Uma das igrejas mais imponentes da nossa região está em fase final de restauração. Com recursos oriundos da comunidade, de benfeitores, da Associação do Museu, Prefeitura Municipal e Governo de Minas, a igreja de São Gonçalo do Amarante, em Catas Altas da Noruega, foi reformada por fora e está passando por um detalhado trabalho de restauração dos elementos artísticos interiores, o qual está devolvendo as cores originais do templo, considerado uma das sete maravilhas religiosas do Vale do Piranga. Originalidade, autenticidade, austeridade e sobriedade são as marcas principais desse belíssimo projeto que privilegiou o respeito às características originais do templo religioso centenário. A igreja foi edificada por volta de 1727.
É um exemplar de traços estilísticos inspirados na primitiva arquitetura dos jesuítas. A edificação preservou as características das capelas coloniais da primeira metade do século XVIII. A portada foi trabalhada em pedra-sabão. No seu interior, um altar-mor, quatro altares laterais e duas capelas internas completam a decoração. Chamam a atenção o arco cruzeiro, os púlpitos e o talhamento do altar mor. É um prédio preservado em suas características originais, contando-nos muito sobre os processos construtivos e artísticos das Minas setecentistas.
Seu estilo de construção é barroco da primeira fase. Outras igrejas da nossa região como a do Bom Jesus de Bacalhau e de Nossa Senhora do Rosário, em Piranga, e a de Santo Antônio, em Itaverava, também integram a lista dos bens arquitetônicos religiosos mais importantes do nosso Vale. E, atualmente, aguardam iniciativas para viabilizar a minuciosa restauração dos seus interiores artísticos, a exemplo do que vem sendo feito nas Catas Altas da Noruega.
Igreja de São Gonçalo do Amarante.
Créditos: José Guilherme Wasner Machado. TEXTO Patrício Guara Drone