Falta de diálogo, imaturidade e inexperiência. Estes foram os adjetivos que os vereadores alcunharam o Governo Cláudio Dinho (MDB), em quase um ano de administração.
Uma intensa discussão tomou o plenário da Câmara de Congonhas e graças a oposição o gestor não levou uma derrota acachapante.
Isso porque 8 vereadores aprovaram o “pedido de vistas” (solicitação feita para examinar melhor determinado projeto, adiando, portanto, sua votação) do Líder do Governo, o Vereador Averaldo Pica Pau (MDB) ao projeto de lei nº057/2021 que dispõe sobre o regime próprio de previdência do município no qual continha pontos polêmicos entre as quais a redução de jetons e diminuição de conselheiros.
Mas a principal críticas dos vereadores foi em torno da falta de discussão do projeto entre as partes envolvidas como o sindicato dos servidores públicos, Prevcon e até mesmos os vereadores.
“O prefeito tem de entender que a Câmara não é anexo da Prefeito. Isso é um desrespeito por isso eu voto contra o pedido de vista para derrubarmos o projeto. O prefeito tem de pulso. è governo inerte”, disparou Juca do Ideal (PODE).
“Deveríamos chamar os representantes do Executivo para explicar melhor este projeto para sabermos seus benefícios. A Prevcon é patrimônios dos servidores. Precisamos de uma discussão mais democrática”, pontou Eduardo Ladislau (Patriota).
O Vereador Ygor Costa (PTB) defendeu o “pedido de vista” como prerrogativa do líder de governo, mas criticou a falta de maturidade e diálogo do prefeito.” Este projeto deveria ser encaminhado após esgotar todas as tratativas de diálogo entre as partes assegurando os interesses coletivos. A quem interessa este projeto? Acredito que o prefeito não seria imaturo de enviar um projeto desses sem o devido conhecimento do teor. Não sou adversário ferrenho do governo e não defendo a máxima de quanto pior melhor. Que sirva de lição para evitar desgaste como agora estamos passando”.
“Temos que parar com esta mania de que o prefeito é um coitadinho. Claro que ele sabia do teor do projeto”, cutucou a Vereadora Patrícia Monteiro (PSB).
O Vereador Vanderlei Eustáquio (MDB), da base governista, defendeu o “pedido de vista” para aprofundar a discussão do projeto. “Acho o projeto vai gerar ao longo de 10 anos uma economia na casa de R$ 1 milhão”, assinalou.
O Vereador Eduardo Matosinhos (PSDB) aprovou o pedido de vista, mas considerou o encaminhamento do projeto como um “erro estratégico”. “Não houve participação desta Casa, nem do sindicato. Na forma como está não temos condições de ser votado”, completou Lucas Bob (PSB).
Retira do projeto
Já em andamento da sessão desta terça-feira, a Câmara foi surpreendida pela retirada do projeto de lei nº 0425/2021 que autorizaria a ades~/ao do município ao programa Curral Regional a ser implantado pelo Consórcio Público para o Desenvolvimento do Alto Paraopeba. A retirada de pauta se deveu a possível rejeição em plenário. “O pedido chegou nesta Casa às 9:30 horas, com a reunião em andamento. Isso viola nosso regimento interno”, disparou Ygor Sousa.