Movimento dobra para construção de moradias populares em Congonhas e nova creche e escola no Bairro Residencial
Existe até calendário do processo criminoso das mineradoras: dez anos de alteamento da barragem Casa de Pedra sem licenciamento ambiental, hoje um monstro que acumula 103 milhões de toneladas de rejeito de minério, a maior em área urbana da Amarica Latina; seis anos de rompimento de Fundão, no crime da Vale em Mariana; três anos do crime também da Vale em Brumadinho, ceifando 272 vidas e contaminando a bacia do PARAOPEBA; um mês de aprovação imoral de 800 litros de água por segundo pelo Comitê de Bacia do PARAOPEBA; e vinte dias das enchentes minerais, enchendo ruas e cidades deixo de minério.
A esse fato se junta a “farra do ferro”, na barba dos profetas em 2021: mineraria levam 16 bilhões, deixam 600 milhões em imposto; este valor é pouco em relação ao enorme lucro das empresas, mas é muito se comparado ao que chega ao povo em forma de políticas públicas. O outro nome de Congonhas poderia ser “MIGALHOPOLIS”.
Diante desse quadro, o MAB reivindica, entre outras coisas: uma arrojada política habitacional, pois um dia de arrecadação, R$2 milhões, é suficiente para construção de 40 casas, podendo zerar o deficit de moradia; estudo das doenças mais comuns para verificação de sua conexão causal com a atividade mineraria; mudança na classificação do começo de barragem Casa de Pedra, passando de “baixo” para “alto” risco; revisão do Plano Diretor da cidade com participação popular, a última revisão foi em 2012, há dezesseis anos; uso prioritário do CFEM na reestruturação geral do município com participação do povo, criando a condição de sua autonomia em relação ‘a atividade mineraria; imediata garantia de vagas para crianças prejudicadas com o fechamento da escola e da creche no bairro Residencial e a construção de novos equipamentos em local seguro; solução definitiva para as famílias atingidas por cada de Pedra, com sua indenização ou reassentamento.
O MAB e seus parceiros vão continuar fazendo seu trabalho de organização do povo, pois entendem que a participação popular é o caminho para o direito de um povo e a soberania de uma nação.
- Padre Antônio Claret (MAB)