Detentas do Presídio de Vespasiano, Região Metropolitana de Belo Horizonte, atearam fogo em colchões e cobertores nesta quarta-feira (23). Segundo boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), as chamas foram controladas por funcionários e algumas presas precisaram de antedimento médico por inalarem fumaça.
A revolta tem como motivação a greve dos servidores da Segurança Pública. Apenas serviços essenciais ou urgentes são executados no sistema prisional, como alimentação e saúde. Visitas e banhos de sol, por exemplo, estão suspensas.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) confirma a ocorrência no Presídio de Vespasiano, mas nega tratar-se de um motim ou rebelião. Conforme a pasta, detentas de duas celas iniciaram o tumulto, ateando fogo e gritando.
“Policiais penais rapidamente controlaram a situação e não foi necessário uso de força. Não houve feridos”, informou a Sejusp em nota. As presas envolvidas passarão pelo Conselho Disciplinar da unidade e poderão sofrer sanções administrativas.
A pasta também disse que o caso será apurado “por meio de um procedimento interno de investigação, que irá avaliar os danos ao patrimônio público”.
O Governo de Minas realizou, na terça-feira (22/2), reunião para avançar na busca de soluções das demandas relacionadas à segurança pública. O Governo entende que o assunto é prioridade e reforça que se mantém aberto ao diálogo por reconhecer a necessidade da recomposição salarial das forças de segurança e de todas as categorias do funcionalismo estadual, pautado por critérios de responsabilidade e previsibilidade fiscal.
Região
Nossa reportagem recebeu informações de que o Sindicato da Polícia Penal informou que na unidade prisional de São João Del-Rei (MG) os profissionais prestaram somente os serviços essenciais e de que Sedex apenas serão recebidos e que banho de sol não será disponibilizado aos detentos por falta de efetivo.
Já as escoltas apenas em caso de urgências.
Governo
Há informações de que além de São João Del-Rei , Congonhas, Lafaiete, Barbacena há apenas serviços essenciais.
Segundo o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), esclareceu e nossa reportagbem que acompanha a movimentação dos servidores e atuará para que não haja prejuízo no atendimento aos custodiados. Com relação à visitação, o Depen monitora a adesão dos servidores ao movimento de paralisação proposto pela categoria dos Policiais Penais e demais servidores da segurança pública. Ainda não há previsão sobre quais unidades do estado não estarão aptas a receber visitantes, por questões de efetivo e segurança, a partir deste fim de semana. Familiares serão informados pela própria unidade sobre a suspensão temporária das visitações, se houver. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública reitera o seu compromisso, juntamente com o Governo de Minas, em buscar soluções relacionadas às demandas da categoria.