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Corpo de garotinho morto por cão foi enterrado sob forte comoção

Menino de 11 anos foi morto por pastor-alemão, em São Joaquim de Bicas

Um menino de 11 anos que havia ficado encarregado da tarefa de alimentar os cães da vizinha enquanto ela viajava acabou sendo atacado por um dos animais e morreu de forma brutal. O caso aconteceu nessa quarta-feira (15) no bairro Boa Esperança, no município de São Joaquim de Bicas, região metropolitana de Belo Horizonte, e chocou a população da cidade.

A morte ocorreu por volta das 17h, quando o garoto, chamado Fábio, saiu da escola e foi até a casa da vizinha alimentar dos cães. Segundo a Polícia Militar, ele estava fazendo um favor para a vizinha, que estava em viagem para fora do Estado. Um dos animais, um pastor-alemão, estranhou a criança e o atacou no pescoço e nas partes íntimas. 

O corpo foi descoberto pelo pai de Fábio, que estranhou a demora do filho em voltar para casa. Quando ele chegou à casa vizinha, encontrou o garoto caído no quintal. O homem acionou a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, que constataram a morte do garoto.

Segundo o capitão Amilcar Bruno, da PM, o comportamento do pastor- alemão foi hostil até com as equipes de resgate. “O cachorro que fez o ataque ainda estava agressivo e, infelizmente, tivemos que atirar para contê-lo”, explica. O cão foi abatido a tiros, enquanto outro vira-lata foi deixado com vida.
Despedida O corpo de Fábio foi velado no Cemitério Municipal de São Joaquim de Bicas, ontem. No local, a tristeza era tamanha que quase ninguém quis dar detalhes sobre o ocorrido. Quem conhecia a criança contou que o garotinho era inteligente, educado e muito conhecido entre os moradores da região. “Foi uma tragédia”, disse um parente, que não quis se identificar.

Na cidade, o luto tomou conta dos moradores. “Como mãe e avó, a gente fica ainda mais triste, pois é uma situação que poderia ter ocorrido com qualquer criança”, diz a dona de casa Ana Isis Gomes Carneiro, de 65 anos.

A secretária Heloise Rosa Lopes, de 24 anos, que conhecia Fábio dos tempos em que morou no bairro Boa Esperança, revela que a tragédia abalou a cidade. “É uma notícia muito forte para um fim de ano. Não se falou de outra coisa hoje”, relata.

O vigilante Wellington Ferreira, de 39 anos, espera que o caso seja esclarecido e que alguém seja responsabilizado. “Um caso desse não pode passar batido, o dono desse cão tem que responder”, considera. A Polícia Civil investiga o ocorrido. Dona do cão pode ser presa.

A dona do cão que atacou o pequeno Fábio pode ser responsabilizada cível ou criminalmente, segundo a advogada Nádia de Castro. “Existe um dever de quem é guardião de um cão, seja ele perigoso ou não. Então se houve algum tipo de negligência por parte dessa pessoa, pode sim haver uma responsabilização cível e até criminal, mas tudo vai depender das investigações”, explicou Nádia.

A PM registrou o caso como omissão de cautela, que é considerada uma contravenção. Em situação de morte ou ataque, o caso pode ser enquadrado como homicídio. A morte está sendo investigada pela Polícia Civil, que espera ouvir testemunhas, familiares da vítima e a dona do cão, nos próximos dias.

FONTE O TEMPO

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