela teria se direcionado para o banheiro com ânsia de vômito, e lá ela vomitou sangue, desmaiou e evoluiu para óbito em sequência”, detalhou.
A equipe médica do hospital identificou lesões características de agressão e, então, acionou a Polícia Civil em decorrência da suspeita de morte violenta. “Quando o corpo chegou ao Instituto Médico Legal, o médico identificou lesões típicas de agressão. Ficou comprovado que o casal tinha uma relação conturbada, marcada por agressões mútuas”.
Segundo a delegada responsável pelas investigações, o suspeito já tem passagens por roubo e porte de arma de fogo. Em seu depoimento, o homem não expressou arrependimento e negou ter cometido o crime. “Ele nega, mas todos os indícios apontam para o contrário. Ele se mostrou muito frio”, informou. As investigações estão em curso. (EM)