São cerca de R$ 8 bilhões que os bancos têm para devolver a milhares de brasileiros, veja como consultar
Diversos bancos das várias localidades do país vão devolver cerca de R$ 8 bilhões aos trabalhadores brasileiros, os dados foram divulgados e confirmados pelo próprio Banco Central (BC).
O dinheiro que será devolvido aos brasileiros também chamado de saldo remanescente diz respeito a diversas situações, sendo algumas delas:
- Contas encerradas que tinham dinheiro;
- Parcelas de empréstimo;
- Tarifas cobradas indevidamente;
- Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito;
- Recursos que costumam não ser pesquisados após encerramento de grupos de consórcio;
- Capital a devolver em cooperativas de crédito.
Sistema de transferência de dinheiro
Antes de adentrarmos na explicação sobre como realizar a consulta dos valores, é importante esclarecer que o Banco Central havia disponibilizado a consulta aos valores na última semana, no entanto, devido ao excesso de consultas o sistema ficou fora do ar.
Sendo assim, o Banco Central informou em nota, que o sistema de consultas voltará no dia 14 de fevereiro, já as solicitações de transferência dos valores a receber vão ser agendadas para pagamento a partir do dia 7 de março.
A plataforma de dinheiro a devolver, também estará disponível por meio da aba “Valores a Receber” no sistema de Registrato do Banco Central.
De acordo com o Banco Central, na primeira fase, o serviço disponibilizará R$ 3,9 bilhões aos brasileiros que devem ser devolvidos a 24 milhões de pessoas físicas e jurídicas, montante decorrente de:
- contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível;
- tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o Banco Central;
- cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito; e recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.
Já o restante do valor, onde os trabalhadores têm para receber cerca de R$ 8 bilhões será disponibilizado no decorrer deste ano de 2022, resultado de:
- tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, previstas ou não em Termo de Compromisso com o BC;
- contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
- contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários encerradas com saldo disponível; e
- outras situações que impliquem em valores a devolver reconhecidas pelas instituições.
De acordo com o Banco Central, apesar da instabilidade no sistema na última semana, cerca de 79 mil cidadãos conseguiram acessar a plataforma, entre os dias de segunda e terça-feira, e concluir 8,5 mil solicitações.
Essas 8,5 mil solicitações somam aproximadamente R$ 900 mil que segundo o Banco Central serão transferidos via PIX em até 12 dias úteis.
Como consultar
Caso o Banco Central não realize alterações no caminho de consulta assim que o sistema estiver operando novamente no dia 14, a consulta ocorrerá da seguinte forma:
- Primeiro, acesse ao site do do Banco Central e selecione a opção “Minha Vida Financeira“;
- O próximo passado e clicar na aba “Valores a Receber”;
- Seleciona a opção “Consulta ao Relatório Valores a Receber”;
- Na parte da consulta basta informar o seu CPF ou CNPJ;
- Caso você possua valores para receber, este aparecerá na tela;
- Se há valores, será preciso acessar o portal do Registrato, de modo a saber em qual banco o dinheiro está.
Cuidado com golpes
Através de nota, o Banco Central alertou a situação onde golpistas estão se passando por funcionários da organização e entrando em contato com clientes solicitando informações pessoais.
“O BC não entra em contato com os cidadãos. Qualquer informação sobre valores a receber só poderá ser obtida a partir de 14/02/2022”, informou o Banco Central.
“A solicitação de resgate será feita por meio de usuário e senha, e os recursos serão transferidos diretamente das instituições financeiras para os cidadãos, que não devem fazer qualquer depósito prévio a qualquer pessoa ou instituição”, finalizou o BC.
FONTE JORNAL CONTÁBIL